A Questão da Palestina

A Questão da Palestina Edward W. Said




Resenhas - A Questão da Palestina


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Thiago 08/12/2013

Said dá uma aula
Said dá uma aula sobre o tema, ainda que parcial por estar emocionalmente envolvido no conflito, ele refuta as argumentações toscas e cinicas do Sionismo, ainda que um livro datado, por ter sido escrito no começo dos anos 80, muita coisa ainda segue atual, ele explora bem a linha que coloca o sionismo como um filhote do Colonialismo europeu. Mostra de forma primorosa como a liderança israelense é racista e não aceitará os arabes de igual para igual, além é claro, do papel escroto dos EUA nesse conflito.

Leitura mais do que indicada para quem se interessa pelo tema.
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Ariel.SimAes 19/10/2021

Outra visão para o Oriente Médio
Acredito que uma das principais dificuldades de se criticar as atitudes de Israel seja a de não atrair para si o rótulo de antisemita. Esse livro consegue escapar disso.
De uma maneira muito inteligente, o livro não é focado em críticas à Israel e sim nas experiências, vivências e visões do povo palestino.
Acho extremamente importante o paralelo que o autor faz entre o sionismo e o imperialismo e o colonialismo, mostrando como os sionistas viam a palestina como terra desocupada e como sistematicamente negaram a própria existência de seus habitantes nativos.
Para mim, uma das coisas mais interessantes desse livro foi a demonstração de que o apoio à criação do estado israelense conseguiu apoio dos europeus da época muito por causa do próprio preconceito contra os orientais e a ideia da superioridade da civilização ocidental.
Em suma, acredito ser um livro necessário para escaparmos das informações com viés exclusivamente ocidental que chegam até nós.
almeidalewis 19/10/2021minha estante
Muito boa sua elucidação???? Ariel.Simoes,obg por compartilhar ?




fabio.ribas.7 15/03/2021

A questão da Palestina
?Escrever criticamente sobre o sionismo na Palestina nunca significou, e não significa agora, ser antissemita; ao contrário, a luta pelos direitos palestinos e pela autodeterminação não significa apoiar a família real saudita ou as estruturas de Estado antiquadas e opressivas da maioria das nações árabes? ? Edward Said, em A questão da Palestina

Aproximei-me de Said cheio de ?entretantos? e ?poréns?, por conta de um livro que estou lendo e o criticava em sua abordagem quanto ao tema do ?Orientalismo?. O livro que o critica, dizendo até mesmo que ele inflou e forçou argumentos que não se comprovam na história, foi o ótimo ?Por amor ao saber?, de Robert Irwin. Portanto, quando me foi sugerido ?A questão da Palestina?, eu fiquei muito reticente em começar a leitura. Todavia, foi uma grata surpresa poder ler um Palestino escrevendo sobre a Palestina. Ler ?o outro lado da história?, encarar seus argumentos, sua paixão, sua tristeza e sua condição de pária aos olhos do mundo. Um pária intelectual. Enfim, o livro é sensacional e obriga o leitor a se abrir a um tema delicadíssimo: a situação tanto dos palestinos que foram expulsos como os que ficaram, quando da criação do Estado de Israel. Não há como negar que os argumentos que favorecem a Israel estão aí todos expostos em livros, filmes, novelas, etc. Por outro lado, quantos ?A lista de Schindler? conhecemos sobre a causa Palestina?

A luta de Said é por voz ? a voz de milhares de Palestinos silenciados pela imposição do sionismo sobre eles. Logo no início, o autor nos apresenta a razão pela qual devemos dar o ?mínimo? de atenção à causa: ??parto do princípio moral de que os seres humanos, individual e seletivamente, possuem direitos fundamentais, sendo a autodeterminação um deles. Quero dizer com isso que nenhum ser humano deveria ser ameaçado de ?transferência? de sua casa ou de sua terra; nenhum ser humano deveria ser discriminado por não pertencer a esta ou àquela religião; nenhum ser humano deveria ser destituído de sua pátria, de sua identidade nacional ou de sua cultura, seja qual for o motivo? (p. LV). Em outro ponto, ouvimos a indagação: ?O que Israel, o que os Estados Unidos e o que os árabes vão fazer com os Palestinos??. O sionismo não é mais uma questão limitada ao povo de Israel, uma vez que atingiu os outros povos que viviam naquela região. O apelo, portanto, é que o primeiro passo seja dado e o primeiro passo é tentar compreender o que realmente aconteceu na região da Palestina.
Uma resolução da ONU, em 1975, tratou o sionismo como racismo, você sabia? Eu não.

