A Pele de Onagro

A Pele de Onagro Honoré de Balzac




Resenhas - A Pele de Onagro


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Vitor 15/06/2023

O retrato da sociedade
Genial! Você começa a ler pensando ser um simples livro sobre um rapaz que encontra um misterioso amuleto e se depara com uma crítica primorosa a sociedade francesa do século XIX que ainda é possivel relacionar com a sociedade atual. Balzac faz duras críticas a burguesia e sua forma de ver o mundo. Fedora representa a burguesia no geral, uma pessoa fria que só vê o capital e nunca o coração. Uma obra primorosa do grande Honoré de Balzac!
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Procyon 11/02/2024

A Pele de Onagro ? comentário
?Para os doentes, o mundo começa na cabeceira e termina aos pés do leito.? (p. 264)

A Pele de Onagro é um dos primeiros livros escritos por Honoré de Balzac, um dos pioneiros do realismo literário na França. Nesta espécie de romance filosófico, o autor fala de suas obsessões de escritor, como a expectativa de sucesso literário na metrópole, a fortuna e o amor de uma dama da nobreza à custa da inocência, além de introduzir uma série de personagens que se eternizariam noutras obras e prefigura o realismo fantástico do século XX. Balzac emprega um estilo objetivo, marcado por uma fina ironia e crítica sociopolítica ? notadamente os ataques diretos à imprensa da época ?, evidenciando as circunstâncias corruptíveis do homem e atenuando o tema do dinheiro na existência humana que viria a extenuar sua vasta e brilhante obra. Embora existam alguns problemas no que tangem aos esteriótipos em relação principalmente a mulheres, mas ainda é um livro que merece atenção por esse trágico retrato da ruína numa narrativa que parece desde cedo imbuída de sonho, como uma ilusão.

Gosto como, na página 57, na tradução em português, a mensagem incrustada no talismã representa uma espécie de funil, que vai diminuindo tal como a vida do detentor da pele de onagro e que lhe confere poderes mágicos. Livro cruel como quase qualquer livro de Balzac. Como a sociedade, como a vida.

?Mas a consciência da morte próxima devolveu por um momento ao jovem a segurança de uma duquesa que tem dois amantes, e ele entrou na loja de curiosidades como um ar desembaraçado, deixando ver nos lábios o sorriso fixo como o de um bêbado. Não estava ele embriagado da vida, ou talvez da morte?? (p. 40)
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