Territórios Invisíveis

Territórios Invisíveis Nikelen Witter




Resenhas - Territórios Invisíveis


14 encontrados | exibindo 1 a 14


spoiler visualizar
comentários(0)comente



Isis Maat 27/10/2021

A escrita é fluida, e conhecer um pouco de Yvymarã e seus habitantes foi fantástico, mas o pouco apresentado deixa o leitor ávido por mais, já que nessa narrativa deixa muito em aberto. O final achei apressado, não chegando a qualidade do restante do livro.
Gostei, mas esperava um pouco mais, após ter conhecido o trabalho da autora através do livro Viajantes do Abismo, que achei perfeito.
comentários(0)comente



Aelita Lear 17/10/2021

Que surpresa de livro!
Achei esse livro absurdamente criativo do início ao fim, e me peguei envolvida neste universo de tal forma, que queria morar ali dentro. A autora conseguiu trazer uma fantasia incrível, cheia de elementos que adoro. E é infantojuvenil, algo que só posso aplaudir, pois é difícil encontrar livros assim hoje em dia.
A história é super bem amarrada e os personagens são incríveis demais! Eu amei os Soh-Lays e fico pensando se eu não sou uma hahahha. Amei demais e recomendo a leitura!
comentários(0)comente



LPFaustini 20/03/2015

Mistério, aventura e fantasia
A impressão que tive logo que comecei a ler Territórios Invisíveis foi a de que estava me deparando com um novo "Os Goonies": um bando de crianças atrás de um tesouro esquecido. E como fã do filme de Spielberg, levei a leitura adiante. O primeiro terço do livro flui bem com a apresentação dos protagonistas e todo o mistério que permeia a trama. É um início delicioso e que muito me levou à minha infância, quando juntava com meus amigos para desbravar uma casa abandonada, um terreno baldio ou uma mata inexplorada. O segundo terço, porém, deixa a leitura massante, infelizmente. Fiquei perdido nas muitas explicações de uma vez, que se estendeu por páginas e mais páginas, e toda hora que me deparava com mais explicações, fechava o livro "de birra". Contudo, o terço final da história se mostrou novamente bem proveitoso, com um toque de ação alla "Indiana Jones" (e porque não "Os Goonies" também), com muitos desafios a serem vencidos. No final, valeu a leitura! e a autora ainda deixa uma ponta solta para, talvez, uma continuação.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



LucasBaggio 14/12/2013

http://apaginazero.wordpress.com/
Nikelen Witter é aqui da minha cidade, Santa Maria, centro do Rio Grande do Sul. Ela é professora universitária, e eu inclusive vou estudar na mesma instituição em que ela leciona. Já tive a oportunidade de encontrá-la pessoalmente em dois eventos numa livraria aqui na minha cidade, mas infelizmente não pude comparecer. Tudo isso me deixa um pouco tenso com os comentários que eu vou fazer nesse post. E se eu encontrar ela pessoalmente daqui alguns dias? E se ela ler esse post? hahaha

Mas falando sério, vou dar minha opinião pessoal aqui, sem seguir aquela leve inclinação que eu tenho em querer falar bem do livro por se tratar se uma autora local e que eu corro grandes riscos de encontra-la nos corredores da faculdade depois. Smiley mostrando a língua

Territórios Invisíveis é o romance de estréia de Nikelen Witter. Nele ela conta a história dos gêmeos Ariadna e Hector, que, juntamente com seus amigos Camila, Neco e Leo, acabam enfrentando uma jornada inesperada. Tudo começa quando funcionários de uma escavação que começou na cidade começam a morrer misteriosamente. A causa mais apurada é que todos tiveram um ataque do coração. E então o irmão mais novo de Leo é sequestrado, e os raptores, misteriosos, altos e sem rostos a vista, prometem devolver o irmão do menino se ele conseguir encontrar uma estranha caixa para eles. Leo acaba topando e seus amigos o seguem em sua aventura, que acaba levando-os a mundos de fantasias, criaturas estranhas e decisões difíceis.

Witter escreve muito bem, isso é inegável. E como historiadora que é, expoe fatos históricos e curiosidades de determinadas épocas em sua história de forma eficiente. Porém, na minha opinião, o livro apresentou alguns altos e baixos.

