Ragtime

Ragtime E. L. Doctorow
E. L. Doctorow
E. L. Doctorow




Resenhas - Ragtime


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Leituras do Sam 12/08/2017

Um livro melódico
Um livro bem escrito e que desperta a vontade de conhecer mais sobre o Ragtime propriamente dito, bem como sobre as personagens históricos que aparecem na história.
É uma narrativa bem musical, melódica e intensa, com momentos calmas, mas que só configuram charme ao livro funcionando como uma palsa para descansar e aproveitar bem a história.
Com uma escrita direta, limpa, divertida e "ipnotica" Doctorow nos leva a passear pelo início do século XX nos EUA que fervilhava de mudanças sociais, econômicas, políticas e filosóficas.
Holdine, Ford, Emma Goldman, Emiliano Zapata, o milionário Morgan, Evelyn Nesbitt, Freud e outros mais, aparecem convivendo com personagens ficcionais e assim o autor costura um rápido panorama em que o poder da imprensa, o nascimento do cinema, as greves dos trabalhadores, o início do processo fordista nas fábricas, o movimento Zapatista, a luta pelos direitos das mulheres e dos negros são apresentados de forma elegante, sem didatismo e sem a intenção de ser manual histórico sobre esses fatos.
Uma grata surpresa; agora é fazer a lição de casa e ler um pouco mais sobre os fatos e personagens que o livro apresenta de maneira tão envolvente.

@leiturasdosamm
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Rafael 24/09/2021

Música transformada em palavras
Como o título da obra já indica, "Ragtime" se mostra um livro muito interessante por conseguir traduzir, em palavras, o ritmo musical que lhe nomeia. Sincopado desde o início, a leitura se mostra, por vezes, arrastada e desconexa, como se um músico "virtuose" começasse a improvisar sua melodia por meio de uma simples inspiração. Acordes bonitos e conhecidos, mas não necessariamente concatenados, nos são submetidos e, talvez por isso, podem causar certo estranhamento. Confesso que, até a página 120, o ritmo do livro não me animou muito, mas, daí em diante, é como se a música nele contida chegasse a apoteose, promovendo um frenesi no ouvinte que o impede de largar a leitura (ou deixar de ouvir a música). Por isso, fica a advertência, insista na leitura, pois a obra merece ser lida. Feita essa indissociável comparação musical, o enredo da obra não deixa nada a desejar e somos apresentados a uma América do Norte que, a despeito da época, apresenta contradições ainda presentes na contemporaneidade. Feminismo, racismo, sexismo e tantos outros temas incipientes naquele tempo, parece que não amadureceram muito desde então, pois o debate permanece praticamente no mesmo ponto inicial. Isto é, embora tenhamos evoluído enquanto sociedade, parece que não evoluímos em igual proporção enquanto seres humanos, já que os mesmos embates de outrora persistem. Se não bastasse tudo isso, o autor ainda nos brinda com o interessante recurso de não nominar as personagens principais. Essas, em verdade, são chamadas de Mamãe, Papai, Vovô e daí por diante, permitindo que o leitor encare-as como standards (personalidades padrões) da sociedade daquele momento, sem lhes retirar a individualidade. É dizer, o escritor é genial em aproximar as personagens a qualquer pessoa, já que qualquer uma pode ser Mamãe ou Papai, contudo sem lhes retirar a própria essência, dando-lhes certas nuances única. Aliado a isso, ele ainda mistura ficção com realidade ao inserir no texto figuras históricas e reais, dando ares de concretude aquilo que é narrado. Enfim, é uma obra singular que merece, de fato, ser lida.
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Adla Kellen 10/04/2020

Ragtime é um livro bem escrito, que mistura personagens reais com personagens fictícios. E mistura história com meio social.

Em vários momentos podemos perceber histórias reais, como a viagem de Freud aos EUA, a chegada ao pólo Norte e até sobre Ford e a produção em massa para fabricação de automóveis, e outros personagens reais.

Mas o livro não é somente isso. Tem uma profunda crítica social que vai se desenrolando com a história.

No início não fica bem claro a história mas com o desenrolar pode-se entender toda a conexão dos personagens.
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de Aquino 08/07/2021

Gracioso
Um livro suave, inusitado, divertido e muito bem escrito. Algumas aparições tornam a coisa toda ainda melhor.
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Yara 22/04/2020

Ragtime
A leitura tem o exato ritmo musical e leva a gente à época. Devorei esse. Um dos meus preferidos, e a edição TAG que tenho é LINDA de viver.
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Eva 12/07/2022

Ragtime
Ragtime é um livro com uma mistura de ficção com fatos históricos e de leitura impactante e fluida...
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Gisa 21/12/2021

Uma mistura de ficção com acontecimentos históricos, acompanhamos o "sonho americano" de uma família branca de classe média em oposição aos excluídos deste sonho: uma família negra e uma família de imigrantes.

Um panorama crítico dos Estados Unidos do início do Século XX que mistura personagens fictícios sem nome (os personagens principais são "Mamãe", "Papai", "Irmão mais novo da mamãe") com personagens reais como Henry Ford, Freud e Emma Goldman (?) entre outros.


