Dragão Vermelho

Dragão Vermelho Thomas Harris




Resenhas - Dragão Vermelho


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Bruna Fernández 21/05/2013

Resenha para o site www.LivrosEmSerie.com.br
“Diante de Mim, é uma lesma ao sol. Está diante de um grande Começo e nada reconhece. É uma formiga na placenta. Está na sua natureza fazer uma única coisa corretamente: tremer devidamente diante de Mim. O que Me deve não é o medo, o senhor e as outras formigas. O senhor Me deve o pavor.” – pág 175

Uma das minhas temáticas favoritas em livros é serial killers, então vocês podem imaginar a minha felicidade quando ganhei Dragão vermelho de Amigo Livro no fim do ano passado. O livro “cozinhou” um pouco na minha estante até que eu resolvi pegá-lo pra ler e… não foi exatamente o que eu esperava. Aliás, uma coisa que eu estranhei muito foi a quantidade de erros que encontrei no livro, afinal não se ouve falar de livros da Record com revisão falha; e não há nome de nenhum revisor no livro, o que me levou a pensar que apesar de ter sido republicado recentemente, o livro não passou por uma inspeção mais minuciosa. Uma pena. Mas vamos ao que interessa!

Em Dragão vermelho, Thomas Harris conta a história de um serial killer que aparentemente escolhe família aleatórias para assassinar durante os períodos de lua cheia. As primerias vítimas são os Jacobi, do Alabama; depois os Leeds, na Georgia. Depois da segunda família ser assassinada, o agente do FBI, Jack Crawford, procura Will Graham e pede a sua ajuda. Will é um brilhante agente que capturou Hannibal Lecter há três anos, mas está aposentado depois de quase ter sido morto por ele. Apesar de relutar muito, Will aceita ajudar e logo após visitar as cenas do crime ele percebe que terá que visitar Lecter para pedir sua ajuda para pegar esse novo serial killer.

O momento do grande reencontro entre Lecter e Will Graham é extremamente tenso. A conversa entre os dois é perturbadora e simples ao mesmo tempo, e de longe dá para perceber como o personagem de Lecter é bem estruturado. Me peguei imaginando a pesquisa que Harris teve que fazer para montar seu personagem que se tornou um dos personagens serial killers mais famosos do mundo. A forma como, em poucos minutos ele consegue entrar na cabeça de Graham e fazê-lo se questionar, duvidar de si mesmo.

Porém, entre essa aparição e uma “breve” comunicação de Lecter com o novo serial killer e uma ou outra cena é tudo o que temos de Lecter no livro. Isso me decepcionou um pouco, pois a capa do livro nacional leva a frase: “A origem do canibal Hannibal Lecter”, e por isso eu esperava ver mais de Lecter em ação.

O serial killer, apelidado cruelmente pela imprensa e pela polícia de “Gay-dentuço” (uma tradução não muito adequada para o original “Tooth Fairy” que na verdade significa ‘Fada do Dente’), é na verdade Francis Dolarhyde. Francis é obcecado pelo quadro The Great Red Dragon and the Woman Clothed in Sun”, de William Blake e acredita possuir não só a força física, mas também a força mental do dragão vermelho, dando então, o título ao livro. O personagem é muito bem delineado e a minha percepção quanto a ele, físicamente, mudou muito ao longo da minha leitura. O autor também nos mostra o motivo de Dolarhyde ser como é ao revisitarmos o seu passado. Aliás, esse foi um dos poucos, se não o único, serial killer que eu vi ter uma oportunidade de redenção e achei o desfecho muito interessante.

A narrativa divide-se entre o ponto de vista de Will Graham e Francis Dolarhyde, sempre em terceira pessoa, e isso funcionou muito bem nesse livro, enriquecendo e dando várias informações ao leitor, que ele não teria se não fosse por essa dinâmica. Apesar de ter achado o enredo um pouco confuso, não sei se por conta da tradução ou por conta da escrita original do autor, a história é envolvente. Prever os é acontecimentos do enredo praticamente impossível e dá pra realmente sentir desespero ao virar das páginas em alguns momentos mais fortes. Aliás, despertar os mais variados sentimentos ao longo da leitura me pareceu ser um dom de Thomas, é possível sentir medo, nojo, pena, compaixão, terror, alívio, desprezo, tudo ao mesmo tempo.