O início parece promissor. A narrativa é boa, divertida e interessante. Claro, com uma linguagem e vocabulário adequados para o público alvo. Li várias páginas numa tacada só nessa parte. Acho que a história perdeu um pouco de seu encanto quando as crianças embarcam em um estranho navio pirata, o Pentesileia, já com a caixa pedida pelos sequestradores do irmão do Leo. Me desanimei um pouco com a história por os personagens simplemente não esclarecerem as coisas de uma vez, talvez numa tentativa de suspense. As crianças repetem perguntas incessantemente, querendo saber onde estão, para onde vão, o que são aquelas criaturas, o que estava acontecendo, mas as criaturas se limitam a responder que elas receberiam as respostas no tempo certo ou davam respostas enigmáticas e incompletas.

Chegando ao seu destino, as crianças conhecem a ilha Yvymarã, onde conhecem criaturas mais estranhas ainda e toda a mitologia da história. Claro, de maneira lenta e gradual, o que me irritou um pouco. O mundo fantasioso que a autora criou é realmente complexo e interessante, porém difícil de ser compreendido de imediato e aparente ter muitas exceções. Eu fui compreender completamente a existência e a forma de vida das criaturas retratadas quando eu estava próximo ao fim do livro.

Só para terminar as coisas que eu não gostei da história (hehehe), outra coisa que me incomodou bastante foi a ausência do nome da cidade e a época/ano em que a história se passa. Simplesmente não sabemos onde tudo está acontecendo e em que ano tudo ocorre.

Ok, vamos às partes boas.. haha

Os personagens principais são muito bem construídos. Sempre têm suas características marcantes e o leitor acaba simpatizando mais com um ou outro. Um aspecto que eu gostei bastante foi o dilema dos gêmeos, que perderam a mãe, Marina. Ela simplesmente sumiu, eles ficam se perguntando se ela retornará ao lar, se os abandonou de vez ou se ainda está viva.

A partir do momento em que começa a fuga das crianças da ilha de Yvymarã a história ganha uma nova atmosfera. Se torna mais empolgante, com mais aventura e a desafios inesperados no caminho. A impressão que eu tive é que Nikelen criou com mais facilidade e liberdade a partir desse trecho. Como se antes ela estivesse somente preparando o terreno para a história realmente boa que estava por vir.

O livro começa com uma linguagem bem simples, mas no decorrer da história o narrador ganha novo tom, com um vocabulário mais completo e diálogos mais interessantes e frequentes que no início. O ritmo da narração, mais lento e acalentado durante a passagem das crianças por Yvymarã, se torna frenético e viciante a partir do momento que as coisas realmente começam a dar errado.

O livro ainda conta com ilustrações! Antes de alguns capítulos nos é apresentada uma imagem com o que está por vir. As ilustrações, feitas por Carlos Rocha, retratam bem a história, com exceção do sol que aparece na capa, que não condiz com a descrição que o livro traz.

Por fim, gostei sim do livro. Claro, com seus defeitos e qualidades. Se fosse colocar num gráfico o meu interessa na história, eu o colocaria no topo no início, decaindo para um vale no meio e retornando com intensidade máxima em seus capítulos finais.

A cartada final, no clímax do livro, foi muito inteligente por parte de Nikelen. A história traz consigo valores de amizade, companheirismo, coragem e fidelidade em suas entrelinhas, o que fica bem claro em seu desfecho.

Vale a pena! Aventure-se por territórios invisíveis e conheça mundos que são abertos somente a um público muito seleto.

site: http://apaginazero.wordpress.com/
comentários(0)comente



Lais Ribeiro 15/10/2013

8 coisas sobre Territórios Invisíveis
1- A autora é brasileira – Confesso que quando conheci o livro achei que a autora fosse estrangeira, já que o nome, Nikelen Witter, não me pareceu muito brasileiro.
2- O enredo é brasileiro – Digo isso porque o brasileiro é uma mistura, e eu senti isso ao longo do livro. A autora soube misturar bem os vários plots.
3- O livro foi indicado ao Prêmio Argos 2013, promovido pelo Clube dos Leitores de Ficção Científica. Acabou perdendo para Kaori e o Samurai Sem Braço.
4- Os gêmeos – Meus personagens favoritos :) Ariadne e Hector são personagens incríveis, impossível não se identificar um pouco que seja com eles. No final das contas me senti mais próxima do Hector.
5- Cuidado com informações além da sinopse – A sinopse (que você pode conferir aqui no skoob) já fornece a quantidade exata de informações necessárias para que se mergulhe no livro, ir além do que está lá é pegar spoiler, o que acaba por tirar um pouco a graça do livro, já que uma das melhores coisas é ir descobrindo o que está acontecendo junto com os personagens.
6- As ilustrações – Sim, o livro tem ilustrações, belíssimas e bem relacionadas ao enredo.
7- As folhas são amarelas – Eu prefiro ler livros com a folha amarela, a leitura flui melhor.
8- Tem alguns errinhos – A escrita da autora é ótima, mas em vários pontos me peguei parando em pequenos erros, de português, falta de letras, falta de pontuação. Não é um grande prejuízo para o livro, dá pra ler numa boa.
comentários(0)comente



