Céu em Chamas

Céu em Chamas Janice Diniz




Resenhas - Céu em Chamas


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Juliana 31/01/2022

Tudo se resolve
Matarana como sempre o bicho pega?..mas no final tudo se acerta!! Livro top demais!!!! Como todo os livros dela!
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Cah. 27/11/2018

O que mais gostei no segundo livro da série foi ... O desenrolar do relacionamento de Franco e Nova, que lindo que foi a surpresa que fizeram pra ela, um casamento surpresa. Foi lindo ...

Confesso que fico com pena do Cris, podia encontrar uma pessoa legal , e superar o que houve com a sua ex amiga Nova.

E ... Curiosa sobre o Thales e a Val.
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Day Duque 05/03/2018

Extremamente envolvente!
Tive que vir resenhar no segundo livro, apesar de já ter lido o terceiro também, pois é o meu favorito, aquele que acertou um tiro de pistola no meu coração! Sinceramente, nada que eu possa colocar em palavras irá expressar o que sinto em relação a essa trilogia. Só posso dizer o seguinte: o mundo precisa conhecer a Janice Diniz!!! Estou chorando sangue porque queria muito mais dessa história! Queria um filme! Um seriado! Qualquer coisa. Só queria mais. ♥
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Silvia.Souza 22/12/2017

Maravilhoso!!!!
Céus, estou impressionada com essa autora...Janice, você é maravilhosa! Esse livro conseguiu ser ainda melhor que o primeiro... Juro que tive vontade de pegar o Franco no colo e fazer naninha...rs, ele é muito fofo! Já a Karen e o Cris me irritaram muito nessa sequência, mas faz parte....rsrs Eu já li a série cowboys dessa autora, gostei muito mas Matarana é muito melhor!! Partindo para o terceiro livro... Super recomendo a leitura....
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Rose 02/06/2015

Realmente o enredo pegou fogo. Nosso xerife/delegado delícia Rodrigo está morando com Karen, mas Karen parece que não mora com ele. Ela se nega a deixar de lado suas saídas sem aviso, suas corridas de cavalo ilegais e até suas bebedeiras.
Ela faz tudo o que quer e a hora que quer, sem rédeas, sem meio termo e muitas vezes, sem bom senso. Por conta disso, a relação entre os dois está meio complicada.
Em contrapartida, Nova e seu lindo "diabo loiro" estão muito bem, apesar de terem que enfrentar a desconfiança e desaprovação de muitos em relação ao romance dos dois. Cris não está nada satisfeito com isso, e está disposto a jogar sujo, contando tudo para os pais de Nova, um casal da tradicional sociedade mineira. Resta saber se a pressão exercida pelos pais de Nova surtirá algum efeito ou se Cris seguirá sozinho e galinhando pela cidade, coisa que ele tem feito bem.
Neste meio tempo, Rodrigo descobre que o tráfico de drogas estão invadindo sua cidade, e decide por um fim a isto. Não será fácil com um efetivo tão pequeno e tendo que enfrentar gente poderosa. Ele vê sua vida ser ameaçada com seguidos atentados. O problema se agrava mesmo quando vão atrás de sua família.
Sem muita saída, ele acaba tendo que aceitar ajuda e proteção de seu rival Thales, que vai jogar pesado para ter Karen de volta. Vale lembrar que Rodrigo também investiga algumas "manobras" de Thales, ou seja, eles desconfia de tudo e de todos.
Já que confusão pouca é bobagem, Valéria, irmã de Rodrigo, está começando a se interessar por Thales, resta saber o que o xerife delícia e sua namorada louca acharam desta história.
Os dados foram jogados e cada um fez sua jogada. Mesmo jurado de morte, Rodrigo está disposto a limpar a cidade e manter Karen ao seu lado.
Quem está por trás do tráfico? Quem está por trás dos atentados? Como os acontecimentos afetaram as relações de todos? A lealdade de Karen com Thales afetará seu relacionamento com Rodrigo?
Muitas dúvidas e alguns caminhos. Da minha parte continuo gostando do enredo e detestando a Karen, ainda mais como par de Rodrigo. Quem já leu pode achar que ela é forte e lutadora, e isso é até passado ao longo do enredo, mas para mim, ela não passa de uma egoísta sem noção. Não entendo como a Val fica do lado dela querendo que seu irmão continue com ela. Se fosse meu irmão queria ele bem longe deste terremoto.
O problema não é a independência dela, ou a parte desbocada, mas sim suas ações. Ela não vê que o que faz atinge em cheio sua família. Para quem tem um filho de 15 anos, sua fama de mulher fácil não deve ser fácil pra ele. Não é querendo ser moralista, ela pode sair com quem quiser, mas aceita se tornar amante de um dos coronéis da cidade, mesmo mantendo este caso oficial com ele, ainda sim mantém outros casinhos "paralelos". Sinceramente? Não gosto disso. Sem falar do envolvimento com as corridas de cavalo ou as bebedeiras. Como dar um exemplo para um filho deste jeito? E Rodrigo, sendo ele um homem da lei e ela não precisando mais ganhar dinheiro com as corridas, acho uma baita falta de respeito com seu companheiro. Ela diz que gosta dele, mas faz tudo ao contrário. Diz ser independente, mas sempre se mete em confusão e chama Rodrigo ou Thales para ajudá-la. Diz odiar Thales, mas passei o livro inteiro sentindo a tensão entre eles e pensando que a qualquer momento se jogariam um nos braços do outro, ou na cama mais próxima. Sei lá, é minha opinião, e estas ações fizeram com que eu não gostasse dela.
Não sei com quem ela vai ficar, apesar que tudo levar a crer que seja com o xerife delícia, mas acho que gostaria que ela ficasse com Thales, ou até sozinha mesmo. Mas muita coisa ainda vem por aí, ainda mais agora que Valéria resolveu dobrar o coronel Thales, mesmo que seja para cuspi-lo fora em seguida. Vale dizer que Thales, o frio coronel, não é tão frio como gosta de mostrar.
Para finalizar, continuo recomendando a trilogia, com um enredo dinâmico e personagens fortes, que são cheios de defeitos e qualidades, dando ainda mais charme à história.


