Como salvar uma vida

Como salvar uma vida Sara Zarr




Resenhas - Como Salvar Uma Vida


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Naty 18/12/2012

www.meninadabahia.com.br


"Quando olho, têm lágrimas em seus olhos, eu acho,
eu espero que sejam lágrimas de felicidade.
A forma na tela – o bebê – faz alguma coisa no
meu coração se mover também.
A verdade é que é a primeira vez que o vejo.
Ela. Uma parte de mim que não é."
Pág. 51

Jill McSweeney perdeu o pai. Seu pai a quem amava loucamente. Ela perdeu o rumo e não sabe mais o que fazer da vida. Sua única família, agora, é sua mãe (Robin), com quem não tem tanta proximidade. Sua mãe está arrasada, é claro. Ainda não se acostumou a viver sem ele, depois de vinte e cinco anos juntos. Mas ela ainda tem muito amor no peito e necessita de alguém para recebê-lo. E assim que Mandy Madison entra na vida dessa família.

A família de Mandy se resume à sua mãe alcoólatra e promíscua. Vários homens pararam em sua casa, alguns mais interessados na própria Mandy no que na mãe velha. E assim, que ainda adolescente, Mandy resolve conhecer o amor, ao menos uma única vez com um desconhecido que fora gentil com ela. Uma única vez e Mandy engravida. (Nem preciso dizer o que está nas entrelinhas, certo? Não saber quem é o pai da filha é devastador).

Através de um post num jornal, Mandy e a mãe de Jill trocam e-mails. Mandy fará uma doação aberta, para que a filha tenha tudo que ela nunca teve, sobretudo um lar estável. (Mas Mandy, que não aprendeu a confiar, conta várias mentiras e com o tempo uma a uma vão sendo descobertas).

Jill não confia em Mandy e tem medo que no fim ela não queira mais dar o bebê para sua mãe. Como sua mãe irá sobreviver a mais essa perda?

Me pergunto se você não cresce pra ser uma esposa ou uma mãe, o que você é? Uma pessoa sozinha, sempre querendo ser uma coisa a outra, ou ambas? Minha mãe nunca foi uma esposa e era isso que ela queria mais do que qualquer coisa. Ela não queria ser mãe, e não era. Onde isso a levou? Um marido faz de você uma esposa, e um filho faz de você uma mãe. Robin, ela tem tudo e é tudo, porque teve Mac e tem Jill e também tem um trabalho. E se não tiver ninguém pra fazer de você alguma coisa?
Um monte de vezes quando olho para o mundo e todo mundo nele, sinto como se eles todos soubessem de algo q não sei. Não sou burra; consigo enxergar como funciona. Mas é como pular corda dupla no estilo holandês. Na escola eu assistia as cordas voarem e via menina após menina pular e acertar ou ficar presa nas cordas e rir. Eu ficava com minhas mãos prontas e meu corpo indo para frente e pra trás, tentando pegar o ritmo e o momento certo, e a Sra. Trimble, a professora de educação física, dizia: "Vamos lá, Mandy, todo mundo está esperando", e eu não conseguia. Não conseguia descobrir como entrar.
É assim que a vida parece pra mim. Todo mundo está fazendo; todo mundo sabe como. Viver e ser quem são e achar um lugar, achar um momento. Eu ainda estou esperando.

Pág. 144


Juntas, essas três mulheres com coração dilacerado precisarão superar as diferenças e encontrar o caminho de volta à vida. Que história! Prepare-se para ter o coração partido. A escrita de Sara Zarr marca a pele. Você consegue sentir toda a dor dos personagens. Você sofre com eles e reza para que tudo dê certo, como se eles fossem um amigo ou parente. A autora foca bastante nos sentimentos, por isso é impossível não se comover. (Apesar do enredo triste e comovente, o final é feliz. Estou encantada e a autora e entrou na lista das divas).

Como salvar uma vida, de Sara Zarr (iD, 312 páginas, R$ 34,50) é narrado por dois personagens, que vão intercalando entre os capítulos. A técnica do fluxo de consciência também está presente. Mandy sofreu abuso, sexual e mental, e mesmo assim luta para dar um lar decente à filha; foge de casa e desafia a mãe. Jill virou ostra. Não deixa ninguém entrar em sua concha. Rechaça a mãe e até o próprio namorado. Pintou o cabelo e começou a vestir roupas escuras. Para sua sorte, apesar dela ter desistido deles, eles não desistiram dela. E Dylan, seu namorado irá dar uma forcinha para tirá-la dessa e uni-la à Mandy.

