Ângelo Von Clemente 07/02/2016Clinicamente ortodoxo e contestávelo autor se predispõe aqui em reunir uma variedade de tópicos, dentre os quais somente dois deles tiveram a capacidade de chamar minha atenção. Seu público alvo tende a ser a comunidade universitária, e em detrimento disso sua linguagem é inteiramente adaptada para tal; Completamente acadêmica e necessitada se validação.
Acerca do transtorno de personalidade Borderline existe por parte do autor uma necessidade mecânica de criar estigmas e de recorrer a um discurso que tende a generalização, sendo de uma ortodoxia inflexível e passível de discordâncias dentro da própria psicanálise. Dentro do meu ponto de vista o autor tenta criar uma síntese sobre o assunto, mas ao fazê-lo acaba por realizar afirmações muito pretenciosas.
Sobre a homossexualidade e o termo que o autor denomina por "pseudo-homossexualidade" o que existe é um discurso informativo deveras enfadonho, que esconde um discurso velado cujo objetivo é, se analisarmos com cuidado suas "discussões" no final do capítulo, sugerir tratamento clínico para tal, dessa forma caracterizando-o com uma enfermidade. O livro só não se torna mais enfadonho por sua breviedade, considero-o ortodoxo e contestável, mas respeito seu autor acima de qualquer divergência pessoal.