site: http://fabricadosconvites.blogspot.com.br/
Clarice.Castanhola 03/06/2015minha estante
estou gostando muito de ler as resenhas à cerca da trilogia , pelo enredo dinâmico e os personagens super marcantes, gostei ...

:D




Mirela L. 22/01/2014

Resenha para o Inteiramente Diva
As mulheres com personalidades fortes e os caubóis envolventes continuam fazendo parte do universo Matarana. Em Terra Ardente todo o local e suas peculiaridades nos são apresentados; nós já sabemos que estamos lidando com uma história de personagens cativantes e muitas disputas pelo poder. Já em Céu em Chamas não bastam os latifundiários gananciosos, os pistoleiros matando a torto e a direito, as emboscadas e o dinheiro sujo comprando tudo e todos. Agora também estamos falando do início da temporada dos fortes temporais, do tráfico de óxi, das mudanças e do recomeço. Janice Diniz nos convida para embarcar novamente, através das letras, numa história em que tudo é dito e o medo não tem vez.

Posso dizer, com todas as letras, que comecei o ano não só com o pé direito, mas com o lado direito do corpo todo (se isso existir, rs) com a leitura de Céu em Chamas. Foi uma “certeza maravilhosa” – não uma surpresa, pois mesmo antes de ler, eu já sabia do potencial que é a série e o que pode ocorrer com as histórias que passam pelas mãos dessa querida autora –. Janice, obrigada por você ter colocado um pouco do que se passa em sua mente no papel. ♥

A impressão de que as palavras saltam das páginas e alcançam a imaginação do leitor, característica presente nos trabalhos da autora, permite a sensação de que o texto é real para quem lê. Torna-se tão palpável, que o que ocorre (as mudanças do enredo, as reviravoltas, alegrias e tristezas dos personagens…) parece demonstrar que foi tudo minimamente pensado, mas também deixa uma percepção do crível, do habitual, do dia a dia, do natural. É um estilo de escrita maravilhosamente incomum de se ler! Como já havia colocado na resenha do livro anterior, esta série é deliciosamente apaixonante por ser diferente.

Terra Ardente deu início a jornada, de uma forma ímpar, deixando leitores encantados por onde passou e mostrando que veio para surpreender, e Céu em Chamas segue pelo mesmo caminho conseguindo ser melhor, se isso for possível. Matarana não é somente uma história com caubóis [tudo de bom] se envolvendo com [não tão] mocinhas; a série é mais! Bem mais que isso! Estamos falando de uma série com temática adulta, que aborda sobre um local comandado por política, rixas e dinheiro! Um local em que as pessoas escolhem um lado; uma população sofrida, mas que não é esquecida por pessoas que ainda lutam pelo certo. Um texto bem escrito – com uma narrativa crua e por vezes até cruel –, que concede ao leitor a oportunidade de, além de se apaixonar pelos personagens e suas histórias, refletir.

