Histórias de Alexandre

Histórias de Alexandre Graciliano Ramos




Resenhas - Histórias de Alexandre


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Rodrigo 18/06/2020

Eu gostei do livro, os casos contados pelo velho nordestino, apesar de terem uma enorme carga de exageros e fantasias ( o que realmente acontecia nos casos contados pelos mais velhos no interior ), algumas são bem engraçadas, além disso, permite nos levar por uma viagem no tempo, lembro quando minha avó passava horas e horas da noite contando histórias e se sabujava do que tinha visto, tempo que as pessoas ainda se sentavam para ouvir as histórias contadas pelos mais velhos, é a tão esquecida tradição oral.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 24/07/2018

Fábulas Do Folclore Alagoano
Esse livro foge a regra dentre as obras de Graciliano Ramos. Nele, são apresentadas quatorze contos destinados ao público infanto-juvenil, porém, diante de um olhar mais acurado, "Histórias de Alexandre" apresenta as mesmas preocupações dos demais. Através de suas páginas, o autor denuncia a miséria e revela sua descrença na justiça e na polícia, também registra a luta entre as antigas estruturas rurais e as modernas forças urbanas, deixando clara a sua aversão pelo capitalismo. Tudo isso registrado com sua costumeira linguagem enxuta, direta e sem rebuscamentos.

Infelizmente, esses textos nunca mereceram a devida atenção. Publicados em 1944, entre "Vidas Secas" e "Infância", sempre permaneceram à sombra desses dois sucessos, o que é uma pena, pois trata-se de uma preciosa reunião de fábulas do folclore alagoano resgatadas pelo autor.

Seu protagonista é Alexandre, um vaqueiro que gosta de narrar suas aventuras, todas fantásticas e inverossímeis. Ele tem sempre uma plateia de amigos e parentes, uma gente pobre, marginal e inofensiva disposta a ouvi-lo. Nesse bando, destaca-se Cesária, sua esposa, sempre confirmando e remendando o que ouve, mas também há Libório, um cantador de emboladas; Mestre Gaudêncio, um curandeiro; Das Dores, uma rezadeira e Firmino, um indigente cético que vive desdenhando de tudo.

O conto mais conhecido é "O Olho Torto de Alexandre" que conta como Alexandre acabou com um olho enviesado, melhor que o outro bem aprumado. Nesse olhar, está Graciliano Ramos, traçando uma critica mordaz a seu tempo. Recomendo.
Tailane Santos 08/09/2020minha estante
Amei ler sua interpretação do livro, eu li mais focada em rir dos causos, e pensando dessa forma que você trouxe o livro fica ainda melhor.
Talvez não percebi isso tanto por ser o primeiro livro do Graciliano que li.


Leila de Carvalho e Gonçalves 08/09/2020minha estante
Grata, abraços.




Ruan.Mendonca 14/08/2017

Vale a pena ler
Um livro simples, porém difícil de ser achado, tive que comprar pela internet depois de procurar muito. Leitura simples, fácil e cativante. Apesar de não ser totalmente de autoria de Graciliano Ramos, ele traz os contos nordestinos de uma maneira muito boa.
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João Luiz 26/05/2017

Histórias de Alexandre é repleta de contos engraçados, ótimas histórias. Um excelente livro, com personagens típicos da cultura do nordeste!
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Eng° Alan 11/11/2014

Leitura rápida e divertida
É uma história muito divertida de se ler e você acaba lendo numa sentada. Major Alexandre e suas mirabolantes histórias de vida, Cesária que concorda e completa todas as histórias do marido e cego preto Firmino que sempre dá um pitaco nos causos de Alexandre, o que o deixa meio irritado.
Mostra um pouco da cultura nordestina/sertaneja e sua linguagem também.
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jota 25/12/2013

Alexandre Pantaleão
Certamente três conhecidos personagens de Chico Anysio – o coronel Pantaleão, sua mulher Terta e o afilhado Pedro Bó, sucessos na televisão e pelo menos em um livro, É mentira, Terta? – foram inspirados nos protagonistas deste Histórias de Alexandre, de Graciliano Ramos: o Alexandre do título, sua mulher Cesária e o cego Firmino.

