Aninha 22/07/2012
2 de março de 1810: Hoje, eu me apaixonei...
Aos dez anos de idade, Miranda Cheever não dava sinais de que fosse se transformar numa bela mulher. E mesmo com tão pouca idade, ela a prendeu a não alimentar expectativas de encontrar um grande amor… até aquela tarde em que Nigel Bevelstoke, o charmoso e atraente visconde Turner, beijou sua mão e disse que um dia ela cresceria e seria uma jovem linda e cativante, tanto quanto era simpática e inteligente. E foi nesse dia que Miranda soube que amaria aquele homem para sempre…
Miranda Cheever poderia até não ser considerada uma bela garota, mas sua inteligência era uma qualidade e tanto! Sendo a melhor amiga de Olivia Bevelstoke e passando parte de seu tempo com ela, já era de se esperar que acabasse se apaixonando por um dos irmãos Bevelstoke. A primeira coisa que pensei lendo o começo do romance foi: “ela é só uma criança de dez anos, essa paixão pelo irmão mais velho da amiga é besteira”. Afinal, eu estava errada... O livro mostra que Miranda cresceu e o amor por Nigel Bevelstoke – ou Turner, como preferia ser chamado – não se perdeu com o tempo.
Com quase vinte anos, a inteligência e simpatia de Miranda ainda é seu traço mais forte. Ela é realmente uma personagem encantadora! Admirei-a ainda mais quando diz para Olivia que quer comprar um livro que está na vitrine. Olívia diz que já leram aquele livro e Miranda explica que não importa, ela quer o livro pra ela. É claro que qualquer amante da leitura entende o desejo de Miranda. Ter o livro em suas mãos, sentir o cheirinho dele, guardar em sua estante... Nada se compara!
O fato é que Turner – depois de se casar, perder sua mulher, sofrer tanto e amadurecer – se tornou um homem indecifrável. Ora parecia sentir ciúme de Miranda e desejá-la, ora tratava-a apenas como a amiga de sua irmã mais nova. E isso dá um ar tão... misterioso. Além disso, ainda tem Winston Bevelstoke, irmão gêmeo de Olivia, que se mostra muito interessado em Miranda. O mais racional seria esquecer essa louca paixão por Turner e correr para os braços de Winston. Mas quem disse que o amor é racional mesmo?
Como é a minha primeira resenha no blog, acabei escolhendo um daqueles romances lindos, que qualquer garota sonha em viver. Eu adorei o livro porque me fez imaginar cada cena como se eu fosse a protagonista, e aí que a gente percebe o quanto o livro é bom. Quando ele faz você esquecer tudo ao redor, ficar rindo à toa e, muitas vezes, passar vergonha em público por causa disso, merece cinco estrelas!
Sou fã de Julia Quinn e ela me surpreendeu mais uma vez! Quem lê sente exatamente toda aquela paixão, aquela urgência do beijo entre os dois, da raiva que Miranda sente quando Turner a renega, do sentimento que um tem pelo outro. E apesar disso estar evidente, Turner ainda insiste em negar e estragar tudo na maioria das vezes, fazendo com que Miranda quase desista do amor entre eles, fazendo com que o leitor queira entrar na história e falar umas verdades na cara do rapaz. Mas não é preciso, pois amor... é amor.