A elegância do ouriço

A elegância do ouriço Muriel Barbery




Resenhas - A Elegância do Ouriço


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Kirla 16/03/2023

Um livro fofinho que dá aquela alegria no coração. Amei os personagens, principalmente o quarteto erudito e simples formado por René, Manuela, Kakuro e Paloma. Uma leitura gostosa e divertida e enrolei um pouco pra acabar pq não queria acabar, queria mais histórias de conspiração desse grupo.
Carla510 16/03/2023minha estante
A escrita da Muriel é linda!!!


Kirla 16/03/2023minha estante
Muito! Admito que chorei na ultima página, pq mesmo tendo passado tudo, foi muito delicado e bonito a forma como a Paloma descreve o que sente.


Carla510 17/03/2023minha estante
Eu também chorei! Não tava esperando por esse final!




Edna 05/03/2023

Aquele final que muda sua avaliação de 4 x 5
Uma abordagem filosófica, humorada e sarcástica.

Em duas narrações pela Concierge de um Prédio famoso em Paris, ela vai contando nesse clima a vida dos moradores, a segunda é uma garota de doze anos muito inteligente que nos criva de curiosidade por cada pensamento.

Renée chamada de Sra. Michael pelos moradores do prédio é autodidata mas ñ quer que ninguém saiba que ela domina vários temas da filosofia à psicanálise mas tem um lado tão humano quanto os trechos que separei vocês.

Uma viagem dupla essa leitura, nos leva à leitura de clássicos que estão dentro de nós com Anna Karenina; O Conde de Monte  Cristo;  Guerra e Paz e muita  da arte  Van Gogh; Caravaggio; Rembrandt; Vermeer e outros.

"Quando me angustio  vou para o refúgio. Nenhuma necessidade de viajar; ir juntar-me às esferas de minha memória literária é suficiente."

"De onde vem o maravilhamento que sentimos diante de certas obras? (....) aquele pincel que soube domar a sombra e a luz e restituir, magnificando-as suas formas e texturas(...) isso nem explica o mistério do primeiro deslumbramento."

"Que faz a arte por nós? Ela dá forma e torna visíveis nossas emoçoes, e, ao fazê-lo, apõe o selo de eternidade presente em todas as obras que, por uma forma particular, sabem encarnar a universalidade dos afetos humanos."

Pensamento

"A Sra. Michael tem a elegância do Ouriço, por fora crivada de espinhos, uma verdadeira fortaleza, mas tenho a intuição que é tão simplesmente requintada quanto os ouriços que são uns bichinhos falsamente indolentes, ferozmente solitários e terrivelmente elegantes."

Que final foi esse? Leiam !
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belamoreira 04/03/2023

Que livro incrível!
Totalmente diferente dos livros que estou acostumada a ler, mas eu simplesmente amei!
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Jardim de histórias 28/02/2023

Um livro de percepções, desconstrução e reconstrução!
Estar vivo talvez seja isto: espreitar os instantes que morrem.