O leitor é reinserido na história, sutilmente, através dos diálogos e de simples colocações, sem parecer que o objetivo é justamente esse, mas sim de uma forma que completa o texto, fazendo parte do que está sendo abordado. Em Céu em Chamas não só temos o foco principal na visão dos protagonistas, mas a autora abrange o quadro, com diversas participações, nos mostrando que cada um dos personagens presentes na série tem sua importância, e são essas “várias visões” que enriquecem ainda mais a história, afinal o leitor passa a conhecer o que ocorre no interior de cada personagem citado – que assim como qualquer ser humano tem suas falhas, como também ‘virtudes’ –, nos mostrando todo o potencial da narrativa, que em meio a tantas novas situações, pensamentos e individualidades os encontros acontecem, convergem, não deixando pontas soltas, mostrando que cada detalhe tem o seu porquê.

Aí para completar, ainda temos o tal do romance! Eu, como uma romântica em absoluto, anotei uns trocentos quotes e reli inúmeras passagens do livro. É amor maior! Janice consegue mostrar beleza nos casais imperfeitos, mas com químicas perfeitas, sabe?! São relacionamentos, como qualquer outro, sem nada fantasioso, com uma mega dose de realidade, e que mesmo assim encantam. Afinal, alguém vive só de flores?

"– Quando a gente quer dizer mais do que 'eu te amo', o que a gente diz? – ela perguntou com uma voz embargada.
– Para sempre. – Ele respondeu confiante."

Também é perceptível o amadurecimento dos personagens no livro. Já havia falado na resenha anterior que pude perceber a evolução de cada personagem e em Céu em Chamas não podia ser diferente. Karen continua “Paraíba masculina mulher macho sim senhor…” , mas agora temos um diferencial: Rodrigo Malverde. O delegado continua lutando pelos seus ideais corretos. Nova não deixou de ter sua característica investigativa (mesmo grávida *-*). Franco é uma mistura de ideias conservadoras, mas ao mesmo tempo um homem do mundo [e lindo]. Ainda entendemos um pouco mais da história do Thales Dolejal (meu novo amor, rs). E muito mais!

Em meio a tantas situações e momentos preenchidos de muita ação, a escrita da autora vai ganhando um tom até que sarcástico, diante dos personagens abordados, o que nos brinda com muitos sorrisos. Também há uma atmosfera de perigo durante todo a obra, deixando uma ansiedade boa de sentir e términos de capítulos com uma diversidade de xingamentos na ponta da língua do leitor.

Dona, espero ler todos os seus trabalhos, os escritos e os que virão. Obrigada por mais essa oportunidade e pela sua paciência! Que você tenha muita inspiração em sua vida e tenha a certeza que o que for produto de sua imaginação ganhará meu coração! ♥

Desculpem a resenha enorme e surtada, ok?! Favoritos fazem isso comigo! E Céu em Chamas estará na minha lista dos favoritos do ano. Eu sei, foi o primeiro livro de 2014, mas é que com essa escrita o que me resta é a certeza!

" – Deus Pai!, como você é bonito! – exclamou, parando à porta e admirando o rosto cheio e vida, os olhos castanhos cor de mel, radiantes, e a paixão estampada na cara. (...)
– Almas gêmeas são parecidas até na fisionomia, li isso em algum lugar. – disse, apertando os olhos como se buscasse tal informação na memória.
– Sempre tem uma coisa bonita pra me dizer.

site: http://inteiramentediva.blogspot.com.br/2014/01/resenha-ceu-em-chamas-janice-diniz.html
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Pah Aleksandra 31/10/2013

Resenha do blog Livros & Fuxicos
Em Céu em Chamas, acompanhando a mudança das estações do ano, o clima social e emocional dos habitantes de Matarana faz jus à abertura da temporada das chuvas. As nuvens carregadas anunciam fortes temporais, da mesma forma que o tráfico de drogas ameaça eclodir uma guerra política entre a lei do povo versus a lei dos poderosos donos de terra. – Para vencer em uma terra onde a lei das pistolas fala mais alto nem sempre o necessário é o politicamente correto; para sobreviver em uma região onde os poderosos compram lealdade, prestígio, terras que não são deles e até mesmo a vida de inocentes, é preciso escolher um lado sob o qual se refugiar; e para ter o direito de amar é preciso escolher o caminho mais longo: esquecer o passado, perdoar os erros, conviver com o obscuro, e simplesmente, inegavelmente, enfrentar a tempestade de paixão, perdas, superação e recomeço que o sentimento ocasionalmente acarreta. Se a vida em Matarana é fácil? Não mesmo, mas em qual lugar ela é?

