spoiler visualizarricardinho 23/12/2021
Maconha...
Sir Michael Moritz é um bilionário galês, escritor e ex jornalista. Dentre suas obras, encontramos O Fascinante Império de Steves Jobs.
Não se trata da biografia de Jobs, mas alguns momentos marcantes dele e os outros fundadores da Apple. O autor dedica muito tempo a detalhes técnicos, deixando a leitura cansativa.
O Jobs que conhecemos aprontou na escola, além de ter fumado maconha. Considerava-se frutariano, adepto de jejuns e fez uma viagem à India buscando sentido para a vida. Banho? Não era com ele. Tudo isso quando jovem, mas tinha duas características que o acompanharam até os últimos dias: arrogância e perfeccionismo. A curiosidade sobre o nome da empresa, Apple, é que ele foi imaginado quando Jobs, dirigindo pela Highway 85, relembrou imagens de sua dieta e vida rural em Oregon.
Sobre a Apple, é importante dizer que o final do verão de 1976, a concorrência ainda não se preocupava com ela, mas no outono do mesmo ano, a Commodore Business Machines quis comprá-la, recuando ao ouvir a proposta de Jobs: cem mil dólares, um pacote de ações da Commodore e salários anuais de trinta e seis mil dólares para ele e Wozniak, outro fundador.
Com o crescimento da empresa, acompanhado da burocracia, os funcionários passaram a ser representados por números e Jobs não aceitava ser o número 2, sugerindo ser o zero.
Com exceção da fábrica na Irlanda, a Apple não era sindicalizada e isso orgulhava Jobs (ele dizia ser, o próprio, capaz de cuidar dos empregados). Sobre a direção, a primeira grande mudança veio com o afastamento de Scott, pois era considerado ditador por seus colegas.
No começo de 1977, Jobs, Wozniak e Markkula avaliaram o inventário de peças da empresa em $ 5309. Na véspera do ano-novo de 1980, a bolsa de valores atribuía à Apple o valor de 1,788 bilhões de dólares. Isso fez com que todos quisessem suas ações e deu espaço para que surgissem imitações da empresa.
Na vida pessoal, Jobs não reconhecia a garota Lisa (mesmo com o exame de DNA positivo) e se recusava a pagar pensão, o fazendo não prejudicar os negócios. A mãe da garota fazia bicos como garçonete e faxineira.
As ações da Apple transformaram muita gente em milionário e Jobs, como dava mais palestras, ficou mais polido e todos o procuravam interessados. Comprou uma mansão, deixando-a praticamente vazia, e ajudou a financiar a Seva (Nepal).
Um fato constatado é que empresas têm dificuldades para substituir seus fundadores (Ford, Kodak, Intel, etc) e o mesmo aconteceu com a saída de Markulla; fundadores “sentem” a empresa. Sculley, vindo da PepsiCo, substituiu Markulla como CEO. No início, se deu bem com Jobs, mas com o passar do tempo, a relação degradou e durante o tempo em que esteve lá, não houve inovação.
Quando foi retirado da Apple, Jobs vendeu todas as suas ações e permaneceu com apenas uma. Aos 30 anos, em 1986, adquiriu a Pixar e havia criado em 1985 a NeXt, que por ironia do destino, foi adquirida em 1996 pela Apple. Em 2012, após algumas disputas, a Disney compra a Pixar por 7,4 bilhões de dólares, com Jobs sendo o maior acionista individual da Disney desde o próprio Walt Disney.
Os comerciais da Apple sempre foram marcantes e um dos maiores atrativos na época do retorno de Jobs e com ele no comando e mesmo com mercado estagnado as vendas da Apple saíram de 6 bilhões de dólares para mais de 60 bilhões e o faturamento de mais de 50 milhões por dia e o valor das ações multiplicou-se por 40.
Essa é a Apple.
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