A elegância do ouriço

A elegância do ouriço Muriel Barbery




Resenhas - A Elegância do Ouriço


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Aninha 11/04/2021

?Pois, por você, de agora em diante perseguirei os sempre no nunca. A beleza neste mundo?
Que livro maravilhoso cara!
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Illana2 19/03/2022

A elegância do ouriço é um monet
Talvez o erro tenha sido meu, que criei muitas expectativas em cima do livro... E a decepção subsequente veio à galopes ferocíssimos!

A verdade é que A elegância do ouriço é um livro Monet: de longe, chama a atenção, atiça a curiosidade e parece conter uma beleza exuberante em seu cerne.

A frustração vem, quando, cada vez mais próximo, você se depara com borrões e pinceladas disformes que destoam completamente da beleza que você enamorara antes...

Não me entenda mal, o livro contém alguns bons momentos filosóficos, algumas risadas e bons momentos.

Mas eu esperava BEM mais. Esperava algo mais profundo, com personagens mais profundos, e não esses personagens medíocres que encontrei.

Li a elegância do ouriço rezando para que eu estivesse errada. Mas não.

A elegância do ouriço é uma narrativa europeia semi-barata que tenta se esgueirar por uma filosofia que eu chamo de esquina (o tempo inteiro tentando se desaproximar disso, trazendo filosofia clássica para o texto como se, por si só, fosse fazer algo, mas vou te explicar melhor mais à frente).Não é que os personagens não são aprofundados, nem que sejam de todo chatos, eles são apenas europeus. Europeus chatos, de costumes chatos e pensamentos risiveis.

Particularmente, tudo que toca ao pensamento europeu e às suas "labutas", me são chatos.

Pretensiosos e antiquados. E o mais engraçado de se constatar é que, àqueles que mais querem fugir disso, dessa falha cultural dantesca, são justamente os mais orgulhosos, altivos e enfadonhos.

E, basicamente, todos os personagens do livro são, exatamente, esse tipo de europeu. Àquele que nega sua cultura, suas falhas e se acham ainda mais inteligentes do que àqueles à sua volta.

Ou seja, um típico europeu.

A narrativa trata muito de classe. E como a classe social de alguém pode ser uma marra para ela. Tanto da alta classe, quanto da baixa.

Mas, principalmente, sobre uma cultura europeia supérflua e descartável, sem vida e sem sentido. Sem objetivo. Carente. Vazia.

E todos os personagens da história se opõem, em algum nível, à esse conjunto social. Geralmente, pela "inteligência" (lendo livros "clássicos", vendo filmes bem longe do espectro Marvel, etc).

Mas todos, TODOS, acreditam que eles são os detentores de uma sabedoria única, ímpar. Que eles reparam a real beleza para além dessa cultura supérflua.

Coitados.

Eles são simplesmente um produto da mesma cultura que eles odeiam. Só que invés de se acharem incríveis pelo poder de compra, acham por acreditarem entender o mundo muito mais que os outros ao seu redor.

Ao invés de se darem conta de sua pequitude diante da amplitude da vida, de suas leituras os levarem a descerem de seus pedestais morais, não, os levam para o mesmo lugar.

Por isso digo que é uma filosofia de "esquina". Tem em si uma proposta filosófica, mas é tão mal elaborada, que quanto mais fundo se chega (quanto mais perto se olha), mais parecem disparates que quando mostram qualquer cintilar de originalidade e brio, parecem ter sido efeito da sorte.

Enfim, para mim foi um Monet. Europeus me são enfadonhos e ojerizantes. Para lutar contra essa cultura, primeiro, eles precisam descer de seu pedestal fantasioso.

Mas tenho total ciência de que o livro é bem escrito o suficiente para agradar leitores que não tem o mesmo posicionamento que eu.

Além disso, não sou tão irredutível e monstruosa ao ponto de negar que o livro tenha muitos pontos positivos e que valha a pena ser lido.

Apenas só não é tão belo para mim, quanto possa ser para você.