Thiago 31/07/2013

Nota 4,5
Avaliação pessoal.:
No geral o livro é muito bom.
Tem um início muito gostoso de ler, onde a leitura flui facilmente, em alguns momentos no meio do livro essa fluidez deu uma caída e foi retomada no final do livro, que sem dúvida é a melhor parte do livro, que deixa um gostinho de quero mais, em especial na última página.

comentários(0)comente



So Prates 25/03/2013

Excelente
Excelente leitura!
Um livro muito bem escrito, leve, com uma história empolgante que te prende do começo ao fim!!!
A autora nos leva a uma viagem fantástica, nos mergulha em um mundo desconhecido e empolgante. Não vejo a hora de ver a continuação, espero que não demore muito.
Parabéns a autora. Me parece que finalmente temos uma "safra" de autores brasileiro de primeira!!!
comentários(0)comente



Grazy 25/01/2013

Resenha? Territórios Invisíveis - Nikelen Witter
Resenha? Territórios Invisíveis - Nikelen Witter
Editora: Estronho/ selo Fantas.

Possíveis spoilers sobre os personagens? Sei lá.

O livro conta a historia de cinco amigos que se veem entrar em uma aventura a lá sociedade secreta, em um mundo fantástico de territórios invisíveis que estão aí há séculos e que nós, reles mortais, apenas não somos capazes de perceber.

Mas primeiramente vamos entender um pouco a minha dinâmica de leitura. Não gosto de ler sinopses de livros, inicio uma leitura porque alguém me indicou, porque conheço o autor, porque o titulo me chamou a atenção, ou por ter visto algum comentário na internet de que era um bom livro. Em segundo, chegamos à Nikelen Witter, colega, amante de gostos em comum, da qual eu tenho o prazer de admirar a distancia e que sei que escreve divinamente bem (vide toda a babação, ataque fangirl por sms e amor que senti no livro Steampink da editora Estronho) então, obviamente ler qualquer coisa que ela publicasse já estava na lista de espera, como ainda está Histórias Fantásticas do Brasil, que infelizmente não sentei para ler. E assim, eis que surge a grande novidade, um livro todinho dela e de fantasia, dando inicio ao grande alvoroço, pois com absoluta certeza ela tem fãs muito mais ardorosos e expansivos do que eu.

Assim, acabei entrando no estado que chamo de “memória de peixe”. Tudo o que era discutido, ou falado sobre o livro eu tratava de esquecer rapidamente. Dicas sobre a trama foram dadas ao grupo de amigos, a leitura dos primeiros capítulos feita e postada em vídeo, a sinopse liberada, e eu tratando de esquecer tudo trinta segundos depois que lia. Acho que fui a que menos demonstrou o entusiasmo expansivo dentro daquele seleto grupo, e por vezes até me sentia mal por isso, por não demonstrar a espera ansiosa por aquela obra, mas que foi algo que fiz por puro sentimento egoísta para me preservar de adivinhar a trama, pois sempre que adivinho a história fico triste, já que gosto de ser surpreendida.

O mais engraçado é que sempre que fiz ou faço a propaganda para alguém de qualquer livro, envio a sinopse, aquele pedacinho de texto que eu não gosto de prestar atenção e não retenho na minha mente ( sim, eu sei que problemas com isso) mas que é essencial para tantas pessoas se interessarem pelo universo que se desenvolverá nas próximas paginas do livro.