Tem outro personagem importante nessa história. Ravi. Ele é algo como a outra metade do que falta em Dylan e como se Jill não tivesse com o que se preocupar, a aproximação com Ravi a está incomodando. Ela ama Dylan, mas sente algo por ele, também. Nada é fácil ou simples para ela. (Nem para sua mãe e Mandy).

Enredo dramático. Personagens vívidos. Escrita marcante. Final feliz.

Recomendo!
Bianca 28/12/2012minha estante
Meus Deus! Eu quase chorei só em ler a resenha e imaginar o livro! Estou precisando desse livro! rs Nossa, parece lindo, não sei, acho que ele deve ser perfeito! Obrigada por recomendar, ele está no topo da lista.




Danni 20/01/2014

O livro conta a estória de Mandy uma garota gravida e Jill uma garota que perdeu o pai. A vida delas se cruzam quando a mãe de Jill decide adotar o bebê de Mandy.
Uma história de amor e superação.
A única coisa que realmente me decepcionou no livro foi: cadê o final? Ele simplesmente acaba sem fim, não se sabe com quem Jill realmente fica, mesmo tendo a idéia que ela acaba ficando com Ravi, e Mandy consegue encontrar o seu grande amor?
Só por isso não dei 5 estrelas.
Mas é um livro lindo. Recomendo!

"Me pergunto se você não cresce pra ser uma esposa ou uma mãe, o que você é? Uma pessoa sozinha, sempre querendo ser uma coisa a outra, ou ambas? Minha mãe nunca foi uma esposa e era isso que ela queria mais do que qualquer coisa. Ela não queria ser mãe, e não era. Onde isso a levou? Um marido faz de você uma esposa, e um filho faz de você uma mãe. Robin, ela tem tudo e é tudo, porque teve Mac e tem Jill e também tem um trabalho. E se não tiver ninguém pra fazer de você alguma coisa?
Um monte de vezes quando olho para o mundo e todo mundo nele, sinto como se eles todos soubessem de algo q não sei. Não sou burra; consigo enxergar como funciona. Mas é como pular corda dupla no estilo holandês. Na escola eu assistia as cordas voarem e via menina após menina pular e acertar ou ficar presa nas cordas e rir. Eu ficava com minhas mãos prontas e meu corpo indo para frente e pra trás, tentando pegar o ritmo e o momento certo, e a Sra. Trimble, a professora de educação física, dizia: "Vamos lá, Mandy, todo mundo está esperando", e eu não conseguia. Não conseguia descobrir como entrar.
É assim que a vida parece pra mim. Todo mundo está fazendo; todo mundo sabe como. Viver e ser quem são e achar um lugar, achar um momento. Eu ainda estou esperando." (Pág. 144)
Aninha Nóbrega 01/04/2020minha estante
Também me decepcionei um pouco com o final




gleicepcouto 28/12/2012

Narrativa suave e rica em emoção
http://murmuriospessoais.com/?p=5357

***

Como Salvar Uma Vida (iD) é o quarto livro da autora norte-americana Sara Zarr, que logo com seu livro de estreia (Story Of A Girl) foi finalista do importante prêmio americano National Book Award.

Em Como Salvar Uma Vida, Sara nos apresenta Jill MacSweeney, uma jovem que perdeu o pai há alguns anos e desde então não consegue voltar com a sua vida ‘ao normal’. Se afasta de todos, inclusive do namorado, e tenta a todo custo manter uma relação sadia com a mãe. Quando acha que está quase conseguindo, porém, uma surpresa: sua mãe anuncia que vai adotar um bebê. Jill fica perdida, com um sentimento de que ela não é o suficiente para sua mãe ser feliz. Resumindo: falhou como filha.

É aí que conhecemos Mandy Madison, uma jovem com uma gravidez indesejada, que pretende doar sua criança para a mãe de Jill. Mandy não quer que a vida de sua filha seja uma cópia da sua, cheia de dificuldades e falta de amor. Então, através de um acordo verbal, tudo é arranjado: ela se muda para a casa de Jill a fim de que possam acompanhar a gestação e que, ao final dela, a criança seja repassada (adoção aberta) para a mãe de Jill.

