A elegância do ouriço

A elegância do ouriço Muriel Barbery




Resenhas - A Elegância do Ouriço


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asc 22/06/2010

Durante a leitura passei a habitar o número 7 da Rue de Grenelle. A concierge, Renée, dá ao longo do livro longo material para reflexão. Assim como a adolescente e potencial suicida Manuela. E com as duas ri e sofri. O final, surpreendente, é de uma beleza congruente a história vivida pelas personagens.
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Michelly 01/07/2010

"repleto de humor e birra, de crise adolescente e melancolia madura."
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Mariliz 14/07/2010

um passeio inesquecivel
O livro é maravilhoso. A forma que os personagens são apresentados ao leitor é sutil e por isso, de forte identificação. Voce passa a viver os dramas internos de cada um, e esta é a mágica deste livro que não apresenta nenhum acontecimento bombástico, mas retrata este mundo interior destas pessoas simples, cada um com suas historias, seus dramas, suas dores. Amei o livro.
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Brina 23/04/2024

Já quero ler de novo
Este livro é uma joia que me encantou do começo ao fim. A história se passa em um prédio burguês em Paris, no início do século XXI. As narradoras são Renée, a concierge viúva, quase invisível para os outros moradores do prédio, que esconde em sua aparente simplicidade ordinária uma rica alma erudita, e Paloma, uma adolescente prodígio de 12 anos que acredita não ter encontrado até então um sentido para sua vida no oceano de frivolidades em que vive sua abastada família.
A narração de Renée e Paloma se alterna, apresentando-nos aos outros vizinhos, suas peculiaridades e alienações. Ao mesmo tempo, elas tecem suas reflexões existencialistas e críticas ao meio em que vivem. Ambas estão em busca de um propósito que justifique a sua existência melancólica.
Nos dois últimos acontecimentos do livro, ambas encontram o que estavam buscando, de uma forma trágica, porém emocionante.
Repleto de reflexões densas e ao mesmo tempo sutis e sobre a vida e as relações humanas, 'A Elegância do Ouriço' é um livro que com certeza vou ler de novo quando for mais velha. É impossível também não notar seu teor crítico e perspicaz sobre o capitalismo e a luta de classes e suas várias referências culturais, sobre literatura, arte e música.
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Léia Viana 25/09/2012

Uma história elegante!
“O fato é que nos tornamos uma sociedade muito irresponsável, que está falhando na transmissão de elegância. Pensar é elegante, ter conhecimento é elegante, ler é elegante, e essa elegância deveria estar ao alcance de qualquer pessoa.” Concordo com cada palavra deste fragmento, que reproduzo aqui, da crônica: “A elegância do Conteúdo”, da escritora Martha Medeiros, para sintetizar melhor a beleza e o encanto dessa belíssima obra de Muriel Barbey.

Tive conhecimento desse livro através dessa crônica, em que Martha narra que a falta de cultura, e de um nível intelectual maior - a palavra intelectual no entendimento a atividade pensante - vai além da falta de dinheiro, e, nos tempos atuais é muito comum encontrar pessoas pobres financeiramente, mas rica culturalmente. E o inverso, que não deveria ocorrer já que o dinheiro facilita e muito um acesso maior a cultura como um todo, está cada vez mais presente entre nós.

No entanto, a beleza deste livro não se encontra somente no óbvio descrito acima, mas também na beleza da narrativa, que se diferencia pela riqueza de cultura tão bem explorada neste livro. São tantas coisas belas citadas nesta história, que não caberia nesta simples resenha citá-las aqui.

"Pois a Arte é a vida, mas num outro ritmo."

A narrativa se passa em um prédio, duas mulheres de classes sociais e de idades diferentes nos levam a refletir junto com elas sobre suas vidas. Enquanto uma é rica em cultura e inteligência, a outra esbanja introspecção, típica da adolescência, mas tem uma visão da vida e das pessoas espetacular.

“Refletindo sobre isso, esta noite, com o coração e o estômago em migalhas, pensei que, afinal, talvez seja isso a vida: muito desespero, mas também alguns momentos de beleza em que o tempo não é mais o mesmo. É como se as notas de música fizessem uma espécie de parênteses no tempo, de suspensão, um alhures aqui mesmo, um sempre nunca.”

Leitura recomendada!
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Lucas Leonel 20/08/2012

Tão delicado e elegante quanto uma orquídea.
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Angelica Brezel 01/12/2012

Encantador!
Só pelo título do livro já dá para se ter uma ideia de que se trata de uma leitura diferenciada.

A Elegância do Ouriço, de Muriel Barbey, é mais um livro que entrou para os meus favoritos!

No início, eu estava achando meio chatinho... Mas, após alguns capítulos, a leitura se tornou viciante!
A história é narrada por duas personagens diferentes e inusitadas: Renée Michel e Paloma.