Agora, sobre Territórios Invisíveis. Eu me diverti lendo ele. Ri e chorei. Fiquei curiosa e ansiosa com os fatos decorrentes. Adorei os personagens. Maravilhosamente escrito e com um ótimo desenvolvimento, a obra me pegou naquela aventura e em sua fantasia envolta na realidade. Fantasia é o meu gênero favorito e o livro me conquistou ainda mais quando me deu a “desculpa” para acontecimentos reais. Aquele misto em que a fantasia existente não está ali sozinha e há fatos reias, do nosso dia a dia, que podem ser considerados como parte daquele mundo fantástico. Eu adoro quando uma obra consegue realizar isso tão bem. Quando terminei de ler o livro pensei “agora sei para onde vão todas as pessoas ou crianças desaparecidas. Ou foram capturadas pelos Mercadores ou estão por aí no mundo dos So-lay” . O mundo às vezes é tão cruel que um pouco de fantasia não faz mal a ninguém.

Adorei todos os personagens com destaque especial para os gêmeos. A linha de pensamento de Hector me divertiu enormemente, sem contar com a sua esperteza. A irritação constante de Ariadne praticamente faz pare do meu mundo. As frases inteligentes que eles sempre soltam e as farpas trocadas. Leo e sua família, o confronto após o primeiro roubo e como Hector sentiu respeito quando o outro enfrentou a situação e a amizade decorrente ente eles. Camila e seus fones de ouvido, eu poderia ter o dom dela se contasse o fato de que só tiro os meus fones para trabalhar. E Neco, o pequeno adolescente “Hacker”, o único que poderia ter ficado tranquilamente em casa mas que o sentido de amizade, a curiosidade e sede de aventura o arrastou para o mesmo turbilhão.

E o que falar dos outros? Eduardo, o quão ele deve ter sofrido com a segunda perda, os incríveis companheiros de Pentesiléia, Grace e cada um deles com suas incríveis habilidades. E os So-lay, que tanto me fizeram lembrar dos Taltos de Anne Rice, mas só na altura e graça, sua natureza sendo completamente diferente.
Não gostei do Luiz assim que ele apareceu, bonzinho demais, desses eu sempre desconfiei. Mas ele não fez nada de mau, não por enquanto, porem ainda tenho esse sentimento de que ele não era o que aparentava ser. Quero ver se ele cumpriu com a sua parte do trato no próximo volume.

E o final, quase morri de emoção com o final, mas então o livro acabou e minha consciência começou a berrar: “Não! Não pode acabar! E as outras respostas, as pequenas e imperceptíveis pontas soltas, simplesmente não!” e que bom foi saber que mais um está por vir.
Territórios Invisíveis me proporcionou ótimos momentos. A leitura flui maravilhosamente, o universo me encantou. Sinceramente espero que Nikelen Witter e essa obra maravilhosa alcancem um patamar digno dentro da literatura fantástica nacional, porque eles definitivamente merecem. Quero ver milhares de copias vendidas e Nikelen em todas as feiras literárias do país.

Ótimo livro, recomendado e já emprestado a quantos amigos eu puder!
comentários(0)comente



Morrighan 04/01/2013

Dos livros lançados em 2012, Territórios Invisíveis foi um dos mais aguardados por mim. Já conheço a narrativa da autora há anos, da época em que eu era leitora (e autora) voraz de fanfictions, e cheguei a ler alguns de seus textos originais. Conhecendo a qualidade de seu texto, só podia ser uma expectativa boa.

E o livro já me ganhou logo no primeiro capítulo, diante do modo envolvente como as descrições são feitas e os mistérios se insinuando e prendendo a curiosidade logo ali, no comecinho, causando curiosidade.

Sou obcecada por começos de estórias, mais ainda do que com a conclusão em si. Porque é a expectativa toda ali no começo que precisa me ganhar e me seduzir, e já larguei não sei quantos livros por causa de um começo desestimulante. E “TI” (assim carinhosamente chamado pelos seus fãs) tem um começo perfeito no que diz respeito ao modo como a estória te convida.

Quando somos apresentados, no capítulo seguinte, aos protagonistas, os irmãos gêmeos Hector e Ariadne, o que marca não é, a princípio, a personalidade distinta e marcante de cada um deles. O que me encantou foi ver o modo realista como dois pré-adolescentes são retratados diante do trauma que foi o sumiço da mãe, cada um lidando do seu próprio modo com esta ausência. É cansativo ler literatura infanto-juvenil que, mesmo se for para as bandas da Fantasia, esquece-se de manter certo pé-no-chão nas caracterizações. Não é o caso aqui e o que adorei tanto foi notar que não houve um descaso e infantilização desnecessária de um tema sério (o sumiço de um familiar) e do modo como criamos mecanismos para lidar com a perda – principalmente a caracterização da personagem Ariadne. Ponto positivo.