Com um desfecho inesperado, Dragão vermelho não foi exatamente o que eu esperava e nem entrou pra minha lista de livros favoritos, mas com certeza é uma leitura que vale a pena pra quem gosta do gênero. Lembrando que o livro foi adaptado duas vezes para o cinema: a primeira em 1986, Caçador de Assassinos, com Brian Cox interpretando Lecter. Devido ao estouro de Silêncio dos inocentes e Hannibal: a origem do mal e suas adaptações para o cinema, houve um remake em 2002, Dragão Vermelho, desta vez com Anthony Hopkins – que já está eternizado no papel de Lecter.
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Dany 24/01/2015

Resenha: Dragão Vermelho
Após assistir a Silêncios dos Inocentes e fazer uma pequena pesquisa, descobri que o filme em questão tinha o livro e que o livro se tratava de uma série de romances de suspense tendo o mais famoso dos personagens, Hannibal Lecter. Creio eu que todos sabem quem ele é, o serial killer mais famoso de todos os tempos, conhecido também por Canibal. Tem o seriado de nome Hannibal. Alguns aspectos consegui achar no seriado, alguns pontos principais. Não cheguei a assistir a primeira temporada toda, porém pretendo concluir.

Em Dragão Vermelho Will Graham é um agente do FBI e um dos melhores especialista em prender serial killers porque Wil tem um dom. Ele é capaz de assumir o ponto de vista das outras pessoas, com isso ele é capaz de descrever como o serial killer agiu.

O que de certa forma o ajuda a prender quem comente crimes bárbaros também o deixa vulnerável, pois por pouco ele não foi morto por Hannibal. Depois desse ocorrido, Will se mudou e não trabalhava mais para o FBI até que surge um novo serial killer e seus serviços são requisitados.

Esse novo serial killer recebe o apelido de Dentuço, para então só depois revogar seu verdadeiro nome Dragão Vermelho. É chamado de Dentuço porque ele deixou marcas de mordidas em suas vitimas, além de matar a família toda ele também quebra os espelhos pela casa. Meticuloso ele não deixa rastros e não tem como conseguir ser pego.

O livro é muito bem escrito, os detalhes bem elaborados tanto nas partes de investigações quanto na construção dos personagens. Que foi o que mais me deixou fascinada.

Francis Dolarhyde tem sua história de vida conturbada, cheguei a sentir empatia por ele. Bem inteligente, forte fisicamente, Dolarhyde é tímido e não tem amigos. O ponto crucial da história para mim foi conhecer esse lado dele, poder compreender pouco mais de forma abrangente como foi sua vida.


Fui surpreendida porque não conseguir imaginar o que aconteceria na página seguinte. Fiquei presa, fascinada e querendo mais.

Não sei bem porque, mas o tema em si chama muito minha atenção. Acho que devido a forma deles - os serial killers - enchergar o mundo de outra forma, com outras características. Isso em si já é bem interessante.
Gostei bastante da história, da forma como foi contada, dos personagens. Por isso que pretendo ler os outros livros, até porque já assistir aos filmes.

site: http://recolhendopalavras.blogspot.com.br/2015/01/resenha-dragao-vermelho.html
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Fernando Lima 04/03/2015

Ótima leitura! Recomendo!
Eu já conhecia a história (da quadrilogia) pelas versões cinematográficas. Dá pra perceber que a adaptação do cinema foi bastante fiel, levando em conta as devidas adaptações de tempo, tecnologias, e o ritmo do cinema que tem que ser mais intenso pelo tempo de duração do filme.
Mesmo assim o livro chama a atenção para as características dos personagens. Por permear a temática psicológica/psiquiátrica os personagens são muito realísticos, seus problemas, sofrimentos, desejos e frustações. As descrições do espaço são muito boas. O autor utiliza muitos informantes de ambientes. Tudo isso ajuda, com certeza na leitura. Os diálogos, na maioria das vezes, mimetizam a oralidade.
Senti falta do Hannibal. Ele aparece muito pouco, apesar disso suas aparições são a parte densa da leitura. A presença do Dr. Lecter deixa o ambiente pesado. Dessa forma Will Grahan fica em destaque durante a narrativa e, mesmo não sendo um mestre em deduções como Sherlock, a mente dele está sempre à frente dos melhores do bureau americano.
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Patty Pizarro 07/07/2015

