A elegância do ouriço

A elegância do ouriço Muriel Barbery




Resenhas - A Elegância do Ouriço


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Maria Ferreira / @impressoesdemaria 15/06/2014

A elegância da profundidade
Este livro é narrado em primeira pessoa por Renée, a zeladora de um condomínio de luxo localizado no número 7 da Rue de Grenelle, em Paris.

Alternadamente, também temos uma narração em primeira pessoa feita por Paloma, uma garota de doze anos, dona de uma inteligência muito aguçada e surpreendentemente critica. Ela faz parte de uma das famílias que moram nesse condomínio, mas vive infeliz porque não se identifica com o modo de viver de seus familiares. Então, toma uma decisão: no seu aniversário de treze anos, vai se suicidar e colocar fogo no apartamento em que mora, afim de dar um susto em seus pais. Enquanto seu aniversário não chega, ela vai escrevendo pensamentos profundos para ver se encontra algum motivo para continuar vivendo.^

Voltando a Renée, ela é uma zeladora muito culta, que lê Marx e que tem consciência de sua condição social, mas não deixa que isso transpareça para os moradores do condomínio, porque sabe que isso os incomodaria. Ela leva sua farsa adiante, até que um dia, o condomínio recebe um novo morador, o senhor Ozu. Ele é um japonês que tem dois gatos e a partir de sua chegada, as coisas começam a mudar para Renée.

"A Elegância do Ouriço" foi publicado em 2006 e rapidamente se tornou um dos grandes nomes da literatura contemporânea. E com razão! É um grande romance filosófico, desses que nos fazem refletir sobre nossa atuação na vida das pessoas, na sociedade, sobre nossa relação com o tempo, a justiça, a beleza, a arte e principalmente, com o amor.

Eu o peguei na biblioteca, mas é um dos poucos livros que eu faço questão de ter. E não só ter, mas também quero dá-lo de presente para alguns amigos em especial, porque é tão lindo, tão profundo... e eu gostaria que eles sentissem o mesmo que eu.

site: http://www.minhassimpressoes.blogspot.com.br/2014/06/resenha-elegancia-do-ourico.html
Renata CCS 07/07/2014minha estante
Já li diversas resenhas sobre este livro, e são sempre muito positivas. A sua resenha só veio confirmar que devo colocá-lo no topo da lista de futuras aquisições!




Pri | @biblio.faga 28/12/2020

Eu sou uma pessoa tímida e introvertida, com uma tendência a me isolar. Hábito que é reforçado com a proximidade do final do ano - época de esperança e alegria, mas que também tem um certo tom de tristeza.

Acredito que isso tenha contribuído incisivamente para a minha relação com o livro “A Elegância do Ouriço”, pois me identifiquei bastante com a vida secreta e “clandestina” das protagonistas Renée e Paloma, verdadeiras outsiders do edifício número 7 da Rue de Grenelle.

Eu gostei da forma como o sentimento de inadequação é compartilhado por personagens tão díspares, mas, ao mesmo tempo, tão semelhantes. É reconfortante perceber como vivências tão variadas [uma concierge de meia idade e uma pré-adolescente] podem gerar frutos tão similares. Afinal, toda solidão é única, porém também é compartilhável.

Embora a suposta “prepotência” ou “arrogância” das personagens tenha incomodado alguns leitores, a meu ver, essas características servem para humanizá-las e, assim, torná-las críveis. Como é sabido, cada um de nós se cerca das barreiras que nos parecem mais resistentes ou adequadas, podendo a “superioridade” intelectual ter tal função.

Outro aspecto que me agradou muito foi a abordagem filosófica e irônica do livro. Apaixonadas pelas artes em geral, temos diversas menções a livros, filmes, além de profundas reflexões sobre a vida, tais como o seu sentido e sua efemeridade.

Crítico, o livro chama atenção para a conduta subversiva de Renée, destacando como são construídos os ingratos estereótipos, bem como ainda vivemos em sociedade excludente com pouca [ou quase nenhuma] mobilidade social.

A propósito, não é sem porquê que o livro ocupa o 986º lugar na popular lista do 1001 livros para ler antes de morrer.

Obs.: Quem é que não ficou com mais vontade de ler Anna Karênina ou mais livros do Tolstói?

site: https://www.instagram.com/biblio.faga/
Alê | @alexandrejjr 08/01/2021minha estante
Excelente texto sobre a tua experiência com o livro!




