A família Medeiros

A família Medeiros Júlia Lopes de Almeida




Resenhas - A Família Medeiros


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Carolina.Gomes 20/02/2022

Leitura arrastada
Nunca tinha lido nada da autora e me encantei por essa edição da Carambaia. A sinopse me pareceu interessante por trazer à baila temas como a abolição da escravidão, a chegada dos imigrantes ao Brasil e a transição para a República.

A escrita da autora é fluida porém a historia não me convenceu. Os personagens, com contornos promissores, são mal desenvolvidos.

Detestei quando a autora lançou mão da facilitação narrativa para resolver um imbróglio que poderia ter sido melhor explorado.

E o final? Decepcionante!

Enfim, que bom que acabou. Não recomendo investir tanto dinheiro para adquirir uma obra de qualidade razoável que está disponível em domínio público.

Talvez o apagamento histórico, sofrido pela autora, se deva ao fato de que suas histórias não são boas.

Desculpa, Julia! Pra mim, vc forçou.
Ana Sá 20/02/2022minha estante
Carolina, de A Falência eu gostei! Não ameeeiii, mas gostei com convicção! Foi um pouco arrastado tb...

Eu acompanhei seus históricos e acho que vou ficar só com A Falência mesmo! Rs E sim, lá tb não tem aprofundamento das personagens, mas há outros elementos que são interessantes...


Carolina.Gomes 20/02/2022minha estante
Pois é, Ana! Acho que é da autora. Não senti vontade de ler outros. Devia ter começado por A falência.




Bárbara 12/03/2023

Gostei
Apesar da leitura se bem parada (e quase que me fez desistir), o livro é bem bacana. Fiquei com o pensando de em como a cultura da escravidão é injusta e covarde.
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Daniel 16/11/2021

Nasce uma romancista...
D. Júlia segue me surpreendendo e me tornando cativo de sua literatura tão humana e vivaz. Cada livro seu tem uma coloração diferente que revela a versatilidade da autora de A Falência, tamanha é a destreza com que a autora passeia pelos estilos e modelos literários. Ao que parece, a escritora encarava cada uma de suas obras como um projeto único, livre de tendências previsíveis e esquemas reaproveitados.

A Família Medeiros (1891), conquanto não seja sua primeira publicação, foi o primeiro romance que ela escreveu, antes mesmo do já resenhado Memórias de Marta, o que explica o refinamento e a segurança artística que a prosadora já demonstrava nesta obra. Quanto à primeira composição romanesca, objeto desta resenha, embora fulgure ao lado de outros sucessos de D. Júlia, é perceptivelmente mais simplório em relação ao acabamento do texto. Ali nascia a romancista que, embora ainda não andasse firmemente como nas Memórias de Marta, afoitava-se em saltos e arrancos surpreendentes...

(para resenha completa, consulte link abaixo.)

site: https://blogliteraturaeeu.blogspot.com/2021/11/a-familia-medeiros-de-julia-lopes-de.html


Gustavo 09/01/2022

Recomendo a leitura! Retrata o fim do período da escravidão, as agruras do período por quais passavam os escravos. E a autora trata com muita sensibilidade temas como posição das mulheres na sociedade e feminismo. Bela edição da Carambaia.
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andyelivros 14/08/2022

A família Medeiros
O enredo começa com a chegada de Otávio Medeiros, depois de uma temporada de estudos na Europa, à fazenda de seu pai, o comendador Medeiros, no interior de São Paulo. Otávio vem para o Brasil com ideias avançadas contra a escravidão e a favor da modernização da agricultura, em oposição às convicções de seu pai. Na casa da fazenda Santa Genoveva mora agora uma prima, Eva, uma jovem altiva que não só nutre ideias abolicionistas como intervém contra os maus tratos aos escravos e contribui financeiramente para fundos de alforria. Em torno de Eva há um segredo que faz tremer o comendador. Na figura do chefe da família Medeiros, Júlia Lopes de Almeida constrói uma crítica severa ao patriarcado. Além de perverso com os escravos, o comendador é uma pessoa retrógrada, machista e intransigente.
Em A família Medeiros, que não por acaso a escritora terminou de escrever em 1888, ano da Lei Áurea, a convicção abolicionista vem lastreada por um painel do período de transição que transcorria, com fugas e rebeliões de escravos frequentes, acompanhadas do protagonismo das vozes antiescravagistas e chegada dos primeiros imigrantes europeus.
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michelyvogel 30/01/2023