Nem acredito que demorei tanto para ter/ler esse livro.
A edição que tenho é bem ruim, a capa não tem orelha e o material é de segunda, as páginas são brancas com letras pequenas, possui erros de digitação e falhas na impressão, mas o conteúdo consegue superar todos os contras.
Hannibal Lecter não está em evidência nesse livro, quase não aparece, mas seus diálogos e cartas são cheios de classe e sarcasmo como conheci nos filmes. O livro é sempre melhor porque nos mostra mais profundamente o que os personagens sentem, mas agora que terminei de ler posso dizer que o filme não deixou a desejar. Excelente leitura.
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Karina 24/07/2015

Esse Thomas Harris é bom!!
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@pedroliterario 22/08/2015

Cansativo
De toda a trilogia este primeiro livro é o único que não despertou adrenalina em mim. O Dr. Lecter é um mero figurante na história, que demora para se desenvolver e de fato acontecer. As tramas paralelas de Freddy Lounds e Fada do Dente são muito mais interessantes. O livro não chega aos pés do sensacional "O Silêncio dos Inocentes" e do magistral - e melhor livro da série - "Hannibal", nos quais temos um autor Thomas Harris mais maduro e firme em suas histórias.
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Thalita Branco 01/09/2015

Resenha ~ Dragão Vermelho - Thomas Harris
Os livros sobre o Dr. Hannibal Lecter são muitos bons. A tempos li todos os livros que retratam a vida do canibal, sendo eles o Dragão Vermelho, O Silêncio dos Inocentes, Hannibal e Hannibal A Origem do Mal (esse último confesso, não é tão bom assim…). Agora por conta do final da série de TV, resolvi reler o Dragão Vermelho.

Acompanhamos Will Graham e Jack Crawford em busca do assassino de famílias inteiras conhecido como Fada do Dente. Aliais, não entendi por que raios traduziram, pelo menos nessa minha edição, o original The Tooth Fairy para Gay-dentuço. Enfim… Com a “ajuda” de Hannibal Lecter, Will pretende capturar o psicopata antes da próxima lua cheia, ocasião em que o assassino costuma atacar.

As melhores passagens ficam por conta da vida de Francis Dolarhyde, o tal Fada do Dente. Não é difícil sentir simpatia e pena pelo Francis criança. Nascido com lábios leporinos em uma época de poucos recursos, abandonado pela mãe, criado pela avó senil, humilhado pelos meio-irmãos, também não é difícil compreender os motivos que levaram o Francis adulto se transformar em um monstro.

Apesar da infância conturbada e de alguns episódios sinistros, Francis se torna um adulto relativamente pacifico. Até que sua vida muda quando vê na capa de uma revista a aquarela de O Grande Dragão Vermelho e a Mulher Vestida de Sol. Completamente fascinado pela imagem, decide se tornar O Dragão. Aumenta sua dose de exercícios, tatua o dragão nas costas e passa a matar.

Seu relacionamento com Reba é no minimo interessante. Sendo cega, ela logo se sente atraída por Dolarhyde por este não demostrar simpatia com sua deficiência. Enquanto que ele se sente encantado, mesmo que um tanto quanto perturbado, em admirar uma mulher tão de perto, já que por conta de sua aparência Francis sempre foi um homem reservado e extremamente solitário. E o leitor não sabe se acha o romance bonitinho ou se pensa O QUE RAIOS ESSE HOMEM VAI FAZER COM ESSA MULHER???

O ritmo da história é acelerado, e por mostrar tanto os pontos de vista do FBI quando do Dolarhyde, é impossível não ficar mega curiosa pelo final. É angustiante saber quem é o assassino e ao mesmo tempo notar como o FBI está longe de captura-lo. As terminologias técnicas relacionadas aos procedimentos da policia são um pouco chatinhas, mas nada que atrapalhe a fluidez da leitura.

site: www.entrelinhasfantasticas.com.br
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Marselle Urman 21/09/2015

Direto do livro do Apocalipse...
Antes de mais nada, devo dizer que sou grande fã da obra de Thomas Harris há muito. Gosto deveras de 75% dos filmes, e após assistir duas temporadas esplêndidas do seriado "Hannibal" decidi reler toda a série, com uma visão mais crítica. Afinal meu deslumbramento inicial foi tão grande que me manteve fã até hoje.
Tive dois motivos iniciais de estranheza. O primeiro foi descobrir que o clima maravilhosamente sombrio e tenso que na minha mente marca essa obra deve-se mais às exibições em tela que ao livro propriamente dito. Sem problemas. O segundo foi encontrar uma descrição da sociedade cosmopolita do primeiro mandato Reagan, ainda que no círculo policial. Levemente racista, levemente sexista. Entendendo-se o contexto histórico, porém, nada demais.