Claro que essa relação imposta repentina entre as duas jovens não poderia correr às mil maravilhas. Mas é a partir desse desconforto entre elas que vão descobrir sentimentos muito bem escondidos e, principalmente, salvar não somente a vida do bebê, mas as suas próprias.

Sara tem uma narrativa adorável. O livro é de uma fluidez muito gostosa. Você vai lendo e quando percebe, está já nos acontecimentos finais. Isso porque sua linguagem é simples, mas sem deixar de ser rica em emoções e detalhes. É muito bem escrito, comprovando que menos é mais.

A história criada por Sara é interessante e não tem como foco ser mega original ou não previsível. Você até pode se surpreender aqui e ali, mas acredito que a autora queria mexer com sentimentos. É ao redor disso que a trama gira. Pra mim, ela conseguiu alcançar seu objetivo.

A narração é sob dois pontos de vista (um da Jill e outro da Mandy) e se intercalam. Ficou muito interessante verificar como Sara delimitou as personalidades de cada uma, principalmente em seu vocabulário. Nem precisava ter a indicação no início do parágrafo ou a mudança de fonte de um PDV para outro: não tinha como confundir a voz dos personagens.

Estes, aliás, são palpáveis – com destaque para Jill, que é uma jovem doce, mas perdida. Tem momentos tenros, mas outros de uma estupidez sem tamanho. Isso é tão característico de sua idade e da situação tensa que ela passou ao perder o pai, que era seu referencial. Não consegui ter raiva da Jill. Mesmo em seus piores momentos, eu a compreendia. Mas também compreendia sua mãe e seu desespero para tentar refazer sua vida após a morte de seu grande amor. E até certo ponto entendi a Mandy também. Só não entendi mais porque achei ela bem mongolzinha pra idade. Acho que na personalidade da Mandy a autora escorregou – a ingenuidade ficou exacerbada ali.

O interessante é como nas entrelinhas o livro mostra a dificuldade que temos de nos desapegar das pessoas e, em contrapartida insana, da mesma dificuldade que temos em nos apegar às pessoas. É tão difícil nos doarmos sem algo em troca, na mesma proporção que é difícil também recebermos essa doação, que não acreditamos não possuir segundas intenções. Nosso olhar cínico para o mundo sorri de volta para nós mesmos.

Com relação à parte gráfica, gostei da capa, pois deu o ar melancólico que o livro tem em vários momentos. A diagramação interna também ficou bonitinha. Minha ressalva vai para a revisão: falta de travessões entre os incisos. Que nervoso que isso me deu. Até perceber que determinado trecho era continuação da fala, ou um inciso, demorava um cadinho e perdia o embalo da leitura.

Mas, no geral, o livro tem muitos mais pontos positivos que negativos. Como Salvar Uma Vida é um livro que chega de mansinho e te conquista suavemente. E apesar de nos convidar a nos apegarmos ao que é essencial à nossa vida (como amor), é difícil praticar o desapego de coisas com um livro tão belo em mãos.
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Rachel 02/01/2013

Comprei por causa da capa. Às vezes faço isso. O título do livro em letras garrafais não seria minha escolha, mas tenho uma coisa inexplicável com neve. Uma garota ali sozinha e as pegadas na neve. Achei poético.

“Como salvar uma vida”, de Sara Zarr, tinha tudo para ser um ótimo livro. O enredo consiste basicamente em duas adolescentes, Mandy e Jill, que não se conhecem, mas seus destinos se cruzarão. Mandy sofre por se sentir solitária e indesejada pela mãe; Jill sofre pela perda recente do pai e tenta se reencontrar após o luto.

Ambas são narradoras do livro. Deve estar na moda ter narradores intercalados (já é o segundo livro que leio assim). E isso pode ser interessante se bem executado; entretanto, não é o caso. A autora não soube criar estilos de escrita diferentes para cada narradora. Para diferenciar uma perspectiva da outra, usa-se o artifício de fontes diferentes para cada – o que não se faz necessário, uma vez que o título de cada capítulo é justamente o nome de quem está narrando.

Continua aqui: http://angrybardy.wordpress.com/2013/01/02/1/
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Karine 30/01/2013

Como salvar uma vida
Lendo Como salvar uma vida, esperava algo menos tocante, algo que mexesse menos comigo, não esperava que esse livro fosse me conquistar assim, aos pouquinhos. Lentamente. Como quando comemos alguma coisa saboreando cada pedacinho dela. Foi assim que Como salvar uma vida ficou na minha cabeça. Diversas vezes durante a leitura parava de ler, olhava para o livro e absorvia lentamente as informações. Pensando nos fatos, repensando neles. Mandy e Jill me conquistaram.

