Mariana Dal Chico 03/01/2019“O Eleito” de Thomas Mann foi publicado originalmente em 1951 e é o primeiro livro do autor que leio.
Minha edição é da Coleção Thomas Mann lançada pela @companhiadasletras , em capa dura, com tradução de Claudia Dornbusch e posfácio de Walnice Nogueira Galvão.
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A escrita do autor é polida, mas incrivelmente envolvente e confesso que eu estava preparada para uma leitura mais laboriosa. Outra boa surpresa é seu senso de humor, na medida certa, com alguns momentos de ironia bem posicionadas.
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O protagonista foi concebido em pecado e após sobreviver ao abandono em situação perigosa, é criado na ignorância de suas origens e quando adulto, comete pecado parecido do qual é fruto.
Quem nos conta a história de Gregorius é Clemens, a personificação do espírito da narrativa. O tempo em que se passa a obra é incerto, mas podemos perceber pelo pano de fundo, que se trata de uma época feudal em um espaço europeu.
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Incesto, guerras em nome do amor, política, religião e relacionamentos familiares são alguns dos temas abordados.
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O catolicismo está no centro da história, os pecados cometidos são assim classificados de acordo com os ensinamentos da igreja que também vão servir de base para redenção dos personagens ao final de suas histórias.
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Alguns momentos em que achei a situação um pouco forçada, o autor anteviu meus pensamentos e o espírito narrativo interferiu para justificar e esclarecer de forma convincente algumas pontas que estavam soltas, para em seguida continuar a história.
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Gostei muito da leitura, foi uma ótima escolha para conhecer Thomas Mann.
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