Lucas Muzel 29/10/2012Livro com saldo positivoInicialmente, eu li um post muito interessante na web sobre os tais arquétipos masculinos (http://artofmanliness.com/2011/07/31/king-warrior-magician-lover-introduction/), e foi só depois que eu me interessei em ler esse livro.
Nesse último final de semana, eu o li quase que de uma vez só. Á medida que se passam pelos padrões comportamentais, é difícil não identificar alguns conhecidos, ou até mesmo algumas ações que você já viu alguém fazendo, ou até mesmo você próprio já fez.
Há muito tempo que o assunto dos mitos e arquétipos me interessam, e, após algum estudo (na forma do Mago), é simples notar que o estilo patriarcal está em crise na sociedade moderna. Vejam, por exemplo, o sucesso que os anti-heróis fazem, ou até mesmo a definição do que diferencia um adulto de uma criança seja o conceito recente chamado adolescência.
Isso pode levar ao surgimento de pessoas, embora adultas, tenham comportamentos infantis, pouco amadurecidos.
O livro em si continua útil, apesar do tempo em que foi publicado. Ele inclusive tenta ir para o lado da auto-ajuda no fim do livro, com orações new-age, e as tais invocações.
Mas, a parte realmente essencial é o descritivo da psique, tanto da criança quanto do homem. Cada um deles é como o integrante de um barco, cujo comandante deveria ser o tal Ego. Mas, pode ocorrer de algum marujo ter poder maior sobre os outros, chegando inclusive a mudar o caminho previsto do barco. O rei seria o maior responsável pelo mapa, pela orientação, no estilo capitão. O guerreiro seria aquele que manipula, na maioria das vezes, as velas da embarcação, proporcionando iniciativa, para que o barco não fique isolado no mar. O mago seria o engenheiro naval, que conhece bem os oceanos, as marés, os componentes do navio, e manipula a bússola e o astrolábio, auxiliando na orientação. O amante seria o diplomata, conhecedor de diversos idiomas, e que também cuidaria de lidar com as outras "personalidades" do navio, sem contar também com outros barcos e outros locais a serem visitados.