Se você não conhece Júlia Lopes de Almeida, pára tudo!!! Ela é a mulher por de trás da criação da Academia Brasileira de Letras, mas que não pode dela participar na época justamente por ser mulher. Julia relata a decadência das famílias e senhores de escravos, criando personagens profundos e com desfechos nada convencionais. Muito bom!!!
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Adriana1161 25/08/2023

Amores e intrigas
Este é o quinto livro que leio da autora, e amo todos!
Escrito em 1891 e publicado em 1893, a história se passa no período pré abolicionista, aproximadamente de 1880 a 1887.
A história é uma trama familiar, com romance e cheia de intrigas. Também trata do abolicionismo e da situação dos escravizados.
Algumas digressões a respeito da hanseníase, da caça aos animais, da dança dos negros.
Achei esse livro um pouco diferente dos outros, mais violento, e os personagens com uma pitada de Jane Austen.
"senhoras idosas e ignorantes, não sabendo ler, sabiam vestir-se com a seriedade e a distinção que a sua idade requeria"
"isto de se entregar a gente a um desgosto é o mesmo que entregar-se a um inimigo"
Personagens: Otávio, Doutor Morton, Noêmia, Nicota, Eva, Paulo, Azevedo, Trigueirinhos, Antunes, Sinhá, Mme. Grüber
Local: Itu - interior de SP/ 1880 a 1887
@driperini
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elainegomes 15/02/2023

A família Medeiros foi escrita entre os anos de 1886 e 1888, portanto nos últimos anos da escravatura no Brasil (que por sua vez foi um dos últimos países a abolir a escravidão, legalmente). Publicado em 1981 originalmente em folhetim e em razão do grande sucesso rapidamente editado no formato de livro.

Júlia Lopes de Almeida traz um enredo que vai muito além do romance entre jovens apaixonados, e discórdias familiares, temos um mistério que é levado até as últimas páginas, e o principal está na personagem Eva e sua afiadíssima crítica social, desde abolicionismo até a defesa dos direitos básicos às mulheres, passando pela forte crítica ao patriarcado e da coisificação do ser humano.

A ficção se inicia com a chegada de Otávio Medeiros pela linha férrea, trazendo uma analogia que o novo (pessoas, ideias, comportamento, sociedade) vem através delas. Se passa no interior de São Paulo na cidade de campinas, dentro de um cenário bucólico e real, esbarramos com personagens reais como dr. Antônio Bento (o fantasma da abolição), quilombo Jabaquara e a própria princesa Isabel.

Sobre o desfecho, não vou contar por aqui, mas eu adorei especialmente por terminar de modo tão realista, afinal o conservadorismo é uma ?mania? enraizada e o patriarcado nunca sofrerá uma ruptura definitiva, a estrutura exploratória continuará existindo.

Uma curiosidade, é que após a publicação, e seu grande sucesso entre os leitores, a obra sofreu duras críticas, especialmente de Aluízio de Azevedo, e passados 30 anos da publicação, a própria escritora editou sua obra, lançando em 1919 uma edição revisada e ampliada, em resposta às críticas. Optei pela leitura da obra original, e já estou muito curiosa para conhecer a edição modificada.

Minha edição da editora Carambaia traz na capa uma flor, a Camélia, flor símbolo do movimento abolicionista,usada na lapela dos homens e no colo das mulheres, uma espécie de código de identificação entre os abolicionistas, principalmente para auxiliar os escravos em fugas ou para lhes conseguir esconderijos.

Super recomendo a leitura
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CAcera3 01/10/2023

Uma autora de coragem.
Temos aqui um drama familiar que a autora usa de plano de fundo para fazer críticas e militâncias. A questão da abolição é tratada com grande ênfase, isso num período em que o Brasil estava prestes a ter a lei Áurea assinada. Júlia não se reserva a ser discreta no seu apoio à libertação dos escravizados e vemos muito isso no conflito de gerações que temos a partir das personagens. A questão feminista é bastante forte também, levando em consideração, óbvio, o contexto da época. Um livro de excelente qualidade e com questões importantíssimas em foco. Que livro bom!!!
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Bruna.Bandeira 05/11/2023

Delícia de texto
Escrita maravilhosa, texto muito a frente do seu tempo e enredo que prende. Famoso vira página! Não é dos mais famosos da autora, mas deveria!
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