Dani 29/12/2013

Um livro muito bonito que discute filosofia enquanto nos conta a história de alguns moradores de um elegante prédio em Paris. Eu me apaixonei pela Renée e pelo sr.Ozu (pela Paloma não!hehehe existe 'lei da palmada' no que diz respeito à personagens infantis?). Mas o final, sinceramente, me decepcionou... foi um anticlímax. Contudo, é um livro muito bom recomendo. Aliás, recomendo mais do que ao filme que na minha opinião não conseguiu transportar para tela a densidade das personagens.:)
Vinícius 01/01/2014minha estante
Mas o filme transportou um Keranu Orivis pro papel do Sr. Ozu. :P




Livia.Oliveira 30/07/2020

Livro maravilhoso, reflexivo, profundo...
O que dizer desse romance filosófico que nos traz uma leitura tão profunda e complexa? Esse livro nos apresenta várias reflexões do nosso dia a dia, introduz o sentido da vida, morte, amor, amizade, família. A história é narrada sob a ótica de duas personagens inigualáveis, cada uma com suas peculiaridades: de um lado temos a concierge de um prédio luxuoso de Paris chamada Renee e do outro, temos a adolescente de 11 anos, Paloma que mora no prédio com a família. A narrativa vai nos contar a perspectiva pessoal de alguns personagens que moram nesse recinto. Outro importante personagem que não posso esquecer-me de enaltecer é Kakuro Ozu, que acaba por iluminar o caminho tortuoso e sombrio da vida dessas duas narradoras, fazendo uma total diferença na vida de ambas. No começo, a leitura não estava fluindo muito porque em vários momentos a autora descreve sobre arte, música, autores/artistas clássicos, ou seja, em várias passagens temos muita filosofia , existencialismo e pouco dialogo dos personagens. Os momentos que mais gostei e me fez avançar nas paginas foi quando os personagens se conheceram e se conectaram uns aos outros, e começamos a visualizar uma linda amizade se formando. O final do livro foi muito surpreendente e arrasador. “Estar vivo talvez seja isto: espreitar os instantes que morrem”. Nota 4
Vinicius.Borges 30/07/2020minha estante
???




Tammy 19/02/2015

Sensível!
A Elegância do Ouriço é um livro muito sensível e seu título não poderia ser outro.

Por meio de uma história aparentemente simples sobre a vida de uma jovem moradora e da zeladora de um prédio chique francês, personagens que narram o livro em capítulos alternados, o leitor é levado a questionamentos filosóficos profundos.

Os desdobramentos da história são muito bacanas, e despertam reações como risos e emoções. Porém, no final de alguns capítulos, a reflexão é inevitável.

Livro leve e muito inteligente, que trata de temas universais e tem escrita certeira para cativar muitas (e diversos tipos de) pessoas.
Mona 02/03/2015minha estante

Amei o livro e também a escrita sofisticada do autor, só achei que quando passa da metade ele fica um pouquinho entediante. bjs




Babi.Dias 16/11/2019

Livro chato e pedante, com um final razoável.
Vanessa.Almeida 27/11/2019minha estante
Concordo. Me indicaram como sendo ótimo, mas achei chato e pedante apenas. Além disso as personagens são extremamente pessimistas e retratam sempre o lado ruim das coisas




Caren Gabriele 06/12/2016

A Elegância do Ouriço - Muriel Barbery
Eu nem sei como começar a falar sobre esse livro, então começarei por aqui: porque não consigo falar de uma obra que mexeu tanto comigo? Que me fez chorar como um bebezinho (e havia mais de um ano que um livro fazia isso comigo)? Que me fez rir e ter sensações deliciosas como fazia tempo um livro não me proporcionava? Bom, talvez justamente por todas essas coisas.
  Esse seria o momento em que eu começaria a me desdobrar pela história e a descrever os personagens, mas se você parar para pensar, Barbery nada mais fez do que contar a intimidade dos pensamentos de uma concierge cinquentona e uma pré-adolescente que não gosta da família. O que elas tem em comum? Ambas são excepcionais.
  Paloma, na flor da idade, é o que muitos chamariam de menina prodígio. Mas essa não é uma história sobre uma garotinha acima da média. É o olhar filosófico de uma criança que compreende mais da humanidade do que o resto de nós, infames adultos. E uma grande sacada da autora foi não deixar que a caçula da família Josse perdesse os questionamentos próprios dos doze anos. Ela não é um mini adulto, mas sim uma pré-adolescente com visão e ideias mais claras do que grande parte dos homens e mulheres e meia idade.
  Já Renée, bem, a matrona que roubou meu coração é, ao mesmo tempo, o ressabiar de alguém que cresceu sem luxo e perspectivas e vê-se numa posição em que precisa lidar com gente que crê estar em um patamar diferente do dela por serem ricos; e a inocência e candura de uma autodidata que, apesar de todas as condições adversas, é uma grande admiradora da Arte, assim, com A maiúsculo mesmo.
  Eu gostaria de continuar falando sobre o livro, e sei que cumpri muito fracamente o meu papel de incentivar qualquer possível leitor a dar uma chance a obra, mas na realidade, tudo o que eu gostaria é de que mais pessoas tirassem um dia ou dois ou três para dar uma lida nesse texto. A tanto amor, tanta arte, tanta reflexão e doçura nesse texto que é impossível não se sentir tocado.
 
