Anotações do "Front" Italiano

Anotações do "Front" Italiano Ferdinando Piske



Resenhas - Anotações do "Front" Italiano


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Tiago 03/01/2022

Ótima leitura.
Ensina o que as escolas hoje não ensinam aos alunos: sobre os atos heróicos destes brasileiros que deram a vida pela libertação da Europa da tirania do nazismo.
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tinaventuri 06/03/2022

No Front
“Lutamos por ti, nova geração brasileira! Lutamos para extirpar deste planeta os totalitarismos, todas as tiranias e todas as ditaduras. Para um mundo melhor, nós lutamos por ti, nova geração do Brasil, do mundo inteiro! Valeu a pena?”

Augusto Sylvio Prodoehl

Perdi as contas de quantos “livros de guerra” li. Instintivamente sempre chamou-me a atenção a complexa epopeia militar.

Nunca saberei se a herança genética de meu avô paterno (ex-combatente da Segunda Guerra Mundial) ou minha própria personalidade levam-me à grande emoção em um desfile cívico militar e a admiração do regimento ao mesmo tempo que qualquer arma me provoca um horror extremo.

No livro “Anotações do FRONT Italiano”, 1984, Ferdinando Piske nos leva junto dele em cada momento, desde a preparação até o retorno e, principalmente, para aqueles dias e noites onde a ânsia absurda pelo poder derramaram sangue, miséria e horror pelo mundo.

Sem meias palavras e sem poupar ninguém, a “viagem” naqueles meses nos faz rir em situações inusitadas e chorar de desespero nos momentos de tensão e atos extremos. É preciso parar para respirar algumas vezes pela intensidade dos detalhes nos relatos simples mas impactantes que mostram além da odisseia, a angústia em permanecer vivo e voltar para casa.

É também um livro de descobertas: uma ética e porque não dizer, “humanidade de guerra” que surpreende o que chamamos hoje de “tempos de paz”. Sim, em certos momentos lá, onde a única alternativa era matar para não morrer, atitudes honrosas surpreendem nosso poluído senso de adversidade.

Em “Os Pracinhas do Vale do Itapocú”, 1997, Piske mostra seu olhar amadurecido pelo tempo e a distância dos horrores, faz uma análise abrangente dos tempos e do mundo nos trazendo dados resumidos e datados resgatando todos os nomes dos que adulteraram sua juventude pela liberdade.

Conforme dados deste segundo livro, o Brasil participou das duas Guerras Mundiais. Na primeira (1914/1918) nossa presença foi simbólica, pois “apenas” foram enviados 100 cirurgiões para a França, porém, em Dacar, no Senegal, a terrível peste vitimou 464 dos 2000 homens da Divisão Naval Brasileira.

Na Segunda Guerra (1939/1945) o Brasil teve participação efetiva e direta, sendo o único país sul-americano a enviar tropas para a Europa. A Força Expedicionária Brasileira contou com efetivo superior a 25.000 homens e combateu ao lado dos aliados contra as forças nazistas e fascistas do Eixo. Foram perdidas 1.899 preciosas vidas entre civis – passageiros dos navios mercantes afundados pelos submarinos do Eixo e militares do Exército, Marinha de Guerra e Força Aérea Brasileira.

Este livro deveria ser distribuído nas escolas da região. Traz resumos precisos além de dados desconhecidos sobre os pracinhas do Vale do Itapocú, também de indica outros livros bastante interessantes sobre o assunto.

Continuamos vendo guerras e disputas torpes para que alguns tenham momentaneamente poder, espaço, supremacia. Tanto já vivemos, tantos já passaram e ainda preferimos produzir armas cada vez mais letais do que matar a fome de todos.

Preferimos a hostilidade que a bondade, em tempos que novamente o fascismo sutilmente vem ganhando adeptos, estes que nem percebem o quanto já estão seduzidos e fortalecendo-o dia após dia.
Não fechemos os olhos para o mal que lentamente se fortalece, até por que, uma Terceira Guerra Mundial, seria a última.

site: https://jardimvalentina.wordpress.com/2021/10/12/no-front/
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