A Última Carta

A Última Carta David Labs




Resenhas - A última carta


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Fernanda 06/05/2013

Resenha: A Última Carta
Resenha aqui: http://www.segredosemlivros.com/2013/05/resenha-ultima-carta-david-labs.html


Resenha: A Editora Biruta mais uma vez está de parabéns pela excelente diagramação e trabalho. Desta vez, o livro em destaque se chama “A última carta” do autor David Labs e com ilustrações de Casa Rex. Ilustrações estas, que apresentam um ótimo jogo de cores e sincronia com o enredo. Pode-se dizer que esta obra me cativou do começo ao final, entretanto acredito que as cenas poderiam conter uma maior descrição para manter o envolvimento com o leitor. De qualquer forma, os personagens foram muito bem construídos, fazendo com que a própria narrativa fluísse de maneira ágil e determinante.

“Há duas noites não consigo dormir. Sinto-me desestimulada para a vida. Meu admirador nunca esteve comigo e, no entanto, tudo parece pleno de sua existência, de seu perfume! As sensações são tão vívidas que tenho vontade de gritar. Estranha forma de se conceber o amor. Vou apagar a luz e engolir a angustia enquanto espero para ser amparada.” Pg.33

Na trama, conhecemos Luda Glauben, que se vê perdida diante de uma situação complicada, onde envolve consequentemente o seu futuro. Por obrigação, ela deve se casar com Lucas Gentille, que provém de uma família rica e estruturada. Porém ela não quer que tal fato se realize, ainda mais por que recebe cartas de um certo admirador secreto. Muitas coisas influenciam na decisão em não querer se casar com o seu prometido, mas o mais importante é que a moça se vê envolvida demais com a pessoa que lhe envia as cartas. O mais interessante é o mistério descrito nas páginas, o que nos faz querer saber quem é esse personagem.

“Veja, meu caro, amo tanto! Não obstante, desconheço-o. Meu coração não quer se enganar, será você para sempre. Mesmo que o sempre dure o tempo de uma ilusão. Estarei na cidade nos próximos dias salvo um erro de cálculo. Não assinarei.” Pg.46

Entre os anos de 1939 e 1961 somos apresentados a algumas partes do diário de Luna. Estas páginas apresentam todos os sentimentos mais profundos e narram com profundidade todos os acontecimentos vividos por ela. No decorrer da história, é perceptível a mudança de Luna, talvez diante de tantos acontecimentos e decepções.

“E quanto a você, minha doce ilusão? Sua decisão foi fundamental para o destino de muitas pessoas. Se aqui estivesse, eu não teria dedicado nenhuma preocupação a elas. Gostaria de reencontrá-la, constatar o que sinto por você. Verificar se ainda é possível vencer este terrível demônio do esquecimento. Faça-me uma surpresa.” Pg.90

No meu ponto de vista, as ilustrações podem significar a concepção de loucura – e ou, confusão – em que se encontra a vida de Luna, mas acredito também que as mesmas ilustrações podem representar vários outros tipos de interpretação, depende da opinião de cada leitor também.




Resenha aqui: http://www.segredosemlivros.com/2013/05/resenha-ultima-carta-david-labs.html
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Heidi Gisele Borges 12/09/2012

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“Todos os habitantes daqui conhecem pretensiosamente a boa música e livros de boas capas não faltam nas bibliotecas residenciais, reluzindo em suas prateleiras. Alguns, decorados em sequências inteiras (...). Acredito que as leituras exigem responsabilidade. Não se pode decorar algumas páginas e dizer que se conhece um livro. Heréticos”

Em A Última Carta (Editora Biruta, 140 páginas, R$34) tem três formas de apresentação do texto, ora o narrador (em primeira pessoa), ora as cartas e ora o diário de Luda fazem a leitura fluir, pois é uma ideia diferente do comum e bem construída. Ligadas, explicam o que ela e seu admirador secreto sentiam um pelo outro.

