Confissões de um comedor de ópio

Confissões de um comedor de ópio Thomas de Quincey




Resenhas - Confissões de um comedor de ópio


6 encontrados | exibindo 1 a 6


Flávio 23/10/2023

Interessante e confuso.
Tinha tudo pra ser um ótimo livro. Não é ruim de todo, tem uns trechos e frases muito interessantes. Mas ficou muito a desejar.
comentários(0)comente



Kerlany 26/07/2022

Eu achei uma história bem ble.Ao ler essa história me pareceu que o autor á escreveu de qualquer jeito, não tem como se apegar a algum personagem não tem como nem sequer lembrar de um.
comentários(0)comente



pipa 01/05/2015

o mundo maior e obscuro dos sonhos
Thomas De Quincey expõe de maneira sensível e quase didática sua experiência enquanto consumidor de ópio por mais de 50 anos - entremeada as suas memórias, da fuga do seu internato à viagem até Londres, passando pelo País de Gales; valendo-se de recursos estilísticos sofisticados e viés psicológico, sobre tudo ao que tange as dificuldades de sua infância e adolescência - que reverberarão nos sonhos futuros. De Quincey fornece ricas descrições da sua incursão ao uso do ópio, bem como dos efeitos e sintomas da substância - de láudano a expansor de consciência, bem como os pesadelos e o vício. Confissões de um comedor de ópio é um livro inaugural do que se pode chamar "literatura de drogas", escrito em 1821, influenciará intelectuais e movimentos futuros, como Baudelaire e, mais à frente ainda, os beats. Apesar do título, que poderia dar margem a uma história de penúria, Confissões se mostra o oposto: um livro de compaixão pela miséria humana e, principalmente, de profundo respeito aos poderes do ópio: "minha intenção com essas Confissões foi celebrar o poder do ópio -- não sobre a doença e a dor físicas, mas sobre o mundo maior e mais obscuro dos sonhos" (Thomas De Quincey)
comentários(0)comente



San... 03/06/2013

O livro, pelo titulo, parecerá ao leitor um apanhado de horrores vividos por conta de um vício. Não se engane quanto a isso. Na realidade, o Autor nos conta uma parte de sua vida, fala de algumas pessoas com as quais travou conhecimento, tece algumas impressões sobre acontecimentos vividos e conta sobre seu consumo de ópio, considerado exagerado pelos parâmetros dos médicos da época (pelos parâmetros dos médicos atuais, ou o autor exagerou ao falar da quantidade usada ou escreveu o livro após sua morte por overdose). Também conta sobre alguns pesadelos motivados pelo uso do ópio e alude à tentativas feitas para reduzir seu consumo. Um tanto insípido para o meu gosto, deu a impressão de tratar-se do esboço de um roteiro para filme ou peça teatral, despido de conteúdo emocional. Mas talvez essa insipidez se deva ao fato de que a ótica da narrativa esteve a cargo do próprio usuário do ópio.
comentários(0)comente



Carlos Fernandes 21/06/2012

Confissões de um comedor de ópio
Creio que todo livro que retrate o lado das experiências nas emoções e o porque da "paixão" que o motiva a continuar no convívio com substâncias químicas, ou drogas, como alguns preferem.
No caso do livro temos um intelectual que acaba sendo vítima ou talvez não, de uma doença que atinge muitas pessoas. Mas o que me chamou atenção neste livro, é que de todos que eu ja li sobre o assunto, nenhum chegou a expressar o verdadeiro motivo e as saciações que uma droga pode causar na vida de alguém!
comentários(0)comente



Coruja 14/02/2011

Esse livro foi indicação de um grande amigo, o Flávio, quando ele estava fazendo o primeiro ano de psicologia. "Cara, é muito, bom, bem viajado, tem umas questões de sonho e blá, blá, blá..." Não lembro das palavras exatas que ele usou, mas, em resumo, o sentido era esse. Assim foi que Confissões de um Comedor de Ópio foi o primeiro livro de que me lembrei para colocar na lista de fevereiro do Desafio Literário 2011.

