><'',º> 04/04/2019
“Ele vai voltar, não sei quando, mas vai. Vou esperar.” A voz saiu embargada, o rosto virado tentava despistar. Rejane, a neta de onze anos, não costumava questioná-la. Naquele tempo, criança não inquiria os mais velhos. Ela via o esforço da vó Lóia em poupá-la, em se mostrar alegre mesmo quando estava triste. Percebia que a tristeza da avó produzia uma crosta invisível por todos os cômodos da casa. E sabia, como se sabem os nomes das coisas, que não era para falar.
TRECHO DO LIVRO