“Com era a indefinição do tempo naquela casa quando eu estava ali. Poderia haver paixão entre nós. Impossível saber se era a mesma paixão dos dias anteriores”, pág 69.

São usadas partes do diário escritas entre os anos de 1939 e 1961 para mostrar com certa lógica o que – e como – tudo aconteceu na vida dessa mulher, que talvez pudesse ter uma vida normal, comum, mas ao reestruturá-la temos uma Luda com muitas caras, várias expressões, não tão comuns e que podem assustar.

Senti um peso, uma tristeza, no momento em que, num trecho de seu diário, Luda conta que foi abusada pelo próprio pai e o descaso da mãe – o que me fez lembrar um pouco de Rossana, do livro Distúrbio.

“Eu movia o corpo, buscando livrar-me daquele peso e erguer-me, mostrar um símbolo, a cruz em meu pescoço. Queria atirar uma prece, acreditar na salvação. Em vão. Eu jamais derrotaria aquele demônio (...). Eu sentia frio, estava hipnotizada, presa do torpor. Não sabia se estava desperta, confundia pesadelo e realidade, mas vi o invasor ir embora. Eu ia morrendo lentamente enquanto sentia o sangue escorrer em minhas pernas. Minha mãe veio e me convenceu que se tratava de um pesadelo e o sangue era da minha menstruação”


A história se passa no fim da Segunda Guerra Mundial e alguém está com o diário de Luda, faz todas essas ligações e as possíveis reações aos fatos, dos mais corriqueiros aos mais pesados.

Luda se mostra fria. Talvez a forma como fora criada reflita em sua vida adulta e a transforme em alguém sem muito respeito pelo próximo, somente desejando que seus caprichos sejam realizados. Em certa parte não tem como continuar sentindo pena daquela menina-mulher, o sentimento se transforma em algo ruim diante da frieza das mortes da mãe e do marido.

A decepção, a quase repulsa pela família talvez a fizesse mais humana, e talvez a tornasse mais cruel.

“Nas ocasiões de seus noivados, minhas irmãs riam loucamente, saboreando joias e vestidos, enquanto meus pais aplaudiam e olhavam como raposas”

Esse é o primeiro romance de David Labs, e conseguiu criar uma história que prende e faz o leitor querer saber quem narra, quem pode ler o diário – os pensamentos de outra pessoa podem ser bastante cruéis para quem os lê, deve-se esperar qualquer sentimento, qualquer reação, sem exceção. E essa questão de descobrir quem conta a história se torna até mais importante, mais necessário do que a vida da menina-mulher, prometida em casamento a um e recebendo cartas anônimas de outro, e é esse justamente por quem se enamora e sofre.

Há muitas ilustrações, na verdade tentativas, são rabiscos que podem significar a confusão da personagem, algumas se sobrepõem e podem ser interpretadas como uma agonia. Mas são apenas hipóteses.

*****
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Joshua 16/01/2013

Cativante, mas não tão explorado, mas vale a leitura em forma de devaneios que fará o leitor se apaixonar pela leitura do começo até o fim.
A Última Carta é um livro cativante desde o começo, com uma linguagem bela, uma narração deliciosa, e uma ambientação e personagens bem definidos. O autor brasileiro, David Labs, soube mesclar passado e presente, emoções e diversos sentimentos em seu livro, de forma lenta, passo a passo, para que desvendemos a história de Luda Glauben, a personagem principal desse livro com características bem peculiares.


O livro para mim foi uma grande surpresa. Quando solicitei para resenha a obra a Editora Biruta, tinha uma ideia totalmente diferente do que eu encontraria nele. Como disse, é um livro cativante em muitos dos seus aspectos, e quando menciono que tem uma linguagem lenta, passo a passo, é como o autor teve a preocupação de não deixar nada passar na história de Luda.