Em Ohama, vive Mandy, uma adolescente de 18 anos, grávida e sozinha no mundo. Sua mãe é uma mulher promíscua e alcoólatra, que tem uma filosofia de vida um tanto quanto antiquada e machista. Saindo de sua própria boca, Mandy só atrapalhou sua vida. Vivendo em uma realidade totalmente diferente, temos Jill, uma pessoa que não pode reclamar nem de longe da vida que leva, já que tem tudo. Menos seu pai. E aposto que ela trocaria tudo por isso. Por fim, temos Robin, a mãe de Jill que tem seu coração partido após a morte do marido, tanto quanto Jill.

Em Denver, o mundo de Jill perdeu as cores para ela. Nada é mais a mesma coisa. Nada mais é igual. Mac levou um pedaço de Jill junto com ele quando morreu. Lidar com o luto nunca é fácil, muito menos quando se trata de alguém muito próximo a você. Mac e Jill eram inseparáveis e se amavam incondicionalmente. A perda a bruta de Mac não é fácil, muito menos quando Robin decide adotar uma criança. O filho de Mandy. E é esse o ponto em que as duas histórias se misturam, se encontram.

Mandy acha que Jill é, de certa forma, ingrata, acha que se tivesse Robin em sua vida e a condição que elas têm não teria do que reclamar. É uma vida de sonho. Jill desconfia de Mandy, acreditando que talvez só queria se aproveitar da bondade de Robin. Duas adolescentes terrivelmente abaladas emocionalmente e duas adolescentes que buscam algo que perderam, ou que nunca tiveram: amor.

"Às vezes é melhor que as pessoas achem que você é estúpida ou que não se importa." - Mandy

A narrativa do livro é revezada entre Mandy e Jill. Uma das coisas legais da edição do livro é que a fonte muda conforme quem está narrando, assim fica mais fácil se você "se perder". Cada uma sofre a seu modo, cada uma digere suas dúvidas, pensamentos e inseguranças de seu modo. Sara Zarr foi tocante. Gostei do livro e quase chorei diversas vezes. Acho que eu me sentia como elas, ou tentava entender o que as duas estavam sentindo. Não deve ser fácil. Mandy e Jill me mostraram o quanto é possível alguém se fechar para o mundo e, ao mesmo tempo, o quanto é possível, mesmo após isso, alguém voltar a acreditar. A ter fé e esperança.

"O luto tem tantas partes. Partes tristes, partes de ira, partes de culpa, partes de arrependimento, e partes que representam certo tipo de dor que não tem nem uma palavra pra expressá-la." - Jill

Adoro a capa do livro. É nostálgica, triste, deprimente, esperançosa, solitária e especial. Como vocês podem ver na imagem acima. Acho legal a marca de pegadas na areia. Faz você pensar em quem estava lá antes, no banco, sobre quem chegou depois e porque essas pessoas estavam sozinhas. Gosto da capa, gosto do livro, gosto da Mandy e da Jill. Acho que Sara Zarr acertou certinho na criação de seus personagens. Ela não hesitou em moldá-los para dar a impressão de que conhecemos eles como conhecemos a nós mesmos.

E aí, vocês vão querer conhecer a Mandy e a Jill?
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Psychobooks 07/03/2013

Classificado como 4,5 estrelas
www.psychobooks.com.br



A capa desse livro não é uma das mais bonitas que já vi, mas passa uma sensação de solidão, abandono e combina perfeitamente com o enredo.

Jill MacSweeney é uma adolescente que sempre foi muito ligada ao seu pai, após sua morte inesperada, ela fica completamente inconsolável e não consegue lidar muito bem com o período de luto, afastando seus melhores amigos e namorado. Sua relação com a mãe sempre foi complicada e sem o pai por perto, isso se agravou, ainda mais depois que a mãe decidiu adotar um bebê.

Mandy Madison é uma garota inocente, que ficou grávida aos 18 anos. Ela sabe muito bem o que é ser uma criança não desejada e decide que o melhor destino para sua filha é a adoção, encontrar alguém que possa dar um futuro e amor, coisas que a mesma não sente ser capaz de oferecer ao seu bebê.