Quando os pássaros que escolhem não ter asas resolvem se atirar no abismo. Quando a verdadeira filosofia do ato de viver, se projeta sem pontificações, nos inspirando a um olhar profundo para nosso interior. O que parece uma introdução Kantiana, é, na verdade, essa obra sensível em meio a robustez do tema, cuja tem como aspecto o existencialismo. O quão grandioso é um diálogo mental em meio a introspecção resultante em reflexos de uma vida que percebemos inexistente. Por um lado, você tem uma narrativa por um olhar maduro, que optou pelo véu da invisibilidade, camuflando-se com estereótipos, tanto com a conformidade proveniente da zona de conforto, quanto a sensação gerada pela armadura que proporciona o devido bloqueio, tornando-a inacessível as percepções. Por outro lado, a narrativa de uma jovem repleta de ideias e sensações, capazes de fazer se perder nela mesma e ao se encontrar perceber a incompatibilidade de um mundo ilusório. Durante esse ensaio de percepções, a narradora Renée a Concierge que vive sua quarentena moral, nos abastece saborosamente com o seu discurso crítico, porém, consciente, sobre os efeitos, não às causas e sim efeitos, dos choques culturais e os abismos sociais, com uma crítica muito autêntica sobre os aspectos da burguesia em relação ao povo. Devido ao estado de inflamabilidade potencializado pela cláusula ideológica e a introspecção, o teor de suas críticas, despidas da ira, são um bálsamo intelectualizado da consciência analítica. Agora, por outro lado, também referir-se a aristocracia, e diga de passagem, nunca li uma crítica a hipocrisia da aristocracia tão sagaz, quanto a da jovem Paloma Josse, a segunda narradora. Um olhar profundo, que em tese, não deveria ter essa imersão, devido ao que entendemos de maturidade em desenvolvimento, porém, mesmo através deste olhar jovial e sensível, carrega a visceralidade do julgo, que a todo momento faz críticas mentais sobre aspectos cotidianos e sociais, tomando como exemplo o quão banal e superficial é o comportamento de sua família aristocrata e de alguns vizinhos. Essas duas narrativas, precisavam de um catalisador, ou seja, um ponto de apoio, que trouxesse um equilíbrio para a história, que olhasse para essas duas narradoras e enxergasse além, sem um olhar para si mesmo no outro. Esse ponto de apoio é o personagem, chamado Kakuro Ozu! O maravilhoso Sr. OZU. Um senhor metódico, simpático e muito humano, que se conectou perfeitamente no contexto. Primeiro, é importante contextualizar a história. Tudo, embora gire em torno do edifício nobre onde residem, trazendo às impressões de uma "escatologia "moral e social visto metaforicamente dos aspectos construídos de ideias que os narradores, também moradores deste local, criam dos vizinhos, mas que, filosoficamente, tem muito de nossas próprias impressões. O livro, nos apresenta várias impressões interessantes e subjetivas, é importante salientar isso, pois, nem todos terão a mesma percepção. O que eu posso dizer e digo, que a forma filosófica que Muriel Barbery utilizou para contar essa história, sob olhar em meio aos conflitos individuais, foi simplesmente estupenda. Um livro para ler, reler, estudá-lo e principalmente deliciar-se. Como ponto de melhoria, sugiro uma revisão na tradução. Existem algumas palavras ou termos, embora não atrapalhe muito na condução da história, mas estão diferentes do francês, como se fosse feita uma tradução literalmente sem olhar para o contexto ou outro significado. Lembrando que são bem pequenos problemas, não comprometendo a história fascinante.
Jardim de histórias 28/02/2023minha estante
O livro nos conta, já a desconstrução é conforme nossa percepção!

E vocês o que acharam?


Vanessa.Castilhos 28/02/2023minha estante
Interessantíssimo! Fiquei com vontade de ler e mergulhar nessas personalidades!


Jardim de histórias 28/02/2023minha estante
Vanessa, ainda estou impactado pela leitura! Que livro! Leia e me conte suas impressões.




Larissa 27/02/2023

"Ela tem a elegância de um ouriço..."
"Viver, se alimentar, se reproduzir, realizar a tarefa para a qual nascemos e morrer: isso não tem nenhum sentido, é verdade, mas é assim que as coisas são. Essa arrogância dos homens de pensar que podem forçar a natureza, escapar de seu destino de pequenas coisas biológicas... e essa cegueira que têm para a crueldade ou a violência de suas próprias maneiras de viver, de amar, de se reproduzir e de fazer a guerra a seus semelhantes... Acho que só há uma coisa para fazer: encontrar a tarefa para a qual nascemos e realizá-la o melhor possível, com todas as nossas forças, sem complicar as coisas e sem acreditar que há um lado divino na nossa natureza animal. Só assim é que teremos a sensação de estar fazendo algo construtivo no
momento em que a morte nos pegar. A liberdade, a decisão, a vontade, tudo isso são quimeras. Acreditamos que podemos fazer mel sem partilhar o destino das abelhas; mas nós também não somos mais que pobres abelhas fadadas a cumprir sua tarefa e depois morrer."
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Isa 26/02/2023

Um roteiro comum.
Ganhei A Elegância do Ouriço de presente com a promessa de que era um livro único. Ledo engano. Demorei quase três meses para finalizar a leitura tamanha foi a minha falta de conexão com Rennee e Paloma, as protagonistas. Frases prontas, caricaturas de um roteiro quase retiradas de uma novela. Sem graça e sem sal. Algumas passagens bonitas , como a ida de Paloma no asilo, mas nada mais 'único' nesse livro. A forma de escrita de dois personagens que narram a história poderia ser interessante, mas me senti com sono e fico feliz que a leitura tenha terminado.
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NathaliaEira 22/02/2023

Poético e sensível, mas regado de acidez e ironia
Uma leitura que demarca em cada página a luta de classes; de um lado temos uma concierge extremamente culta e, do outro, um prédio de ricaços que não a enxergam, não a percebem.