A caçula da família Glauben tem seu destino forçado quando seus pais querem que ela se case com Lucas Gentille, filho único de uma família rica e influente na pequena cidade de Vagas do Destino. O problema é que Luda não se conforma com o casamento, não apenas pela aparência de seu noivo, mas também pelas cartas. Luda começa a receber cartas sem identificação de um admirador secreto que diz que ama ela. A jovem decide ir até o fundo com esse romance escondido, mas sua família ainda é um empecilho que trava o seu verdadeiro destino.

A narração é fantástica, e o autor usa verbetes bem pomposos o que engradece o enredo. E falando sobre o enredo, temos um narrador meio personagem, meio observador, e talvez, meio onisciente. Este personagem que não tem identificação tem suas palavras em primeira pessoa escritas em itálico no livro, e é ele, uma espécie de detetive, que tenta redescobrir o passado e vida de Luda, saber o que lhe aconteceu. Chegamos a vê-lo cogitar diálogos em que Luda participara, investigando seus passos. Na minha opinião o autor quis que os leitores também redescobrissem, junto com esse misterioso personagem, o passado de Luda. E isso foi um ponto positivo. O livro também tem trechos retirado do diário de Luda, onde a narração é mais rica, mas também, complexa, pois é onde a personagem larga seus sentimentos, emoções, pensamentos. O diário cobre os anos entre 1939 a 1945, e nesses anos que vemos as reviravoltas da vida de Luda. Há também a reprodução das cartas misteriosas que Luda recebia, mas uma coisa que preciso falar, é que o título do livro ficou meio vago. O livro não tem uma presença intensa de cartas, é mais ou menos o diário de Luda. O nome poderia ser O Diário de Luda ou A Vida de Luda, ou não sei o que, mas acho que A Última Carta não foi o título perfeito que bata com o conteúdo do livro.

O final de A Última Carta é o ponto máximo da vida de Luda. David Labs cria veredas que não passariam por nossa imaginação no começo do livro, e vemos a transformação, evolução, senão revolução e rebelião de Luda, uma personagem inocente, inconformada, mas que passa a ser adulta e cheia de si. Teve vezes que achei ignorante Luda, mas a vida foi ignorante com ela, apesar de seus feitos não terem 100% minha aprovação. Fora isso, o desfecho do livro é tão bom como todo o livro, e Labs nos entrega uma história que não é um mar de flores, que não possui uma protagonista certinha, mas sim, como a vida é, se tomarmos as atitudes certas.

O trabalho gráfico da Editora Biruta é de se apreciar! E mais ainda as ilustrações e capa, feitas por Gustavo Piqueira da CASA REX. Os desenhos são abstratos, e na minha opinião, é uma analogia a mente de Luda e ao seu mundo. Os traços ficam sobre traços, mas você consegue visualizar o interior do desenho, mas mesmo assim está confuso. Gostei muito disto.

Para fechar a resenha, digo que recomendo o livro, mas vá sem expectativas, pois assim você se surpreenderá e apreciará mais ainda a narração e enredo de David Labs.
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Aline T.K.M. | @aline_tkm 08/05/2013

Surpreendentemente maduro
História sensível e de incertezas; bastante madura - tanto o enredo quanto a própria narrativa.

Para ver a resenha que gravei em vídeo, acessem:

http://livrolab.blogspot.com.br/2013/04/video-review-ultima-carta-david-labs.html

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ricardo_22 31/03/2015

Resenha para o blog Over Shock
A Última Carta, David Labs, ilustrações de Casa Rex, 1ª edição, São Paulo-SP:
Biruta, 2012, 140 páginas.

Assim como tantas mulheres com vidas semelhantes a sua, Luda deveria seguir o destino traçado por interesses familiares e assim perder a chance de viver ao seu próprio modo. Mas uma carta anônima conseguiu balançar os seus desejos, por isso ela passa a se entregar com todas as suas forças a um provável grande amor.

“Não duvido do talento de Luda para forjar uma convincente crise de nervos. Tornou-se dissimulada com as experiências, atriz. Inúmeras vezes, desde o início deste livro, me perguntei quando escrevia a verdade e quanto a manipulava em nossas conversas na Rua da Brisa. E, admito, quando mais acreditei em seus relatos foi nos momentos em que tinha certeza de que mentia” (pág. 91).
O provável cenário de uma obra literária muitas vezes é suficiente para despertar a curiosidade. Entre todos os cenários que um dia já me motivaram a iniciar uma leitura, a Segunda Guerra Mundial talvez seja a mais recorrente, mas em nenhum caso anterior aconteceu o mesmo que em A Última Carta, primeiro romance de David Labs.

Apesar da época que se passa a história — meados da década de 40 —, a Segunda Guerra Mundial é um elemento insignificante ao enredo, que tem como foco muito mais o amor e as personalidades dos protagonistas. A história, portanto, poderia se passar em qualquer época ou lugar, por isso o cenário que encantou não necessariamente é o grande diferencial da obra.

O autor paulista David Labs apresenta uma estrutura narrativa bem peculiar. Em um mesmo capítulo, encontramos trechos de um diário, cartas e até mesmo narrativas em primeira pessoa de um narrador misterioso que conhece alguns fatos e imagina como teriam acontecido os demais. Ele é o responsável por contar a história de Luda e faz isso de um modo muito próprio, como um verdadeiro investigador, e é essa estrutura diferente que torna a leitura agradável e de uma rapidez muito significante.

A leitura agradável, no entanto, não é suficiente para que a história conquiste tanto quanto o esperado inicialmente. A verdade é que por mais que tenha uma simplicidade tocante, falta algo que torne tudo mais especial como uma história de amor deve ser. Talvez uma profundidade maior ou simplesmente um amor mais intenso, o que pode não acontecer devido ao estilo narrativo da obra. Uma grande contradição se pensarmos que ao mesmo tempo em que agrada o estilo também é capaz de prejudicar.

site: http://www.overshockblog.com.br/2015/03/resenha-317-ultima-carta.html
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Juh Claro 23/10/2015

A Última Carta nos traz a história de Luda Glauben, contada ora pelo narrador do livro, ora por suas lembranças registradas em um diário que ela deixou com esse narrador e também por cartas, como não? A história que todos esses elementos contam é sobre a vida de Luda, que se via em uma posição complicada pois estava com seu destino marcado, já sabendo com quem deveria se casar por se tratar de um homem de uma família respeitada e rica, os Gentille. Acontece que Luda não é uma pessoa muito fácil e conformada e se revolta com tudo isso, principalmente após passar a receber cartas de um admirador secreto que se declara à ela.

Ela tenta de todo o jeito fazer com que não a obriguem a casar-se com Lucas Gentille e planeja fugir junto a admirador, para Paris. Após o primeiro encontro com o admirador, Luda já não tem o mesmo encanto enquanto conversava com ele somente por cartas, mas fará de tudo para sair de Vagas do Destino e de perto de seus pais.

Confesso que a leitura se arrastou um pouco do meio do livro para o final, mas talvez eu não lido no momento certo. É um pouco confuso também, se você não conseguir acompanhar o que é diário e o que são os achismos do narrador, mas aos poucos você vai se acostumando.

O modo como o narrador – vizinho de Luda – tenta desvendar tudo que ela escreveu no diário e o que estava nas cartas, através de diálogos imaginários, é feito de uma forma séria, que faz com que você também venha a usar a imaginação para ligar todos os pontos e tentar entender pelo que Luda passou durante a sua vida e a 2ª Guerra Mundial. Uma época que, com certeza, não foi muito fácil de ser vivida.

NA ÍNTEGRA NO BLOG!

site: http://juhclaro.com/resenha-a-ultima-carta-david-labs/
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