Lela Tiemi 08/04/2018Mesmo que você jamais tenha lido qualquer obra deste autor, você já deve ouvido falar dele ou de sua famosa obra "Desventuras em séries" - série infantil composta por 13 livros que se tornou filme interpretado por Jim Carrey. Antes da leitura de "Quem poderia ser a uma hora dessas?" e eu li, já há alguns anos, o primeiro livro de Desventuras em série, chamado "Mau começo" - infelizmente, ainda não tive a oportunidade de ler o restante. E, também li uma obra do autor voltada ao publico YA (Jovem Adulto), chamada "Por isso a gente acabou" em que o escritor assina com seu verdadeiro nome, Daniel Handler, ao invés do pseudônimo de Lemony Snicket. E posso dizer que o autor não me decepcionou antes e nem dessa vez.
A trama deste livro é muito bacana. Cheia de mistérios que se desenrolam de maneiras bizarras e inusitadas. Eu realmente não previ muito dos acontecimentos. O leitor já inicia a história cheio de perguntas que ao poucos são respondidas, mas a cada pergunta respondida outras surgem. E ao fim, as perguntas são tantas que o leitor quer o próximo livro já em mãos.
O protagonista é o próprio autor em seu pseudônimo de Lemony Snicket. Ele tem quase 13 anos, e foge com sua tutora em um "esportivo" - ou simplesmente, carro - para investigar um mistério em uma cidadezinha quase abandonada chamada Manchado-pelo-mar. O menino é esperto - apesar de fazer "só perguntas erradas" -, espirituoso e sabe o valor que tem uma biblioteca para se descobrir um mistério.
"Em toda biblioteca existe um livro capaz de responder uma pergunta que queima como fogo em sua mente."
"A biblioteca era um salão enorme, com longas estantes de metal e aquele silencio perfeito que as bibliotecas oferecem a quem procura respostas."
Livrinho fininho, gostoso e divertido, para se ler em algumas horinhas. O autor mantém seu tom cômico e situações absurdas e estes são os pontos que mais gosto nas narrativas de Snicket. Para ler seus livros, você tem que deixar seu o lado adulto e racional de lado e se divertir com as aventuras que o autor proporciona.
"Ali, parados na porta errada do lugar errado, aquilo parecia a coisa errada a se fazer. Mas fizemos mesmo assim. Saber que uma coisa esta errada e mesmo assim fazê-la é algo que acontece com bastante frequência na vida, e duvido que algum dia eu saiba o porque".
Só lhes digo que a leitura este livro não é dessas coisas erradas.