Uma das características do trabalho da Janice Diniz que eu mais admiro é a veracidade com a qual ela narra suas histórias. Se em Terra Ardente eu me apaixonei por sua maneira peculiar de escrever, em Céu em Chamas eu caí de amores pela grandiosidade do cenário que ela criou. Matarana é uma terra de ninguém que reflete grande parte dos problemas socioculturais do Brasil; lendo a história dessa região (a maneira como ela foi criada; como os poderosos donos de terra reivindicam mais e mais dessa terra sofrida; como a população aprendeu a escolher a proteção de um ou de outro grande latifundiário; e como os representantes da lei que não se deixam corromper sofrem para proteger seu povo), estamos também lendo sobre a opressão, o medo, o tráfico, e as rixas políticas de inúmeras cidades do nosso país. Tais fatos são apresentados de uma forma tão crua e real que acompanhamos a leitura com o raciocínio a mil, ligando a fantasia com a realidade, surpreendendo-nos com a crueldade do dinheiro e da luta pelo poder. E é isso que torna, pelo menos em primeiro lugar, a série uma trama adulta e reflexiva, uma trama que vai além da promessa de entretenimento romântico.

Outro ponto que torna visível o talento da autora é o aprofundamento da individualidade dos seus personagens. Em Terra Ardente somos apresentados a quatro personagens principais, já em Céu em Chamas além desses quatro personagens lemos também sobre uma infinidade de novos papéis, sejam eles desempenhados por familiares, amigos, ou até mesmo inimigos dos personagens principais da história. A questão é que a trama engloba infinitas teias, mostrando uma mesma situação sob o ponto de vista de várias pessoas – desde o mocinho até o vilão da história. E a grande questão é que, graças a essas dualidades, ou seja, a essas diferentes perspectivas, nós acabamos conhecendo as várias facetas dos moradores de Matarana, o que nos faz concluir que ninguém é totalmente vilão ou completamente mocinho, muito pelo contrário, o que temos aqui são pessoas de carne e osso, pessoas que erram, pecam, roubam e amam da mesma forma que nós, simples mortais. *Não que nós saiamos por aí matando as pessoas, MAS acho que vocês entenderam a expressão, risos*. O ponto é que as personalidades em questão são reais, conflitantes como nós e a velha história de que todos nós carregamos em nossos corações um lobo bom e um lobo mau, basta saber qual deles alimentar mais.

E claro que além de uma trama política e social temos SIM densas doses de romance. Ah, e como temos... me surpreendi infinitamente com a autora nesse ponto. Em Terra Ardente contamos nos dedos as grandes demonstrações de amor, já em Céu em Chamas elas são tão presentes quanto às chuvas que afligem a região de Matarana. É tanto amor que é impossível não se emocionar e compadecer pela luta desses personagens; eles não querem o impossível, apenas querem uma vida feliz, seja ela na construção de uma família, na realização de um sonho profissional, no ato do casamento, ou ainda no nascimento de um filho. Mais uma vez a fantasia se mescla com a realidade apresentando personagens com objetivos de vida reais, com sonhos que facilmente se confundem com os nossos próprios planos para a vida. Vale lembrar que no quesito romance a autora não parte para o água com açúcar, os relacionamentos não são fáceis, as brigas existem, e o desejo não é apenas um sentimento banal, ele é apresentado mais como uma fome, seja ela de amor, posse ou poder.