Muriel Barbery nasceu em Casablanca no ano de 1969. Ex-aluna da École Normale Supérieure, em Paris, formou-se em filisofia em 1993. Estreou na literatura com o romance A morte do gourmet(2000), traduzido em doze línguas. Seu segundo livro, A elegância do ouriço, foi uma das grandes sensações literárias de 2006 na França. Atualmente mora no Japão com o marido e a filha.
 

site: https://blog.carengabriele.com.br/2020/05/06122016-elegancia-do-ourico.html
Flavio 14/06/2018minha estante
Ola. Estou virando fã de suas resenhas: e não achei que ''cumpriu fracamente o papel de incentivas possíveis leitores''. Ao menos eu fiquei curioso ;-)




Charlene.Ximenes 27/12/2018

A obra é dividida em cinco partes: Marx (Preâmbulo); Camélias; Sobre a gramática; Chuva de verão e Paloma. Os capítulos alternam-se de acordo com dois pontos de vistas próximos, uma narradora é a jovem Paloma e a outra a concierge Renée Michel, a zeladora do palacete burguês situado no número 7 da Rue de Grenelle.

A senhora Renée é uma mulher de 54 anos, que se define como "viúva, baixinha, feia, gordinha", caracterizada como o protótipo da concierge rabugenta e insignificante, porém seu amor pela literatura, seus interesses por filmes japoneses, como os de Yasujiro Ozu, seu bom gosto ao apreciar Mozart, suas leituras de pensadores como Marx e Hussel, bem como seu deleite com escritores russos, sobretudo Tolstói...tudo isso a diferencia, mostrando-a como uma verdadeira fortaleza, possuidora de uma elegância do ouriço, profundamente requintada. Ela tem um gato chamado Tolstói e aprecia imensamente a arte, considerando-a como nascente da capacidade de esculpir o campo sensorial.

Já Paloma, uma menina de 12 anos e meio e filha de um casal rico que mora no prédio, encontra-se resoluta em obter um sentido para vida, caso contrário se suicidará em seu aniversário de 13 anos, pondo também fogo na casa, quando ninguém estiver presente.

A mãe de Paloma apresenta-se como uma personagem feliz, que faz terapia há dez anos, utilizando antidepressivos. Seu pai aparenta ser um homem fraco e sua irmã não lhe dá afeto, sendo intensamente impulsiva. A mediocridade e a superficialidade familiar fazem a narradora não encontrar sentido no continuar vivendo. Suas questões são intensas e necessárias, seus questionamentos fazem com que o leitor mergulhe numa autorreflexão.

Outro importante personagem é o japonês Kakuro Ozu, que encontra no refinamento de Renée e na sapiência de Paloma formas de aproximá-las.

Refúgio de determinismo social e do destino biológico, a arte é tudo que escapa a Renée. Condiz também com o que acredita a jovem Paloma, que aprecia o movimento do mundo a fim de trazer algum valor a sua vida. Ambas aproximam-se, pois buscam validação estética para existirem.
Sílvia 27/12/2018minha estante
Esse livro é um dos favoritos da vida




Muriel 28/05/2021

espere por algo cult
O livro é algo que eu não esperava. Talvez se tivesse lido uma resenha antes saberia que o que me aguardava é um mergulho profundo em um existencialismo filosófico redigido em belas - mas confusas - palavras.

A história em si é interessante. Conta como Renné, concierge de um residencial de luxo na capital francesa, e Paloma, pré-adolescente moradora do edifício, entrelaçam suas vidas.