Robin - mãe de Jill -, está devastada e quer oferecer seu amor a uma criança, ela e seu marido sempre pensaram em adotar, mas nunca tiveram tempo de colocar os planos em prática, agora ela conhece Mandy em um site de adoção aberta e concorda com todos os termos de que Mandy exigiu e está pronta para recebê-la em sua casa até o nascimento do bebê.

A narrativa é feita em primeira pessoa, sob os pontos de vista de Jill e Mandy, alternando-se para narrar suas versões dos fatos. A princípio acabei concordando com a Jill, que a Mandy era um pouco estranha, mas aos poucos, quando Mandy permitiu-se contar sua história, entendi seu jeito de ser e suas razões para agir daquela forma.

Ravi, um garoto de 19 anos, faz sua entrada na vida de Jill aos poucos. Eles já estudaram juntos, mas ela não se lembra, agora ele trabalha na mesma rede de livrarias que ela e gradativamente ele consegue quebrar barreiras que o luto ergueu e ninguém conseguia derrubar.

Adorei o ritmo que a autora impôs à leitura, todos os fatos importantes foram revelados no momento certo, mesclando romance, amizade, luto e retratando de forma crível a rotina de adolescentes que estão descobrindo como se tornarem adultos.

Eu fiquei torcendo o tempo todo para que o final pudesse ser MUITO feliz, pois Jill, Mandy, Robin e Ravi mereciam algo melhor para suas vidas. Então não posso dizer que foi uma grande surpresa ou aconteceu uma reviravolta surpreendente, mas fiquei muito feliz e tocada com a forma que a história se resolveu.

Leitura mais que recomendada, principalmente para quem gosta de leitura Jovem-adulto, com romance na medida certa, um drama bem estruturado e um final mais que feliz.

"(...) Minha mãe nunca foi esposa, e era isso o que ela queria mais que qualquer coisa. Ela não queria ser mãe, e não era. Onde isso a levou? Um marido faz de você uma esposa, e um filho faz de você uma mãe. Robin, ela tem tudo e é tudo, porque teve Mac e tem Jill e também um bom trabalho. E se não tiver ninguém para fazer de você alguma coisa?"
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Dominique 07/03/2013

Como salvar uma vida - Sara Zarr
Como salvar uma vida foi uma doce e agradável surpresa. Sara Zarr conquistou-me totalmente com sua escrita fluída e cativante. A história é contada a partir das perspectivas de Mandy e Jill em capítulos alternados, onde podemos conhecer suas decepções, alegrias, pequenas tragédias e esperança de que algo bom pode acontecer, um milagre. Trata-se de uma história realista, humana e sensível. Sara Zarr construiu personagens inesquecíveis com uma sensibilidade enorme para enxergar o mundo com olhos humanos, além de qualquer preconceito.

A tragédia da família MacSweeney é um dos temas do livro, após perder um pai e esposo amado, Jill e sua mãe perdem também o grande pilar das suas vidas e precisam reaprender a viver sem sua presença. Porém, o mais tocante e lindo é a forma que Jill enxerga o pai como seu próprio espelho. Ela sente falta de pequenas atitudes e ações que aconteciam somente entre os dois, um entendimento e cumplicidade que não precisava de palavras. Ela se sente perdida, magoada e traída pelo mundo.

Mandy é uma personagem cativante, doce, apesar de confusa. Ela deseja o melhor para seu bebê, por isso, decide abrir mão dele, para que ele possa ter a vida que ela não teve, inclusive, amor, afeto, cuidado e atenção. Ela é carente, ingênua, possui um grande desejo de mudar de vida, de não seguir os passos da mãe, que vive em busca do homem perfeito que irá bancar suas despesas.

Porém, a personagem que mais apreciei foi a Sandie, mãe de Jill. Ela é uma mulher forte, corajosa, mãe e esposa exemplar, mas que não pode deixar-se abater, apesar de estar despedaçada por dentro pela morte do companheiro de 33 anos de relacionamento. Ao decidir adotar um bebê, ela deseja ao mesmo tempo trazer uma nova vida para seu lar, não para substituir sua perda, mas para dar o amor incomensurável que há em sua casa para outro ser humano.

Além da perda de um ente querido, temas como a chegada do primeiro amor, gravidez na adolescência e incesto são tratados, assim como, a busca pela descoberta de si mesmo. Todos os fatos muito bem conduzidos pela autora. Aliás, a escrita da Sara Zarr lembra bastante a escrita de Sarah Dessen, uma das minhas autoras preferidas atualmente. Ambas são autoras recomendadíssimas!