Há também uma criança de 11 anos que prefere se matar em seu próximo aniversário do que seguir os passos de sua família rica "progressista". Por fim, temos o encontro de almas, a esperança e a morte.

Livro extremamente poético e sensível, mas regado de acidez e ironia.

"Nada é mais desprezível que o desprezo dos ricos pelo desejo dos pobres"

"Somos incapazes de parar de desejar, e mesmo isso nos magnífica e nos mata. O desejo! Ele nos transporta e crucifica, levando-nos cada dia ao campo de batalha onde na véspera perdemos mas que, ao sol, nos parece novamente um terreno de conquistas, nos faz construir, quando na verdade amanhã morreremos, impérios fadados a se tornar pó, como se o conhecimento que temos dessa queda próxima não importasse à sede de edificá-los agora, nos insufla o recurso de querer também aquilo que não podemos possuir, e nos joga de manhãzinha na relva juncada de cadáveres (...)"
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Ana Paula Carnevale 20/02/2023

Uma elegante obra, uma ode a arte, a literatura e a vida
"Nesses dias, precisamos desesperadamente da Arte. Aspiramos ardentemente a retomar nossa ilusão espiritual, desejamos apaixonadamente que algo nos salve dos destinos biológicos para que toda poesia e toda grandeza não sejam excluídas deste mundo."
A elegância do ouriço de Muriel Barbery.
Um humor ácido, uma reflexão da sociedade, ou simplesmente a história de uma porteira de um condomínio de luxo em Paris que amante das artes, da literatura finge não o ser para continuar assumindo o seu papel social no mundo, o de ser invisível. Em paralelo uma adolescente rica também questiona a sua existência social. Que linda amizade nasce desse encontro improváve, tecido sobre a elegância da língua explorada na sua imponente beleza.
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Paola.Palliano 17/02/2023

Um dos meus livros preferidos da vida
Comecei a ler despretensiosamente e me encantei. São tantas reflexões que esse livro nos traz que só lendo pra entender. Faz um tempo que já li, mas as vezes ainda me pego pensando em algo dito pelas personagens principais. Com certeza é um livro pra se guardar na memória.
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Lara 15/02/2023

Despretensiosa
A escrita é poética, leve, humorada, cativante. A história é bem fofinha, li esse livro rapidamente, é bem agradável a leitura, despretensiosa.
aIfeu 16/02/2023minha estante
eu gosto tanto desse livro! tu pretende assistir a adaptação?


Lara 23/02/2023minha estante
Nem sabia que ia ter adaptação kk




Karen 12/02/2023

Entrou pra lista de livros que quero reler
Demorei para me envolver na história, mas aos poucos foi me ganhando, as passagens de narrativa pelas perspectivas das personagens principais as vezes me entendiavam, por conta do conteúdo extremamente filosófico, me perdi muitas vezes. Apesar de gostar da construção de personagem da zeladora, os diários de Paloma me ganharam mais por causa do senso de humor e falta de noção que ela às vezes apresentava. No fim das contas a construção, críticas e exageros me ganharam mais do que o enredo em si. Talvez numa futura releitura, o livro cresça para mim, mas continuo achando válida a leitura.
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olive 11/02/2023

filosofia avassaladora
muriel barbery escreveu um romance repleto de filosofia no cotidiano com reflexões que conseguem evocar um sentimento doloroso no leitor, trazendo a perspectiva de duas pensadoras profundas, que são semelhantes, mas vivem vidas completamente distantes em um prédio de luxo.

gastei três meses lendo com bastante calma; terminei, fiquei parada por longos minutos, chorei e então, refleti. paloma e renée são personagens identificáveis, que assim como muitas pessoas, procuram entender o que é preciso viver antes de morrer.

esse é um livro delicado e poético que embora pareça trivial, te faz experimentar alívio e tristeza do início ao fim.
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Alana 05/02/2023

Não tenho palavras pra esse livro, acho que terei uma ressaca literária daquelas.

Simplesmente, lindo, poético e delicado. Esse é um daqueles que a gente não quer esquecer por nadaaa nesse mundo. ??
Elaine A. de 05/02/2023minha estante
Amo demais esse livro.


Alana 06/02/2023minha estante
Ele é perfeito demais!!!!




