Dias de Inferno na Síria

Dias de Inferno na Síria Klester Cavalcanti




Resenhas - Dias de Inferno na Síria


33 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


Danilo 10/08/2023

Uma obrigação para todo jornalista
Eu adoro o Klester. É uma das minhas grandes inspirações como jornalista e digo tranquilamente, que este livro deveria ser uma obrigação para qualquer um que pensa em se formar em jornalismo. Klester consegue passar com a escrita as sensações que ele sentiu, seu medo, angústia, incerteza e ainda assim mostrar sua veia jornalística, disposto a morrer pela sua profissão. Simplesmente fantástico.
comentários(0)comente



Leticia 01/08/2021

Triste realidade
Em um relato chocante Klester conta sua experiência na Síria em busca de mostrar a verdadeira realidade dos moradores de Homs no epicentro dos conflitos entre os militares e os rebeldes, onde acaba sendo preso e passa por momentos desesperadores. Apesar de todo o caos da guerra, um dos meus pontos favoritos no livro foi poder conhecer um pouco mais das vítimas que perderam tudo e acabaram na mesma cela que o jornalista. A escrita é super fluída e me deixou intrigada do começo ao fim. Queria saber como estão essas pessoas hoje em dia depois de todos esses anos.
comentários(0)comente



mariaf.skumagai 24/08/2020

Toda guerra é difícil
É muito doloroso o sofrimento que o autor passou. Há inúmeros livros sobre a guerra na Síria, mas cada um percebe e sente de uma forma diferente. O relato realizado por um brasileiro nos dá um ponto de vista mais familiar.
comentários(0)comente



Luciana Sabbag 03/12/2012

Ódio e amor, juntos, na guerra
Confesso que, apesar de amar os textos de Klester Cavalcanti, eu não esperava muito deste livro. Como sempre, o autor não me decepcionou. Texto limpo, detalhado, fluido... Desconsiderando o horror da história, o livro é gostoso de ler. Tanto que terminei as quase 300 páginas em apenas duas noites. Essa é daquelas obras que você começa a ler e não quer parar enquanto não termina.
Comovente, sensível, "Dias de Inferno na Síria" apresenta o pior e o melhor lados de um ser humano: da crueldade de assassinos do exército à amizade e o carinho de inocentes vítimas.
Apesar de ter vivido uma experiência terrível ao se tornar um prisioneiro de guerra sem ter feito absolutamente nada para tal, Klester pode sentir na pele o valor do amor puro, que está acima de todas as diferenças culturais. Essa é a verdadeira igualdade entre os homens.
Ótimo livro, profundo e bem escrito. Recomendo.
comentários(0)comente



Rosalba Moreira 03/07/2020

O livro traz o relato do Jornalista Klester Cavalcanti sobre os dias em que passou na Síria, em meio a guerra civil que assola o país até hoje (2020).

Ele foi para lá em 2012, um ano após iniciarem os conflitos, no intuito de produzir uma reportagem especial sobre a situação de guerra enfrentada pelo povo sírio. Mas, ao chegar no país, tudo saiu dos eixos e ele passou por "maus bocados", como se diz. Foi um verdadeiro inferno, como o próprio título sugere.

A maneira como o autor escreve permite uma leitura fluida, mesmo tratando de tanta violência e sofrimento. Há momentos de dor e momentos de emoção também, pois a história nos fala ainda sobre amizade, respeito, solidariedade e empatia, sentimentos que ele descobriu com os companheiros de cela, na prisão.

É um livro forte e real. Indico muito sua leitura.
comentários(0)comente



Victória Silva 12/08/2022

Impossível não se envolver
Klester é daqueles jornalistas que dão o sangue pela pauta. Que respiram o jornalismo. Que não desistem.

Na teoria, é lindo.

Na prática, é difícil ler seu relato e não perguntar ?mas por que?? e, certas vezes, se irritar. Achá-lo inconsequente e egoista. Dito isso, toda a teimosia rendeu uma visão de um novo ângulo da guerra. O livro é delicado, comovente e emocionante. Um retrato de como a guerra é cruel de um modo que, talvez, a gente nem imaginasse.

Não é sobre morte na guerra. É sobre a luta para viver, apesar da guerra.

O que as pessoas são capazes?

Em guerra, a cadeia está cheia de criminosos ou sobreviventes?