Aos poucos vamos sendo envolvidos na trama dos misteriosos assassinatos, do sumiço de Mateus, irmão de Leo (amigo de Hector), e das coisas estranhas que parecem ligadas à pesquisa da mãe historiadora dos gêmeos que desaparecera durante esta pesquisa, enquanto também somos apresentados aos pouquinhos a cada novo personagem.

A trama toda é surpreendente, pois não fazia a mínima ideia do seu desenvolvimento e o que seriam os tais “Territórios Invisíveis”. Mais de uma vez me peguei surpreendida por uma ou outra referência (uma relacionada à Ariadne e outra que me lembrou muito Harry Potter, mas não conto o que é! Rs) e por conta de toda a dimensão do universo criado.

Fantástico em todos os sentidos.

Se a resenha parece vaga, é justamente para não entregar spoilers. A graça toda é embarcar na estória e tentar descobrir, junto aos personagens, todo o suspense vivenciado e como tudo pode estar relacionado aos gêmeos.

É um livro bem escrito e bem pensado, com um gancho no final que já me deixou na expectativa para uma continuação – que já sei que vem!

Se tenho alguma ressalva é em relação à revisão, já que encontrei uma coisinha ou outra fora do lugar. Nada que comprometa a leitura ou a compreensão do texto (longe disso!), mas, revisora que sou, não consigo ignorar quando encontro.

No mais, é uma leitura extremamente recomendada. Não subestima o leitor e tampouco os jovens personagens e ainda conta com um enredo bem legal. Sem contar o trabalho gráfico, que é maravilhoso!
comentários(0)comente



Lívia 26/12/2012

Minha primeira viagem por "Territórios Invisíveis"
Uma coisa é certa a meu respeito: quando eu anseio muito por um livro e o bendito chega às minhas mãos, eu não consigo descansar até terminar de lê-lo... Se ele me desiludir totalmente, mesmo o tendo ansiado, deixo de lado sem pensar duas vezes. Contudo, quando o livro atende e até excede minhas expectativas, leio-o em no máximo dois dias. Territórios Invisíveis chegou para mim na sexta-feira (26/10), pois o adquiri em pré-venda. Desde então, só me desgrudei do livro por motivos de força maior - como, por exemplo, a festa de aniversário do meu cunhado. Portanto, fui terminar de lê-lo apenas hoje.

Antes de tudo, devo dizer o quão especial e maravilhoso foi ter o livro da Nika em mãos. Fiquei sem palavras ao pegar o livro, ansiosa, cheia de expectativa. E emocionada. Emocionada ao ver uma amiga, que se tornou tão querida em pouco tempo, realizar o sonho de escrever seu primeiro romance - e que é o primeiro volume de uma saga de quatro. Ver a foto dela na orelha do livro, toda charmosa, a capa bem feita, a diagramação em requinte, as artes... Ah, as artes de Carlos Rocha que passam uma vivacidade sem igual às narrativas e descrições da Nika.

Talvez hoje eu dê meu comentário/resenha mais parcial que qualquer outro que tenha feito neste blog - até mesmo sobre o No Mundo dos Cavaleiros e Dragões, que exigi e expectei muito ao pegar o livro. Contudo, a excitação, o encanto, a admiração das amarras impecáveis que a Nikelen conseguiu produzir em Territórios Invisíveis nada têm a ver com o fato de sermos amigas.

Esperar por Territórios Invisíveis já criou uma aura de expectativas que só seriam sanadas com um livro impecável. Ao menos comigo sempre foi assim. Conhecer a maneira da Nikelen escrever desde suas fanfics de Harry Potter aumentava a responsabilidade que - com certeza - meio que colocávamos nela. Dizermos a ela o tempo todo "Nika, quero TI logo!" ou então "Só um spoiler, Nika, por favor!" acho que fazia nossa amiga ficar com maior expectativa em nossas impressões ao ler seu livro do que nossa real expectativa em ter uma história nova a ler, um mundo novo a desvendar. Um território invisível que somente ela poderia nos proporcionar e mostrar.

A Nika sabe, me conhece o bastante, para saber o quanto eu sou cri-cri quando algo não me agrada. Uma pequena falha, um erro bobo, pode colocar todo um livro a perder, para mim. Afinal, depois de tanto tempo, ainda critico e não engulo aquele lance de "Accio Hagrid" ou "Accio livros sobre Horcruxes" no último livro de Harry Potter - mesmo que nossos amigos em comum idolatrem Rowling e digam isso ser irrelevante em uma saga extraordinária; mas não é Rowling ou HP que vêm ao caso.