Admito que senti-me pequenina e sensível ao ler essa história. Tanto pela perda da Jill quanto pela história de Mandy, não houve um capítulo que eu não me emocionei e me enterneci. É o tipo de história que nos faz enxergar a beleza das pequenas coisas que fazem parte das nossas vidas desde familiares a amigos, pela sorte de sermos amados e queridos.

Leitura inesquecível e recomendada!

Também: http://www.livrosfilmesemusicas.com.br
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sahturada 22/10/2013

Humano - http://adoravelsasarete.blogspot.com.br/
Não pretendia ler a obra de Sara Zarr antes de ver a capa pessoalmente e comprar. Aquela velha história de "comprei o livro pela capa".

Como salvar uma vida conta a história de duas adolescente prestes a ter suas vidas transformada de forma radical e impulsiva. Jill acabou de perder o pai, que a amava como um louco, e se vê em conflito consigo mesma e com todos a sua volta, incluindo a própria mãe. Mandy está grávida e desamparada. Sua mãe nunca a quis e não liga para a sua gravidez. Mandy encontra uma chance de mudar sua própria vida quando encontra um anúncio da Robin, mãe de Jill, na internet falando sobre o amor que ela têm e gostaria de dar para uma nova vida.

A história que a autora construíu é simples assim como seu modo de contá-la. O livro tem sua narração intercalada entre Jill e Mandy, o que é interessante e faz com que a leitura seja mais rápida. As personagens são diferentes em vários aspectos. A filha de Robin não é mais a mesma desde a morte de Mac, seu pai, e em diversos momentos ela tenta recuperar sua antiga personalidade e não suporta a ideia de Robin querer adotar uma criança. Mandy é inocente, apesar de carregar uma infância traumática nas costas. Devido ao mesmo motivo, ela pretende dar o bebê que espera para a adoção numa tentativa de dar uma futuro melhor para sua filho.

Ravi e Dylan são encantadores. Dylan é o namorado de Jill e em todas as vezes ficou ao seu lado até mesmo quando ela só sabia criticar Mandy e não conseguia lidar com sua própria vida. Ravi é como complemento do namorado de Jill e parte que faltava na mesma.

A capa transmite bem o que as personagens estão sentindo: Solidão.

O final é previsível, mas não deixa de ser lindo e emocionante. Ocorreu no tempo certo e cada palavra usada por Sara Zarr era carregada de emoção e significado de um jeito delicado. Recomendo! Leitura obrigatória!

site: http://adoravelsasarete.blogspot.com.br/2013/09/como-salvar-uma-vida.html
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Literal-Mente 05/02/2015

Resenha: Como Salvar Uma Vida (Sara Zarr)
Resenha: http://www.literal-mente.com/?p=1592
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Marisa Aziliero 09/03/2015


Um pedido de adoção por parte de uma mulher que está tentando recomeçar e fazer algo que ela e o marido sempre comentaram que faria. A tentativa de uma menina de apenas 18 anos em salvar a vida de seu futuro filho de ter o mesmo destino que ela teve. Em Como Salvar Uma Vida, Sara nos mostra os caminhos dolorosos do luto, da perda, os sacrifícios que uma mãe pode fazer e como o amor é uma força tão poderosa e que pode mudar vidas.


Resenha completa no blog: http://pensamentostraduzidosem-palavras.blogspot.com.br/2015/03/como-salvar-uma-vida-sara-zarr.html
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Juh 01/05/2015

Lindo
Uma história linda, emocionante e contada com uma delicadeza que poucos escritores conseguem atingir. Apesar de alguns furinhos como detalhes apresentados e mal explicados/aprofundados, uma leitura super prazeirosa, que me fez chorar e me identificar em vários momentos. Ótimo livro.
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Gleise 15/05/2015

Como lidamos com as coisas que acontecem na nossa vida?
O Gênero Drama está sendo normalmente a escolha para minhas novas leituras. E esse livro conta a história de Jill, que acabou de perder o pai, e está sofrendo demais com a situação. Sua forma de lidar com isso é se rebelar contra todos e se afastar, sofrendo sozinha.
Sua mãe Robbin, também sofre demais a perda do marido, e com toda a reviravolta que a vida deles teve, ela resolve adotar um bebê, o que para Jill é um absurdo, mas ela segue o plano e aí aparece Mandy, a garota que irá dar seu bebê para adoção.
A narrativa é feita, ora pela visão de Jill, ora pela visão de Mandy. E a narrativa transcorre falando sobre as dores e dúvidas das duas garotas e o dia a dia delas...o que as vezes, para mim se tornava cansativo.
Só fui ter empatia com os personagens bem no final do livro, a Jill eu achava muito estúpida e a Mandy era uma incógnita, gostava da Robin...mas o foco maior não era ela.
Enfim, é um livro que recomendo porque é uma história bonita...principalmente da Mandy, mas só achei que se arrastou demais nos pormenores e quando eu gostaria que se arrastasse, não aconteceu.