Renée Michel é uma senhora de 54 anos, que trabalha como zeladora em um prédio chique de Paris.

Renée é aparentemente uma típica zeladora... Baixinha, gordinha, ranzinza e fechada com as pessoas. Ela mora no térreo e é viúva. Divide o seu apartamento apenas com o seu gato Leon.
Até aí tudo bem... Mas o que ninguém imagina é que por trás dessa aparência de uma simples zeladora, há um admiradora das letras e das artes.

Renée é uma amante de livros, principalmente dos clássicos e os dos grandes filósofos.
Ela não resiste a uma bela pintura na parede e se emociona ao visitar o Louvre. O seu romance preferido é o de um escritor russo chamado Liev Tolstói, o seu filme preferido é japonês, As Irmãs Munakata, e a sua flor preferida é a camélia.

Por trás de uma zeladora, de aparência rude e solitária, existe uma mulher de grande requinte. Como diz Paloma, ela possui a elegância do ouriço:

“Por fora é crivada de espinhos, uma verdadeira fortaleza, mas tenho a intuição de que dentro é tão simplesmente requintada quanto aos ouriços, que são uns bichinhos falsamente indolentes, ferozmente solitários e terrivelmente elegantes.” Frase dita pela personagem Paloma

Renée possui apenas uma amiga que se chama Manuela.

Manuela trabalha como faxineira em um dos apartamentos chiques do prédio e todas as tardes toma chá com Renée para contar as novidades do dia.
Ao contrário de Reneé, Manuela não possui requinte algum, mas tem um coração de ouro e uma alegria contagiante!

Paralelamente aos capítulos narrados por Reneé, temos os capítulos narrados por Paloma.

Paloma é uma menina de 12 anos que planeja se suicidar em seu aniversário e colocar fogo no apartamento em que mora. O.O

Paloma, assim como Renée, não é o que parece... Por trás da aparência de uma simples pré-adolescente em crise existencial, existe uma grande pensadora.
Ela questiona a todo o momento os motivos pelos quais valem a pena nos mantermos vivos e isso nos remete à reflexão durante a leitura. Além disso, também é uma amante das letras:

“Ai dos pobres de espírito, que não conhecem o transe nem a beleza da língua.” Paloma

Paloma mora em um dos apartamentos do prédio com a sua família. Mora com sua mãe, que é uma pessoa problemática, dependente de antidepressivos, sua irmã que estuda filosofia e é neurótica por limpeza e o seu pai que costuma manter-se neutro diante as confusões familiares. Paloma o rotula como covarde.

As passagens em que vivenciamos o cotidiano de Paloma são divertidas, pois a família dela é bem doidinha...
Também me diverti com Renée e com suas tiradas irônicas lotadas de inteligência.

No decorrer da trama, vamos conhecendo todos os moradores do prédio e eles são peculiares.

É impossível você não se identificar com nenhum dos personagens durante a história, pois todos são singulares e muito bem trabalhados.

Eu simplesmente me apaixonei por Renée, me identifiquei bastante com o seu jeito de pensar:

“Há sempre a via da facilidade, embora eu repugne tomá-la. Não tenho filhos, não assisto televisão, não acredito em Deus, e são esses todos os sendeiros que os homens pegam para que a vida lhes seja mais fácil. Os filhos ajudam a diferir a dolorosa tarefa de enfrentar a si mesmo, e depois os netos que se virem. A televisão distrai da extenuante necessidade de construir projetos com base no nada de nossas existências frívolas; embaindo os olhos, ela livra o espírito da grande obra do destino. Deus, enfim, acalma nossos temores de mamíferos e a insuportável perspectiva de que nossos prazeres um dia chegam ao fim. Assim, sem futuro nem descendência, sem pixels para embrutecer a cósmica consciência do absurdo, creio poder dizer que não escolhi a vida da facilidade.” Renée Michel

A narrativa da autora é muito gostosa! Você não consegue desgrudar do livro enquanto não chega ao fim. E, quando as histórias das duas personagens - Reneé e Paloma - finalmente se cruzam, a obra se torna emocionante.

Os capítulos narrados por Renée parecem poesia, são encantadores!

O fim do livro é comovente, chorei pacas!

