Resenhas - Os Noivos

Felipe 10/04/2024

Que livro?
Encantador, uma história cheia de reviravoltas, mas no final, o amor venceu, mostra a força da região e da fé em Deus na Itália,. Fenomenal !

Maria 21/02/2024

Um grande clássico esquecido
Em Os Noivos, Manzoni é capaz de adicionar a uma porção de histórias verídicas do cenário italiano narrativas emocionantes e que prendem o leitor do início ao fim, inundando-o com as perspectivas diversas dos acontecimentos futuros presentes no texto.
Não é menos impressionante a forma como o autor nos transmite sua visão de mundo, seja nos relatos ordinários da vida dos personagens seja nas incomparáveis descrições elaboradas sobre a peste que assolou a região que hoje chamamos Itália.
Além disso, é divertido demais como o autor onisciente aborda seus pontos de vista sobre as personagens e o que se dá durante o livro. O simples fato dele se colocar no lugar do leitor e nos mostrar sua própria leitura da realidade descrita nos insere ainda mais na narrativa. Já o narrador observador, que conta a história de modo apenas descritivo, é bastante claro em suas palavras, o que faz dela uma história de linguagem fluida e clara.
Enfim, esse é um livro que muda para sempre o leitor.

Lucas1429 13/11/2023

Maravilhoso
Livro extraordinário por vários motivos. É um romance histórico aparentemente simples de duas pessoas que se pretendem casar, mas uma série de implicações tristes afastam o casal por conta de uma série de problemas que vão aparecendo e dando uma complicação muito impressionante para a história.

Há em toda essa história muitos dramas, tragédias e comédias colocadas com uma leveza muito impressionante. A leitura é uma delícia.

Luzineide 13/04/2023

Amor, FÉ e confiança em Deus
Renzo e Lúcia um casal de noivos da Lombardia planejam seu casamento.
Mas o pseudo destino não contribuiu muito com esses dois jovens. Uma história cheia de lutas, dores, tristezas e separações por um " infelice" Dom Rodrigo, muito mau. Seguido de fugas atrapalhadas e muita devoção a Deus da parte de Lúcia e sua mãe Agnese.
Uma separação dolorida e a iminência da peste que assolou a Itália no século 17, contaminando inclusive Lúcia e Renzo e sobreviveram para ver consagrada sua união.
Neste ínterim, um padre amoroso e caridoso Cristóforo tratou de no monento certo dar e receber perdão áqueles que fizeram mal aos dois jovens.
Uma história triste, mas lindíssima de amor e conversão.

Danton 22/03/2023

O maior romance de todos os tempos?
Apesar da relativa negligência com que tem sido tratado, ele rivaliza com grandes clássicos como Dom Quixote, Orgulho e Preconceito, Um Conto de Duas Cidades, Guerra e Paz, Os Irmãos Karamázov, Os Miseráveis e quaisquer outros pretendentes à distinção literária.

É a obra mais lida de toda a literatura italiana e, com exceção da Divina Comédia, a mais criticada e analisada por especialistas.

Publicado pela primeira vez em 1827 em três volumes e, posteriormente, em 1842, numa versão revisada e definitiva, Os Noivos é um romance histórico que narra eventos ocorridos dois séculos antes. No coração da história está o trágico relacionamento de Renzo e Lúcia, os noivos, que são separados por causa de intrigas e circunstâncias políticas. A história acompanha o infeliz casal em sua missão aparentemente irremediável de se reunir.

A obra inteira está permeada de bom humor, uma expressão mesma da bondade do autor, que alivia a severidade do romance com a leveza da esperança cristã. A voz narrativa do autor, quando interposta na história, alivia e atenua com humor a história inteira. É a presença da abrangente e dominante perspectiva cristã do autor que dá uma nota de triunfo e mesmo de triunfalismo às partes mais obscuras da narrativa.

A conclusão do livro é sensacional e cheia de sabedoria!

Para mais informações sobre o livro e o autor, sugiro o artigo disponibilizado no site do Padre Paulo Ricardo

site: https://padrepauloricardo.org/blog/um-classico-esquecido-os-noivos-de-alessandro-manzoni

Marcos606 22/03/2023

Situado na Lombardia do início do século XVII durante o período da Guerra dos Trinta Anos e da peste, o romance é um retrato simpático da luta de dois amantes camponeses cujo desejo de se casar é frustrado por um cruel tirano local e pela covardia de sua paróquia. Um frade corajoso assume a causa dos amantes e os ajuda em muitas aventuras.