Mas também, eu prefiro Caravaggio!
Carolina.Gomes 05/08/2022minha estante
Adorei!! B




Marcinha 09/09/2023

A elegância do ouriço
Um livro difícil de ler que permeia por muitos sentimentos. Nele temos alguns personagens secundários e 3 principais que moram em um edifício chic em Paris. Temos uma concierge que finge ser burra e ignorarante, porém é muito inteligente e observadora, uma jovem de 12 anos com uma inteligência fora do comum para idade e um senhor japonês. E a vida desses três personagens se cruzam em um dado momento. Mas o que mais me chamou atenção nessa história é a narrativa da concierge que fala da vida, os sentimentos, o comportamento das classes de pessoas. Ela fala de uma maneira muito filosofica e confesso que me perdi em algumas de seus pensamentos e também nos pensamentos profundos de Paloma a jovem de 12 anos. Achei o final bem corrido, por isso não dei 5 estrelas, poderia ter feito mais sentido. Achei muito mais ou menos para uma narrativa tão profunda sobre a vida e sobre pessoas, sobre amor. Mas isso não tira o brilho da história.
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Tiago 15/11/2017

Discórdia
Muita gente que conheço amou este livro. Não creio que foi a expectativa elevada que tenha me causado decepção. Foi simplesmente o fato que "A Elegância do Ouriço" pouco ou nada me disse. Mas a cada página pude notar o esforço tremendo da autora em tentar deixar este livro o mais cult e intelectualmente valoroso possível. Daqueles que você lê e por entender tudo se sente super inteligente e superior.

Superioridade é a palavra que define ambas as protagonistas. Elas a todo momento se colocam em um patamar acima de todos, e talvez realmente estejam. Mas a atitude delas em relação a vida foi o que mais me afastou do livro. Paloma é irritantemente precoce, escreve coisas que uma pessoa da idade dela não tem condições psicológicas e emocionais de ter vivido. Sua adultificação é incômoda e pedante. Já Renée é o tipo de pessoa que finge ser o que não é, e leva a vida deixando que o seu status de zeladora de edifício (função que a autora considera medíocre) defina todo o resto da sua vida, apesar de ela ter enormes predicados.

Eu só realmente tive algum prazer lendo "A Elegância do Ouriço" quando o personagem do Sr. Ozu aparece e de certa forma tira ambas as personagens da indiferença e superioridade em relação a humanidade, já que ele realmente é disparado a melhor pessoa que aparece no livro. Mas a parte final volta a seguir o espírito arrogante que dá o tom a toda a obra, enterrando minhas esperanças de vez.

Arte, filosofia, Paris e uma pitada de pop. Para muitos uma combinação que resultou fantástica e apaixonante. Para mim o que ficou foi o pedantismo e a falta de naturalidade e fluidez ao criar uma trama de fato pudesse ser instigante e inesquecível.
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Will 31/08/2020

Verborragia beletrista e filosófica. Assume tom abertamente ensaístico em alguns momentos, com prejuízo para o enredo. No entanto, há uma leveza encantadora no tratamento dos temas e uma perspectiva sagaz sobre eventos cotidianos.
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sabre 16/12/2022

Duas protagonistas diferentes ligadas pela dificuldade de se encaixarem num cotidiano rico e fútil. É a filosofia no dia a dia, as pequenas coisas que levam ao pensamento mais profundo. O final me pegou de surpresa, não previ aquilo de forma alguma. Uma boa leitura.
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Pablo Santos 12/04/2021

Catártico, instigante e sofisticado
Pode soar incongruente com os pensamentos de Paloma e Renée, mas esta obra é um culto à aristocracia; no interior dessas páginas, segue: antropologia, literatura, linguística, psicologia, filosofia, cultura asiática e outras áreas do conhecimento. Pensamentos profundos e, diários do movimento da terra, são algo que todos deveríamos ter.
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EduardoCDias 01/06/2021

Respire fundo?
Uma história, aparentemente comum, no universo de um prédio residencial de alto padrão, em Paris, contada por duas vozes: a zeladora do prédio e a filha, adolescente, de um dos casais moradores. Grandes amizades se desenvolvem, mesmo com a futilidade e distanciamento dos envolvidos e, essas duas personagens principais, de uma forte emocionante, descobrem o valor de uma verdadeira amizade, descobrindo novos sentidos para a vida.
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Ana Paula 22/11/2022

Não tenho palavras para expressar o que senti na leitura e término deste livro, então tive que recorrer a conceitos filosóficos, porque nem o dicionário é suficiente. Sim, eu sou dramática. Pensando na beleza da obra, procurei o que é o Belo segundo Aristóteles, Sócrates e Platão. Para Aristóteles, é aquilo que é capaz de promover uma elevação de espírito, uma catarse, a purificação da alma. Para Sócrates belo é aquilo que causa prazer aos sentidos, e para Platão, a beleza se liga à verdade. Pois bem, a história é bela, delicada, sensível, melancólica, real, trágica e termina de forma abrupta, como a existência. Levanta questões que toda vida bem vivida contempla: tempo, eternidade, sentido, amor e beleza.
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Kaiã 06/09/2021