Enfim, é uma leitura gostosa demais!
Se você gosta de livros sensíveis e com um teor reflexivo, fica aí a dica!
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otxjunior 10/08/2012

A Elegância do Ouriço, Muriel Barbery
De início, tive a impressão de que passaria longas semanas lendo A Elegância do Ouriço. Se conseguisse chegar até o fim, diga-se. Muito pelo tom pretensioso e didático, personagens altamente improváveis e irritantes e, já nas primeiras páginas, previa uma conclusão moralista no estilo dos bestsellers de autoajuda, só que revestida sob uma gama de proposições filosóficas. Mas em algum ponto do livro vi-me totalmente imerso e sem poder voltar à superfície até o momento do desfecho de personagens que foram me ganhando aos poucos e que me fizeram abstrair a inverossimilhança de suas realidades.
Primeiro, temos Paloma, uma pobre menina rica superdotada que decide se suicidar na ocasião de seu aniversário de 13 anos, após incendiar o condomínio de luxo onde vive, por não conseguir suportar a inutilidade da vida e a futilidade das pessoas. Seus pensamentos são apresentados por meio de dois diários: os "Pensamentos Profundos" e o "Diário do movimento do mundo", que representam sua última tentativa de vislumbrar uma razão pela qual valha a pena viver, se é que existe alguma.
Alguns andares abaixo, vive Renée Michel, a concierge do condomínio. Viúva, reclusa e de poucos amigos, Renée faz de tudo para esconder sua predisposição à literatura russa, cinema japonês, pintura holandesa, enfim, ao tipo de cultura de acesso restrito à elite da sociedade e a qual não espera-se que uma humilde porteira possa apreciar.
A revolta contra a hipocrisia das relações humanas une essas duas pessoas de backgrounds diametralmente opostos, mas irmãs de alma. E dessa amizade surge a inspiração de questionar as perspectivas bastante pessimistas que ambas nutrem sobre a vida.
Muriel Barbery tem uma prosa elegantemente complexa e cheia de humor. Cheguei ao final do livro satisfeito e recompensando. Provando que nem sempre a primeira impressão é a que fica.
C'est la Vie!
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Egídio Pizarro 03/02/2012

Sinceramente, não gostei. Na minha visão, vi 2 narradoras "se achando" demais por serem muito cultas e, por isso, achando todo o mundo à sua volta mesquinho e fútil demais.

O momento que Renée revela sua angústia não me aliviou essa ideia. Acabei a leitura achando o final por demais depressivo.
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Valeria 22/01/2012

Maravilhoso ! A muito tempo não lia um livro tão bom !
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Pedro Paulo 26/04/2012

Eu preciso reler esse livro daqui alguns anos, muito complexo, muito lindo, muito profundo! Fantástico!
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Aninha 24/12/2011

Final arrebatador
"que significa essa "elegância do ouriço"?
É alguém que "...por fora, é crivada de espinhos, uma verdadeira fortaleza, mas (...) dentro é tão simplesmente requintada quanto aos ouriços, que são uns bichinhos falsamente indolentes, ferozmente solitários e terrivelmente elegantes." (página 152)

Essa é a descrição que Paloma Josse, uma garota superinteligente de 12 anos, faz da sra Reneé, a zeladora do prédio onde mora.

Toda a trama se passa no número 7 da Rue de Grenelle, prédio luxuoso, onde moram famílias ricas e tradicionais. O vai e vem de cada morador, as manias e a rotina do prédio é narrada ora por Reneé, ora por Paloma.

Reneé é a zeladora (concierge) de 54 anos, que trabalha lá há quase 30. Viúva, mora com seu gato Leon e esconde sua erudição sob uma capa de pessoa ranzinza e bronca.

Paloma é uma estudante que decide se matar em breve. Não suporta as frivolidades da irmã e da mãe, nem as atitudes do pai. A vida para ela não tem sentido.

Um dia, porém, um novo morador se instala no prédio e faz brotar no coração dessas mulheres algo novo e admirável. Algo poético...

Contar mais vai entregar o melhor do livro.

O final é de uma beleza absurda e faz chorar até o mais durão dos corações.

Boa leitura!

"Pois existe distração mais nobre, existe mais distraída companhia, existe mais delicioso transe do que a literatura?"

http://cantinhodaleitura-paulinha.blogspot.com/2011/12/elegancia-do-ourico.html
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val 20/08/2011

"No início do livro, supestei ser de auto-ajuda disfarçado. Uma pirralha de 12anos expõe sua revolta com a família. sabe que ela entende até de relações amorosas? Além de psicanalistas, escritores e tudo mais. Parece uma adulta que já viveu tudo na vida e leu todos os escritores, viu todas obras de artes, ouviu todas as orquestras. Tem uma parte do livro que é oferecido-lhe um chocolate e a intelectual prefere chá. Essa menininha é uma chata! A concierge Sra Michel é igual á Paloma, essa chatinha, porém sendo adulta não fica chata. Gostei quando entra o sr. Ozu na história e um capítulo que Sra Michel fala sobre a Arte"
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Paulinha 26/08/2011

Uma boa surpresa
Escrevi uma pequena resenha sobre o livro no meu blog: http://paulinha08.wordpress.com/2011/08/26/uma-boa-surpresa/

Mas adianto que gostei demais e recomendo.
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