Klester mostra que quando há olhar, o jornalismo acontece em qualquer lugar. Mesmo quando querem impedi-lo.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



danton k 24/02/2013

Sempre desconfiei da expressão "forças leais ao ditador fulano de tal", que é recorrente na cobertura de conflitos no Oriente Médio. Um dos méritos do Klester neste livro foi contar sem ranços a história dos homens que estão dos dois lados do conflito. Ao mostrar o lado humano também das forças do governo sírio, a obra mostra que quem está ali são homens comuns, que não necessariamente apoiam al-Assad. E que a guerra não é uma questão de lealdade.
comentários(0)comente



Alex 09/05/2014

Comprei o livro com um certo aborrecimento (era o único que abordava o conflito), pois, ao folheá-lo, vi que iria encontrar em suas páginas um retrato em preto e branco do conflito: um ditador malvado que reprime um povo em busca de liberdade e democracia. Enquanto que na verdade a Síria é uma colcha de retalhos étnica: drusos, alauítas, critãos, curdos, xíitas, sunitas, dividem espaço (importante lembrar que grande parte da população apóia Al-Assad, que foi eleito em 2007 por meio de referendo para um mandato de sete anos); e que não se trata de uma guerra entre "tropas fiéis a Al-Assad" x Exército Livre da Síria (ELS). Só oposição síria está segmentada em mais de mil facções, cada uma com interesses próprios, e, nesta data (9/5/2014), o ELS praticamente se tornou irrelevante na guerra, com grupos jihadistas poderosos, como a Al Nusra e o EIIL, sendo os protagonistas.

Mas acabou que o autor não se preocupou em retratar os meandros diplomáticos e políticos do conflito (sobre aspectos geopolíticos do conflito, recomendaria o livro "A Segunda Guerra Fria" do brasileiro Luiz Moniz Bandeira, ou sites especializados, como o Asia Times Online), mas buscou demonstrar o sofrimento de cada pessoa com a qual se deparou, esteja em qualquer um dos lados. Cada um tinha uma história a compartilhar: a perda do emprego com o qual sustentava a família; a perda de familiares (pela morte ou pela opção política); alistamento obrigatórios... Portanto, o livro não pretende ser uma reportagem de política internacional com reportagem em campo, mas um relato da experiência pessoal do autor durante a semana que passou na Síria. E o consegue. Klester desenvolve uma narrativa objetiva, empolgante, e envolvente, que nos faz também querer saber sempre o que está por vir (embora já saibamos que o autor e seus registros encontram-se são e salvos, ou do contrário não teríamos o livro).

Talvez pela riqueza de detalhes, em que descreve com precisão sons, ambientes, pessoas, gostos e cheiros, além de uma narrativa extremamente bem estruturada e linear, podemos sentir um pouco de sua angústica em cada expectativa frustrada, em cada interrogatório... Mas também sentimos um pouco de sua felicidade ao descobrir, no inferno, o amor, a devoção, e a solidariedade de desconhecidos para com desconhecidos. Quando terminei o livro pude sentir um alívio sincero e agradeci a Deus por viver livre em um país como o Brasil.

Como foi escrito ainda durante o conflito, capítulos decisivos da guerra ficaram de fora, como a guerra interna entre os rebeldes; o ataque químico há poucos metros de onde inspetores da ONU estavam hospedados (que muitos relatam ter sido uma falsa bandeira para provocar a intervenção dos EUA, que, à véspera de ocorrer, foi impedida pela diplomacia russa) e a conquista de cidades importantes pelo governo (enquanto lia o livro, os últimos rebeldes deixavam o centro de Homs, sitiado há quase dois anos). Terminamos o livro na esperança de que um dia possamos ler um posfácio tratando sobre a reconstrução do país e o reencontro de Klester com Amman, Walid e Adnan.
comentários(0)comente



van.cazarotto 26/12/2020

Um jornalista disposto a tudo pela reportagem
Confesso que tinha uma expectativa diferente do livro. Eu espera um livro bem mais pesado. Não que não seja. É que, embora ele descreva cenas detalhadamente, não se trata de um livro que tenha me feito parar para respirar a fim de conseguir terminar a leitura, sabe? O que não tem a ver com gostar ou não do livro. Tem a ver com a expectativa que eu não ajustei corretamente. Aliás, tem algumas coisas maravilhosas no livro. Além da escrita fluída de Klester, sua postura de jornalista é intrigante, admirável e para poucos. Perceber seu desejo e necessidade de contar a história velada de uma guerra, mesmo sabendo que isso poderia lhe custar a vida, é algo fora do comum. Ver seu desprendimento em prol da reportagem me fez pensar bastante sobre a profissão jornalista
comentários(0)comente



Jhonata 05/10/2016

Espetacular!
Criei uma expectativa absurda ao pegar esse livro, e não me arrependi. O autor descreveu detalhes precisos, e, por isso, cativou tanto os seus leitores.
Livro recomendadíssimo para quem gosta de uma boa dose de suspense; um suspense da vida real.
comentários(0)comente



