iza 18/01/2018
O livro reportagem Dias de Inferno na Síria, do jornalista e autor Klester Cavalcanti, é emocionante e surpreendente, pois conta sua tragetória de quando decidiu ir a Síria cobri a guerra, até seu retorno ao Brasil. São relatos minuciosos e segredos de cada momento angustiante e de tortura que viveu nas mãos do exército Sírio. O livro recebeu o prêmio Jabuti em 2013.
O jornalista brasileiro Klester Cavalcanti decidiu cobri a guerra na Síria em 2012, para isso precisava conseguir o visto do governo sírio para entrar legalmente no país. Com esse objetivo em mente organizou a documentação e entrou em contato com a embaixada síria no Brasil, localizada em São Paulo e solicitou o visto, mas teve que aguardar por alguns meses, nesse período de espera, passou por sua mente entrar ilegalmente no país e nesse momento já entrara em contato com um militar do Exército Livre da Síria que explicou-lhe os riscos que correria caso fizesse isso e também os procedimentos para entrar sem ser pego pelo exército do Governo Bashar al-Assad. Ele estudou a geografia da guerra para saber a localização de tudo e identificar cada local no país.
Klester conseguiu o visto e embarcou para Síria, mas ao chegar lá não foi a embaixada brasileira em Damasco e resolveu ir sozinho para Homs, a cidade onde os confrontos de guerra eram constantes e assustador. Pois seu objetivo era filmar, fotografar e registrar tudo de perto sem a interferência de nenhum soldado do governo. Foram horas de angustia para conseguir chegar na cidade desejada, aconteceram vários imprevistos que não estavam em seus planos. Porém, sua força de vontade e persistência não o deixou desisti em nenhum momento.
O livro está dividido em 14 capítulos, entre eles a temática "Entre Tiros e Explosões, capítulo 6. Nesse momento Klester estava na cidade Homs, passando pelos piores momentos de sua vida e em sua mente já estava contendo pensamentos negativos, porque não conseguia controlar tanto as preocupações e dor, por estar em uma situação totalmente fora de controle.
Os soldados não sabiam falar inglês e isso dificultou a vida do jornalista por não ter como dialogar e explicar sua legalidade no país. Os poucos que falavam não tinham domínio e pouco compreendiam suas palavras. A cada hora que se passava naquele ambiente hostil era torturante e angustiante, por não saber o que estava acontecendo lá fora e se sobreviveria ou não.
Mesmo com sua documentação legal e com o visto sírio, o jornalista não teve como evitar tantos tormentos e ao ser levado para a Penitenciária como um preso qualquer, seus equipamentos e visto ficaram em poder do exército, o que fazia pensar que seria executado sem deixar pistas, já que as forças do governo poderiam matá-lo e alegar que havia entrado ilegalmente no país, principalmente sabendo que dois dias antes de sua ida para aquele local, dois jornalistas haviam sido assassinados sem maiores esclarecimentos.
Klester Cavalcanti conseguiu descobri muitos fatos isolados pela mídia e registrar várias imagens sem que fosse descoberto. Quais foram seus registros? O livro trás várias imagens feitas por Klester. Como ele conseguiu fazer essas imagens sem ser visto?
O jornalista pensava a todo momento que seria executado sem deixar pistas, pela forma em que tudo ocorria em Homs. O que houve com ele durante os dias que passou preso em Homs?
Klester Cavalcanti sofreu que tipo de tortura? Como ele foi libertado?
Leia o livro e descubra todos os relatos do jornalista, desde sua ida a Síria em maio de 2012, até seu retorno ao Brasil e conheça cada detalhe dos acontecimentos e se emocione com essa história real, de força e persistência.
Nota: 5