Millene.Grandemagne 03/02/2023

Citações
"Aparentemente, de vez em quando os adultos têm tempo de sentar e contemplar o desastre que é a vida deles. Então se lamentam sem compreender e, como moscas que sempre batem na mesma vidraça, se agitam, sofrem, definham, se deprimem e se interrogam sobre a engrenagem que os levou ali aonde não queriam ir. Os mais inteligentes até transformam isso numa religião [...]. O fato é que são como os outros, são crianças que não entendem o que lhes aconteceu e bancam os durões quando na verdade têm vontade de chorar. No entanto, é simples entender. O problema é que os filhos acreditam nos discursos dos adultos e, ao se tornar adultos, vingam-se enganando os próprios filhos. 'A vida tem um sentido que os adultos conhecem' é a mentira universal em que todo mundo é obrigado a acreditar. Quando, na idade adulta, compreende-se que é mentira, é tarde demais. O mistério permanece intacto, mas toda a energia disponível foi gasta há tempo em atividades estúpidas. Só resta anestesiar-se, do jeito que der, tentando ocultar o fato de que não se encontra nenhum sentido na própria vida e enganando os próprios filhos para tentar melhor se convencer. Entre as pessoas com quem minha família convive, todos seguiram o mesmo caminho: uma juventude tentando rentabilizar sua inteligência, espremer como um limão o filão dos estudos e garantir uma posição de elite, e depois uma vida inteira a se indagar com pavor por que essas esperanças desembocaram em uma vida tão inútil. As pessoas creem perseguir as estrelas e acabam como peixes-vermelhos num aquário".

"Acho que a lucidez torna o sucesso amargo, ao passo que a mediocridade espera sempre alguma coisa".

"Os homens vivem em um mundo em que são as palavras, e não os atos, que têm poder, em que a competência última é o domínio da linguagem. É terrível, porque na verdade somos uns primatas programados para comer, dormir, nos reproduzir, conquistar e tornar seguro o nosso território, e os mais dotados para isso, os mais animais entre todos nós, são sempre passados para trás pelos outros, por esses que falam bem, quando, na realidade, seriam incapazes de defender seu jardim, de trazer um coelho para o jantar ou de procriar corretamente. Os homens vivem num mundo em que são os fracos que dominam. É uma injúria terrível à nossas natureza animal, um gênero de perversão, de contradição profunda".

"A faculdade que temos de manipular a nós mesmos para que o pedestal de nossas crenças não vacile é um fenômeno fascinante".

"Mas, se tememos o amanhã, é porque não sabemos construir o presente e, quando não sabemos construir o presente, contamos que amanhã saberemos e nos ferramos, porque amanhã acaba sempre por se tornar o hoje, não é mesmo?"

"A sra. Michel tem a elegância do ouriço: por fora, é crivada de espinhos, uma verdadeira fortaleza, mas tenho a intuição de que dentro é tão simplesmente requintada quanto os ouriços, que são uns bichinhos falsamente indolentes, ferozmente solitários e terrivelmente elegantes".

"Nada é mais desprezível que o desprezo dos ricos pelos desejos dos pobres".

"De que serve a inteligência senão para servir? [...] os privilégios criam verdadeiros deveres".

"Porque o que é bonito é o que captamos enquanto passa. É a configuração efêmera das coisas no momento em que vemos ao mesmo tempo a beleza e a morte. Estar vivo talvez seja isto: espreitar os instantes que morrem".

"A arte é a vida, mas num outro ritmo".

"A miséria é uma segadeira: ceifa em nós tudo o que temos de aptidão para o relacionamento com o outro e nos deixa vazios, lavados de sentimentos, para poder suportar toda a negrura do presente".

"Compreendi que eu sofria porque não podia fazer bem a ninguém ao meu redor. Compreendi que queria mal a papai, mamãe e sobretudo Colombe pq sou incapaz de lhes ser útil, pq não posso fazer nada por eles. Eles estão muito longe na doença, e eu sou muito fraca. Vejo direitinho os sintomas deles, mas não sou competente para curá-los e, com isso, também fico tão doente quanto eles mas não vejo".

"Qual é essa guerra que travamos, na evidência de nossa derrota? Manhã após manhã, já exaustos com todas essas batalhas que vêm, reconduzimos o pavor do cotidiano, esse corredor sem fim que, nas derradeiras horas, valerá como destino por ter sido tão longamente percorrido. Sim, meu anjo, eis o cotidiano: enfadonho, vazio e submerso em tristezas. As alamedas do inferso não são estranhas a isso; lá caímos um dia por termos ficado ali muito tempo. De um corredor às alamedas: então se dá a queda, sem choque nem surpresa. Cada dia reatamos com a tristeza do corredor e, passo após passo, executamos o caminho da nossa sombria danação".
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