Roberta 31/08/2013

Um relato do inferno
Existem certos livros que nos transportam para outras dimensões, para outros países ou nos põe na pele de um outro ser. "Dias de Inferno na Síria", obra do jornalista Klester Cavalcanti, provocou este exato sentimento em mim. De repente me vi numa cela, em uma cidade considerada parte do epicentro da guerra civil síria. Por vezes, a narrativa de Klester apertava o meu coração e até cheguei a ponderar se não tratava-se de um romance fictício sobre o drama vivido naquele país, pois os personagens daquele relato de Klester foram sendo apresentados de uma forma extremamente rica e densa, fruto da curiosidade jornalística do mesmo. Foi muito difícil não me emocionar, me levando a pensar em todas a vidas por trás daquelas vítimas da guerra. Um relato emocionante e infortmativo sobre a verdadeira face de uma guerra que não nasceu do próprio povo sírio, e sim de um ditador escondido atrás da reeprensão da voz de um povo. Este livro se mostra indispensável para aqueles que querem ter uma noção deste problema internacional e entender a realidade da guerra, já que o autor a vivenciou em sua própria pela.
comentários(0)comente



Pato Donald 03/04/2014

Em maio de 2012 o jornalista Klester Cavalcanti saiu de São Paulo rumo à Síria, para registrar os problemas gerados pela guerra entre grupos do governo Bashar al-Assad e grupos de oposição, sua intenção era entrar na cidade de Homs, a mais afetada pela guerra.
O livro começa durante sua viagem e as várias tentativas de chegar à cidade, onde, devido ao caos da guerra, ninguém queria entrar e todos o alertavam quanto aos perigos. Mesmo sabendo dos riscos ele insistiu e conseguiu chegar em Homs, tão logo chegou foi preso, sem nenhuma explicação ou motivo, ameaçado de morte e tortura e jogado em uma cela com outros prisioneiros "políticos" mesmo tendo todos os documentos legais para entrada e trabalho no país.
A partir de então passou a relatar seu dia a dia junto aos companheiros de cela, suas histórias, rotinas na prisão e a amizade que se desenvolveu entre eles.
O livro acabou sendo mais uma biografia do tempo em que o autor ficou preso na Síria, do que um trabalho jornalístico, como era a intenção, tornando a leitura um pouco cansativa nos capítulos que ele dedica à rotina de cela e a angustia em sair daquele lugar.
O mais interessante são os relatos que ele colheu de cidadãos sírios durante esse período, histórias de algumas pessoas que cruzaram seu caminho nesses 10 dias, infelizmente histórias não tão felizes...
Resenha do blog:

site: http://dicasdeboaleitura.blogspot.com.br/2013/07/dias-de-inferno-na-siria.html
comentários(0)comente



Rafa 02/08/2014

Inferno vem de berço
Preso durante a guerra civil,o escrito e jornalista Klester Cavalcanti relata tudo o que passou durante a guerra na Síria.

A "missão" de Klester era chegar à cidade de Homs, onde a guerra estava a todo vapor. Avisado acerca do risco de ir até o local e dos perigos eminentes, ele manteve firme seu propósito e encontrou uma maneira de chegar à tão temida cidade.
Após a chegada á cidade de Homs, o jornalista foi detido em uma barreira militar e acabou sendo preso


Sem falar uma palavra em árabe e o povo local sem falar uma palavra em inglês não pode tomar conhecimento das razões pelas quais havia sido preso, ele enfrentou dias difíceis e que lhe pareciam intermináveis,foi torturado e em uma das torturas teve seu rosto queimado com um cigarro na qual estava sendo obrigado a assinar um tempo em árabe onde prontamente se recusou.

Um relato bem interessante onde o autor nos faz sentir na pele o que ele passou,conseguindo nos mostrar que mesmo a guerra não sendo muito abordada no Brasil a situação estava grave. Nos trás um pouco de conhecimento da cultura árabe,os rituais,culinária.. que atrás de toda essa guerra existiam pessoas de bom coração.

Momentos marcantes do livro. "Tive certeza de que seria assassinado ali. Fechei os olhos, entreguei a alma a Deus e continuei descendo, com a cabeça abaixada e tateando com os pés no chão. Senti medo. Muito medo. Mas era um medo tranqüilo, resignado. Não havia nada que eu pudesse fazer. Aceitei a morte. (p. 110) "

"A palhaçada do cabeça raspada levou todos na cela a sorrir. Exceto eu. Para eles, aquela vida já parecia normal, aceitável. Havia uma rotina nos dias dos meus parceiros de prisão. E lavar o chão toda manhã fazia parte dela. Eu jamais iria aceitar aquela vida desgraçada. Melhor morrer. Vendo Ammar usar um rodo para tirar a água da cela, empurrando-a para o corredor da nossa ala, voltei a imaginar o que um homem aparentemente bom e sensato como ele poderia ter feito para estar naquela situação. (p. 154) "

Boa leitura!
comentários(0)comente



Jhonata 03/11/2014

Impossível não se comover!
É realmente impossível não se comover com todo o sofrimento que Klester viveu. Confesso que no fim do livro, nas ultimas palavras, me emocionei, pois ele conseguiu extrair o melhor de todas aquelas coisas ruins que lhe haviam acontecido. Guardou e guardará para sempre consigo verdadeiras amizades que fez em meio a dor e o sofrimento de se estar preso sem saber o porquê e sem saber o que lhe aconteceria.
comentários(0)comente



33 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR