Vânio 06/12/2009FICHAMENTO
1. Identificação Bibliográfica.
BAGNO, Marcos. A Norma Oculta: língua & poder na sociedade brasileira. 7ª ed., São Paulo: Parábola Editorial, 2007.
2. Objeto.
O norma culta, a língua e o poder da mídia na sociedade brasileira.
3. Objetivos.
“[...] a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência da república em 2002 fez ressurgir, sobretudo na mídia impressa, os velhos alarmes apocalípticos sobre a 'ameaça' que representaria para a própria 'sobrevivência' da língua a ascensão ao poder de um falante das variedades lingüísticas tipicamente estigmatizadas pelos ocupantes das camadas sociais de prestígio. Este pequeno livro procura, por meio de um exame sobre as relações entre língua e poder, reagir a essas profecias derrotistas, mostrando por que elas não devem ser levadas a sério por quem tiver um mínimo entendimento d história do Brasil e de sua realidade sociolingüística.” (pp. 11, 12)
4. Metodologia.
5. Fontes.
6. Principais Conceitos.
"[...] o preconceito lingüístico não existe. O que existe, de fato, é um profundo e entranhado preconceito social.” (p. 16). “E isso tudo porque [...] o que está sendo avaliado não é apenas a língua da pessoa, mas sim a própria pessoa, na sua integridade física, individual e social.” (p. 29)
7. Principais Conclusões.
"[..] 'a língua' como uma 'essência' não existe: o que existe são seres humanos que falam línguas. A língua não é uma abstração: [...] ela é tão concreta quanto os mesmos seres humanos de carne e osso que se servem dela e dos quais ela é parte integrante.” (p. 18)
8. Comentário Pessoal.
Marcos Bagno é lingüista, escritor, tradutor, além de Doutor em Filologia e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo (USP). Em seu livro “A Norma Oculta: língua & poder na sociedade brasileira”, Bagno aprofunda o estudo das relações entre língua e poder no Brasil, e evoluindo para a afirmação de que o preconceito lingüístico na sociedade brasileira é, na verdade, um “entranhado preconceito social”. Bagno lança um olhar inquiridor sobre a história da constituição das línguas para desvendar nossa realidade sociolingüística. Seu recurso à história se funde com a pesquisa sociolingüística e a crítica corajosa do rótulo de "erro", aplicado sempre com inquisitorial rigor, mas segundo critérios bem relativos, por aqueles que se consideram a casta letrada, incumbida de defender a pureza estática da língua. Exemplo disso são as reações de expoentes da imprensa nacional ao modo de se expressar do primeiro operário nordestino eleito para a Presidência da República.
9. Palavras-Chave.
Norma Culta – Preconceito Lingüístico – Mídia – Sociolingüística