Seis meses atrás, como amiga da Nika, eu e outros amigos tivemos o privilégio de ouvir os três primeiros capítulos de Territórios Invisíveis. O primeiro capítulo está como degustação no site da Editora Estronho, e o indico como fonte fidedigna do que esperar do livro. Durante as 366 páginas do livro, a tensão está em toda parte, assim como o suspense, o medo, a ansiedade e, como não poderia ser diferente, a ironia e a comicidade. Algumas vezes eu ri de nervoso, outra por achar as tiradas engraçadas.

Os cinco personagens do livro ganham nosso carinho rapidamente. Os gêmeos Ariadne e Hector, com suas personalidades diferentes, mas de uma maneira que se completam; Neco, com sua racionalidade que é tanto boa quanto ruim; Leo, com sua vida sofrida, mas uma coragem e determinação admiráveis; Camila, retraída, tímida, misteriosa. Não me estenderei a outros personagens importantes e definitivos para a história, pois seria cansativo. Na verdade, gostaria muito de ler mais sobre o pessoal do Pentesileia e espero que eles apareçam nos próximo volumes - ou, quem sabe, em um conto ou outro sobre suas aventuras?.

Territórios Invisíveis é um livro impecável. É tudo o que eu esperava e mais. E o final, cheio de coragem, amizade e valores que estamos tão carentes só me fez admirar esses personagens criados tão carinhosamente. Mas como não é só de amizade e valores que se vive uma ótima literatura, digo, apenas para incitar aos futuros leitores, que a frase final, cheia de mais suspense e expectativa, só me faz ansiar, novamente, para o segundo volume da Saga Territórios Invisíveis.

Como eu disse à Nika, reafirmo aqui. O final de Territórios Invisíveis, aquela frase final, só me encheu de faniquito! Impecável! Sou fã da Nikelen Witter, mesmo antes de ter TI em mãos. E, por ser fã, conhecer seus escritos e do que ela é capaz de colocar em uma folha de papel, não esperava menos que falta de fôlego, ansiedade, excitação, nervosismo, tristezas e alegrias. Nika, você merece toda a nossa admiração e orgulho!

E é levemente parcial e com um fim bajulador e carinhoso, que termino esse comentário/resenha. Porém, peço que não o desmereçam, pois, apesar de tudo, sou uma chata no que concerne leituras. E hão de concordar que, se o livro não fosse tão maravilhoso assim, eu colocaria apenas um comentário mais simples, com uns brilhos aqui e acolá, mas sem tanto carnaval, apenas para agradar uma amiga. (acreditem, já balancei amizades com minha sinceridade às vezes crua demais)

Caso alguém prefira, porém, uma resenha imparcial, eis o link: http://linhasepensamentosdalivia.blogspot.com.br/2012/12/resenha-01-territorios-invisiveis.html
comentários(0)comente



Fad's 20/11/2012

Resenha - Territórios Invisíveis
Territórios Invisíveis é a história de cinco amigos que descobrem que além do lugar onde nasceram e vivem, e além da rotina de suas vidas normais de estudantes, existem realidades, lugares, seres e pessoas que jamais imaginaram ser possíveis fora das telas do cinema ou das páginas dos livros de fantasia.

Ariadne e Hector, os protagonistas, vivem uma fase complicada e dolorosa, que parece nunca ter fim: a perda pelo desaparecimento da mãe, Marina. Este vazio nem sempre consegue passar despercebido e se torna um ente, algo presencial na vida dos gêmeos e de seu pai Eduardo. Tanto que o vazio ganha corpo e toma espaço na mesa do almoço, na volta da escola, nas pausas dos gritos no meio de uma discussão. Uma dor que é vivida em conjunto e ao mesmo tempo separadamente por cada membro desta família que se percebe numa casa que um dia foi alegre e que hoje parece cheia de espaços que se tornaram estranhos, frios e escuros.

Eduardo se dedica ao trabalho o máximo que pode e tenta viver na dinâmica do “um dia cada vez” pra manter a paz e a harmonia num lar com adolescentes de mais e mãe de menos.

E as crianças, bem... Para aplacar este sentimento e para levar a vida (pois a vida tem que seguir), os gêmeos se agarram no que podem. Hector exercendo seu dom de manipulação de todos pra conseguir tudo o que quer e em seus inseparáveis companheiros Leo e Neco, ambos garotos inteligentes e divertidos, com personalidades bem distintas. Leo é um rapaz que aparenta ter mais idade do que tem e que trás consigo uma história de vida dura, pobre e sofrida. Neco, um nerd chegado em matemática e jogos de lógica.

Ariadne por sua vez tenta consolar a saudades se afundando escritos, diários e anotações da mãe, como uma tábua de salvação. Ela é uma garota tinhosa, arredia e com um senso de justiça muito aguçado. Porém acaba aplicando este senso em si mesma quando necessário, o que é um alívio para balancear sua personalidade forte e invasiva. Ela mostra quem é e o que pensa, sem se preocupar com quem vai ouvir e a quem vai ofender. Garotinha apimentada, viu!

Já Camila entra na vida dos quatro quase que por acaso e é uma jovem tímida, calada, mas que conquista o coração da turma pelo simples fato de ter sido injustiçada. Ela quase se torna a protegida da turma. A gente fica com a impressão que Camila é a caçula, a café-com-leite da brincadeira.

Mas, o que acontece com esses cinco garotos pra viverem esta grande aventura pelos Territórios Invisíveis, afinal?

Uma situação de vida ou morte, uma chantagem, uma expedição em busca de uma caixa misteriosa, uma viagem num navio pirata. A chegada a um mundo diferente, invisível aos olhos de todos, mas que se abre em beleza e deslumbramento ao fazerem a travessia para Yvymarã, a terra cheia de natureza, alimentos, luzes e seres desconhecidos e fascinantes.

Lá a galerinha conhece uma mulher que os ensinará sobre os mistérios deste lugar e lhes dará pistas de como desenvolver suas habilidades para se tornarem os guardiões de um segredo que existe desde o princípio de tudo. Um segredo que está ameaçado ser desvendado, colocando em risco toda a existência da humanidade e do mundo que conhecemos. Ele é o motivo de tudo o que vem acontecendo com os garotos e eles acabam não tendo escolha. É prosseguir ou esperar pelo pior num futuro que pode ser bem próximo.

Para proteger o segredo, os amigos terão que seguir numa jornada difícil e implacável, que testará seus maiores medos e desejos. Que os colocará à prova, fazendo com que descubram o verdadeiro valor da amizade e das escolhas certas, mesmo que não sejam as mais desejadas. Eles terão que enfrentar cara a cara o Mal. Algo que pode tomar a forma de qualquer coisa e também de tudo o que nunca foi imaginado. Um horror jamais pensado ou vivenciado nos piores pesadelos dos garotos.

Será que Ariadne, Hector, Leo, Neco e Camila conseguirão concluir a jornada para poderem voltar pra casa e mostrarem que são dignos de serem os novos Cavaleiros do Sol? Será que eles vão conseguir o que foram buscar em Yvymarã?

Territórios Invisíveis é uma história sobre coragem, amizade, descobrimento e a tomada de decisões. Algo que pode parecer bem pesado para garotos tão jovens, mas que se mostra essencial para o desfecho deste primeiro volume da saga de quatro livros.

É também uma história sobre cumplicidade, sobre como lidar com a própria dor e com a dor dos outros. Uma aventura cheia de expectativa, mistério e descobertas fantásticas e que, como toda boa história, nos deixa com gosto de quero mais.

Depois de ler Territórios Invisíveis não dá pra ver o mundo da mesma forma. Não dá pra querer ler só uma vez (mesmo porque há muito detalhe e entrelinhas que serão importantes pra continuidade da saga) e não dá pra parar de pensar: “Quero meu Montanhas Azuis!!!”

Montanhas Azuis é o segundo volume da série Territórios Invisíveis, sem previsão de lançamento. =’(
comentários(0)comente