Uma boa história com uma escrita bem fluída e  no ritmo do Ragtime, gênero musical criado por afro-americanos no final do século XIX e muito popular na época em que se passa o enredo.

Vale a leitura ?
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Ronan.Azarias 17/08/2017

O livro tem uma cadência que completamente diferente. A trama não tem reviravoltas, não tem personagens que eu costumo dizer "acima da média normal" em nenhum sentido. São pessoas como eu ou você. A história fui como o ritmo que intitula o livro, sem pressa e despreocupadamente. Os personagens históricos se apresentam simplesmente como pessoas comuns, fora daquela aura de misticismo que costumamos das à elas. A prosa é tão simples que o leitor consegue acompanhar toda o desenvolvimento sem se preocupar com as entrelinhas. Um livro que merece uma leitura em dias calmos e despreocupados.
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Iris Ribeiro 13/09/2017

"Não toque rápido esta música. Ragtime não é para ser tocado depressa..."
Comecei a ler sem expectativa alguma. Não conhecia sobre o que ele se tratava e nunca tinha lido tanto sobre, quanto o autor, e inclusive nem sequer sabia da existência dele. (perdoem-me)
Sobre Doctorow, a simplicidade de sua linguagem é o que encanta, enquanto Ragtime há um encontro entre personagens reais e fictícios, o que é bem legal e diferente. O autor também traz discussões sobre política e problemas sociais, como o racismo, de forma que permite fazermos parte da história e das vidas dos personagens de uma forma sutil.
O romance, no entanto, pouco menciona o ragtime em si. Entretanto, ao mesmo tempo, inspirado nele, pois tem em sua narrativa nuances e ritmos semelhantes a uma composição musical. Agora, imagina só uma narrativa em ritmo de forró, por exemplo, como seria?
A narrativa é calma e tranquila, sem grandes acontecimentos ou reviravoltas. Os capítulos passam a impressão de não terem objetivo algum, de serem apenas mais uma história. No entanto, ao final do livro, nenhuma história e nenhum personagem passam despercebidos ou em vão. Confesso que, me senti perdida em relação ao tempo, pois não é demarcado de forma clara. A história termina mais ou menos em 1914, no início da Grande Guerra Mundial, o que dá a entender que se passaram 14 anos, sendo que, não há como perceber, é como se no último capítulo o tempo corresse mais rápido do que foi durante todo o livro.
Os personagens somem e depois reaparecem em uma posição totalmente diferente de onde estavam há uns 10 capítulos atrás sem nenhuma menção. Esse processo dá, novamente, a sensação de tempo perdido ou algo fora da linearidade do tempo, como se para uns personagens tivessem se passados anos e, para outros, apenas algumas semanas.
Contudo, os protagonistas reais não são a família. Eles, ao meu ver, são apenas os atingidos pelo andar da história, mas eles em si não a fazem acontecer. O que eventualmente classificaríamos como personagens secundários são os que realmente direcionam o sentido da narrativa.


site: instagram.com/_prologo
Maria Fernanda 14/09/2017minha estante
tá cada vez melhor nas resenhas, bicha


Iris Ribeiro 15/09/2017minha estante
Ai mulher, obrigada, e vindo de tu é um elogio supremo




Leila 15/03/2023

Olha eu travada aqui de novo, sem saber fazer um texto para um livro. Dessa vez porque estou numa situação ambígua, não sei se gostei de Ragtime ou não. Os temas abordados dentro da obra são muito importantes, tais como imigração, racismo, efervescência musical, arte, desenvolvimento econômico, injustiça social, etc, mas parece que faltou algo para me pegar pelo coração, sabe? Achei interessante como o autor mesclou personagens com pessoas reais, como foi jogando os fatos históricos dentro da narrativa, mas a mim parece que faltou uma liga, que levasse todos esses personagens ao meu coração. Então hoje serei assim, super breve e darei tempo do livro se assentar em mim e ver para qual lado o pêndulo cairá.
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Dani 15/09/2020

O autor mescla ficção com acontecimentos históricos dos Estados Unidos no início do século XX. Não tove facilidade em ler o livro, em alguns momentos a leitura se torna confusa. Mas ainda assim, é uma obra interessante.
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Luma 15/02/2023

Vale a leitura ...
Um livro bem fluido, permeado de acontecimentos históricos e que junta personagens reais com ficção. As histórias vão se encadeando e a narrativa faz sentido.
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Caroline Gurgel 29/08/2017

Escrita contagiante

Eu já tinha cancelado minha assinatura da Tag (clube de livros) quando vi, sem querer, uma foto do livro do mês. Era Ragtime em uma edição belíssima, com um piano que se transforma no skyline novaiorquino. Além disso, o livro é um dos 1001 para ler antes de morrer, portanto, corri para renovar minha assinatura a tempo.

Ragtime é um gênero musical que nasceu no final do século XIX nas comunidades negras dos Estados Unidos, sendo precursor do jazz. O livro de Doctorow se passa no início do século XX, quando o ritmo, que tinha o piano como seu principal instrumento, estava no seu auge.

