spoiler visualizar.dandaya 18/04/2023
Eu vou sentir muito a sua falta...
Eu ainda me encontro procurando as melhores palavras para definir o que essa leitura foi para mim. Definitivamente não esperava nada do que li no livro, eu fiquei perplexa. Harry Potter foi o meu conforto pelos últimos meses, quando eu estava triste, cansada, feliz, me sentindo só, eu sempre abria o kindle e via minha companhia ali, em Harry, Ron, Hermione e todos os outros. Minhas palavras são tão reais, de tamanha sinceridade, que se eu for observar o meu histórico de leitura de todos os livros de Harry Potter somente para parte da resenha e atualizações, eu teria resenhas quase completas com tudo o que eu penso à cada vez que seguia com a leitura. Terminei de ler As Relíquias da Morte há alguns dias e enrolei para atualizar meu histórico e finalizar de uma vez, porque eu senti medo de perder o que tinha criado em meu coração assim que finalizasse a resenha... porque eu simplesmente não sabia como finalmente me despedir dessa leitura que me proporcionou uma viagem e momentos tão deliciosos—dos quais nunca me esquecerei.
Me senti radiante em não ter um minuto sequer de muita calmaria, porque não passa aquela sensação de livro arrastado demais, como senti em Ordem da Fênix. Em contrapartida, achei o livro um tanto que trancado para algumas coisas em específico, como o que aconteceu com os personagens secundários que morreram durante a batalha final. E estou indignada por não terem colocado a batalha final exatamente como no livro, mesmo que de forma mais simbólica. Como eu disse em um comentário em um dos meus últimos históricos de leitura: "Sempre imaginei que na batalha final, Voldemort se mostraria fraco, lesionado, doido, doente, qualquer coisa desse tipo—e eu nunca imaginei que no livro entregava justamente isso!"
Eu adorei ver o crescimento dos personagens nesse livro, principalmente o Harry, claro, me surpreendeu bastante o amadurecimento dele, principalmente quando parte para a sala do diretor e ele diz que não quer estar com a Varinha das Varinhas. Achei muito inteligente da parte dele de usá-la para restaurar sua primeira varinha e devolveu a outra à Dumbledore, depois de conversar com ele. Aliás, esse é um outro personagem que me surpreendeu, e muito, porque eu nunca imaginei um Albus Dumbledore tão frágil e quando Harry “morre” e eles conversam em King’s Cross, ele se demonstra tão humano quanto a todos os outros personagens, como um ser humano com falhas e acertos, e eu senti um certo rancor quando Aberforth fala do irmão e suas ambições, até mesmo quando Harry esteve na penseira com as lágrimas de Snape, mas isso passou assim que eu li o livro e eles conversavam sobre a vida de Albus, onde ele chora ao falar da sua vida desde novo, sobre Grindelwald e até de sua irmã, Ariana. Eu me senti melhor em relação ao Diretor ao decorrer dessa cena descrita no livro.
"Ele era muito mais inteligente. Ele era bruxo melhor, um homem melhor."
Em memória de Albus Dumbledore.
"Você não matará mais ninguém esta noite. Você não será capaz de matar mais nenhum deles nunca mais. Você não percebe? Eu estive disposto a morrer para impedir que você parasse de ferir essas pessoas [...], mas tive a intenção, e foi isso que fez diferença. Fiz o que minha mãe fez. Eles estão protegidos de você. Não percebeu que seus feitiços contra eles não são duradouros? Você não pode torturá-los. Você não pode tocá-los. Você não aprende com seus erros, Riddle, não é?"
"Esta é sua última chance. E a única que lhe resta. Vi no que se tornará. Seja homem, tente ter algum remorso."
"Será que a varinha reconhece que seu último mestre foi desarmado? Porque se sim... Eu sou o verdadeiro mestre da Varinha das varinhas."
"Nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver."
"Avada Kedavra!" "Expelliarmus!"
E acabou.
"A cicatriz não machucava Harry há 19 anos. Tudo estava bem."
Eu vou sentir muito a sua falta... tenho certeza de que irei.
Mas isso não é um adeus. Te releio em breve!