Fernanda 13/05/2013Resenha: Insurgente Resenha aqui:
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Resenha: Insurgente é o segundo volume da série distópica de Verônica Roth, e para quem acompanhou a resenha de Divergente pôde perceber o quanto gostei da narrativa da autora. Normalmente, é difícil uma trama me impressionar mais que o primeiro livro, porém esse sendo a continuação me encantou igualmente e só me fez ansiar por mais. A trama é fascinante e inicia logo onde terminou Divergente. Fiquei meio perdida até me situar novamente na história, mas creio que seja pelo fato de que é preciso voltar novamente aos fatos anteriores. Confesso que fui conferir de novo as últimas páginas de Divergente, para poder me situar completamente. O mais interessante neste enredo é poder conhecer melhor as facções e entender todos os sentidos deste novo mundo. O ritmo dos acontecimentos se tornou cada vez mais ágil e intensificado, fazendo com que o leitor se prenda à leitura de um jeito totalmente frenético.
“– Às vezes – disse ele, deslizando os braços ao redor dos meus ombros – , as pessoas só querem ser felizes, mesmo que seja de uma maneira irreal.” Pg. 74
Beatrice Prior – ou Tris – está cada vez mais impulsiva, porém seu estado físico e emocional requer muita atenção, diante de tantos acontecimentos e escolhas difíceis. Quatro – ou Tobias – parece estar meio perdido... Não sei se essa seria a palavra certa, mas parece que ele não sabe realmente qual o caminho seguir. Em algumas partes, é perceptível a maneira como ele se mostra confuso, inseguro e por vezes irritadiço. O que dizer da relação dos dois? Conflitante não é bem a palavra real, mas confirma algumas ações de Tris e Quatro. Falta confiança entre os dois, e por isso a relação se encontra meio balançada, apesar do sentimento ser intenso. Tenho que dizer: fiquei com o coração apertado cada vez que eles discutiam ou acontecia algo que poderia influenciar no caso dos dois. Posso dizer também que senti falta de algumas explicações para as ações de Quatro. Mesmo que a narrativa seja feita por Tris, acredito que o enredo seria engrandecido com algumas narrações feita por nosso querido Tobias. Os outros personagens secundários também entram em cena, assim como em Divergente, apresentam grande importância na trama. Apesar de que, preciso alertá-los, caso não tenham lido ainda, estejam preparados para fortes emoções e reviravoltas chocantes.
“Queremos estabelecer uma nova sociedade. Uma sociedade sem facções. – Minha boca fica seca. Sem facções? Um mundo onde ninguém sabe quem é ou onde pertence? Não consigo nem imaginar isso. Só consigo imaginar o caos e o isolamento que isso provocaria.” Pg.115-116
Neste novo enredo, os personagens finalmente entenderam a real importância de lutar por seus objetivos. Depois de uma fase considerável de aprendizados, onde todos se encontravam meio perdidos, o que importa agora é encontrar um foco que os instrua a decidir o futuro da nação. E por meio disso, é importante destacar que todas as ações, serviram como base aos personagens, no quesito amadurecimento, e as facções acabam se tornando responsáveis por tais lições. A fragilidade também está presente nas páginas, diante de alianças e escolhas mal formuladas e culpas compreensíveis. A autora expande as cenas de ação e se mostra impiedosa e imprevisivel diante de algumas realizações, deixando os leitores abismados e cada vez mais alucinados.
“De repente, fico paralisada. Um dos feixes azuis está fixado em meu peito. Mergulho para o lado, para fugir da linha de fogo, mas não sou rápida o bastante. A arma dispara. Eu desabo.” Pg. 179
O final não apresentou ser tão surpreendente, porém deixou grandes pontas soltas para o próximo volume – que espero, não demore tanto – e diante das revelações, já dá para sacar quais serão os assuntos tratados na continuação. No quesito de edição, a Editora Rocco está novamente de parabéns pelo excelente trabalho realizado na capa, na tradução e em todo o conteúdo.
“ – Jeanine não quer matar a todos – digo lentamente. – Ela sabe que isso seria ilógico. Nossa sociedade só funciona com todas as facções, porque cada uma delas treina seus integrantes para funções especificas. O que ela quer é controle.” Pg. 201
Você não leu Divergente ou Insurgente ainda? Está esperando o que? Essa série distópica, com certeza é uma das mais elaboradas e condizentes com o gênero. Leitura mais que recomendada!
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