Gustavo Carmo 27/11/2010
Thriller clichê americano
Se eu tivesse lido um livro policial pela primeira vez talvez eu me empolgaria um pouco com Presa Fácil, thriller do escritor norte-americano John Camp, que escreveu o romance com o pseudônimo de John Sandford e ganhou um prêmio Pullitzer.
Porém, além de ter lido os excitantes romances policiais da Tess Gerritsen, já cansei de ver filmes do mesmo gênero e até a novela brasileira A Próxima Vítima, de quem me lembrei lendo este livro. Por isso, eu classifico Presa Fácil como um clichê americano que não traz nenhuma novidade para os fãs de livros policiais. Não me empolgou e nem me seduziu.
O estopim da história de Presa Fácil é o assassinato de duas mulheres em uma festa regada a muita orgia e drogas, em Minneapolis, EUA. A primeira vítima descoberta é a top model Alie'e Maison, estrangulada na cama e jogada atrás da cabeceira. Depois, se descobre o corpo de Sandy Lasing, uma funcionária de hotel que seria revendedora das drogas.
Assim, a trama passa a girar em torno das investigações feitas pelo policial Lucas Davenport e sua equipe, formada pelo espião Del e a chefe Rose Marie. Para tentar dar tempero ao livro, o autor matou vários suspeitos, como o fotógrafo Ammon Plain, irmão de Jael Corbeau, que por sua vez era amante homossexual da modelo morta e passa a ser ameaçada pelo assassino, além dos pais da modelo. O restante acho prudente não revelar para não tornar essa leitura ainda mais chata. E então começa uma sucessão de clichês, como investigações e perseguições dos suspeitos. De romance apenas as dúvidas de Lucas entre a testemunha Jael, a médica Weather e a coroa Catrin, que decidiu se separar do marido, mas este nem ligou.
Nem assim o autor conseguiu me arrebatar. Até o final foi uma decepção. Senti alívio quando terminei de ler o livro.