Graci Rocha
04/08/2014Resenha A Rainha da Primavera de Karen Soarele by Graci RochaComo já mencionei nos posts do Blog Palavrinhas(meu antigo blog- coitado e abandonado) sou bastante crítica quanto ao que leio e principalmente quanto ao que escrevo... salvo aqui é claro que as vezes deixo umas bobagens surgirem, aflorando lá no fundinho da mente e tomando conta da tela, depois que isso acontece não tem mais volta, o negocio é deixar rolar... Enfim, tirando esse tipo de situação, procuro sempre ler aquilo que realmente é bom, por que como qualquer pessoa, como qualquer leitor que se preze não continuo uma leitura que não me prenda. Portanto me dou ao luxo de apontar o dedo e escolher a minúcia o que vou ler.
A primeira coisa que me chama atenção é a imagem da capa, admito que já comprei muitos livros dessa forma e quase nunca me arrependo (E sem essa de que não se pode julgar o livro pela capa, porque a primeira impressão é justamente a que nos leva a julgar se o tal é interessante ou não, só depois que vem a leitura mesmo). Salvo exceções é claro. Depois que pego o livro na mão e dou aquela olhada por cima, admirando o nome, o autor, e os detalhes da bendita capa, procuro alguma referência e confesso que detesto quando não encontro ao menos um trechinho da história pra me dar uma noção se realmente é meu estilo de leitura, ou se ao menos me chama mesmo a atenção. Depois de namorar o livro e me sentir atraída por ele, começo a trajetória tradicional de um leitor... Ler hehehehehe
O livro e o autor para que se tornem referências precisam de qualidade e isso é indiscutível. É preciso que a narrativa tenha uma boa fluência e seja voltada ao publico que quer atingir, ou seja, ter um linguajar de acordo com sua massa de leitores.
Já mencionei algum tempo atrás um livro de fantasia infanto-juvenil que me chamou atenção e me senti culpada em não fazer uma resenha mais focada, mais direcionada a história, então, compreendidos os aspectos que analiso na trama vamos ao que interessa.
O livro a Rainha da Primavera de Karen Soarele é bem curtinho, de oitenta e poucas paginas que fica disponível no site dela. GRATUITAMENTE Descobri por acaso e comecei a ler mais por curiosidade do que pela capa, que só tem uma jovem. Imagino que seja a protagonista Flora. (A capa é bonita, mas não dá mesmo aquele TCHAM – tudo bem vai essa é uma daquelas exceções, que surpreendem a gente!)
Sobre a História:
Flora é uma jovem que vive em um reino mágico, entediada. Com as descrições do livro sobre sua aparência e sobre um brinco que não para em sua orelha imaginei algo meio que semelhante àqueles duendes de desenho animado, pois ela tem a pele esverdeada e orelhas pontudas. Tudo parece uma verdadeira chatice, até que o misterioso Dimitri (ai está um nome que gosto e uso nas minhas criações) e Nathair aparecem por lá. Ela parte em viagem com eles, por um motivo que não vou contar (hehehehe) e no meio do caminho até sua casa, em um reino chamado Amitié (Tradução Francês = amizade) passam por uma série de aventuras e perseguições.
Tendo em vista que o Dimitri é um gatão e passa boa parte da trama salvando a pele da coitada, que a essa altura já tem a aparência da capa do livro, é bem gostoso como ele tem uma personalidade forte e muito masculinizada, de pouca paciência para preâmbulos, vocação para herói e uma preocupaçãozinha quanto a ela. E ele a acha bonita... Será que já to vendo tudo??? Ah e ele é um príncipe ainda por cima... kkkk
Ao passo que a história decorre fui conseguindo visualizar bem o cenário e me acostumei à velocidade da narrativa.
De uns tempos pra cá decidi que não gosto nem dos livros exageradamente detalhados, como uma grande soma dos clássicos (atuais e velhos), tampouco me atraem os livros vagos demais que esperam que eu imagine absolutamente tudo. Portanto acho que a narrativa de Karen Soarele está bem atual, envolvente e em processo de amadurecimento.
Tem uns detalhezinhos que eu apreciaria que fossem mudados, coisas que são absolutamente irrelevantes, levando em conta que a maior parte do publico alvo dela são os jovens, principalmente porque os jovens tem pressa, e a pressa de que se desenrole a trama de forma que possam depois de ler ir para a internet, tagarelar no msn. (hehehehe)
Voltando rapidamente a história, de certa forma, pela agilidade da narrativa eu o vi como um filme, que tem cortes indo de cena em cena, em alguns momentos eu não gosto disso, acho que fica faltando, por exemplo saber como entraram no tal lugar para raptá-la, ou como Dimitri os encontrou, salvando-a em meio a uma porção de efeitos visuais que me deixarem bem satisfeita.
Gosto da ideias das chamas tentando acerta-los e da forma como o herói bonitão estrategicamente foge delas... ah! Não contei, tem chamas por tudo quanto é lado. E eu gosto da batalha no salão dos quadros, de como os soldados se tornam leais e como se desenrola a trama... Com um mal feitor que realmente me faz sentir um arrepio correr pela espinha ao imaginar uma voz grave e malévola. Uma batalha que encheu meus olhos, numa espécie de projeção das cenas e me prendeu atenção. Depois que nos adaptamos ao ritmo da trama da autora é fácil se entregar e se prender e o final só lendo... Mas para dar um gostinho... Quem resolve o problema é um ventinho, sim um ventinho...
Leiam é uma história deliciosa.
site:
http://gracirocha.blogspot.com.br/2013/12/resenha-livro-rainha-da-primavera-de.html