Renné é um personagem que se propõe a ser o que ninguém espera dela e conta seu cotidiano através de relatos preenchidos por ácidos comentários sobre a burguesia que a cerca. A personagem Paloma, por sua vez, não colou. Simplesmente impossível imaginar uma pré-adolescente que pense, aja e fale como ela (mesmo justificando com as inteligência acima da média).

A história em si é criativa e diferente. O último terço dela é gostoso de ler e o final apresenta uma surpresa - mas triste e um pouco apressada. Em alguns momentos, os devaneios filosóficos são tocantes, belos. Porém, para mim, a dose de reflexões é em exagero - me sentia muitas vezes em uma roda de faculdade de filosofia onde pessoas falam de um jeito intangível sobre coisas triviais. Isso empacou minha leitura e fez com que eu pensasse em desistir da história.

Então, esteja preparado pra algo cult, filosófico, existencial. Um mergulho nas Artes, na literatura, no cinema. Mas também uma reflexão sobre a estrutura social, sobre a alta sociedade e sobre como significar e vida através dos pequenos acontecimentos.
Pedro Moreira 28/05/2021minha estante
Ótima resenha! ?




Kelly Martinez 22/07/2020

E no final de tudo...
A vida é injusta! Viva e sinta plenamente! Esse é o recado no final das contas.
nandaassis 22/07/2020minha estante
Amei esse livro!!




Amanda Nachard 05/04/2022

A leitura não me envolveu
Apesar de ser um fenômeno de vendas e ter uma ideia muito interessante, a personagem faz ponderações filosóficas e questionamentos mais densos, com tom de ironia/sarcasmo, que pode agradar alguns, mas me deixou confusa. Gosto da literatura mais "inútil".


spoiler visualizar
JuRenault 21/03/2021minha estante
Um dos melhores livros que já li, é fantástico!




Bia Machado 04/01/2012

Escrevi em julho de 2010, sobre esse livro, em uma comunidade de leitores: "Estou emocionada,
Ganhei hoje esse livro, de uma amiga muito querida... =) Amei a surpresa! Pensem na minha felicidade ao abrir o pacote, eu que já sabia que devia ser um livro, pelo formato... E a alegria redobrada, quando vi que era ESSE livro! Estou encantada e não consigo deixá-lo... Está aqui, na minha frente, e às vezes toco nele, folheio, leio uma frase, fecho... Estou me sentindo como naquele texto de Clarice, 'Felicidade Clandestina'... =)"

E hoje, após a leitura desse livro, escrevo:
"Não é uma resenha, acredito que seja mais um depoimento. Dois posts atrás disse que me sentia emocionada. Um ano e meio depois, continuo. Emocionada e agora maravilhada. Por que demorei tanto tempo para ler esse livro? Ele me acompanhou silenciosamente esse tempo todo, aqui na estante. Muitas vezes o peguei nas mãos, passei rapidamente as páginas, mas... Se eu tinha certeza de que iria gostar, por que não o li antes? Medo dessa certeza? Talvez... Sempre digo que há um momento certo para cada livro na nossa vida. Será que esse momento chegou? Ao terminar de lê-lo, me sinto feliz. Uma felicidade nada clandestina, aliás. Não sinto também que esses 18 meses foram perdidos, foram em vão. Como diz o Drummond, sobre o ano novo: 'Você tem que merecê-lo'. E assim foi com o livro, que escolhi para iniciar meu 2012: comecei o ano com uma ótima leitura.

E só para dar 'ares de resenha' ao que escrevi: o livro é maravilhoso, até na forma como foi composto. Narração em primeira pessoa, de duas pessoas diferentes, que filosofam sobre a vida, as relações humanas, cada uma ao seu jeito. Amei o autodidatismo da Reneé, sua ideia sobre leitura, sobre cinema, sua visão sobre as pessoas que habitam o prédio... Adorei Paloma, com sua opinião madura para a idade... Enfim, um livro que está entre os melhores que li na vida."
Paula 25/09/2013minha estante
Também gosto muito desse livro, Bia, é um dos meus favoritos. Adoro a Paloma e a Renée :)