Cabe dizer que esse livro não é sobre Hannibal Lecter. Ele é essencialmente sobre a relação de um homem profundamente perturbado com seu alter ego, o duplo encontrado na obra de um dos artistas mais brilhantes e sombrios da História, William Blake. E foi um dos precursores de toda a metodologia "CSI" de investigação, que para nós hoje já é tão "carne de vaca" mas que na época revelava recursos secretos e inovadores do FBI.

O fator que sempre me encantou, no entanto, permanece. É a sintonia sutil da análise psicológica e comportamental, mais devida à breve interferência do dr. Lecter que aos esforços Sherlockianos de Graham e Crawford...mas ainda presente.

A mensagem desse livro é : não existe O Mal. O ser humano é seu próprio veneno, juiz e executor.

SP, 21/09/2015
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Ana 20/04/2024

Muito bom
Fiquei muito feliz quando eu vi que "silêncio dos inocentes" era uma trilogia, pq isso não é uma informação muito divulgada
gostei bastante do livro, a história é muito bem contada com a perspectiva de todos os personagens então tudo fica muito claro
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Natália 03/12/2012

Por tais fatos

É assombroso. E, definitivamente, o Dr. Hannibal Lecter é um dos melhores personagens já criados. A sociedade ocidental atual é cheia de pessoas mascaradas e com índices alarmantes de maldade; mas, sem dúvida, Lecter me fez chegar a questionar o que é o bem e o mal. Muitas vezes, ao longo da leitura minha mente entrou em colapso ao tentar entender o que realmente é justo e por tais fatos, devo afirmar que eu me apaixonaria por Hannibal. Além de sua semelhança com o Conde Drácula.
Além disso, o assassino do livro que se auto-intitulou como “Dragão Vermelho” faz uma alusão aos demônios que permeiam a essência do ser social.
Portanto, a leitura desse exemplar exige que o leitor esteja atento aos detalhes primorosos e que não procrastine doses excessivas de perversão e loucura.


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Natalia 14/11/2012

"Dragão Vermelho" Thomas Harris - Resenha
Livro que antecede o best seller "O Silencio dos Inocentes", ele conta o como um dos maiores vilões de todos os tempos, Hannibal Lecter foi preso e seu relacionamento com Will Grahan, o agente do FBI que o prendeu.
Depois de alguns anos do ataque de Lecter, Will ele não faz mais parte do FBI. Traumatizado, ele busca refugio em uma praia, onde ele não seja assombrado pelos fantasmas de seus casos antigos. Mas á um assassino á solta, o Dentuço, que mata familias inteiras e se alto initula o Dragão Vermelho. Ele não vai parar sozinho.
O FBI pede ajuda á Will, que tem um perturbador dom de se colocar mentalmente no lugar de assassinos psicopatas para entende-los, mas ele precisa de ajuda, de alguem mais louco do que ele, do que o Dragão, ele precisa da ajuda de Lecter, e assim como Clarice Starling, do silêncio, ele vai até a prisão psiquiatrica em que Lecter está preso para que ele o ajude á descobrir quem é o Dragão antes que outra familia seja dizimada.
Como ele vai manter a sanidade tendo que encarar esses dois assassinos mesmo quando isso significa que sua propria familia estará correndo perigo?

Impressões

Um thriller pscicológico intenso, que nos leva ao mais profundo da mente de um Serial killer muito inteligente e metódico. Seus traumas de infância que o moldaram convergem para a reveleção do que ele tem que fazer, uma força maior manda, o dragão.
"Dragão Vermelho" foi escrito antes de "O silêncio dos Inocentes", e teve sua adaptação para o cimema no começo dos anos oitenta, porem quando o silêncio recebeu sua versão para o cinema, acabou tendo mais notoriedade do que o primeiro. A interpretação de Anthony Hopkins como Haniball Lecter ajudou muito para isso. Situação corrigida na decada de 2000, quando "Dragão Vermelho" foi refilmado, dessa vez com Hopkins revivendo o personagen que lhe coube tão bem.

