Vertigem digital

Vertigem digital Andrew Keen




Resenhas - Vertigem Digital


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Canoff 08/05/2023

Possivelmente, o PIOR livro da minha estante.
Esta resenha foi redigida e estruturada de uma forma diferente das demais, pois o livro necessitava de uma abordagem individual. Com base nisso, a resenha é dividida em dois tempos: antes/depois dos 35% da obra.

Antes de 35%:

"Digital Vertigo" é um livro que aborda a problemática da exposição das pessoas às mídias sociais, trazendo conceitos históricos e filosóficos para explicar a questão. No entanto, o autor, em alguns momentos, acaba divagando entre assuntos similares e detalhando demais seus argumentos, tornando a leitura arrastada. Além disso, o livro apresenta resquícios de um único ônus: a perda de privacidade ocasionada pelos hábitos nocivos desempenhados nas redes por parte dos usuários. O autor utiliza constantemente os nomes dos criadores e diretores gerais das redes e sites, o que acaba por deixar a leitura cansativa. Outro ponto negativo é a menção de redes sociais extremamente desconhecidas que tiram a objetividade do livro. O autor apresenta previsões para o avanço tecnológico, mas algumas delas se mostram incorretas, o que pode afetar a credibilidade do autor. No entanto, o livro traz pesquisas interessantes acerca da sociabilidade humana, mostrando dados alarmantes acerca da ascensão das redes sociais e como isso afeta as pessoas. Em resumo, o livro é bem estruturado, com embasamento impecável, mas o autor poderia ter sido mais objetivo e menos minucioso em seus argumentos.

Depois de 35%:

O autor apresenta uma mistura confusa de tecnologia, psicologia, política e história, o que faz parecer que está lendo vários livros diferentes. Além disso, o autor parece fugir do tema principal e se perder em explicações desnecessárias e exemplos confusos. Os títulos dos capítulos não correspondem ao conteúdo e não fornecem uma ideia clara do que será discutido. O autor ainda aborda tópicos polêmicos, como campos de concentração e comparações absurdas entre Mark Zuckerberg e Josef Stalin. A leitura é arrastada e sem sentido, e muitas vezes parece que o autor está adicionando metade de um outro livro à obra inicial. Infelizmente, essa obra não cumpre suas promessas e acaba decepcionando ao ponto de ser um forte candidato ao pior livro do ano.
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Tauana Mariana 14/02/2014

Será mesmo?
Um soco na cara. Essa foi a sensação que eu tive ao terminar de ler #Vertigemdigital. Mas não era um simples soco na cara, era uma agressão que eu não entendia muito bem o porquê. Quando comprei o livro, achei o título sensacionalista demais, e ao terminar a leitura, achei que o autor é, digamos, exagerado. Bem, ele tem suas justificativas, sua incrível bagagem cultural e profundo conhecimento sobre o tema, mas, ainda assim, achei exagero. Keen é um dos teóricos que se coloca contra a "positividade" da nossa era e suas transformações. Conseguimos perceber claramente essa divisória entre os teóricos quando lemos Keen e Shirky. Os dois observam o mesmo fenômeno, mas cada um com uma visão totalmente oposta. Um acha que estamos nos "dividindo, diminuindo e desorientando", o outro acredita que a sociedade se encontra em seu momento de descoberta de potencial para a utilização do nosso excedente cognitivo. Shirky lembra-nos em seu livro, A Cultura da participação, que Keen, em O Culto do amador, chamou os blogueiros de macacos. Já Keen foi mais duro em suas críticas, chamando Shirky de romancista ingênuo, e argumentando por que o autor estaria deslumbrado e sem enxergar a realidade.

Claro que a obra de Keen é de extrema importância, pois lembra-nos que nem tudo tem apenas um lado positivo. Aquilo que nos une pode estar nos separando. Apesar de nos chamar de insetos digitais, seu alerta auxilia-nos a perceber que a vida não é o que acontece no Facebook, e esta plataforma, assim como muitas outras, não pensa apenas em nosso bem. Nós somos os seus produtos.

A obra é profundamente inspirada em Hitchcock, especialmente em seu filme Um corpo que cai, onde seu título original é Vertigo. Keen relaciona o nosso momento atual com o filme. Deste modo, nomeia o livro por acreditar que vivemos uma vertigem digital, dividindo-o em 8 capítulos, acrescido de introdução e considerações finais. Outras referências como 1984, O processo e O show de Truman também são resgatadas e utilizadas de contraponto durante as argumentações do autor.

