Canções seguido de Sapato florido e A rua dos cataventos

Canções seguido de Sapato florido e A rua dos cataventos Mario Quintana




Resenhas - Canções, sapato florido e a rua dos cataventos


9 encontrados | exibindo 1 a 9


Nub 18/05/2023

5/5 ??
A poesia do Mario Quintana é sensacional! ele escreve com uma leveza que, em determinado momento, já se sentimos parte de seus versos ???
Mateus.Adriel 19/05/2023minha estante
????




Alê | @alexandrejjr 20/10/2021

Os olhos não mentem

Eu gosto de pensar que a alegria de um poeta como Mario Quintana acontecia quando ele imaginava o exato momento em que os olhos - e não a boca - de seus leitores davam um sorriso. Porque deve ser nesse ínfimo instante de tempo que a poesia faz duas almas tão distantes se conectarem. Afinal, diz a sabedoria popular que os olhos não mentem.

Este livro é uma reunião dos primeiros trabalhos de Mario Quintana. Na primeira parte, “Canções”, segundo livro de poemas do autor escrito em 1946, os leitores já se deparam com os quintanares tão particulares do bom velhinho que hoje vive suspenso na memória. Aproveito para destacar alguns versos de poemas como “Canção de junto do berço” (Não te movas, dorme, dorme/O teu soninho tranquilo./Não te movas (diz-lhe a Noite)/Que inda está cantando um grilo…), “Canção do dia de sempre” (Nada jamais continua,/Tudo vai recomeçar!/E sem nenhuma lembrança/Das outras vezes perdidas,/Atiro a rosa do sonho/Nas tuas mãos distraídas…) e “Canção para uma valsa lenta” (Minha vida não foi um romance…/Nunca tive até hoje um segredo./Se me amas, não digas, que morro/De surpresa… de encanto… de medo…) que acalentam e abraçam os leitores. Aqui, a simplicidade de cada verso é espantosa, assim como sua profundidade.

Na segunda parte, podemos conhecer a outra famosa faceta do poeta alegretense, que via nas coisas mais banais o extraordinário. Em “Sapato florido”, de 1948, temos minicontos, aforismos e poeminhas. Aliás, esse é o meu segmento preferido desta edição da Companhia das Letras. É nele que encontramos joias raras como “Epígrafe” (As únicas coisas eternas são as nuvens…), “Da paginação”, “Horror”, “Arte de fumar” e “Os máscaras” - esses vão ficar sem reprodução aqui porque possuem mais de duas linhas, infelizmente, mas valem a procura no Google -, “Crise” (Por causa dos ilusionistas é que hoje em dia muita gente acredita que poesia é truque…), “Carreto” (Amar é mudar a alma de casa.), “Envelhecer” (Antes, todos os caminhos iam./Agora todos os caminhos vêm./A casa é acolhedora, os livros poucos./E eu mesmo preparo o chá para os fantasmas.), “Da humilde verdade” (O quotidiano é o incógnito do mistério.), “Mentira?” (A mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer.) e por aí vai. É muita genialidade para pouca resenha, sejamos sinceros.

Em uma distribuição sem explicação, o último segmento traz o primeiro livro publicado por Mario Quintana. “A rua dos cataventos”, de 1940, é composto exclusivamente de sonetos. E que sonetos! Considero a última parte desta edição uma das opções mais incríveis e acessíveis para apresentar aos não iniciados em matéria de poesia a beleza e a musicalidade do “poeta das coisas simples”. Ah, é também um bom momento para pessoas que como eu são, em raras ocasiões, atores frustrados ou exímios recitadores de boteco aquecerem o gogó e lerem os sonetos em voz alta.

Na base de uma união equilibrada entre reflexão, poesia e lirismo que sempre surpreendem, “Canções seguido de Sapato florido e A rua dos cataventos” é poesia em seu mais alto nível em língua portuguesa. É também uma viagem para recuperar o que temos de melhor em cada um de nós. Uma leitura não basta. Muito menos uma releitura. É preciso espalhar essa preciosidade em forma de livro e eu espero que já tenha feito a minha singela contribuição.
Gabi Gomes 21/10/2021minha estante
Nossa, que resenha linda


Bruna 21/10/2021minha estante
Caramba! Quando eu crescer quero ser igual a ti. Que texto lindo. Adoro Quintana e fiquei com vontade ler esse!!! Vou até colocar na minha listinha infinita da Amazon. ?


Isadora1232 21/10/2021minha estante
Linda resenha, Alê!


Roberta 21/10/2021minha estante
Obrigada pela resenha ?


Alê | @alexandrejjr 21/10/2021minha estante
Gabriela, Bruna, Isadora e Roberta: é sempre um prazer dividir minhas divagações por aqui e ter um retorno desses. Eu que agradeço a vocês! ?


palomalm14 21/10/2021minha estante
Amei a resenha! Com certeza, você já fez a sua contribuição. Fiquei muito instigada e já coloquei na minha lista!


Vitoria 22/10/2021minha estante
A sua resenha é tão bem escrita que uma só leitura também não basta :)


Alê | @alexandrejjr 22/10/2021minha estante
Ana, eu não sei nem como agradecer esse comentário. Por isso, vou no simples: obrigado pela leitura!


JurúMontalvao 24/10/2021minha estante
?




Vanessa 26/06/2020

Adorei a leitura!! Apesar de não ter curtido alguns pontos, a leitura como um todo foi bem agradável e deixou um quentinho no coração! Recomendo
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Fellipe Caravana 30/05/2020

Quintana é sensacional.
Não quero me alongar na análise. Só quero deixar meu agradecimento ao Quintana por tamanha obra. Não me canso de ler e reler esse livro.
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Olgashion 23/02/2020

Uma coletânea de alguns trabalhos do escritor Mario Quintana com alguns poemas parecendo ser do mesmo arco.
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Danton 06/06/2019

livro lindo, livro maravilhoso
mario quintana foi um mestre vigoroso!
Sun's daughter 06/06/2019minha estante
Você tem "apontamentos de história sobrenatural" ? Eu tenho, já li e queria trocar rs


Danton 07/06/2019minha estante
não D: estou lendo tudo via pdf hahahha




LaraF 07/03/2014

Dos poemas ritmados, das historias com final inusitado, dos sonetos tao bonitos,das frases engraçadas..gostei de tudo..prinipalmente, do olhar singular do poeta sobre a vida - ou a morte!!
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Cyssah 09/02/2014

O SOM DAS PALAVRAS
VIAGEM PELO BRASIL EM 54 LIVROS

09/54

Este livro contém as três primeiras obras poéticas do gaúcho Mário Quintana.

A Rua dos Cataventos de 1940
Canções - Porto Alegre de 1946
Sapato Florido de 1948

As poesias de A Rua dos Cataventos me pareceram bastante melancólicas, falam muito de morte.

Canções me encantou pelo ritmo, enquanto lia era como se cantasse!

Sapato Florido tem poesias em forma de contos bastante engraçados.

Este foi o primeiro livro de poemas que li. Uma das coisas que mais me impressionou foi saber que o autor nem sequer tinha terminado o Ensino Médio e ainda sim foi um dos mais importantes da Literatura Brasileira.
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Léia Viana 13/02/2013

"As únicas coisas eternas são as nuvens..."
Sou fã de Quintana desde muito pequena, quando assistia pela TV algumas reportagens com pedaços de poemas seus, ficava encantada. Naquela época não tinha condição alguma da minha mãe adquirir um livro dele para mim, mas sempre que possível, eu tentava escrever no caderno alguns pedaços das poesias que o repórter narrava na entrevista, que sempre ficavam incompletos.

De lá para cá, sempre que posso tento ler algo dele, gosto muito do seu estilo literário, acho que Quintana foi um poeta feliz, que não tinha medo de fazer poesia sobre qualquer coisa.

“E nada vibrou...
Não se ouviu nada...
Nada...

Mas o cristal nunca mais deu o mesmo som.

Cala, amigo...
Cuidado, amiga...
Uma palavra só
Pode tudo perder para sempre...

E é tão puro o silêncio agora!” (Canção de vidro)

Este livro, em especial, reúne os três primeiros livros dele: “Canções”; “Sapato Florido” e “A Rua dos Cataventos”, os títulos dos livros são despretensiosos e muito criativos, tem a “cara” do poeta e de sua poesia. Gostei do livro inteiro, especialmente das canções: “Canções de domingo” – justo eu que não tolero os domingos -; “Canção dos romances perdidos”; e dos poemas: “Os máscaras”; “Da cor”; I; V e XVI.

Leitura recomendada!
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