A maioria de nós cresceu depois ou à parte de uma compreensão mais profunda disso tudo: a mesma lei que trouxe os judeus de volta à Palestina expulsou de lá as famílias árabes da região. Outro ponto que considerei importante é que a criação de um Estado judeu sobre judeus e não judeus criou uma situação delicadíssima ao segundo grupo. Assim, os poucos que ficaram foram sendo tolhidos de seus direitos e negligenciados de quaisquer benefícios recebidos pelo judeu. Para Said, o sionismo não deve ser restrito a um racismo, mas a uma ideologia que tentou extinguir os palestinos daquela terra ? era quase um milhão de árabes residindo ali em 1948! Um Estado judeu tem sido parcial no tratamento oferecido aos não judeus ? esta é uma das muitas denúncias de Said. Contudo, estamos falando de um livro escrito entre 1977 e 1978, e publicado em 1979. Assim, estamos mais de 40 anos distantes do recorte analisado pelo autor de ?A questão da Palestina?. Ainda assim, suas descrições entre o que a mídia noticia e o que aconteceu de fato é surpreendentemente semelhante à manipulação que vemos no Brasil de hoje. Quando uma ideologia assalta os meios de comunicação e estes passam a servir de veículo aos interesses de corporações e Estados, então compreendemos como é assustador que, em meio a toda a realidade que sabemos, o slogan pró-sionista divulgado aos quatro cantos era: ?Uma terra sem povo para um povo sem terra?! Como assim?!

Após a [Segunda] Guerra, ocorreu a questão judaica, tida como a única insolúvel, na verdade, estava resolvida ? ou seja, por meio de um território colonizado e, então, conquistado ? , mas isso não solucionava o problema das minorias nem dos sem pátria. Pelo contrário, como praticamente todos os outros acontecimentos de nosso século, a solução da questão judaica apenas gerou uma nova categoria de refugiados, os árabes, elevando desse modo o número de sem pátria para mais de 700 mil a 800 mil pessoas?, Hannah Arendt, em ?As origens do totalitarismo?.

A Introdução e o primeiro capítulo são uma avalanche de argumentos dos quais o leitor não poderá passar impunemente. Todavia, é quando o crítico literário Said começa a analisar o livro Daniel Deronda, expondo a ideologia que o sustenta que, particularmente, vi-me fisgado pela maneira dele se expressar. Um livro heroico em meio a um mundo de opinião avessa ao Edward Said. Não há dúvida. Enquanto lia ?A questão da Palestina?, fiquei com aquela vontade de ler algo mais recente tratando desses mesmos temas, desde a publicação do livro de Said até os dias de hoje. No fim de tudo e por tudo ser tão espinhoso e difícil de enfrentar, Said conclui: ?Duas coisas são certas: os judeus de Israel permanecerão; os palestinos também?.
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Antonio 18/12/2021

Obra de referência sobre a Palestina
É um livro denso, com dados, referências e análises acadêmicas que procuram resgatar a origem do conflito e compreendê-lo sob vários aspectos e nuances. É uma leitura densa e rica em referências, que remete a inúmeros outros livros e textos. Apesar de ter sido produzido no final dos anos 70, mas atualizado nos anos 90, ainda possui atualidade, graças à precisão e profundidade da abordagem e análise.
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Romeu Felix 24/02/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
O livro “A Questão da Palestina” de Edward W. Said, é uma análise sobre o conflito entre palestinos e israelenses, e apresenta uma visão crítica sobre a questão da Palestina, desde a ocupação israelense até os dias atuais.

O autor aborda temas como a história e a cultura palestinas, o surgimento do movimento sionista, o desenvolvimento do Estado de Israel, as guerras travadas na região e a resistência palestina. Além disso, o autor discute o papel da mídia, dos Estados Unidos e da Europa, na perpetuação do conflito.

Said, que é de origem palestina e se tornou um renomado crítico literário, apresenta uma visão pessoal e contundente sobre o assunto, baseada em sua vivência e experiência. Ele defende a ideia de que os palestinos têm o direito à autodeterminação e a um Estado próprio, mas critica a estratégia adotada pelos líderes palestinos e a forma como os governos ocidentais lidam com a questão.

O livro é dividido em duas partes: a primeira trata da história da Palestina até o final da década de 1940, e a segunda apresenta uma análise do conflito a partir de 1948 até o início do século XXI.

Ficha técnica:

“A Questão da Palestina” é uma obra de Edward W. Said, publicada originalmente em 1979 e reeditada em 2012 pela Editora Unesp. A obra tem 304 páginas e está disponível em português. Said foi um intelectual palestino-estadunidense, professor de literatura inglesa e crítico literário de renome. Ele faleceu em 2003.

O livro é resultado de uma extensa pesquisa sobre a questão palestina, combinada com a vivência pessoal do autor. Ele apresenta uma análise crítica e abrangente do conflito, abordando desde a história e a cultura palestinas até as guerras travadas na região e a resistência palestina. A obra também discute o papel da mídia e dos governos ocidentais na perpetuação do conflito.