Pereira 23/10/2022

Repetições Históricas Inerentes à Natureza Humana
O lobo muda o pelo, mas não o vício. É impressionante a capacidade da humanidade em repetir ações e pensamentos ao longo da vasta história do mundo. Dois casos emblemáticos, percebidos na leitura desse maravilhoso livro, são o modo como a Peste Negra foi tratada e o costume de abusar do poder por parte de alguns governantes.
Valendo-se do medo e do desespero da população que estava sendo assolada por uma doença cruel, rápida e mortal, todos foram colocados no mesmo balaio e, o simples desconfiar de uma pessoa com sintomas, já era motivo de jogá-la dentro de leprosário (vide o merecido acontecido com dom Rodrigo que, traído por capanga de confiança, foi retirado do seu leito e lançado, contra sua vontade, dentro de uma casa de quarentena. Uma forma um pouco menos cruel que o tratamento dado à COVID. Pois a maioria dos governantes teve a “brilhante” ideia de trancafiar sadios, doentes e suspeitos.
É lógico e patente que todas essas medidas tomadas por aspirantes a ditadores foram motivadas pela imensa vontade de provar para todo mundo que o verdadeiro poder não emana do povo. Isso é uma balela escrita em um livro que os mesmos políticos usam, mas não respeitam. Na verdade, todo poder oprime o povo e contra ele sempre será duramente utilizado. Nem sempre estão de acordo os lábios e o coração. Assim como fez o personagem dom Rodrigo durante a trama brilhantemente construída.
Portanto, quando dom Rodrigo quis se apoderar de Lucia que já estava prometida a Renzo (ambos meros camponeses), ele usou de todo seu poder para intimidar e impedir que o casamento acontecesse. Por simples capricho. Porque ele pode. Pelo mesmo motivo, age livre e descaradamente, o senhor Alexandre de Moraes (vulgo cabeça-de-🤬 #$%!& ) censurando, desmonetizando ou prendendo que ousa exercer seu direito de liberdade de expressão.
Quem fiscaliza o fiscal? Quem pode mais que o homem que se acha o todo-poderoso? A quem recorrer quando o judiciário não respeita mais as leis que ele jura defender e respeitar? Quem julga o julgador? Infelizmente essas perguntas não retóricas.

livroscit 15/06/2022

Os Noivos foi publicado pela editora Nova Alexandria de Alessandro Manzoni. Eu ganhei esse livro no ano passado e estava ansiosa para ler esse calhamaço de 648 páginas.

Trata-se se um romance ambientado nas cercanias do ducado de Milão por volta de 1840. É considerada uma das mais importantes obras da literatura italiana.

Os dois narradores se misturam no desenvolvimento da história, são tantos acontecimentos que movimentam a trajetória do casal de noivos... que não temos muito tempo para respirar.

Em alguns momentos da leitura, aprendi que uma pequena mudança em nossa trajetória, pode mudar completamente o nosso destino.

Os noivos são impedidos de casar devido a uma ameaça que o pároco sofre. Depois de uma sequência de boas risadas (vocês não imaginam como ri nessa parte), o rumo dos personagens são traçados de uma maneira muito surpreendente.

Será que conseguirão ficar juntos e serem mais do que noivos ? Será preciso um milagre de Deus? E se houver um plano diferente de Deus para eles, estarão dispostos a aceitar ?

Esse casal é puro e humilde, possuem muitos valores morais e mesmo assim são vítimas de conspirações, sequestros, perseguições, guerras e a terrível peste negra (me lembrei muito do Covid).

A narrativa tem no contexto a religiosidade católica e suas tradições, encontramos um padre dedicado a servir a Deus, aos pobres e necessitados, que eu diria que "roubou a cena" no livro. Mas, temos também aquele que poderia ter feito a diferença e se deixou sucumbir...

Eu recomendo essa leitura para todos que conseguem sair de sua zona de conforto, que se deixam arriscar por leituras profundas e que sentirão a diferença para a vida toda.

Até onde conseguiremos ser indiferentes ao próximo?
Até quando a humanidade vai aceitar as tragédias "como se todo ano isso acontece..."
Se todo ano acontece, não seria possível agirmos proativamente?

Adjuto 11/06/2021

Livro atualíssimo
Um romance pode sobreviver em meio a uma pandemia? Sobreviver contra fortes e poderosos opressores? Pode nos mostrar a suma importância da transcendência espiritual?
Pode ter um roteiro extremamente cativante que vai te prender, te emocionar?
Uma história que vai tirar de você tudo tudo tudo o que você tem de bom e de ruim, tudo relativo a sua empatia, ódio, amor, fé, descrença, esperança.
Vai te contar uma história que aconteceu séculos atrás e nos parece atualizadíssima.
Incrível, parece que estou lendo uma CPI da COVID19, versão idade média.
Livro que é um dos favoritos do Papa Francisco, não à toa, pois é um testemunho do que o amor ao outro, quando aplicado até pelos seus inimigos, poderá converter pedra em água.
Primeiro livro que li na minha vida, que agradeci ao Destino, a Deus, ao Caminho, por tê-lo lido.

Cristiano Mützenberg 02/05/2021

“Muitas vezes os problemas vêm (...), e quando vêm, com ou sem culpa, a confiança em Deus os suaviza e os torna úteis para uma vida melhor.”
Este é um daqueles livros que você termina já pensando em algum dia o reler; se o volume lido foi emprestado, a vontade é de comprá-lo o mais rápido possível para estar sempre na sua biblioteca.

Alessandro Manzoni cativa o leitor com uma escrita leve, agradável e bem-humorada, conseguindo conciliar este estilo com temas profundos, momentos de tensão e desfechos impressionantes. De modo oportuno para os tempos atuais, a história se passa em uma época em que a Itália foi assolada por uma epidemia, sendo possível perceber como o agir humano ante o mal e desconhecido é semelhante nas diferentes gerações. Os personagens são muito bem construídos e fazem logo o leitor criar empatia ou antipatia por eles. Apesar disso, ao final da leitura, percebe-se que o autor soube tratar principalmente de um tema central, embora de modo bastante sútil: o agir da Providência na vida dos personagens. “Il promessi sposi” é um livro que vale a pena ser lido.

Nesta edição, além da história principal, existe a “História da coluna infame”, onde o autor, neto do conhecido jurista Cesare Beccaria, analisa fatos históricos reais que aconteceram na época da grande praga de Milão, contexto histórico em que se passa a narrativa de “Os noivos”. Analisando inquéritos de investigações que culminaram inclusive com penas de morte na época, Manzoni demonstra, nesta história, como a sanha por encontrar culpados diante de um mal inevitável pode fazer com que os homens cometam grandes injustiças.

Juh Lira 01/11/2020

Emocionante!
Eu sabia que eu ia gostar de Os Noivos, mas realmente eu adorei. Realmente é um romance muito católico do começo ao fim, não somente pela presença de personagens católicos, mas pela atuação da Igreja Católica no romance que é crucial para a história do Renzo e da Lucia.

Além disso a narração do Manzoni é uma delícia, fluída como se estivesse conversando com você. O papel da Providência Divina também foi extremamente importante para os nossos noivos, que mesmo em meio às perseguições, a guerra, fome e a terrível Peste de Milão contam com a proteção dos céus através de pessoas que aparecem em seus caminhos apra ajudá-los.

Recomendo demais!

lucas.pinheiro.5815 03/09/2018

Il Promessi Sposi
A obra prima de Alessando Manzoni, leitura obrigatória da literatura italiana. Esse romance histórico passa em meados dos anos 1600 e conta a história de Renzo e Lucia, noivos que pretendem se casar, mas que por uma série de infortúnios, têm que adiar seus planos.

No livro, é possível perceber a cruel realidade de quem viveu as mazelas da peste. Também merece destaque o papel que a Providência exerce nas vidas de muitas personagens, inclusive dos protagonistas e "humanidade" com as quais as personagens são apresentadas, a virtude ou o vício não são exclusivos de uma determinada classe social: há padres, nobres e pobres virtuosos assim como há padres, nobres e pobres cheios de defeitos!

Manzoni foi genial neste livro, muitas vezes parece que se está no meio de uma conversa, a perspicácia do autor é notável!

Sobrinho 02/09/2018

Reler clássicos é um prazer incomparável. Há tempos que eu queria fazer esse exercício com esse livro, foi gratificante.

Marcos Renan 24/04/2016

Leitura obrigatória.
A ideologia do romance é representada pela atitude da classe dominante contra o povo e do papel atribuído ao próprio povo. Os personagens dos povos são os humildes, que são descritos de acordo com uma configuração Católica clara: eles são portadores de uma série de valores como o trabalho duro, a honestidade, altruísmo, pureza moral e, principalmente, da fé cristã. Estes números contrastam com os corruptos poderosos e arrogantes presentes na trama.

A história contada por Alessandro Manzoni se passa na Lombardia entre 1628 e 1630, durante o domínio espanhol e durante uma das epidemias da peste negra. Os protagonistas são Renzo e Lúcia Tramaglino, dois jovens humildes que são impedidos de se casarem por um nobre rico, Dom Rodrigo, que faz uma aposta com seu primo de ter Lúcia como sua mulher.

Manzoni está convencido da incapacidade da massa para criar por seus próprios esforços um sistema social que garanta o bem-estar e justiça e explora muito bem esse tema em Renzo.

Renzo, para evitar atos de violência e rebeldia frente às diversas dificuldades, requer a presença de uma orientação iluminada da qual o Cardeal Federigo, um frade capuchinho, é o exemplo mais notável. A história daquele personagem é a história da educação de um plebeu. No início, Renzo acredita que os pobres não devem renunciar em face da opressão, mas a experiência o leva a desistir de qualquer ambição de ação e confiar-se totalmente à vontade divina.

"I promessi sposi" (A esposa prometida), Lúcia, inocente, cristã fervorosa e trabalhadora, abomina a violência e espera humildemente a ajuda do Senhor que desempenha, ao longo do romance, ação corretiva nas imperfeições de Renzo e de outros personagens.

O livro não trata da redenção dostoievskiana, na qual se dirige para o homem subterrâneo revolvido nos abismos profundos do seu espírito, onde Cristo sempre está presente, mesmo quando nem seu nome nem sua idéia são pressentidos, passando do pecado para a salvação; mas sim de homens que, habitando em um mundo com Deus, chegam à salvação pela fé.