No geral eu ri, chorei, vibrei e torci durante toda a leitura de Céu em Chamas. Agora é esperar pelo próximo e último volume da saga, e claro!, pelos spin-offs que vão surgir, não é Dona Janice? E para concluir deixo meu agradecimento público a autora e seu carinho; já considero a Janice uma amiga e sou muito feliz por tê-la conhecido. Admiro demais o trabalho dessa mulher talentosa, por isso ganhar de presente uma personagem com o meu nome (uma Paola fofa demais que aparece em Céu em Chamas) é inexplicável, me sinto parte de sua história Janice, da mesma forma que ela faz parte da minha ♥

site: http://www.livrosefuxicos.com/2013/10/resenha-ceu-em-chamas-janice-diniz.html
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Aione 16/10/2013

Céu Em Chamas é a aguardada continuação de Terra Ardente, da série Matarana, de Janice Diniz. Com um começo de tirar o fôlego, seguido por um incrível aprofundamento na vida de seus personagens, a autora, mais uma vez, mostrou todo seu talento como escritora.
Desde o primeiro volume, o que mais me chamou a atenção na série Matarana foi a sua escrita – embora seus mocinhos de arrancar suspiros não fiquem atrás. Janice Diniz apresenta uma narrativa bem construída, que se faz fluida e dotada de esmero, transmitindo não apenas as descrições do universo criado por ela, como também - e principalmente - as emoções de suas personagens. Ainda que a narrativa seja em terceira pessoa, a autora sabe como apresentar, com maestria, o que de mais íntimo se passa com cada um dos responsáveis por dar vida à série.

“A estação das chuvas transformava a terra de ninguém em um lugar radiante e poderoso. Karen parou e contemplou a impetuosidade que habitava dentro de si, mas, tornada tempestade, pairava diante de seus olhos. Ah, então era isso... – ela pensou, ao descobrir-se integrante daquela energia absurdamente natural. E reconhecendo sua consistência mais íntima, dois caminhos a escolher. Podia aceitar-se e se jogar debaixo da boca de um furacão. Lançar-se à tempestade de si mesma e viver o inferno e o paraíso de ser quem era para todo o sempre. Ou optar pela estrada reta e plana, adaptando-se a uma existência saudável e pacífica. Vestindo roupas leves e escondendo a armadura de aço debaixo da cama. Saber sobre sua própria natureza dava-lhe o poder de trilhar o caminho que fosse. Porque qualquer um deles receberia a força de seus pés e a decisão de sua vontade.”
páginas 171 e 172

Ainda, diria que Céu Em Chamas veio para estreitar ainda mais os laços entre personagens e o leitor: se eu já havia me encantado pelos protagonistas, tive ainda mais certeza de meu apreço por eles, principalmente por Franco e Nova¸ que ganharam ainda mais destaque nessa continuação. Também, não posso deixar de citar o quanto adorei conhecer com mais profundidade o complexo Thales Dolejal, visto, em um primeiro olhar, como o vilão, mas, sendo, na verdade, tão humano quanto a explosiva Karen ou o moralmente correto Rodrigo.

“A tristeza que experimentava ao permitir-se recordar a juventude relacionava-se muito mais a si mesmo que aos outros. Algo misterioso acontecia-lhe ao olhar para trás, pois o sentimento que o consumia nada mais era que a falta que sentia de si, de quem um dia ele fora. Uma época em que ainda acreditava em dias ensolarados, na bola de futebol exprimida contra a rede e no paraíso depois da curva da estrada.”
página 14

Vale lembrar que essa é uma série adulta, e não reforço esse comentário apenas devido às cenas de sexo presentes no enredo. Janice explora o cenário político de sua cidade fictícia de forma bastante próxima à realidade e, principalmente, vai fundo no psicológico de suas personagens, o que faz da leitura mais densa e complexa, exigindo uma maior maturidade do leitor para estar atento as suas nuances. Ainda assim, a leitura está longe de ser pesada ou monótona, sendo plenamente capaz de deliciar, envolver, entreter e divertir o leitor.
No mais, só posso recomendar com entusiasmo a série. Janice Diniz foi extremamente feliz ao criar Matarana, dando a ela o típico clima do Centro-Oeste brasileiro com ares dos famosos Faroestes das telonas, mas, principalmente, foi feliz por dar vida a personalidades tão complexas, reais e, sobretudo, apaixonantes. Mal posso aguardar pelo volume que fechará a trilogia, Fogo no Cerrado, ainda mais com o final eletrizante de Céu Em Chamas.

site: http://www.minhavidaliteraria.com.br/2013/10/resenha-ceu-em-chamas-janice-diniz.html
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Vanessa Vieira 11/10/2013

Céu em Chamas_Janice Diniz
Em Céu em Chamas, segundo volume da série Matarana da autora brasileira Janice Diniz, encontramos ainda mais adrenalina e sensualidade, envoltos em uma trama repleta de perigos e ambições. Os caubóis continuam ainda mais inebriantes e o núcleo feminino da história cada vez mais impetuoso e determinado.

