Dando continuidade a semana de resenhas da série tenho o prazer de escrever sobre Syrena. Adorei o livro desde que o vi na lista de lançamentos da editora no final do ano passado. Não só o título foi mantido como a capa ficou linda, uma cor incrível, mas foi apenas quando comecei a ler é que soube que este volume era diferente por completo. A história segue os acontecimentos do anterior de uma forma diferente e a trama se abre em vários ramos que se desenrolam de maneira viciante. Angie Sage surpreende novamente, com personagens maduros e histórias mais densas.
Septimus está exausto. A jornada foi longa, mas Nicko e Snorri estão de volta. A noite estava chuvosa e se não fosse pela insistência de Nicko de ver o mar e checar a casa da Feitoria todos estariam de volta ao castelo na mesma noite. Septimus parte com Márcia deixando-os para passar a noite na casa, porém sem saber o que Nicko, Jenna, Snorri e Besouro tinham encontrado. Uma casa impossível de se passar a noite. Cansados e com fome os quatro decidem visitar a única taverna das docas. Um lugar sombrio onde Jenna encontra o pai, um marinheiro que ela não vê faz tempos e que vive em busca de tesouros perdidos. Jenna está incomodada de ter que seguir viagem com o pai, mas Nicko fica curioso com o barco e Jenna não consegue negar seu pedido depois de tudo o que ele passou. Septimus amanhece renovado e mal crê na surpresa que Márcia lhe prepara e aproveitando a chance parte com Cospe-Fogo para buscar os amigos. Contudo enquanto Septimus está indo em busca dos amigos planos estão em movimento. Zelda pressente perigo para Septimus, Márcia descobre coisas preocupantes no Manuscriptorium e depois de um encontro com Simon Heap ela sabe que tem algo errado. Septimus enfrentará problemas no caminho. Cospe-Fogo cai doente por ter comido os ossos das trevas, presos em uma ilha belíssima e perigosa Jenna, Besouro e Septimus se veem no centro de uma conspiração tão traiçoeira quanto silenciosa. No fim todos parecem ser atraídos para a ilha em tragédias não tão ao acaso quanto parecem. Lutando contra inimigos imprevistos e invisíveis Septimus precisa desenrolar essa trama enredada pelos inimigos antes que seja tarde demais para todos...
Essa é parte da premissa que envolve a história desse novo volume. Digo parte porque Angie Sage construiu um emaranhado único e complexo de tramas que evoluem formando um intrincado e fascinante quadro. Com uma narrativa tão fluida quanto rica a autora envolve o leitor em uma trama repleta de surpresas e reviravoltas em um ritmo forte que instiga o leitor. Espalhados por diferentes cenários os personagens centrais enfrentam batalhas diferentes e perigosas que os leva em direção ao mesmo ponto. O universo da história expande geograficamente e através de belas descrições revela cenários vívidos, que marcam a trama de maneira única e inovadora.
É surpreendente a forma que as tramas se amarram no desenrolar da história sendo essa uma das características que tornam Angie Sage singular. É possível perceber o amadurecimento da autora, que a cada novo livro intrinca diferentes tramas, criativas e elaboradas, com mudanças e reviravoltas imprevistas que mantém o leitor preso e encantado sem nem se dar conta até o final. Septimus mostra mudanças interessantes da personalidade. Desde a forma que lida com Jenna e seus amigos até suas preocupações. Jenna, Besouro, Simon, todos com surpresas diferentes. Com o desenrolar da história a autora deixa todos curiosos. O final foi ótimo, com o clima tenso e uma sequência de acontecimentos que mudam ainda mais os personagens marcando os rumos que a história deve tomar nessa reta final.
Leitura rápida e agradável. Uma série que em seu quinto volume tem um frescor único, sempre surpreendendo com tramas mais complexas e interessantes a cada nova história. Um mundo rico e inovador, que revela mais e mais surpresas. Angie Sage apresenta uma história que marca principalmente pelos personagens e pelo mundo. A edição da (...)
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