Observação : Para quem corrigiu os erros de português do livro...pelo amor de Deus...sinto é do verbo sentir...mas não existe sinto de segurança...cinto = substantivo masculino...vi o mesmo erro pelo menos 4 vezes no livro.

site: www.sugestoesdelivros.com.br
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Katy 28/07/2015

Como salvar uma vida - Sara Zarr
Jill era uma menina alegre, popular e muito apegada à seu pai, o carismático Sr. Mac. Já com a mãe, o relacionamento nunca foi tão afetuoso, tornando-se ainda mais frio quando Sr. Mac faleceu subitamente. Ele era seu heroi, a pessoa que mais amava no mundo e sua base. Ao perdê-lo, Jill se retraiu em um doloroso luto, afastando-se completamente de seus amigos, de seu namorado Dylan e, principalmente, de si mesma.

Dez meses se passaram e ainda assim Jill não consegue se encontrar. Ela sente a dor de sua perda cada vez mais forte e evita falar no assunto, comportando-se muitas vezes de forma grosseira apenas para mascarar seus reais sentimentos. A situação agrava-se ainda mais quando sua mãe decide adotar um bebê. Jill sente como se a mãe, Robin, estivesse tentando substituir o seu pai por outro membro da família.

Nesse momento, surge Mandy, a mãe do bebê que será adotado. As duas se conhecem em um site e decidem que ela ficará na casa de Robin até a criança nascer e depois disso doará o bebê à Robin, pois não se sente em condições de criá-lo. Mandy, por sua vez, se assemelha com Jill pelo jeito solitário e perdido.

A menina, grávida aos dezoito anos e completamente sozinha, foi rejeitada pelo próprio pai quando ainda era criança, sendo criada por uma mãe volúvel, promíscua e cruel, que nunca escondeu o fato de não querer ter engravidado. Por esse motivo, Mandy resolve doar seu bebê, pois quer que a criança tenha a chance de ter um lar de verdade, repleto de amor e com uma boa família.

Quando as vidas de Jill e Mandy se cruzam, ambas começam a aprender muito uma com a outra, ainda que no início Jill rejeite a ideia de ter Mandy em sua casa, principalmente pela forma retraída e misteriosa que a garota as vezes se comporta.

O livro alterna entre um capítulo narrado por Jill e outro por Mandy, explanando de forma clara e muito realista os sentimentos mais íntimos das duas. Apesar de muito diferentes, elas tem muito em comum e a autora soube narrar maravilhosamente bem os receios, pensamentos e emoções de duas personagens fortes e muito bem construídas.

“Como salvar uma vida” é repleto de personagens cativantes, daqueles que você tem vontade de arrancar do livro e abraçar. O livro se desenrola de forma contínua, suave e prazerosa, revelando fatos passados que explicam as presentes atitudes de cada personagem.

É uma leitura fácil, agradável e super recomendada para aqueles que gostam de histórias profundamente sentimentais, com personagens bem trabalhados e uma trama envolvente. Este livro me chamou intuitivamente a atenção desde a primeira vez que o vi e, apesar de nunca ter ouvido falar do mesmo até então, comprei para conhecê-lo. Superou tanto minhas expectativas, que em três dias já havia lido todo!

site: http://resenhanasnuvens.blogspot.com.br/
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Camila A. Meireles 27/12/2015

"It's just so out of control. Life, I mean. The way it flies off in all these different directions without your permission."
Eu não sei dizer o que me levou a ler este livro, considerando que há meses pulo de leitura em leitura, sem me prender a elas ou mesmo finalizá-las.

Mas sem dúvidas, valeu a pena.

É uma narrativa comovente sobre como pegar os cacos do seu coração partido, colá-los, e seguir. Às cegas. Porque é só o que temos para fazer.
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