Inicia-se em Matarana o período das chuvas e o verde impera pelo local. A estação torna o clima ameno, mas não abranda o coração de seus habitantes, afinal, "as pessoas boas não estão mais aqui", como o próprio subtítulo sugere.

O delegado Rodrigo continua vigilante e não dando trégua para os bandidos, ao mesmo tempo em que tenta domar a personalidade forte de seu grande amor, Karen. Ela continua fazendo suas apostas e corridas de cavalo e parece não querer abdicar do seu estilo de vida "selvagem". Neste ínterim, ele também terá que lidar com um perigo iminente. Saindo das fronteiras da Bolívia, o tráfico de óxi se expande por Matarana, dando muito trabalho para o delegado e o colocando em uma teia de conspirações. Ele acaba sendo obrigado a se aliar ao seu maior inimigo, Thales Dolejal, para combater a criminalidade e buscar proteção.

Nova e Franco estão cada dia mais apaixonados e íntimos um do outro. O Diabo Loiro continua ainda mais sensual e implacável, fazendo de tudo pelo bem-estar de sua "dona", de uma forma cada vez mais sentimental e romântica. O que ele não contava era com a volta de um de seus maiores inimigos, Leonardo, filho do poderoso Coronel Marau. Como se não bastasse isso, ele também terá que lidar com o ciúmes e dor de cotovelo de Cris, que não se conforma em perder Nova para o jovem pistoleiro.

Céu em Chamas é um livro emocionante, repleto de perigos e romantismo na mesma medida. Os desafios enfrentados pelos personagens são ainda maiores, assim como o frenesi das paixões. Tudo é vivido com muita intensidade e vigor, tornando a leitura cativante e fluída. Narrado em terceira pessoa, acompanhamos uma história de tirar o fôlego, repleta de muita ação, amor e intriga.

Rodrigo continua maravilhoso, como sempre. Ele ama Karen, mas não consegue aceitar sua vida desregrada. Quer fazê-la sua esposa, uma dona de casa e mãe de família, mas ela é totalmente avessa a esses rótulos. Além de ter que lidar à ferro e fogo com o temperamento da mulher ardil, é vez ou outra assolado pelo fantasma de Thales Dolejal, um dos seus maiores concorrentes pelo amor de Karen. O tráfico de óxi acrescenta um peso extra aos seus já conhecidos problemas, além de colocá-lo em extremo perigo e forçá-lo a firmar uma aliança com o seu arquirrival.

"Você toda é um perigo, Karen. Seu corpo é uma arma e, Deus tenha piedade de mim, mas prefiro enfrentar uma AR-15 a ter de resisti-lo. É impossível."

Franco foi um personagem que surgiu como coadjuvante no volume anterior da série, Terra Ardente, e acabou tendo grande destaque na trama, o que engrandeceu seu papel em Céu em Chamas. O relacionamento dele com Nova é terno e sutil e não desnivela sua personalidade, tornando-o ainda mais original dentro da história. Nova se tornou mais impetuosa e madura, e luta com todas as fibras do seu ser pelo jovem pistoleiro, aquele que lhe fez conhecer o verdadeiro amor e zela por ela, dia e noite. E Cris, aquele que nunca lhe retribuiu os sentimentos, resolve que é hora de correr atrás do prejuízo e se torna uma pedra no caminho do casal.

"- Quando a gente quer dizer mais do que 'eu te amo', o que a gente diz? - ela perguntou com uma voz embargada.
- Para sempre. - Ele respondeu confiante."

Os outros personagens também foram bem moldados e interligados na trama. Thales Dolejal está sofrendo com a perda de Karen, por mais que tente suplantar isso, afinal, não é de seu caráter expor os sentimentos. Ele sente muita afeição por Franco também, mas age do mesmo modo irascível. Talvez seja presunção minha, mas acho que o caminho do temido coronel será intercalado por um novo amor. Pelo menos o enredo dá algumas pistas quanto a isso...