Em suma, Keen (2012, p. 25) ressalta-nos que sua obra revela uma mania perturbadora: "a atual tirania de uma rede social cada vez mais transparente que ameaça a liberdade individual, a felicidade e talvez a própria personalidade do homem contemporâneo". Deste modo, seu livro "é uma defesa do mistério e do segredo da existência individual". Afirma ainda: "num universo no qual quase todo ser humano do planeta estará conectado em meados do século XXI, este livro é um discurso contra o compartilhamento e a abertura radicais, a transparência pessoal, o grande exibicionismo e as outras ortodoxias comunitárias devotas de nossa época conectada. No entanto, este livro não é mais que apenas um manifesto antissocial. É também um estudo de por que, como seres humanos, privacidade e solidão nos tornam felizes" (p. 25-26).

Resumo completo

site: http://tauanaecoisasafins.blogspot.com.br/2014/02/vertigemdigital.html
Lucas. 15/08/2022minha estante
Quase 10 anos depois, você ainda tem essa mesma opinião, ou mudou de ideia, principalmente depois do filme "o dilema das redes" e o Escândalo da Cambridge Analytica?




Sísifo Contemporânea 17/06/2017

Devo dizer que este livro é sensacional, sem mais.
Iniciei a leitura devido à indicação da minha orientadora de Trabalho de Conclusão de Curso e que leitura maravilhosa! Mais do que uma referência para meu TCC, se tornou um importante instrumento de crítica na nossa sociedade atual tomada pelas redes sociais, quase como um soco no estômago.
A escrita de Andrew Keen é muito leve, trazendo situações vividas por ele de forma cômica muitas vezes, mesclando uma fundamentação histórica, trazendo referências da cultura pop, relacionando com os filmes de Hitchcock e obras literárias como as de George Orwell, e traçando sua crítica, tudo isso ao mesmo tempo!
Eu convido todos a lerem este livro e repensarem o modo como vivemos em nossa sociedade atual, Keen traz essa crítica de maneira fenomenal e interativa, tornando a leitura muito agradável.
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akio 07/10/2019

Importante pela reflexão que provoca
O autor tem um papel importante na atualidade, por ser um questionador da forma como a sociedade se conectou na internet. Gostei do outro livro dele "O Culto do Amador", que me alertou para a "cultura de Wikipedia" em que vivemos, na qual estudantes se baseiam em sites de internet como se fossem verdades científicas, sem ter o cuidado de checar a fonte (bastante diferente de quando a minha geração consultava livros, dicionários e enciclopédias, que não eram construção coletiva de usuários, mas sim obras de autores consagrados, devidamente validadas e revisadas). Já esse livro "Vertigem Digital" alerta para a questão de viver em redes sociais, nas quais as pessoas se iludem achando que estão convivendo com muita gente, quando na verdade estão cada vez mais isoladas. Tudo isso já vinha sendo comentado por outros autores da mesma "linha", como Nicholas Carr ("Geração Superficial: o que a internet está fazendo com nossos cérebros"). Para essa questão específica dos malefícios das redes sociais, recomendo "Dez argumentos para você deletar agora suas redes sociais" (de Jaron Lanier, que também escreveu o ótimo "Gadget: você não é um aplicativo!"). Não é o caso de negar todas as vantagens que as redes sociais nos trouxeram (inclusive este Skoob), mas sim de alertar para seus perigos!
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Bia 17/02/2015

Estranho e polêmico
Nossa, esse livro é incrivelmente estranho, tem umas partes bem interessantes e outras bem chatas. O autor as vezes é repetitivo, com a história de que o ser humano, está ficando solitário, durante a era do exibicionismo,onde todos compartilham os que leem, o que comem, o que fazem, mas nós realmente estamos assim. Tem umas partes bem esquistas ele fica falando do cadáver de Jeremy Bentham, que está em exposição. Nós compara com ovelhas, pois estamos sempre fazendo tudo que a massa faz. Critica fortemente o criador do face book e diz que ele tem dificuldades de se relacionar. Esse livro é realmente polêmico, ele nos faz refletir sobre o que estamos fazendo com nossa privacidade, e nossos relacionamentos . Tem um trecho bem legal, em que ele nós pegunta quantos amigos devemos ter nas redes sociais, para que possamos realmente ter intimidade e confiarmos nelas . E que a internet está nos afastado das pessoas próximas, como nossos vizinhos. É um livro interessante que demostra claramente como a sociedade está se comportando e porque.
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