beijo,
Pipa




Julinha 29/08/2010

Primeiramente um breve resumo: Num prédio de classe alta de Paris, a concierge (ou zeladora, opção da tradutora de manter a palavra menos comum em nossa língua) é uma mulher muito interessante. Apesar de tentar manter as aparências de uma funcionária de classe baixa que não teve educação e assiste TV continuamente, Renée é uma clandestina,em suas próprias palavras. Ela na verdade é uma amante do cinema, literatura e filosofia.
Para completar a lista de personagens dessa trama têm uma menina de 12 anos, Paloma, que mora nesse prédio e pretende se suicidar no próximo aniversário por não conseguir descobrir o verdadeiro sentido de sua existência e rejeitar o estilo de vida de sua família. E um senhor japonês, Sr. Ozu, que se muda para o edifício e causa curiosidade aos moradores acostumados aos mesmos vizinhos.
O livro é um conjunto de pensamentos de Renée e Paloma, mesclados ao longo do livro e que ajudam a trama a se formar lentamente. Em princípio, assumo que achei o livro muito maçante, cheio de reflexões filosóficas que francamente não entendi. Porém, com a chegada do Sr. Ozu a trama desenrola e uma história de amizade lindíssima começa a se formar. A “elegância” do título, apesar de se referir a um dos personagens, está permeada por todo o livro, e alguns diálogos são tão bonitos e sutis que me lembram filmes do Chaplin. Ao ler a última página do livro e fechá-lo me lembrei de uma frase que minha mãe dizia muito e que se encaixa direitinho com a sensação que fiquei do livro: “matou a pau!”
Diego 12/03/2011minha estante
Faço minhas tuas palavras, concordo com o início do livro ser um tanto massante e também não entendi inteiramente as reflexões filosóficas, mas isso foi só no início do livro, depois ele se tornou um dos melhores romances que eu já li. Amo literatura francesa. Tu já assistiu o filme baseado no livro? É igualmente belo, recomendo. Boas leituras!!




Thereza 30/03/2020

Livro lindo!
#desafiolivrada2020
5. Um livro indicado pelo bibliotecário ou livreiro da cidade

Sabe, eu tenho uma bibliotecária incrível. Essa mulher que tenta me ensinar como as prateleiras funcionam (mesmo que a disposição não faça muito sentido em minha cabeça), que me indica livros incríveis (tal como esse) e que até me chama para clubes de leitura (mesmo eu tendo furado). E, claro, tem o melhor emprego de todos e trabalha em meio aos livros da biblioteca pública. @lu.na.lua obrigada por ser a melhor bibliotecária. E obrigada (?) por me indicar um livro que me fez chorar.

E como fez chorar... Esse foi um dos livros mais bonitos que já li, a ponto de em certos momentos eu ler umas passagens, fechá-lo e reclamar em voz alta "que droga que livro lindo".
Renée Michel é uma concierge que trabalha num condomínio cheio de burgueses em Paris. Ela aprendeu com a vida a se esconder, seja em seu cubículo, seja fingindo que assiste tv (porque é o que se espera das concierges), seja amando Tolstói e filosofia e fingindo que mal sabe ler. Ela ama gramática, ela ama uma palavra longa, bonita e bem falada. Ela paralisa diante de quadros holandeses, treme diante de uma citação de Ana Karenina, ama os filmes de Ozu.
Paloma Josse tem 12 anos e meio, é inteligente demais para esse mundo, a ponto de conseguir enxergar que talvez a vida não valha a pena. Ela ama mangás, estuda japonês, se irrita com barulhos e foge para diversos esconderijos quando precisa de paz. E ela acha que, se for para encontrar um motivo para viver, esse motivo certamente será a arte.
Kakuro Ozu sabe que Renée tremeu quando citou Tolstói, sabe que ela não é somente o que mostra. Ele sabe também que Paloma é muito mais inteligente e interessante do que pensam que ela é. De certa forma, ele se aproxima delas e as aproxima uma da outra.
O bonito dessas amizades é que eles se percebem, eles vêem o que mais ninguém vê. O livro todo é contado em primeira pessoa, mas por várias primeiras pessoas. Os relatos são carregados de filosofia e pensamentos profundos. Te farão rir, te farão agonizar de medo do que pode acontecer e te farão sentir certa esperança de que ainda existem pessoas boas em todos os lugares.

site: https://www.instagram.com/p/B8qysByp_Fi/?utm_source=ig_web_copy_link
Thiene Morais 25/06/2020minha estante
Uauuu.. melhor descrição do livro . Estou quase na metade ainda não engrenei na história. Só tive mais vontade de continuar a leitura. Obrigada!




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