Não sou difícil de agradar. Leio de tudo um pouco e, de uma forma geral, sempre me divirto com o que estou lendo. Vou de ensaios filosófico-literários a romances de banca num mesmo dia e, de uma forma geral, sempre encontro alguma coisa, por mais viajada que seja, que me agrada.

O livro de De Quincey, contudo, é um daqueles raros volumes com o qual não fui com a cara.

Thomas De Quincey foi um autor inglês... e parece que só. Nesse livro, ele conta como foi um menino prodígio, tanto que decidiu sair da escola mais cedo e ir para a faculdade - porque, sabe como é, ele sabia muito mais grego que qualquer um de seus mestres. Problema é que, menino ingênuo que era, muito dado aos livros, calculou errado seus gastos, seu orgulho e suas direções, e foi parar em Londres, onde quase morreu de fome, vivendo de favor e, de uma forma geral, não fazendo nada de útil.

Nesses anos de privações, ele arranjou uma doença estomacal terrível, que mais tarde lhe causava tantos momentos de tortura que ele começou a tomar ópio de forma medicional - e, depois de algum tempo, de forma recreativa mesmo, em doses que, segundo os médicos de hoje, matariam um cavalo.

O que significa que ou nosso Thomas tinha uma resistência prodigiosa ou simplesmente andava tão mal das pernas com tanta droga em seu sistema que em algum ponto desaprendeu a contar.

Minha crítica nem é tanto às incongruências da história do rapaz. Posso até engolir que ele era ingênuo e inocente o suficiente para chegando em Londres e se escondendo da família com medo de ser mandado de volta à escola, tenha se enfiado por uma vida de quase mendicância, quando podia, com sua fluência em grego, ter sido tutor em alguma casa de família, arranjado algum trabalho, enfim, que o sustentasse ao menos modicamente.

Meu grande problema, contudo, foi a forma desapaixonada com que De Quincey escreve. Considerando as agruras pelas quais o homem passou - e eu totalmente me comisero com ele relativamente às gastrites da vida - era esperado que ele demonstrasse um pouco mais de sentimento ao falar sobre isso. E na segunda parte do livro, quando ele se predispõe a falar sobre os sonhos que o atormentaram sob efeito da droga - sonhos que deveriam ser terríveis, majestosos, coloridos ou sombrios... céus, não é nem que ele coloco os fatos de uma forma crua, ele só... joga aquilo para cima de você de uma forma tão monótona que você é capaz de imaginá-lo lendo, com a voz sem qualquer emoção ou inflexão, mesmo ao se deparar com seus medos e pesadelos mais terríveis.

A história dele tinha um potencial incrível - até pelo contexto histórico, pela situação político-internacional em torno do tráfico de ópio, que levaria a Inglaterra à Guerra dos Boxers com a China em 1899. Existia à época toda uma cultura em torno da droga, com casas para que os viciados pudessem tomá-la e passar o tempo de seus delírios em paz (ou tanto quanto é possível quando se está sob o efeito de uma droga como essa), com a aquiescência do governo e até uma certa aura de sofisticação e intelectualidade - ao menos no princípio.

Nada disso foi aproveitado por De Quincey. Vá lá que ele quisesse dar ao seu relato um tom de parecer científico - mas além de ser chato (e não posso encontrar outra palavra para classificá-lo), ele é inexato e não apresenta quaisquer conclusões. Embora durante boa parte da história ele faça uma apologia do ópio - tanto que se diz da "Igreja do Ópio", volta e meia ele faz um comentário sobre os efeitos mais danosos da droga, embora nunca adentre muito o assunto.

É um livro, portanto, que está no meio do caminho e não sabe bem o que deve ser - o que talvez, no final das contas, deva ser perdoado, já que De Quincey parece escrever sob efeito do ópio (que, de acordo com seu relato, lhe dá uns 'trancos intelectuais').

Ok, amigo, eu te perdôo. Mas, certamente, você não será um livro que farei questão de tirar da estante e reler.

(resenha originalmente publicada em www.owlsroof.blogspot.com)
comentários(0)comente



6 encontrados | exibindo 1 a 6


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR