Livro das Mil e Uma Noites

Livro das Mil e Uma Noites Mamede Mustafa Jarouche




Resenhas - Livro das Mil e Uma Noites


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Regis 10/05/2023

Repetição, tédio e alguma satisfação
Sem desmerecer a importância dessa obra para a literatura mundial devo dizer que em vários momentos ela foi bem tediosa. Os contos são muito repetitivos, e quando se está lendo o quarto volume de uma obra cheia de assuntos recorrentes se torna difícil não ficar fatigado. Creio que se não fosse uma leitura coletiva não teria conseguido concluir tão rápido essa série de livros.
Isso posto, gostaria de falar que dois contos desse livro foram exatamente o que eu esperava ler sobre histórias que conhecia desde pequena por suas várias adaptações em livros e outras mídias: Aladim e a Lâmpada Mágica foi uma história de origem diferente de suas adaptações famosas, mas mesmo assim foi uma leitura muito boa; Ali Babá e os Quarenta Ladrões também foi uma boa e curiosa leitura. Essas duas histórias fizeram o livro valer muito a pena. Tem também uma segundo conto sobre a lâmpada mágica que foi interessante: O Alfaiate Alexandrino e a Lâmpada Mágica.

Todos os outros contos foram mais do mesmo com repetições infinitas sobre as artimanhas das mulheres, sobre o governo no sultanato, algumas anedotas e outros contos curtos sobre assuntos de trapaças e traições.
Essa foi uma leitura que apesar de longa e cansativa em alguns trechos, eu gostei de ter conseguido concluir pela curiosidade que eu estava com as histórias de Aladim e Ali Babá.

Recomendo para quem estiver curioso sobre esse clássico
CPF1964 13/05/2023minha estante
Excelente resenha, Regis. Como sempre.


CPF1964 13/05/2023minha estante
Então você recomenda ler somente umas 300 noites ? ???


Regis 13/05/2023minha estante
Obrigada, Cassius! ?
Recomendo ler os volumes com um intervalo maior entre um e outro para não ficar tão massante. ?


CPF1964 13/05/2023minha estante
Entendi, Obrigado.


denis.caldas 14/05/2023minha estante
Boa dica, Regis, como consegui comprar os 5 de uma vez, depois de namorá-los por quase 20 anos, vou fazer isso que você recomendou. Boa semana e obrigado!


Regis 15/05/2023minha estante
Por nada, Denis. Espero que aproveite a leitura. ??


HenryClerval 09/06/2023minha estante
Vou deixar esse clássico no final da fila. Kkkk


Regis 09/06/2023minha estante
Desculpa, Leandro. ??




Luciana 25/12/2020

Clássico dos clássicos
Enfim terminei a saga de leitura das mil e uma noites. Uma obra clássica cujas estórias são contadas até hoje; por meio delas grandes autores aprenderam o verdadeiro dom da contação de estórias e se inspiraram para escrever as suas.
Graças ao trabalho incansável desenvolvido pelo tradutor e por todas as pessoas envolvidas no processo de reunir as estórias, em suas diferentes versões, temos acesso a esse riquíssimo acervo.
Um clássico que precisa ser lido e relido!
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Peter.Molina 23/10/2022

Aladin e Ali Babá
Neste quarto volume temos essas famosas histórias bem conhecidas do público leitor em geral, devido às suas várias adaptações. A versão de Aladin contada difere bastante da que conhecemos com reviravoltas incríveis. E a de Ali Babá, que é colocada em um dos anexos do volume Tb é bastante diversa, salientando aqui a importância da escrava Murjaña em toda a narração. O miolo do livro contém muitas narrações contendo máximas e condutas políticas, muita extensas e repetitivas, que tirou na minha opinião um pouco do brilho, pois estava mais acostumado com as narrativas. Ao final, temos vários anexos que revelam o cuidado do tradutor com essa obra monumental, explicando as várias traduções, fontes e trabalhos utilizados.
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Gabalis 21/12/2021

Uma das jóias da literatura de todos os tempos
Levei um mês, mas finalmente terminei de ler As Mil e Uma Noites. Foi uma jornada muito curiosa e divertida. Esta foi a minha segunda tentativa de lê-lo. A primeira foi há cerca de 10 anos mas não consegui passar das primeiras páginas. Acho que não estava à altura do texto. Desta vez foi e tenho muito o que falar, espero que consiga dar uma ideia geral da coisa toda e como foi proveitoso. A própria história de publicação e difusão do texto é uma aventura à parte . Esta vai ser uma postagem longa, vou tentar não bagunçar muito.

O livro é chamado As Mil e Uma Noites, mas por muito tempo ele teve apenas cerca de 300 noites. Essas histórias "centrais" da Noites estavam circulando aparentemente desde o século oitavo, talvez sejam ainda mais antigas que isso. Com o passar do tempo, o título serviu como uma espécie de profecia auto-realizável,pois as pessoas começaram a desejar que o conteúdo batesse com o título, e então escribas de todo o mundo árabe começaram a inserir histórias de outros livros em uma tentativa de completá-lo. Isso continuou por centenas de anos, cada escriba criando sua própria coleção de Noites. Versões de escribas egípcios têm mais histórias sobre reis e cidades egípcias, por exemplo. Os que estavam em Bagdá geralmente tentavam incluir histórias sobre o califado Abássida e assim por diante. No século 18, o livro chamou a atenção de um estudioso chamado Antoine Galland, que o traduziu de um manuscrito sírio, que são as histórias centrais, originais das Noites, e fez sua própria seleção de manuscritos egípcios. Pegou também alguns contos de um contador de histórias maronita que conheceu em Paris chamado Hanna Diab. Curiosamente, duas das histórias mais famosas que conhecemos, Aladim e Ali Babá e os 40 Ladrões, são de Diab e não são encontradas em nenhum manuscrito. Galland publicou sua versão em 12 volumes de 1704 a 1717 e logo se tornou uma espécie de versão “canônica” da obra. Estou escrevendo aqui apenas uma versão curtíssima da história por trás do texto, na verdade, cada manuscrito tem uma longa e complexa história e uma trilha de papel por trás dele.

Agora, quanto as próprias histórias, como você esperaria de um livro que resulta de séculos de compilações, sem um objetivo específico a não ser tentar obter histórias suficientes para chegar a 1001 noites, a coisa toda é uma belíssima barafunda e as histórias oscilam de qualidade, tamanho, tema e gênero. A primeira coisa que me surpreendeu foi quantas histórias não têm nenhum elemento fantástico. Se você é como eu, a primeira coisa que pensa quando pensa sobre as Mil e Uma Noites são os gênios, ogros e lâmpadas mágicas (apenas uma), espadas mágicas (não há nenhuma!), anéis mágicos (uns poucos) e assim por diante. Foi curioso notar que muitas histórias não tem nada disso. Muitos contos são longos ensaios cômicos. Existem muitas histórias que são simplesmente engraçadas. Também há muitas histórias de sabedoria, com provérbios, piadas curtas e assim por diante.Quanto mais fundo você vai no livro, mais claro fica a costura dos escribas, escolhendo essas histórias onde quer que pudessem encontrar e inseri-las no livro. Não esperando o caos que este livro é, mas de alguma forma funciona a seu favor. Depois de passar pelo ramo Sírio, você nunca sabe o que vai encontrar pelo caminho.

Falando em não saber o que você vai encontrar, vou falar um pouco sobre os heróis das Mil e Uma Noites, porque eles foram o maior obstáculo da minha leitura. Esses homens e mulheres não são, em sua maioria, o tipo de pessoa que você gostaria de ter no seu círculo de amizades. Para ser franco, muitos desses heróis são uns completos desgraçados. Eles não são honestos, não são bons, muitas vezes nem são neutros. Muitos deles são ainda piores do que os antigos heróis gregos, como Hércules. Se você já leu algo sobre Hércules, sabe que o chamamos de herói, não por ser uma boa figura. Na verdade, ele é um assassino e estuprador. Ele é um herói porque é um semideus capaz de grandes feitos. Já alguém como o Super-Homem é um herói porque é capaz de grandes feitos, mas também é uma figura cristã. A figura elevada e abnegada de Cristo. O personagem principal na maioria dos contos das Noites são horríveis. Digamos apenas que sua bússola moral os levaria a acabar na prisão hoje em dia.

Esses personagens têm a tendência de serem extremamente cruéis com seus servos. Eles matam, repreendem, mutilam e estupram e não pensam muito no assunto. Para ilustrar isso, recordo o que é um típico príncipe das Noites, acho que seu nome é Sayf, Barzad ou outra coisa (aliás, digo logo que vai ser comum esquecer os nomes dessa gente toda, há centenas de personagens e os nomes são todos complicados e pouco mencionado. São ditos uma vez e no resto da história eles são chamados por profissão ou posto. O príncipe, o comerciante, o porteiro e assim por diante.) De qualquer forma, este personagem, príncipe típico dessas narrativas, fica muito bêbado uma noite, observa uma escrava passando e decide fazer sexo com ela. Ela tenta fugir, mas aquele a domina e quando ela se recusa, ele estupra e acidentalmente a mata. Quando ele vê o sangue jorrar, a sobriedade volta um pouco e percebe que aquela serva é na verdade a concubina favorita do sultão, seu pai. Quando o príncipe percebe isso, foge do palácio e se esconde no deserto, numa caverna, lamentando o destino que Deus lhe deu. Ele arrepende-se, mas não porque matou uma pessoa de forma cruel, não porque ele é um estuprador sem escrúpulos. Não, ele lamenta porque matou uma das favoritas do sultão e agora está fugindo.

Isso não é incomum. Frequentemente, você verá os protagonistas desses contos mostrando o pior que a humanidade tem a oferecer e, muitas vezes, eles conseguem alcançar finais felizes. Acho isso fascinante e é apenas a ponta do iceberg. O comportamento e a moralidade de muitos desses personagens realmente me desafiaram num nível pessoal. Podia sentir minha mente tentando colocá-los em categorias pré-fabricadas de heróis ou qualquer coisa similar, mas eles se recusaram a ser classificados de acordo com esses padrões da fantasia moderna. Não digo que esses personagens sejam anti-heróis ou mesmo vilões. Eles não são as pessoas charmosas e, em última instância, redimíveis que você vê hoje em dia na fantasia. Refletindo sobre isso, apenas li sem mais nenhuma pretensão, e a leitura se tornou ainda mais fascinante. Você nunca sabe o que esses desgraçados e loucos vão fazer. São como adolescentes selvagens e cruéis.Sabe quando você lê Tolkien e clones de Tolkien e já sabe exatamente o que um personagem será? Eles são claros para você porque você e o escritor compartilham os mesmos padrões de moralidade na maioria das vezes. Você sabe como um anti-herói reage, você sabe como um herói reage. Você sabe tudo sobre o vilão antes mesmo dele estar lá.

Você provavelmente conhece o conselho do velho sábio antes que ele o diga. Não nas Noites. O velho pode aconselhar o comerciante a enganar o vizir, o vizir pode aconselhar o sultão a jogar o homem inocente no poço para evitar que sua honra seja manchada. Eles são rudes, cruéis e fascinantes. Um sujeito age de maneira heróica e corajosa num primeiro momento, mas quando percebe que a maré se volta contra ele, se joga no chão e chora como uma criança, batendo em seu peito com grande tristeza. É diferente do que você está acostumado. Consegue imaginar Aragorn arrancando os cabelos e chorando como uma criança na frente dos portões de Mordor? Este é o tipo de coisa que acontece nas Noites. Muitas vezes esses personagens se encontram em grandes aventuras, eventos lendários pelos quais só heróis seriam capazes de suportar, mas aqui o protagonista é só uma pessoa comum que está ali por acidente ou destino. Muitas vezes os personagens principais são vítimas de forças além de seu controle. É um mundo fatalista e por isso os personagens mesmos são extremamente fatalistas.

Frequentemente, você os ouvirá dizer “Não há poderio nem força senão em Deus altíssimo e poderoso”, o que é algo que você diz quando as coisas estão além do seu controle. Os povos das Noites se encontrarão em tais situações o tempo todo. Muitas vezes eles são salvos por acidente, coincidência ou sorte, Os eventos que ocorrem nas Noites realmente expressam toda a força da predeterminação e do fatalismo. Se você já leu Lovecraft, provavelmente tem alguma ideia do que estou falando. Em Lovecraft, a humanidade nada mais é do que uma coisa pequena e sem esperança em um universo muito terrível, antigo e misterioso. Nas noites você tem uma compreensão muito mais profunda disso. Nas noites, o universo tem um plano e esse plano vai contra todas as criaturas. Os homens não tem poder sobre nada. Você é impotente contra o ladrão que o mata. O ladrão é impotente contra o soldado mameluco, que o mata durante o sono. O mameluco é impotente contra o sultão que lhe corta a cabeça. O Sultão é impotente contra o Anjo da Morte, que vem e leva todos os seus herdeiros masculinos e a si mesmo. Eles são todos arrastados pelas mãos do destino e não há nada que eles possam fazer a não ser chorar e chorar muito. Existe uma quantidade extraordinária de lágrimas neste livro. Atrevo-me a dizer que é um horror muito mais eficaz do que o de Lovecraft, que parece ingênuo por comparação. Lovecraft é uma coisa imediata, você olha para a abominação e enlouquece. Nas noites, a abominação devora você lentamente e faz você assistir enquanto ela apodrece lentamente tudo o que você ama. Não é de se admirar que os personagens continuem se jogando à mercê de Deus o tempo todo.

Enfim, o medo é uma presença constante. Os momentos de medo superam em muito os momentos de coragem, compreensivelmente. Este é outro aspecto muito interessante de várias dessas histórias. O mundo está além do seu controle, o mundo e os homens e demônios são cruéis, é muito raro que as figuras povoando as Noites andem sem medo de alguma coisa. Não há defesa contra o destino. Várias histórias você vê homens tentando evitar um acontecimento apenas para ver como seus esforços são insignificantes. É em vão. Um rei é informado por geomantes que sua filha será sua perdição. Ele constrói um palácio para ela bem longe, no meio do deserto. O destino acontece e ela realmente é sua perdição. Outro rei é informado pelos profetas que seu filho vai morrer ainda jovem pelas mãos de um homem de tal e tal reino. Tentando evitar esse fado, ele constrói um cofre subterrâneo no meio de uma ilha abandonada e esquecida. Mesmo assim, o filho acaba morrendo pelas mãos daquele tal homem de tal reino. E o fulano nem queria matá-lo, foi apenas um acidente. Acidente escrito há muito tempo como destino. O destino e a sorte favorecem os bravos em muitas histórias no ocidente. Porém nas noites não é incomum que o destino acabe por não favorecer pessoa alguma. Mesmo quando a história acaba com um final feliz, o narrador não tarda em nos avisar sobre a morte. ''E assim viveram todos, usufruindo da hospitalidade do rei, até que lhes adveio o destruidor dos prazeres e a morte os atingiu a todos.''

O mundo é um lugar mágico e seus mistérios o colocam além do seu controle. Você cospe uma semente, ela atinge e mata o filho de um poderoso gênio, que quer vingança. Três velhos que passam encantam o gênio com contos estranhos e ele acaba por lhe perdoar. É quase uma lógica de conto de fadas, mas não exatamente. Acontece que sua morte ou salvação depende do destino e a você só resta torcer para que esse ainda não seja o seu dia. Nem mesmo os próprios demônios estão além do fado. Muitas vezes eles são vítimas dessas forças da mesma maneira que são os humanos.

Para cada aspecto que mencionei aqui, haverá histórias que vão contra isso. Existem personagens heróicos que resolvem situações, existem homens e mulheres que se apegam à sua coragem e prevalecem contra todas as coisas, etc. Como eu disse, são muitas histórias. Aliás devo mencionar rapidamente uma ou duas coisas sobre isso. A quantidade de histórias e o quão mal organizadas elas são. Você provavelmente sabe que as Noites estão todas dentro de uma narrativa moldura. Esse é o personagem que todo mundo conhece. Sheherazade, a filha do sábio vizir, que todas as noites conta uma história espantosa ao marido, o rei Shahryar. Até aí tudo bem, mas ela não é a única contando as histórias. Frequentemente, ela está contando a história de um comerciante que está contando uma história para outra pessoa. Essa linha de narrador narrando o que outro narrador narra facilmente embaraça.Às vezes, Scheherazade está contando a história de um comerciante contando a história de um rei contando a história de um carregador, contando uma história sobre suas aventuras no mar. Você vai se perder em algum momento e é uma sensação estranha afundar em todos aqueles contadores de histórias e seus contos. É um alívio quase físico quando você consegue chegar do outro lado.

O processo de atravessar as Mil e Uma Noites é longo e labiríntico. Um dos motivos por que estou escrevendo essa postagem é porque no final de julho desse ano saiu o último volume da tradução direta do árabe pelo estudioso Mamede Mustafá Jarouche. Embora ele tenha ganhado vários prêmios por conta dos seus esforços, eu acredito que não tenha sido o suficiente. Na minha opinião esse é um dos maiores eventos literários da história moderna da língua portuguesa e poder ler essa tradução, que aliás tem várias histórias inéditas que nunca foram traduzidas em nenhuma outra língua, é uma das jóias que recebem aqueles que sabem ler português. Os cinco volumes somados têm cerca de 2500 páginas de histórias.

Às vezes você ficará entediado, às vezes vai perceber que está lendo uma história que tem os mesmos tipos de uma história que você já leu 800 páginas atrás, de qualquer modo, são excelentes e interessantes 2500 páginas. Existe uma despretensão nessas histórias que as tornam extremamente cativantes e os seres fantásticos, as tramóias, as lágrimas e ofadário que empurra o mundo faz com que esses volumes sejam uma espécie de mina de jóias da novelística. Você nunca sabe o que vai te chamar a atenção ou que tipo de evento vai testemunhar. Se você estiver cogitando em ler alguma fantasia clone do Tolkien de trocentas páginas, tente As Mil e Uma Noites no lugar. Acho que vale a pena.
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Lucas1429 30/04/2023

O melhor fica pro final
Venho lendo os livros desde janeiro, envolto num sofrimento porque os livros são muito repetitivos e com contos muito ruins, embora há de se entender seu contexto.

Contudo, este último volume me surpreendeu com boas histórias e também com ensinamentos mais legais, fechando com um bom volume uma série que foi bem tediosa de se terminar.

Se todos os livros fossem no âmbito do quarto, acredito que teria aproveitado melhor essa leitura. Todavia, não desmerece sua importância para a literatura mundial.
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Amanda Aires 24/02/2017

Uma obra incomparável
Esta extraordinária edição do Livro das Mil e Uma Noites, conseguiu me prender do primeiro ao último volume. Mamede Mustafa Jarouche foi um exímio tradutor, não só no trabalho do ato da tradução como nas explicações culturais em rodapés laterais que nos fazem entender e apreciar a riqueza e a diferença da cultura árabe para a nossa. As estórias são absolutamente maravilhosas, escritas por mãos de mestres de contos e traduzidas por um gênio. Absolutamente perfeito. Uma obra de arte da literatura mundial.
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Ricardo1z 29/03/2016

