Leo Vieira 15/01/2023
Constantemente enfrentamos conflitos por conta de divergências de gostos, costumes e opiniões. Isso está presente na família, no trabalho, na vizinhança e principalmente nas redes sociais. Vivemos em torno de diferenças que tendem a ficar cada vez mais acaloradas e desgastadas. Este livro é um completo e detalhado manual para identificar, compreender e argumentar sobre coisas importantes sem ser prolixo. Com o domínio da arte da articulação do vocabulário para assim identificar e tecer o problema, sabendo o momento certo para interagir. Com muitas palavras-chaves e organização do argumento, como se fosse um quebra-cabeça. Fala sobre conversas emotivas, comunicação bilateral usada em negócios, separando assunto e emoções pessoais pra não haver debate e confronto. Conexão e diálogos com todo o tipo de amizades e afinidades. Ensina sobre como pedir aumento, terminar relacionamento, fazer crítica, dizer não, enfrentar desrespeito, discordar, pedir desculpas, demitir alguém, como interagir com alguém que te odeia, explicar ao cliente sobre prazo de entrega modificado, se declarar a alguém, etc.
Nossa vida é toda feita de dilemas e problemas a serem resolvidos com diálogo. Em todos esses problemas existem consequências nas escolhas, sejam boas ou ruins e aprendemos que pode haver felicidade nessas duas consequências. Temos que ser realistas e não nos esquivarmos dos desdobramentos e responsabilidades, assim aprendendo a ouvir, identificar e entrar em consenso.
Quando nos sentimos culpados e na necessidade de resolver, fazemos uma projeção dessa culpa, em busca de solução. Quando é o inverso e entramos em confronto com alguém grosseiro, aprendemos a extravasar sem descer ao nível, virando o debate e saindo por cima.
Temos que investigar os dois lados porque a discussão acalorada nos priva de ouvir o outro lado. Conclusões refletem nosso interesse; impaciência demonstra desequilíbrio emocional. O livro ensina sobre a habilidade de unir os dois pontos de vista como consenso. O fumante geralmente sabe o mal do cigarro, mas quem reclama não entende a dificuldade para se largar o vício.. O alcoólatra nem sempre entende o impacto que o vício traz para família e amigos. Aprendemos a atenuar problemas, reconhecer erros e estarmos dispostos à soluções. Para abandonar sensação de culpa, também buscamos solução aprendendo a identificar e encontrar medidas para conscientizar os dois lados. Quando ficamos irritados, não queremos pensar pelo outro e a linha de pensamento gira somente no nosso conflito pessoal. Com o controle de sentimentos, também ficamos com evidências de comunicação visual e verbal, negociando as emoções antes de um embate, não aceitando também ser desrespeitado ou diminuído. Isso é chamado de diálogo de identidade, construindo e integrando nossa personalidade.
Outra questão é compreendermos nosso valor no espaço. Quantas vezes nos permitimos ser menosprezados e até diminuídos para evitar embates, seja no trabalho ou na família? Humildade não é subserviência. Num constrangimento ou irritação, procuramos entender o motivo e focar na solução, antes de qualquer atitude impensada, que possa nos fazer arrepender depois. Gerenciando conflitos e ego, lidamos com perdas, ira, perdão, ressentimentos, até porque perdoar não é esquecer. O domínio sob as nossas ações, pensamentos e sentimentos tomamos a frente na solução de todos os problemas.