Fever Pitch

Fever Pitch Nick Hornby




Resenhas - Fever Pitch


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IsadoraFrz 07/08/2014

Antes de ler o livro, não sabia que na verdade era uma "biografia" do próprio Nick Hornby, então fiquei surpresa ao perceber durante o livro. Não sei se isso me desencantou um pouco ou se na verdade a história realmente não me interessou.
Nesta excêntrica biografia, Hornby relata a sua relação com o futebol desde a sua infância até o momento em que escreveu o livro. O que precisa se deixar claro em qualquer descrição ou resenha deste livro é que a relacionamento de Hornby com o futebol é BEM intenso.
Durante a narrativa, todas as características, situações e problemas de um fanático por futebol são expostas e analisadas pelo autor. Desde rituais que supostamente ajudaria o time a ganhar a problemas que o futebol inglês possui, como hooliganismo. Em alguns momentos as situações são incrivelmente cômicas e é bem capaz de você se identificar (mesmo que você seja um(a) torcedor(a) apenas de Copas do Mundo, como eu) e em outros o autor parte para uma iniciativa crítica em que ele claramente detona os organizadores dos campeonatos ingleses e chefes de estado britânicos. Afinal de contas, o futebol ao longo dos anos ganhou proporções que vão além do seu caráter esportivo, algo que Hornby deixa bem exposto no seu livro e que é um ponto positivo da narrativa.
Talvez o que não me motivou nesse livro é áurea que é criada ao redor do futebol. O autor descreve o jogo quase como algo mítico e transcendental, o que pode até ser válido em algumas condições, por exemplo, o futebol assim como a música tem a capacidade de reunir a uma grande quantidade de pessoas que durante alguns minutos sentirão os mesmos sentimentos que vão da incredulidade à histeria. Porém Hornby ultrapassa essa explicação sociológica e passa para o nível do indivíduo, ele reconhece o Arsenal, o time pelo qual ele torce, como uma metáfora para as situações que acontecem na vida dele, como se o time e o seu "destino" estivessem interligados cosmicamente. Esse pedestal no qual o futebol é colocado dá o tom obsessivo da relação entre o esporte e o autor, porém o que é incrivelmente interessante é que o próprio Hornby percebe isso e declara que as suas próprias tentativas de explicação são falhas.
Acho que posso estar sendo um pouco dura com o Hornby e que afinal de contas há muita gente obsessiva por aí (e eu mesma me encaixo neste perfil, mas não por futebol) e que talvez o que soa estranho é o alvo desta obsessão e não a obsessão em si, ou talvez só percebemos o quanto este tipo comportamento é bizarro quando estamos do lado de fora da situação.
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