Se ninguém falar de coisas interessantes

Se ninguém falar de coisas interessantes Jon McGregor




Resenhas - Se ninguém falar de coisas interessantes


2 encontrados | exibindo 1 a 2


regifreitas 04/06/2018

Sendo indicado na época do seu lançamento ao The Man Booker Prize, este é o primeiro romance do jovem autor britânico, nascido nas Ilhas Bermudas em 1976. A obra apresenta uma estrutura fragmentada, acompanhando dois momentos distintos no tempo, alternando-se no curso da narrativa. No primeiro, "flashes" de uma tarde de domingo, última dia do verão, em uma tranquila rua de Londres. Nessa parte revela-se a rotina dos moradores daquela rua, antes da ocorrência de um evento trágico, que marcaria definitivamente a memória daquelas pessoas. O segundo momento se passa três anos depois, em outro ponto da cidade, quando uma garota loura, antes moradora daquela rua, e presente ao fático dia, relembra esses acontecimentos ao se encontrar com um jovem. Esse rapaz é o irmão gêmeo de um vizinho seu daquela época. As memórias passadas da moça são entrelaçadas com uma surpreendente descoberta no tempo presente da história.

O autor descreve um dia daquelas pessoas com rara sensibilidade, descobrindo poesia nos detalhes mais insignificantes. Acontecimentos prosaicos, rotineiros, são-nos apresentados com uma excepcional capacidade de observação e empatia. Uma pena é que isso se desdobra ao longo de muitas páginas, fazendo com que o impacto inicial do texto de McGregor acabe se diluindo em cenas que vão se tornando meio repetitivas com o tempo. Fosse uma obra mais “enxuta”, poderia ser considerado um trabalho excepcional! Mesmo assim, vale muito a leitura.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
Maria 28/01/2012minha estante
Não concordo que a introdução seja apenas um narcisismo de detalhes do autor, mas a personificação da cidade. A cidade em si é um dos personagens mais importantes da história e as vidas que ela engloba. Confesso que quando li esse livro pela primeira vez foi de maneira totalmente não linear, selecionando as cenas que mais me agradavam, as histórias que me cativavam mais. Mas é impossível não adorar a obra como um todo e a riqueza de todos os seus personagens sendo o que são, apenas pessoas, vivendo suas vidas.


Ricardo Rocha 21/09/2014minha estante
Vc não concordou praticamente concordando. Uma honra.




2 encontrados | exibindo 1 a 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR