As Bruxas de Salém

As Bruxas de Salém Arthur Miller




Resenhas - As Bruxas de Salém


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Clio0 06/08/2023

A Inquisição e o Congresso.

A peça de Miller, que também já foi um filme de 1996 estrelado por Daniel Day-Lewis e Winona Rider, é uma ótima exposição da Caça as Bruxas ocorrida no século XVII nos EUA, e também durante o Macarthismo no século passado.

Assim como o autor e muitos outros artistas foram intimidados pelo congresso estadunidense para revelar e implicar amigos e colegas que teriam participado de reuniões comunistas, John Proctor e outros personagens na vila de Salem são interrogados e torturados na tentativa de expôr o trabalho do demônio.

É reveladora a forma como Miller relaciona as ditas reuniões com uma brincadeira de jovens, pouco mais que crianças, das meninas dançarinas que mais tarde acusariam dezenas de pessoas de bruxaria. Igualmente devastadoras foram as consequências de ambos os processos, religiosos e políticos.

Os diálogos são ótimos, de cada palavra parece pingar o medo e o despeito que Miller sentiu na época.

A minha edição é simples, sem prefácio ou posfácio. O nível de inglês recomendado para ler a obra é o avançado devido a algumas estruturas e vocabulário mais específico.
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Ingrid.Menezes 25/06/2021

Uma historia real que parece que é mentira
É difícil ler sobre trocidades que já ocorreram ao longo da humanidade, provocada graças a ignorância e a intolerância.
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Andre.28 12/03/2020

A Implacável Caça As Bruxas No Século XVII
Certas produções escritas detêm o poder de serem coisas substancialmente atemporais. As bruxas de Salem é uma peça escrita e publicada em 1953, pelo dramaturgo e escritor Arthur Miller, e que foi adaptada para o cinema e TV em inúmeras oportunidades. Baseado em fatos reais, a peça/livro conta a história do antigo caso das Bruxas de Salem ocorrido nos Estados Unidos, mais precisamente em Massachussets, na primavera de 1692.

A história conta a saga de acusação e bruxaria de um grupo de cinco garotas, que vivia numa cidade do interior rural dos Estados Unidos. Basicamente o enredo gira entorno de um grupo de jovens de 18 anos; Abigail Cheever (líder do grupo), Betty Parris, Suzana Walcott, Rute Putnan, Mercy Lewis (criada dos Putnan), Marry Warren (criada dos Proctor), que acompanhadas de Tituba (escrava que também participa do ocorrido), vão à floresta para fazer um ritual macabro de invocação de espíritos e danças para o “demônio”.

Descobertas pelo ambicioso pai de Betty, o Reverendo Parris, as garotas inventam uma história de que foram possuídas, e viram que naquela pequena comunidade existiam bruxas dispostas a se apossar de seus corpos pela força de um pacto com um “demônio”. Em resumo, com o intuito de se livrar de qualquer culpa ou serem condenadas, elas acusam de bruxaria diferentes pessoas inocentes da pequena cidade de Salem. No enredo, daí em diante começa a verdadeira “caça as bruxas” no povoado.

Essa é uma típica história obtusa e macabra de acusações falsas em uma rede clientelar de justiça, que se envolve nas particulares relações de poder de uma cidade do interior no Antigo Regime colonial inglês. Uma história que articula um discurso que relaciona política e religião, numa cega e frenética onda de perseguições e condenações. Na história, o Reverendo Hale de Berveley é chamado para exorcizar, caçar as bruxas e “impor a justiça divina” com condenações de enforcamento. O enredo segue com Abigail acusando injustamente o fazendeiro John Proctor e a mulher dele, Elizabeth Proctor. Ela os acusa por pura sanha de desejo, vingança e despeito, numa estreita relação de obsessão e ódio.

Esta é uma trama de (in)justiça que também se coloca historicamente como uma analogia ao Macartismo dos anos 50 nos Estados Unidos, movimento que perseguiu de forma indiscriminada pessoas e artistas que foram acusadas de “subversivas” por pura perseguição política e ideológica naquele período. Arthur Miller usa dos dois tempos de perseguição para montar uma peça e remontar uma história épica. Particularmente fiquei impressionado com o didatismo dos conceitos jurídicos e da sanha de perseguição de uma justiça viciada de uma sociedade conservadora fanática do final do século XVII. A justiça que se utiliza da religião para acusar sem provas em meio a um frenesi apologético e irascível de uma justiça cega e conivente com apenas um lado: a acusação. Estratégias de defesa não funcionam num ambiente que está predisposto e premeditado a condenar do que promover um julgamento justo. As relações de poder estão intrinsecamente ligadas às acusações. Alia-se a tudo o fervor religioso alienado e um pensamento cristão deturpado.

Por ser uma peça que mais está voltada a interpretação, eu não tenho muito o quê comentar. A narrativa é bem fluida, sem cortes, apresentando fluxo coerente dos fatos. A peça baseia-se em diálogos curtos e autoexplicativos, limpos e diretos. A parte final não demonstra, em nem nenhum minuto, algum alento para os inocentes e para aqueles que foram acusados pelo grupo de garotas. Nessa história não há clemência para quem “não confessa” os seus pecados.

A narrativa de dissimulação das garotas “bruxas“ de Salem impressiona pela maneira como é conduzido por Miller. Por sinal, Miller tem a sagacidade e a destreza de um grande escritor, manejando a ideia de justiça de um lado para ou outro em questão de minutos. Esse livro é um verdadeiro clássico do gênero de justiça investigativa e de histórias de bruxaria antigas, e principalmente para quem usa e gosta de conceitos jurídicos.
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let.warnette 07/07/2022

li pelo desafio da rory gilmore, já conhecia o título mas nunca tinha procurado sobre.
achei bem interessante, a história é legal e por ser em formato de peça é rápido de ler.
achei bem confuso em alguns pontos, parece que a história começa no meio, não tem nenhum tipo de apresentação dos personagens, mas dá para acompanhar.
sou apaixonada por histórias de bruxaria
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Elaine.Spiteri 04/08/2021

História veridica
Nao imaginava q a historia foi baseado em fatos reais! O q me marcou esse livro foi a intolerância religiosa, ainda continua no mundo ! E outra escritor escreveu esse livro que referia a caça aos comunistas na epoca do Senador McCarthy!
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Nernwie 15/01/2022

As famosas bruxas de Salém
Não vou mentir, o que me convenceu a começar a leitura foi o formato do livro. Eu sempre amei peças teatrais e queria ler algo mais curtinho, enfim, uma leitura de uma noite. Mas me surpreendi muito, porque eu amei a leitura!! Entregou muito mais do que eu esperava.
Ver o jogo de quem engana melhor, quem tem mais credibilidade e cara de pau para mentir e prejudicar o outro? Parafraseando Taylor Swift: ?eles estão queimando todas as bruxas, mesmo que você não seja uma?. Sua única chance de sobreviver é perdendo seu nome.
A história fica ainda mais genial quando você descobre a intenção do autor e vê que o terror do século XVII (XX) foram as terríveis bruxas (comunistas). Ou seja, genial! Agora quero muito ver o filme para complementar a leitura.
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orul82 29/12/2020

as bruxas de salem gira em volta de garotas filhas da puta que vão metendo o louco pra cima de velhos brancos, e pra se safarem de serem acusadas de coisas suspeitas começam a fazer um show pra cima de gente inocente. john proctor e cia carregaram a história.
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May T. 01/08/2023

Faz um tempinho que li e não me lembro muito bem, mas a leitura foi muito boa. Eu li por causa do desafio da Rory Gilmore. Descobri que o autor foi marido da Marilyn Monroe e que foi perseguido pelo governo dos estados unidos suspeito de ser comunista.
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null 21/06/2023

Leitura da noite
A história dessa peça aconteceu nos Estados Unidos, em Massachussets, 1692. E se trata em boa parte de uma história real.
Para livrar a própria pele, as pessoas acusavam outras, trazendo dezenas de pessoas inocentes a um julgamento perturbado onde tudo era indício para envolvimento com "feitiçarias" e como destacado na obra: confissão forçada era a única escolha.
Como sabemos, as pessoas consideradas "bruxas" incluíam todas as professoras, sacerdotistas, ciganas, místicas, coletoras de ervas, parteiras por práticas do uso do conhecimento médico para evitar as dores do parto entre tantas outras (os)... inclusive, uma das mulheres acusadas na obra foi à julgamento por ler livros, outra nada tinha feito apenas foi acusada por alguem que buscava vingança pessoal... Durante anos de "caça as bruxas" a intolerância religiosa queimou na fogueira a quantidade impressionante de (de acordo com estudiosos modernos) +40.000 execuções.

Parte explicativa da obra:
"Há muito que se possa descortinar sobre a natureza humana no belíssimo trabalho
de Miller, mas a par disso é extremamente esclarecedora para quem maneja o Direito, imprescindível para a compreensão das nuances e dos limites de um processo penal.
Uma leitura instigante e perturbadora que denuncia o abandono de princípios tradicionais nas decisões de exceção e a contaminação do julgador pela opinião pública: quando a
autoridade se legitima pelo medo.
É um alerta para os riscos de uma postura abertamente inquisitória (aquela que
confunde juiz com acusador e trata a defesa como uma afronta) e mesmo a
ideia da desproporcionalidade das provas: quanto mais grave a acusação, mais
tênues os indícios exigidos para demonstrá-la.
As Bruxas de Salém nos mostra, enfim, até onde o esvaziamento do sentido de
garantia do processo, pode nos levar, particularmente nos julgamentos movidos
pela repulsa popular."

(Resenha descritiva - sem opiniões)
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selvia.ribeiro 05/02/2016

Inteligente e revoltante
Provavelmente, por já ter visto o filme, este livro não entraria na minha lista de leitura. E devo dizer, ainda bem que esses desafios literários existem, porque eu adorei. Deixo abaixo um pouco sobre o livro para, quem sabe, como eu, vocês também não tomem gosto por ele.

Ao fim da Segunda Guerra e com a polarização política entre comunistas e capitalistas, na chamada Guerra Fria, houve um período conturbado nos EUA que perseguia e condenava qualquer militância comunista, atividades consideradas antiamericanas. Movimento que ganhou muita força com o senador Joseph McCarthy, que, com discursos e leis, qualquer atividade “antiamericana” e tudo que fosse minimamente considerado influenciado pela esquerda era sumariamente punido. Tal período foi chamado de Macartismo, a era da caça às Bruxas. Tal perseguição resultou em diversas listas negras divulgadas levando seus envolvidos à investigação e condenação severa, mesmo que as provas fossem totalmente questionáveis.

O que isso tudo tem a ver com As Bruxas de Salém? Não foi por acaso que Arthur Miller, na época sofrendo as repressões do Macartismo, escreveu The Crucible (As Bruxas de Salém).

Na segunda metade do século XVII, em Salém, a filha e sobrinha do Reverendo começaram a apresentar comportamento estranho, médicos foram consultados e logo outras meninas da cidade começaram a apresentar o mesmo comportamento. Os médicos na época, claro, concluíram, que não poderia ser outra coisa se não o Demônio. Exorcistas foram chamados e acusações de prática de feitiçaria começaram a espalhar pela cidade num clima histérico.
 
Sem todo esse conteúdo histórico a peça já seria sensacional. Durante a leitura é fácil se indignar com os personagens e com o julgamento nada imparcial do juri. Era uma época de declarada intolerância religiosa. Várias pessoas foram acusadas e julgadas. O direito era confundido com religião, a histeria uma bola de neve que levou a mais de 150 pessoas, entre mulheres e homens acusados, condenados e 19 dessas foram executadas. Saber que boa parte da história de Millher é verdadeira deixa a gente ainda mais indignada com os acontecimentos do livro.
 

O livro, em formato de peça teatral, como foi originalmente produzida, começa na casa do Reverendo, onde sua filha aparentemente se encontra em estado catatônico após o pai a flagrar com suas amigas dançando na floresta num ritual de aparente feitiçaria na companhia da escrava da família. A história se espalha e as pessoas começam a falar em possessão demoníaca. Da possessão para a histeria é um pulo e logo Abigail e as outras meninas começam a acusar várias pessoas da cidade.

Pessoalmente eu gostei muito desse livro. Perceber que o autor conseguiu, em uma história curta relatar fatos acontecidos no século XVII, criticar o sistema penal, insinuar um dos primeiros casos conhecidos de histeria coletiva e ainda atacar a situação política na qual ele vivia é sensacional. Provavelmente é um dos livros que eventualmente irei reler.

Arthur Miller também foi o roteirista do filme As Bruxas de Salém (1996), levando inclusive o Oscar de melhor adaptação. O filme conta com a atuação de Winona Ryder, no papel de Abigail Williams e Daniel Day-Lewis, como John Proctor. Não assisti ao filme depois que li o livro e faz muito tempo que não o assisto, mas me lembro de ter gostado bastante.




site: http://selviavanilla.wix.com/entregirassois
Dandara 14/04/2018minha estante
Permita-me fazer uma correção. Arthur Miller não foi o roteirista do filme The Crucible (1996), seu filho Robert A. Miller é que é o produtor deste. Os roteiristas foram Andrey Dunn e Bob Crowley.




Camila Da Rós 21/08/2022

Uau!!
Tinha várias expectativas para esse livro e felizmente elas foram atendidas. Ele é bem curtinho, mas traz uma trama muito boa e profunda. Fiquei o livro inteiro morrendo de curiosidade para ver o que iria acontecer e me divertindo muito com os personagens surtando junto comigo. Foi uma ótima experiência!!
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Júlia Gabriela 14/01/2021

saber que coisas assim realmente aconteceram é muito assombroso. tanta gente foi perseguida e morreu por nada.
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Pedro 31/05/2021

Até onde você iria por causa de seu nome?
"As Bruxas de Salem" é uma peça teatral escrita por Arthur Miller em 1953, baseada nos eventos históricos que levaram à perseguição das bruxas de Salém a partir de fevereiro de 1692, em Massachusetts.

Tive a honra de participar de uma montagem teatral dessa obra como John Proctor em 2017. Hoje, voltar a esse universo, com outro olhar me fez perceber o como essa obra é atemporal e como é importante falar sobre os temas abordados.

A obra foi escrita em 1953, porém os assuntos são tão contemporâneos que chega a impressionar.

Minha nota é baseada na escrita, que no começo causa estranhamento, mas não demora muito para acostumar e mesmo tendo trechos e diálogos que sinto não acrescentar a história, foi um bom passatempo, principalmente para quem estava com ressaca literária.

Num mais eu indico a leitura, mas advirto que não é um livro para se ler antes de dormir.
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Thais645 30/09/2020

Atemporal, ainda que "datado" do período colonial inglês.
Esperava muita coisa do livro, menos uma crítica ao processo penal (especificamente ao sistema acusatório). Surpresa positiva. A leitura causa no leitor diversos sentimentos: da incompreensão à revolta.
Espero assistir a peça um dia.
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