Porque você deve ler?

Vocês vão mesmo perder a oportunidade de tem Hannibal Lecter, um dos melhores vilões de todos os tempos, descrito em um livro em toda sua complexidade? A abordagem psicologica desses personagens sombrios é algo raro na literatura e deve receber sua atenção. Com certeza.
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Thaís 21/11/2012

Livro: Dragão Vermelho, de Thomas Harris
Esta literatura, da década de 1980, narra uma história complexa e angustiante para uns e emocionante para outros. Descrevendo um pequeno período da vida do detetive Will Graham, Dragão Vermelho é uma história envolvente e misteriosa, ideal para aqueles que buscam um pouco de suspense com um toque de seriais killers numa leitura.

Um policial aposentado que volta a ativa com o pedido de um velho amigo e companheiro de trabalho, para resolver dois casos de assassinato interligados. Após as tentativas de superar os medos e de esquecer as lembranças do ultimo caso, Graham aceita o “convite” (que, aliás, foi quase uma intimação) e retorna à sua antiga rotina de investigação. Esta, que deu continuidade à nossa história, é cheia de imprevistos e criteriosas observações dos pequenos detalhes. Detalhes que passaram despercebidos por outros investigadores... detalhes que levam ao desfecho da história.

Com algumas reviravoltas no decorrer da história, dificilmente consegue-se adivinhar o que virá pela frente. De uma forma paralela, cada capítulo é escrito em primeira pessoa, com focos diferenciados: de Will para o Dragão; do presente para o passado, com uma continua ligação de pequenos detalhes que, reunidos, levaram aos acontecimentos do “presente”.

Definitivamente Dragão Vermelho foi escrito de uma maneira interessante, uma maneira que nos faz prestar a atenção aos mínimos detalhes, nos instigando a tentar imaginar o próximo passo, o próximo acontecimento, a próxima morte...

Will Graham, um dos nossos personagens principais, não é e nem será um policial comum. Se fosse, como repassaria (frisa-se: repassaria perfeitamente) os passos de serial killers? Meio suspeito, não? E nosso Dragão? Como é possível que em tão poucas páginas ele nos mostrar que nossas escolhas modificam nossas vidas, e não só as nossas, mas as de pessoas estranhas à nós...! Essas escolhas podem atingir e modificar o interior até mesmo de desconhecidos!

Até que ponto sacrificaríamos nossa felicidade em nome da liberdade? Uma existe sem a outra? São questões simples e ao mesmo tempo tão complexas que não conseguimos chegar a uma resposta definitiva, são essas questões levantadas pelo autor me levaram a refletir durante e ao final dessa leitura.

Tá bom... Já elogiei demais. Vamos às criticas (que não são realmente criticas), mas antes tenho que admitir que fiquei impressionada com o livro, e faz um tempinho que não me interesso dessa forma por um, por isso sou suspeita, não só com as poucas críticas, mas também com os elogios.

A edição que me proporcionou tal fascínio é antiga, tanto que havia algumas paginas “coladas” devido à pouca movimentação da obra. As letras são de bom tamanho e não tinha uma imagem sequer, deixando à cargo da imaginação do leitor a criação do personagem de acordo com as descrições (que não são poucas).

Não é uma história linear, o que exige do leitor uma atenção especial, com isso observa-se características em tempos distintos de cada personagens, são personalidades que mudaram com o tempo (mais um pouco de atenção aqui, porque se “ler o passado”, achando que é presente... não vai dar certo).

O final... Esse foi o que definitivamente mais me surpreendeu, nunca imaginei tal desfecho, fiquei sem reação! Mas o que eu esperava de um livro que tem reviravoltas, um final certinho...? Absolutamente não.
Agora me resta ler o próximo livro com esse “pseudo-policial”, um desdobramento, que volta no tempo, para a primeira descoberta de Graham, um killer mais interessante que o Dragão Vermelho: Hannibal Lacter.


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