Em suma, Céu em Chamas não deixa nada a desejar para o seu volume antecessor, e consegue nos trazer ainda mais adrenalina e emoção. Os personagens continuam fortes e incrivelmente sedutores, propiciando cenas quentes e vibrantes. A capa do livro é linda e a diagramação está ótima, com fonte em bom tamanho e uma revisão impecável, além de conter ilustrações de chapeuzinhos no começo de cada capítulo. Recomendo, com certeza!

site: http://www.newsnessa.com/2013/10/resenha-ceu-em-chamas-janice-diniz.html
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Julia G 09/10/2013

Céu em Chamas
Mesmo querendo contar muito de Céu em Chamas, de Janice Diniz, desta vez não cabe detalhe além da sinopse oficial. O primeiro livro da série, Terra Ardente, teve um fim imprevisível e perfeito, e foi a imprevisibilidade o mais apaixonante da história. Contudo, é preciso admitir que aquela perfeição trouxe consigo um pesar, uma apreensão de que tudo aquilo que encantou no primeiro volume poderia ser desfeito com um simples movimento de caneta da autora. Só que, como é característico da Janice, foi usado de novo do imprevisível para contar e conquistar.

Se a narrativa de Terra Ardente podia ser comparada às características da própria cidade de Matarana, cabe ao enredo de Céu em Chamas a mesma impetuosidade da estação das chuvas: a brutalidade dos sentimentos parece pronta a vir à tona a qualquer momento, como as chuvas, e logo há espaço para reviravoltas e tempestades.

O prado se tornou verde, mas nem por isso o calor típico da cidade se abrandou; nem a briga – até mesmo entre aqueles que se amam – para ver quem é mais forte. Entre os personagens, permanece aquela dualidade entre aquilo que têm de bom, quase sempre escondido, e a tentativa de se mostrar superior, apoiando-se na ira e no orgulho que, por incrível que pareça, sempre se originam da paixão, do amor possessivo, da vontade de não sofrer sozinho.

- Quando a gente quer dizer mais do que "eu te amo",
o que a gente diz? - ela perguntou numa voz embargada.
- Para sempre. - ele respondeu confiante." (p. 148)

Janice Diniz conseguiu manter uma linearidade – não se perdeu naquilo que propôs inicialmente. Os detalhes do faroeste ficaram mais delineados neste volume, e a natureza de cada personagem ainda está ali, visível, incômoda e, mesmo que seus lados bons estivessem um pouco mais latentes, as defesas continuam armadas, principalmente porque não se trata mais de lutar cada um por si, pela sobrevivência – todos agora têm por quem lutar.


Vi-me surpresa com o despertar daquelas mesmas sensações que tive ao ler o primeiro livro. Achei que minhas pendências com os personagens estavam resolvidas, mas não. Eu ainda consegui odiá-los, ainda queria fazê-los resolver a situação de maneira mais simples, fazê-los deixar de lado as máscaras que haviam erguido. E as máscaras foram, finalmente, sendo deixadas de lado. Só conhecendo o melhor e o pior lado de uma mesma pessoa é que se pode deixar arrebatar por ela, e isso se deu de maneira ainda mais intensa que antes, provando ser algo que Janice consegue conduzir com maestria.

"- Pensa em pular fora? - ela viu-se perguntando numa voz sumida.
A expressão no rosto do delegado evidenciava a seriedade do assunto.
Rugas profundas na testa, o cenho franzido, a comissura dos lábios ligeiramente curvada para baixo num ricto de amargura. Mesmo com um conjunto
facial de provas que apontava para a direção do "bater em retirada",
o que Rodrigo falou serviu à sua dor como uma injeção de morfina:
- Já disse, sou feito de outra substância." (p. 117)

A sutil ironia dos diálogos também estava presente, tão discreta que quase passa despercebida. Também as construções gramaticais e figurativas inteligentes que deixam o texto menos superficial e mais interessante. De forma singela, essas característica dão certa fluidez, ao mesmo tempo em que compõem uma crítica implícita à realidade social.

Céu em Chamas é um western delicioso, que talvez não se destaque tanto quanto o seu antecessor, mas vem a complementá-lo maravilhosamente bem. Como diz a sinopse, não falta "Amor, sensualidade, ação, intriga e muitos tiros". O único problema é que, quando se acha que chegou o tão esperado final feliz - e que cena linda, devo dizer -, é claro que estamos levemente enganados, afinal, as pessoas boas não estão mais em Matarana.

site: http://conjuntodaobra.blogspot.com.br/2013/10/ceu-em-chamas-janice-diniz.html
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