Clássicos da literatura
Certamente o mais interessante da coleção. É muito bom ler textos como esses: brutos. Esse tipo de texto te leva a fazer pesquisas em muitas outras fontes. Você consegue pegar um pouco da cultura árabe, do jeito árabe, e costumes da época. Um texto riquíssimo, há palavrões e cenas de sexo, o que torna o texto ainda mais humano. Pra quem só conhece o Alladin desenho da Disney, vale a pena conhecer personagens mais humanos e sair um pouco fora desse negócio de "final feliz".
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Luiza.Thereza 18/04/2017

As Mil e Uma Noites
O quarto e ultimo domo de As Mil e Uma noites reuniu textos de oito fontes diferentes para completar a quantidade de noites do título, oferecendo um exemplo da pluralidade de fontes e da diversidade de vozes e tons que a voz de Sahrazad pode assumir.

Os eixos das histórias oferecidas continuam mais ou menos os mesmos dos oferecidos nos outros domos: ascensão social, manutenção do poder e domesticação do sexo feminino (apenas lembrando que grande parte das narrações são ambientadas nos primeiros séculos da história humana conhecida e em uma região dominada pelo forte patriarcado). O que chama atenção nestas histórias é a capacidade humana de se alternar entre a piedade extrema e a mais implacável perversidade.

Entre as histórias, destaco a de Alauddin e a Lâmpada Mágica, que ocupa 214 noites ao todo e que nos mostra uma versão bem diferente da que estamos acostumados a associar a esta história (Disney e sua capacidade de adaptação hahahaha).

Também destaco a série Conselho a Reis, que ocupam as noites entre 740 e 775. São 35 noites (quase o dobre em numero de páginas acho) em que as histórias vão para o segundo plano e se destacam conselhos para a boa governanças. Aqui se incluem desde máximas e sentenças propriamente ditas até pequenas fábulas que objetivam ensinar ao rei como reinar com justiça. Destaco essa parte por jamais ter lido algo tão chato em toda a minha vida. Quinze minutos de leitura me faziam precisar de duas horas ou mais de descanso e ainda assim não conseguia voltar à leitura. Acabou que acabei pulando mais de vinte páginas dessa parte e tive a ressaca literária mais perversa de que consigo me lembrar.

As histórias melhoraram depois, mas o dano causado por Conselho a Reis foi grande o bastante para me manter longe deste livro por quase dois meses. Terminei as histórias dando graças ao céus por não correr mais o risco de ter que passar por mais noites como aquelas.

Ler As Mil e Uma Noites foi praticamente um objetivo de vida cumprido. hahahahahaah

site: http://www.oslivrosdebela.com/2017/04/as-mil-e-uma-noites-livro04.html
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jedsonic 18/05/2020

O 4° volume fecha com chave de ouro as histórias das mil e uma noites com a versão original das histórias de Aladim e Ali Babá. Nas palavras do escritor Alberto Mussa, a tradução ?tem o mérito de recuperar todo o sabor do original, livrá-lo de todas as censuras, restituir sua sabedoria, sua licenciosidade e, principalmente, o seu bom-humor?.
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Gabez 03/01/2024

Primeiro eu devo começar dizendo isso: Que trabalho magnífico o Jarouche fez nesses 4 volumes! A tradução, os adendos e a preocupação em não apenas jogar as histórias e sim explicar suas origens principalmente nos casos de Aladim e Ali Babá... simplesmente maravilhoso esse trabalho!

Agora a história desse volume: apesar de terem as histórias que mais gostei dos 4 volumes como Aladim, Ali Babá (e sua outra versão), o alfaiate alexandrino e a lâmpada mágica e a conclusão da história da própria ?ahraz?d esse volume foi o mais demorado para eu terminar de ler e por isso sinto que não farei uma resenha tão boa quanto deveria de seu conteúdo, então eu só posso afirmar que essa coleção é necessária para todos que tem interesse nas mil e uma noites ou apenas gostaria de ler algumas diferentes do que estamos acostumados!
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