Nem sabia que dava para chorar tanto lendo um livro. Eu fiquei preso desde o início, as reflexões e divagações de Paloma e Reneé me deixaram sem fôlego. O final foi arrebatador, não estava preparado, um soco no estômago que me deixou em lágrimas durante algum tempo. Favorito da vida, com certeza.
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Ingrid.Visentini 18/07/2021

A elegância do ouriço
O livro tem diversas referências da filosofia, o que torna a leitura mais densa. Outro fator é que, pela escritora ser francesa, a escrita é um pouco mais rebuscada.
A história é uma só, contada pelo ponto de vista de duas personagens ao mesmo tempo. Renée é a concierge de um prédio abastado em Paris. Paloma é uma pré-adolescente moradora desse mesmo prédio. Entre as duas personagens surge uma amizade. Cada uma delas narra seu cotidiano, com suas diferenças de classe. Os seus pensamentos e reflexões sobre a vida tem embasamento de assuntos ligados à filosofia, o que enriquece muito a leitura, pois constantemente algum autor é citado ou lembrado pelas personagens.
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Isa 26/02/2023

Um roteiro comum.
Ganhei A Elegância do Ouriço de presente com a promessa de que era um livro único. Ledo engano. Demorei quase três meses para finalizar a leitura tamanha foi a minha falta de conexão com Rennee e Paloma, as protagonistas. Frases prontas, caricaturas de um roteiro quase retiradas de uma novela. Sem graça e sem sal. Algumas passagens bonitas , como a ida de Paloma no asilo, mas nada mais 'único' nesse livro. A forma de escrita de dois personagens que narram a história poderia ser interessante, mas me senti com sono e fico feliz que a leitura tenha terminado.
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Muriel 28/05/2021

espere por algo cult
O livro é algo que eu não esperava. Talvez se tivesse lido uma resenha antes saberia que o que me aguardava é um mergulho profundo em um existencialismo filosófico redigido em belas - mas confusas - palavras.

A história em si é interessante. Conta como Renné, concierge de um residencial de luxo na capital francesa, e Paloma, pré-adolescente moradora do edifício, entrelaçam suas vidas.

Renné é um personagem que se propõe a ser o que ninguém espera dela e conta seu cotidiano através de relatos preenchidos por ácidos comentários sobre a burguesia que a cerca. A personagem Paloma, por sua vez, não colou. Simplesmente impossível imaginar uma pré-adolescente que pense, aja e fale como ela (mesmo justificando com as inteligência acima da média).

A história em si é criativa e diferente. O último terço dela é gostoso de ler e o final apresenta uma surpresa - mas triste e um pouco apressada. Em alguns momentos, os devaneios filosóficos são tocantes, belos. Porém, para mim, a dose de reflexões é em exagero - me sentia muitas vezes em uma roda de faculdade de filosofia onde pessoas falam de um jeito intangível sobre coisas triviais. Isso empacou minha leitura e fez com que eu pensasse em desistir da história.

Então, esteja preparado pra algo cult, filosófico, existencial. Um mergulho nas Artes, na literatura, no cinema. Mas também uma reflexão sobre a estrutura social, sobre a alta sociedade e sobre como significar e vida através dos pequenos acontecimentos.
Pedro Moreira 28/05/2021minha estante
Ótima resenha! ?




Kaike 10/05/2021

Meu primeiro contato com a literatura francesa.
É um livro muito bom, você consegue retirar muitas coisas boa dele que leva pra vida,
Uma história bem interessante das duas protagonistas do livro, que no começo não se conhecem e depois se tornam amigas graças ao novo vizinho do prédio.
Tem um desenrolar no meu ver um pouco lento demais que pra mim se tornou cansativo, até demorei mais do que gostaria para terminar a leitura, por mais que o livro é dividido em capítulos pequenos, vale de uma releitura, pois acho que também não estava muito na vibe de ler esse tema.
Em suma, recomendo é uma escrita muito bonita que a autora tem, bem poética eu diria. Vale dar uma chance a esta experiência.
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