Curiosamente, uma personagem secundária (bem secundária mesmo, pois aparece em duas ou três histórias apenas) se chama Terta, uma sinhá “escura e casada com homem escuro, [que] teve esta semana um filho de cabelo cor de fogo e olho azul.”, conforme narra Alexandre a certa altura.

Quer dizer, ele usa esse fato para explicar que se coisas estranhas aconteceram com ele ou com Cesária – casos espetaculares que ele conta aos seus ouvintes na fazenda onde reside - elas também acontecem com os outros, com conhecidos, e arremata: “Há quem diga que sinhá Terta não seja séria? Não há. Sinhá Terta é um espelho.”

E maravilhosos também devem ser vários animais somente encontráveis no sertão nordestino, propício a fornecer um mar de histórias. O que seria das narrativas de Alexandre se ele não contasse com o auxílio luxuoso (ou zoológico) de bodes, papagaios, tatus, jiboias e guaribas, alguns deles não apenas falantes mas igualmente pensantes? Já imaginou plantar um mandiocal e colher uma safra de tatus?

As histórias de Chico Anysio se passavam em 1927, as de Ramos “no sertão do Nordeste de antigamente” (o prefácio do livro, em 57ª. edição, é de 1938), quer dizer, quase na mesma época e as situações e os casos são também praticamente idênticos. Ah, Alexandre tem um olho torto (adquirido numa das histórias mais absurdas do livro); Pantaleão também tinha um problema, acho que no olho direito, usava uma lente de óculos escura e outra transparente.

Tanto Pantaleão quanto Alexandre contam histórias (ou casos, e neste livro eles são catorze) para uma pequena plateia e quando a mentira vai muito longe, caso alguém duvide deles ou os questione, eles sempre se socorrem das mulheres, usando um bordão, repetido dezenas de vezes. No caso da televisão “É mentira, Terta?”, no caso do livro: “É ou não é, Cesária?” No livro de Ramos quem está sempre apertando Alexandre, fazendo perguntas cabulosas é o cego Firmino; na televisão era Pedro Bó.

Bem, apesar dessas coincidências todas – muito grandes, de fato – tanto assistir aos velhos programas de Chico Anysio quanto ler este livro de Graciliano Ramos é prazeroso demais. Isso é mais do que certo e também altamente recomendável. Vale a pena conhecer o lado folclórico e bem-humorado do escritor que nos brindou com livros inesquecíveis: Vidas Secas, Infância, Angústia, Caetés, São Bernardo, Memórias do Cárcere, etc.

Lido entre 20 e 24/12/2013.
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Marcelo 14/06/2013

Resenha
Esse livro conta varias histórias malucas do personagem Alexandre, meio caçador, meio vaqueiro, já era velho e tem um olho torto, que é fruto de uma das suas aventuras, uma das histórias doidas que o Alexandre conta é da égua pampa, ele vira a noite no mato caçando a égua pampa, e chega montado em um bicho de manhã, quando sua mulher e seus amigos olham é uma onça, todo mundo fica assustado.
Alexandre também fala sobre um papagaio que lhe custou os olhos da cara, ele o comprou de uma senhora, para dar a sua esposa, mas ele deixa o papagaio dentro de uma bolça fechada, e quando chega em casa ele se lembra do papagaio e quando abre a bolça o papagaio estava quase morto, passou toda a viagem sem comer nem beber.
Alexandre conta a história de um estribo de prata, que levou uma picada de uma cobra e todas as noites quando a lua lumiava o estribo crescia e ele tirava um pouco de prata para ele.
A safra dos tatus foi a história que eu mais gostei, Alexandre o homem de olho torto que enxergava melhor com o olho torto do que com o olho bom, plantou muita mandioca, mas quando ele arrancou as raízes viu que tinha uma coisa se mexendo, ele abriu e era um tatu, e isso aconteceu em toda a plantação de mandioca, invés de nascer mandioca, ele teve uma safra de tatu.
A história de uma bota também me chamou muita a atenção, Alexandre foi em um lugar muito escuro e ele foi calçar sua bota, e não conseguia achar o fundo, era uma cobra gigante.
Esse livro tem muitas histórias interessantes do velho Alexandre.
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