Edson 13/03/2023
Que trilogia!
Trilogia perfeita! Não é à toa que é inspiração para a criação de Star Wars. Inicio essa resenha dizendo que é um livro que dá preferência para os ótimos diálogos, não é tão descritivo e tem poucos trechos em terceira pessoa. Pra quem gosta de bons diálogos é sensacional.
Além dos três livros da trilogia principal, que foram os três inicialmente publicados, atualmente há mais 4 que compõem a obra, que são Prelúdio à Fundação, Origens da Fundação, Limites da Fundação e Fundação e terra. Os dois primeiros são prequels e os dois últimos são sequências. Porém, o próprio Asimov afirmou que para que o leitor domine o universo de fundação, deve ler 15 livros (alguns que fazem menção à Fundação e outros que falam diretamente sobre ela), são eles:
01 — Eu, robô (1982)
02 — As Cavernas de Aço (1954)
03 — The Naked Sun (1957)
04 — The Robots of Dawn (1983)
05 — Robots and Empire (1985)
06 — The Currents os Space (1952)
07 — The Stars, Like Dust (1951)
08 — Pebble in the Sky (1950)
09 — Prelúdio à Fundação (1988)
10 — Origens da Fundação (1993)
11 — Fundação (1951)
12 — Fundação e Império (1952)
13 — Segunda Fundação (1953)
14 — Limites da Fundação (1982)
15 — Fundação e Terra (1983)
Os personagens são excelentes e vão passando conforme a trama vai avançando, tendo em vista que a cada arco temporal, os personagens anteriores viram apenas memórias e história. Com isso, você se sente parte integrante da história, como se toda vez que alguém menciona o que se passou, você estivesse vivido aqueles momentos.
A história (da trilogia) baseia-se inicialmente no domínio do Império Galáctico sobre todos os mundos habitados na galáxia. Porém, uma crise é prevista por um cientista chamado Hari Seldon, que levara a ciência da psicohistória ao seu completo desenvolvimento. A psicohistória passa a ser considerada, a partir de Seldon como a ciência do comportamento humano reduzida a equações matemáticas. Seldon diz que "Enquanto indivíduo, o homem permanece imprevisível, mas as massas podem ser tratadas estatisticamente".
Seldon prevê o declínio do império e, ainda, que a Galáxia iria atravessar um período de trinta mil anos de miséria antes que se estabelecesse novamente um governo unificado. O remédio para isso era a criação de duas colônias científicas, a que chamou de "Fundações", sendo a primeira instalada num extremo da Galáxia e a segunda no outro, sendo que esta não possuía localização conhecida.
O plano de Seldon, conhecido por toda a Galáxia, através de sua ciência superior, fez com que a Fundação conquistasse os planetas bárbaros que a cercavam, enfrentasse os Condestáveis e os derrotassem, enfrentasse o que restava do Império e os vencessem, até encontrar algo que fugia de sua ciência que calculava estatisticamente as massas, e que não podia ser previsto por sua individualidade, um mutante chamado Mulo, que possuía o poder de controlar emoções humanas.
O Mulo convertia seus inimigos em asseclas convictos e com isso vencia os combates muitas vezes sem batalhas. Porém, a segunda fundação continuava em algum lugar e se fazia um perigo para o domínio do mutante, que fez de tudo para encontrá-la e subjugá-la.
Ainda não li todos os livros que explicam pormenorizadamente o universo da Fundação, porém a trilogia é um ótimo caminho para começar a familiarização. Está repleta de intrigas, política, batalhas e principalmente de ciência.
É uma obra-prima e não à toa venceu, em 1966, o prêmio Hugo de melhor série de ficção científica e fantasia de todos os tempos, superando concorrentes de peso como O Senhor dos Anéis.