Said foi um dos primeiros intelectuais a analisar a questão palestina sob uma perspectiva crítica, o que o tornou uma referência no assunto. Sua obra é considerada fundamental para entender o conflito e suas raízes históricas e culturais.

Destaque:

Um dos destaques da obra é a análise crítica que Edward W. Said faz do papel da mídia e dos governos ocidentais na questão palestina. O autor defende que a mídia, em grande parte controlada pelos interesses políticos e econômicos de Israel e dos Estados Unidos, tem perpetuado uma visão distorcida do conflito, o que dificulta uma solução justa e duradoura. Além disso, ele critica a postura dos governos ocidentais, que tendem a apoiar Israel de forma incondicional, em detrimento dos direitos dos palestinos.
"A Questão da Palestina" de Edward W. Said é uma obra fundamental para aqueles que desejam entender a história e as raízes do conflito entre israelenses e palestinos. O livro apresenta um panorama histórico e político da região, mostrando como o colonialismo europeu e o sionismo judaico contribuíram para a criação do Estado de Israel e a consequente expulsão e opressão dos palestinos. Said também discute a importância da mídia na criação de uma imagem distorcida dos palestinos, e como a narrativa israelense de autodefesa e segurança tem sido utilizada para justificar a ocupação e violação dos direitos humanos dos palestinos.

Ao longo da obra, o autor apresenta um forte engajamento político, mas também faz uma análise cuidadosa e crítica dos discursos e argumentos de ambos os lados do conflito. Said defende a necessidade de se alcançar uma solução justa e duradoura para a questão palestina, baseada no respeito aos direitos humanos e na coexistência pacífica entre israelenses e palestinos.

Em resumo, "A Questão da Palestina" é uma obra essencial para quem busca uma compreensão mais profunda e crítica do conflito no Oriente Médio. Said traz uma análise rigorosa, embasada em fontes históricas e políticas, e ao mesmo tempo pessoal e engajada. Seu legado é a defesa dos direitos humanos e da justiça em uma região onde a violência e a opressão ainda são realidade cotidiana.
Por: Romeu Felix Menin Junior.
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Mel 22/06/2021

Um ótimo livro sobre o assunto da Palestina. Ele expõe o problema sem tentar reduzi-lo a uma questão simples, reconhecendo todas as suas complicações.

Eu só não sei se é o melhor livro para uma primeira leitura do tema. Eu recomendaria que a pessoa já tivesse uma familiaridade maior com a história da Palestina antes de ler este livro.
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Juliana1369 26/03/2024

Indispensável e brilhante !
Altamente necessário e recomendável.
Uma aula completa. Entrando profundamente na raiz da situação Palestina até o lançamento do livro.
Cada página vale muito a pena.
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Halley 16/09/2020

É um livro que inicia de uma forma muito clara. Said em alguns momentos me extraiu uma emoção muito particular de identificação e portanto, de sofrimento. O livro vai se adensando conforme entra em mais especificidades políticas mas a discussão precisa ser profunda e o livro nunca chega no inacessível.
Eu diria que é um livro base sobre o que o sionismo faz com a Palestina.
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Murilo Gomes 26/01/2024

Obra mais que necessária
O livro de Edward Said é fundamental para entender de fato o drama do povo palestino sem o viés ocidental, que de forma torpe, máscara, minimiza ou distroce as atrocidades do estado de Israel, durante todos esses anos, desde 1948. A questão palestina, mais do que nunca, é fundamental para todos que foram e são enganados diariamente pela mídia, governos e entidades do/ou financiadas pelo liberalismo ocidental. O sionismo e o liberalismo são duas ideologias que apodrece o homem e o desumaniza.
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Lucca 13/03/2024

Uma obra necessária a ser lida
Desde que me entendo por gente sempre ouvi falar sobre a Palestina
Tendo a concepção de que Israel era o país oprimido enquanto os palestino eram os vilões (mídia imperialista-ocidental usam os seus tentáculos silenciosos)
E admito que até hoje eu sempre tive dificuldade de compreender essa questão
Por isso busquei ler este livro
Considerado um dos mais marcantes para entender do assunto
E realmente este livro se faz necessário
Said é extremamente didático sobre como a Palestina se tornou um povo sem estado
Usurpado por uma lógica capitalista e imperialista
Como que um povo inteiro teve seu teve a sua vida completamente arrasada por causa de interesses
Este livro traz uma análise crítica sobre a questão da Palestina tão em voga atualmente
Desde dos princípios até as consequências
Didático e repleto de embasamento
Recomendo este livro para todos que querem entender melhor como roubaram um território de um povo
Como destruíram uma nação
Como condenaram um povo am
Recomendo de verdade
E por fim
PALESTINA LIVRE
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