Depois da capa glamourosa, da explicação sobre o ragtime, da playlist maravilhosa e do mimo em formato de piano que a Tag enviou, criei grandes expectativas e imaginei que teríamos o ragtime, seus músicos e algum clube como cenário. Pra não dizer que não tem nada disso, um dos personagens principais menciona que é músico e toca uma única vez o piano. Só. [Sim, há referências na capa que podem ser apontadas, como uma chuva de fogos ou o piano, mas simplesmente não funcionou para mim.]

Tirando a falta de conexão entre capa e história, o livro é excelente, embora não tenha um pingo de glamour. É uma história triste, de preconceitos, de sobrevivência, de rótulos, de segregação. São muitos personagens, entre fictícios e reais, que aparecem e desaparecem, se conectam e se perdem.

A escrita de Doctorow é fabulosa e nos leva a ler páginas e mais páginas sem sentir. Se o ragtime tem algo a ver com essa história, certamente é com o estilo de narrativa meio descompassada, meio solta, meio bagunçada, mas que no final tem harmonia, tal qual o gênero musical. Pode parecer loucura, mas depois de ouvir as músicas foi inevitável a associação do ritmo delas à escrita do autor.

Além da escrita, um ponto alto são os personagens históricos que enriquecem o livro, como Evelyn Nesbit, Henry Ford e J.P. Morgan. Destaco também os personagens sem nome, que pregam uma peça no leitor lá nas primeiras páginas, fazendo com que pensem estar lendo um história em 1ª pessoa.

Ragtime me fez entender de forma bem clara um pouco do que foi o início do século XX nos Estados Unidos e todas as dificuldades e preconceitos sofridos pelos imigrantes. Um bom livro, sem dúvidas, e só a escrita já vale a leitura.

4.5/5 estrelas
3/5 corações

@historiasdepapel_

site: www.historiasdepapel.com.br
Oseas.Carlos 21/09/2017minha estante
Ótima resenha. Estou finalizando o livro e amando.




Elineuza.Crescenci 04/03/2021

Rítmo frenético
Tema: Leituras de Março 2021 (1)

Título: Ragtime
Autor: E L Doctorow
País: Bronx, Nova York - EUA
Páginas: 248
Avaliação: 3/5
Término da leitura: 04/03/2021
Abril Cultural SP 1983

O Autor
Escritor, Editor e professor. Conhecido internacionalmente por suas obras de ficção histórica. Nascido em Janeiro de 1931 no Bronx em Nova York.

A Obra
Conta simultaneamente histórias e a vida de três famílias. Uma de protestantes brancos, uma de negros e outra de judeus. O atrativo do livro é que todos os fatos estão ambientados no início do século XX e se estendem até o início da primeira grande guerra. A mistura de fatos históricos e ficção é o outro grande atrativo do livro. O nome do livro faz referência a um ritmo musical predominante na época.
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Admirável Mundo Literário 15/06/2020

Resenha n°12 - Ragtime - E. L. Doctorow
O livro apresentará, inicialmente, as famílias que formam uma pequena parte da história do livro. Papai, Mamãe, Irmão mais novo de Mamãe, vovô e criança formam a tradicional família estadunidense, carregada de estereótipos que o início do século XX representa. Tateh, Mameh e Meninazinha formam a família secundária, imigrantes judeus que buscam condições melhores de sobrevivência no âmago de uma sociedade americana imersa na segunda revolução industrial.

Se o núcleo narrativo já estava bastante dividido entre as duas famílias fictícias criadas pelo autor, este, não satisfeito, introduziu figuras históricas emblemáticas no enredo, como o ilusionista Houdini, o criador do Fordismo Henry Ford, o banqueiro J. P. Morgan, a anarquista e ativista Emma Goldman, a modelo e cantora Evelyn Nesbit, entre muitos outros. Com isso, os capítulos revezavam entre os diversos personagens reais e fictícios, entre acontecimentos que realmente aconteceram e todos os outros ficcionais e o livro tornou-se um emaranhado de acontecimentos perdidos e pouco aprofundados.

O autor introduziu inúmeras questões extremamente relevantes para tratar durante o livro, como imigração, xenofobia, machismo, injustiças, racismo e o movimento operário sindicalista. Contudo, como havia inúmeros núcleos narrativos, todas as pautas não foram aproveitadas e os personagens importantes foram esquecidos em grande parte da leitura. Percebi, na parte final do livro, que muitos personagens ainda não possuíam desfecho e como esperado, o autor resgatou-os com muita brevidade e pressa, atribuindo um fim qualquer para muitos deles.

Apesar de tudo, vale a leitura. A escrita do autor é bastante fluida e deve-se apegar aos importantes contextos colocados na obra.

Citação: "O fato de se considerar um cavalheiro em todas as suas atitudes é uma autoilusão de todos aqueles que oprimem a humanidade"

Nota: 5/10

site: https://www.instagram.com/p/CBeQuZwDbtg/
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