Lica 20/11/2012

Eu quero morar em Yvymarã!
Eu quero morar em Yvymarã!
Na primeira vez que li Territórios Invisíveis fui acometida por um insano desespero para chegar até a última página, desespero esse que não me permitiu parar para comer, ir ao banheiro ou lembrar-me de respirar. Essa última necessidade agradeço por estar tão incorporada ao meu ser que não precisa dar sinal algum para que eu respire. As demais, confesso que sofreram um bocadinho para desviar minha atenção da leitura, pois é difícil sair quando se está em um universo paralelo com o cérebro, mas em nossa dimensão chatinha, mundana e normal com o corpo.
Territórios Invisíveis faz isso: proporciona uma viagem completa por vastos caminhos visíveis, descritos entre letras e enigmas, habilmente entrelaçados pela autora. A velocidade com que os fatos se sucedem e os suspenses vão surgindo é a mesma com que nos apaixonamos pelos personagens e nos envolvemos com o enredo. É impossível não ficar fascinado pelo desdobramento dos acontecimentos (tão críveis e possíveis por se basearem em extrações de fatos históricos amplamente conhecidos). O sedutor poder do livro é fazer com que se saiba onde a história está acontecendo, ou pelo menos tente descobrir o mais rápido possível onde se está naquele momento, um lugar que pode ser na rua depois da esquina, na praça por onde passamos todos os dias a caminho do trabalho, da escola, do mercado... É uma história tão viável e possível que apaixona no momento exato em que tentamos descobrir os caminhos que desconhecemos, encontrar os portais que não vemos e que vão para endereços que ainda não descobrimos. Ainda! A paixão inicia no momento em que tentamos erguer o véu dos mistérios e nos deparamos com mais pistas escondidas ali, esperando por nós. São mistérios contagiosos que abraçamos e acolhemos como velhos conhecidos. Quem gosta de literatura de mistério sabe exatamente do que estou falando.
À parte do suspense e dos enigmas do enredo, temos os personagens. Ah, os personagens! Eles são o que amarra nossa atenção ao livro, pois são tão possíveis e reais quanto o é nosso vizinho da casa ao lado, nosso colega da escola ou do trabalho, o porteiro do nosso edifício, o motorista do ônibus que nos leva e traz todos os dias. E há também os “personagens” não falantes, mas que dizem muito também, tal como o doloroso e vazio sobrado amarelo, mesmo quando totalmente ocupado por seus três habitantes. A dor da falta da mãe está ali, escorrendo pelas paredes, escondida num canto da escada ou no vão da porta. Por isso, o sobrado amarelo é um personagem. Doloroso e vazio, mas um personagem vivo e real, proporcionando-nos um envolvimento que nos torna cúmplices da família de Eduardo, bem como solidários sofredores de suas dores também. Sim, porque enquanto lemos não nos basta sermos solidários com a dor da ausência da mãe de Ariadne e Hector. É imperativo que adotemos o Leo com sua coragem gigante, suas dificuldades e durezas da vida de poucos recursos financeiros, e seu imenso amor pela família. Temos que adotar Camila com sua pequenez de estatura e gigante doçura e delicadeza. Adotamos também o Neco, por sua sabedoria nerd e sua vontade desesperada de ser útil, quando tudo e todos dizem que ele é o único que pode dar meia volta, ir embora e, ainda assim, viver feliz para sempre. Isso só para citar os personagens principais e sem intenção de oferecer mais spoillers, pois a lista de adotados pode ser gigante. Há muitos. Muitos mais.
Depois da minha primeira leitura desenfreada, recomecei a ler o livro, só que dessa vez com mais calma, com a tranquilidade de saber como seria o final e saboreando cada palavra, cada mistério, cada mito que vai surgindo ao longo de suas páginas. E foi aí que eu percebi todo o poder de Territórios Invisíveis. O poder de arrebatar o leitor de sua poltrona, de sua vida humana normal e fazer-nos esquecer de onde estamos, com quem estamos, esquecendo-nos de tudo. Se não parar para pensar ou mudar de posição no assento, cada leitor acreditará totalmente estar em Yvymarã, ou a bordo de um navio pirata, ou de um balão voando pelo céu azul rumo ao desconhecido. E isso não tem preço. Esse sentimento de viajar sem sair do lugar só os bons livros fazem por você. Só leituras de qualidade proporcionam. E Territórios Invisíveis faz mais. No final do último capítulo, no último parágrafo, quando o leitor pensa que tudo acabou e ficou por isso mesmo, a autora deixou uma frase, simples, curta, mas capaz de fazer pular na cadeira o leitor mais desavisado. Uma frase que mostra que ainda teremos muito mais pela frente. Muitos outros Territórios Invisíveis para percorrer e descobrir. E que venha a continuação, o mais rápido possível, por favor. Os fãs apaixonados da turma do sobrado amarelo agradecem!
P.S.: Eu quero morar em Yvymarã!!!
comentários(0)comente



14 encontrados | exibindo 1 a 14


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR