1Q84

1Q84 Haruki Murakami




Resenhas - 1Q84


318 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Lucas 19/07/2022

amomame lenda
tengo lêndea

ansioso pra ler as próximas partes pq sinto que agora o bicho vai pegar demais !!!!

murakami vc eh foda mesmo sendo meio problemático em algumas coisas que escreve
Felipeeematos 04/01/2024minha estante
Eu curti muito os capítulos do Tengo também hahah, mesmo ele sendo travadão e tudo mais. Esse primeiro livro é espetacular




gleicepcouto 26/01/2013

Quando a técnica encontra a sensibilidade
http://murmuriospessoais.com/?p=5723

***

1Q84 (Alfaguara) é o primeiro livro de uma trilogia do escritor e tradutor japonês Haruki Murakami. Escreveu o seu primeiro romance – Hear the Wind Swing – em 1979, livro ainda não traduzido para português, mas seria em 1987, com Norwegian Wood, que o seu nome se tornaria famoso no Japão. Outras obras lançadas no Brasil: Do que eu falo quando eu falo de corrida, Após o anoitecer, Minha Querida Sputnik, Kafka à beira-mar, Dance Dance Dance e Caçando Carneiros.

Aomame, uma mulher que esconde a profissão de assassina, em uma tarde no início de abril, está parada em um táxi, em meio ao trânsito de uma via expressa de Tóquio. Temendo não chegar a tempo de resolver uma pendência, ela se vê diante de uma opção inusitada proposta pelo motorista: descer do veículo e seguir por uma escada de emergência em plena avenida. Apesar do aviso do taxista, que diz que as coisas à volta dela se tornarão estranhas, Aomame segue a sugestão inicial. Após descer a escada e seguir seu caminho, ela repara aos poucos que certos aspectos da realidade se tornaram diferentes. Em paralelo à essa trama, o professor de matemática e aspirante a escritor Tengo se envolve em um misterioso projeto de refazer um romance fantasioso e enigmático escrito por uma jovem de 17 anos. Mas, para isso, deve conhecer antes a autora, a estranha Fukaeri. À medida que as histórias vão se alternando, Aomame continua a perceber diferenças sutis na realidade. Ela se dá conta que, ao descer a escada de emergência da via expressa, passou de alguma forma a habitar um mundo discretamente distinto – que batiza de 1Q84. Já Tengo, aos poucos, passa a reparar em estranhas semelhanças entre a ficção fantasiosa de Fukaeri e a realidade, além de perceber que parece correr algum tipo de perigo quando se vê envolvido com uma misteriosa seita. (Fonte: Sinopse oficial do livro.)

"Muitas vezes ela se perguntava o que significava conquistar a liberdade, e se isso não seria o mesmo que escapar habilmente de uma jaula e cair numa outra maior ainda."

A narrativa de Murakami é técnica, mas também deliciosa. É muito clara e simples, mas não de um modo depreciativo. É apenas uma atitude evidente de quem sabe o que quer dizer e como dizer. Mas isso não significa que perde seu caráter lírico. A expressão de emoções é encontrada em cada parágrafo, às vezes explícito, mas, em sua maioria, nas entrelinhas. É como se ele deixasse aberto ao leitor a opção de escolher entre ler a história ou vivenciá-la ao máximo.

Os capítulos, intercalados entre os pontos de vista de Tengo e Aomane, são bem trabalhados e demonstram as particularidades dos dois personagens. A princípio, é difícil identificar a relação entre as histórias deles, mas, aos poucos, bem sutilmente, Murakami vai nos mostrando; expandindo a história, à medida em que vamos conhecendo Tengo e Aomane. As semelhanças deixam de ser meras coincidências.

Aqui, não há preocupação com tempo. O importante é conhecer tanto os personagens, como se sentisse vontade de convidá-los para tomar um café e papear sobre o que está se passando na vida deles. Isso tudo é “culpa” da ótima construção dos personagens. São ambíguos imprevisíveis e genuínos. Essas qualidades se estendem também aos secundários, tão relevantes para a trama como Tengo ou Aomane.

Ao longo das páginas, percebe-se a influência do livro 1984, de George Orwell. Mas para por aí. Muraki consegue dar voz própria e personalidade ao seu livro. O mundo criado por ele é único; ao mesmo tempo que indiscutivelmente real, há um leve (bem leve) toque de surrealismo.

1Q84 é um livro inteligentíssimo e o leitor tem que prestar atenção aos detalhes. Não há informação desnecessária no livro. De alguma forma, tudo acaba se interligando: pessoas, lugares, fatos, ideologias. É interessante ver como o autor aborda esse último item. Sensatamente, ele expõe opiniões diversas (algumas tabus em nossa sociedade) sem rodeios – um convite a pensarmos sobre certas questões.

A série é ambiciosa e não por se tratar de uma trilogia. Mesmo que algumas questões tenham ficado sem respostas, não é nada que deixe o leitor com cara de tacho – apenas aguça a curiosidade para os próximos livros. A ambição está em ser corajosa. Além de ter com influência declarada um clássico, 1Q84 é o tipo de livro que, se o leitor não estiver em um momento de sensibilidade, passa batido pela obra – somente a lê e diz “Bacana, bem escrito”. Mas, se vista de mais de perto e com cuidado, a genialidade de Murakami se faz nítida e o leitor se vê refém do mundo criado pelo autor.

A Alfaguara (selo Objetiva) fez um ótimo trabalho. A capa é lindíssima e a diagramação interna, agradável aos olhos. Em relação à tradução, eles trabalharam em cima do original em japonês – um dos motivos da obra ter demorado a sair por aqui (no Japão, os livros 1 e 2 foram lançados em 2009 e o 3, em 2010). Isso, porém, trouxe benefícios, uma vez que o risco de ocorrência de discrepância com o original tende a ser consideravelmente menor do que uma tradução de outra tradução.
Dafne 25/05/2013minha estante
Gleice, graças a sua resenha fui ler o livro, é simplesmente fantástico! Me apaixonei. :)


mauricio 27/09/2017minha estante
Só li o livro 1, mas estou com uma dúvida: (LÁ VEM SPOILER)





Aomame originalmente era do mesmo mundo de Tengo? Achei estranho porque o Tengo está familiarizado com o caso do atentado com os 3 policiais relacionado àquela seita, e a Aomame não. Mas ao mesmo tempo mostra-se que eles já se conheceram, quando crianças, na cena em que ela segura na mão dele, e tal. Então estou ficando confuso quanto a essa parte.






Mas no geral, o livro é muito bom! Ele descreve a personalidade de cada personagem de uma forma muito atraente!


Ursula.Angeli 22/10/2020minha estante
Haruki Murakami é genial! Especialmente a trilogia 1Q84. Já li algumas de suas obras, mas esses três livros mostram, do meu ponto de vista, onde um bom escritor pode nos levar. Mesmo que você seja, como eu, alguém que se entende bastante ?racional?, não tem como negar a sensibilidade e envolvimento que essa história proporciona. Recomendo muito!




umbookaholic 30/09/2021

perdão o palavreado, mas qUE LIVRO DO [*****]

eu tenho (alguns tantos) motivos pra tirar uma estrela desse livro e fechar a nota com 4, mas eu não estaria sendo justo com a minha experiência de leitura. apesar d alguns dos problemas que mencionei ao longo da série de vídeos que fiz sobre ele lá no canal, essa foi uma das melhores leituras que eu fiz no ano, COM CERTEZA! eu amei esses personagens, amei a atmosfera que o Murakami cria e, [*****], fiquei envolvido com a trama do Crisálida e com os desdobramentos da vida da Aomame desde os primeiros capítulos! vibrei, sorri, temi pela Eri e fiquei com vergonha alheia em DIVERSOS momentos!

essa foi a minha primeira experiência com literatura japonesa e eu amei a forma como eu me senti nesse Japão de 1984! a escrita do Murakami é uma DELÍCIA e ele cria uma ambientação muito foda nos livros dele, que me transportavam 100% pra dentro da história: seja observando a(s) luas na varanda com a Aomame ou aprenciando um bom vinho e um bom livro na sala da casa do Tengo. incrível, incrível, incrível!

agora, pras pessoas q não leram, precisa ficar mais do que claro que isso não é uma trilogia!!!!!!! 1Q84 é um livro só dividido em três partes! digo isso pq ele sozinho não apresenta todas as respostas que a gente precisa, mas sim encerra um arco!

INCRÍVEL DEMAIS! agora vou ter q me segurar pra não correr e extrapolar as metas! kjkkj
Maholive 27/10/2021minha estante
Homem q inferno tudo q vc fala com essa intensidade eu tenho vontade de começar a ler pra amanhã!!!!
Obrigada pelo mimo de ter criado seu canal e me permitir sentir a agonia citada acima aaaaaaaaa




Manami 02/05/2022

Gostei
A história é interessante e bem intrigante, nunca dá para saber o que está por vir, as personagens são intelectuais e as fazem fazem e dizem coisas que nos faz refletir bastante. Aprendi bastante coisa sobre conhecimentos gerais.
A única coisa que não gostei é que para mim a história foi contada muito lentamente e acho que isso dispersa um pouco e me deixava certas vezes entediada.

Mas no geral é bom, recomendo muito!
comentários(0)comente



helodoll 31/12/2023

1Q84
Terminei esse livro tão confusa quanto comecei, ainda curiosa. Minha experiência com o primeiro volume é uma mistura de originalidade, imaginação e um equilíbrio intrigante entre fantasia e realidade. Apesar da complexidade crescente, a narrativa revela-se gradualmente, deixando um gosto de querer mais, mesmo sem um final definido. A literatura japonesa, presente neste livro, envolve o leitor em situações peculiares, enquanto Murakami, com sua escrita elegante e acessível, cria uma indecisão hesitante sobre a obra, um banquete literário que instiga a reflexão. Por outro lado, a habilidade técnica de conduzir o enredo deixa a desejar na construção de personagens, especialmente ao retratar mulheres de maneira objetificada e lidar de maneira inadequada com temas sensíveis como violência e abuso, comprometendo a experiência global. O autor, embora tenha suas qualidades, deixa margem para questionamentos, e o desconforto gerado por certos elementos pode prejudicar a apreciação desta obra.
comentários(0)comente



@limakarla 02/08/2021

Terminei o livro assim como comecei, não entendendo absolutamente nada, mas ainda curiosa e sentindo vontade de ler até descobrir. Vamos ver o que se segue no segundo.
Tasha 02/08/2021minha estante
KKKKKKKKKKKKKKKKKK




Kenia 07/05/2020

A narrativa de 1Q84 acontece em Tóquio, 1984, e oscila entre dois personagens, Aomame e Tengo, que têm uma conexão misteriosa. Nosso primeiro contato com Tengo é quando o vemos envolvido em um esquema literário. Ele conhece um editor, Komatsu, que conhece uma garota de 17 anos que escreveu uma história interessante chamada "Crisálida de Ar". Mas essa história poderia ser ainda melhor se Tengo concordasse em dar uma melhorada nela, reescrevê-la para que ela possa vencer um concurso literário. Rola uma pressão de Komatsu para que ele aceite, mas não antes de conhecer essa garota.

Tengo então conhece a garota, que se chama Fukaeri, embora esse não seja seu nome verdadeiro. Ela é disléxica e tem seios bem moldados, informação frequentemente mencionada. Assim como os seios da mãe de Tengo, que o deixaram com uma estranha fixação.

Crisálida de Ar fala conta a história de uma garota que vive em um mundo fantástico e bem diferente. Essa garota é responsável por cuidar de uma cabra, mas que infelizmente a deixa morrer. Por causa disso, várias coisas começam a acontecer. Nesse mundo existem duas luas no céu e sua população é o Povo Pequeno. Fukaeri insiste em afirmar que a historia é real e que aconteceu com ela.

A caminho de uma reunião importante, Aomame acaba ficando presa em um engarrafamento. Ela então decide abandonar o táxi em que estava e dirige-se para um túnel com uma saída de emergência para pegar um trem e ver se consegue chegar à reunião a tempo. Sem saber, Aomame deixou o mundo de 1984 e entrou em um mundo sutilmente diferente chamado 1Q84, mundo que tem duas luas, que ninguém parece notar.

Na verdade, essa reunião é uma de suas missões de assassinato, já que ela é especializada em matar homens que abusam de mulheres. E mesmo sendo uma assassina, ela faz amizade com uma policial, com quem organiza "festas íntimas, mas absolutamente eróticas que duravam a noite toda".

Esses elementos não são necessariamente indicações do erotismo do livro, só têm mais a ver com a determinação de Murakami de descrever, listar e repetir quase tudo o que ele escolhe mencionar. Os personagens se repetem com frequência, de uma maneira que pode ser vista como mágica ou entorpecente, dependendo do seu nível de paciência.

O ponto central da trama é quando Aomame faz contato com a grande, poderosa e temível figura conhecida como Líder. Ele é responsável por um dos vários cultos religiosos que figuram no livro. E Aomame é enviada para matá-lo. Ela foi informada que ele é um estuprador, e que ele abusa de pré-adolescentes que são membros do culto. Mas sua história real é diferente, e tem a ver com os meios de comunicação que mantêm esse boato circulando. Em um dos vários momentos da narrativa, há pessoas conhecidas como receptores e outras conhecidas como observadores.

Além de Tengo e Aomame, nesse primeiro volume, somos apresentados a diversos personagens que vão ditando o ritmo da trama, como o professor Ebisuno, que é mais ou menos como um guardião de Fukaeri; uma viúva que contrata os serviços de Aomame para fazer justiça matando pessoas já marcadas por ela; Tamaru, o guarda-costas dessa viúva; o pai ausente de Tengo e os pais excessivamente zelosos e religiosos de Aomame que estão esperando o mundo acabar.

Eu diria que este primeiro volume é original, imaginativo e que mistura fantasia e realidade. Adorei a variedade de simbolismo e em como a trama, mesmo complexa, vai se revelando pouco a pouco. Apesar de não ter exatamente um final, o livro termina ao somente encerrar um capítulo e não a história, tive uma ótima experiência de leitura. Mal posso esperar para ler os próximos volumes!
comentários(0)comente



Ramiro.ag 24/11/2023

"O mundo é uma incessante luta entre a memória de quem está de um lado e a memória de quem está do outro."
"A única máxima que a História parece nos revelar, de suma importância, é que 'naquela época, ninguém sabia o que estava para acontecer'."

Como eu já tinha dito, quero a sequência nas minhas mãos urgente!

O livro tem uma premissa interessantíssima por si só, o que já é um dos grandes motivos por eu ter me interessado tanto. Mas além disso, a narrativa desse livro é espetacular, quase mágica, digo com propriedade que é um dos livros com a melhor escrita e narrativa que eu já li.

A prosa do Murakami é bem simples e calma, no entanto, é extremamente cuidadosa, onde tudo é dosado na medida certa. Somos apresentados, várias e várias vezes, a cenários paralelos, lembranças de infância, acontecimentos importantes na vida dos personagens que culminaram o seu desenvolvimento, este, muito profundo. É muito satisfatório ir ligando todos os pontos entre os personagens, entre as suas vidas e entre os seus mundos, e ir percebendo, pouco a pouco, as peças se encaixando.

" 'O escritor não é uma pessoa que soluciona problemas. É uma pessoa que os propõe.' Sábias palavras que Tchekhov soube aplicar não somente a suas obras, mas também a sua vida."

Em relação aos pontos de fantasia, nesse primeiro livro é bem sutil, temos a introdução de um novo mundo e de alguns seres fantásticos, mas ainda nada muito claro. Algo que eu achei magnífico, é que aparentemente os protagonistas não escolheram entrar nesse "novo mundo", mas parece que esse mundo os está atingindo aos poucos, causando mudanças quase imperceptíveis ao seu redor, e realocando um pedaço por vez. Além de que, nós como leitores também não sabemos nada sobre esse novo mundo, e somos introduzidos junto com os protagonistas, mantendo o suspense. Gratificações a Aomane, que foi esperta o suficiente para começar a notar essa mudança.

A história é cheia de alegorias e referências, principalmente ao '1984' de George Orwell, onde ao mesmo tempo que traça um paralelo, destaca grandes contrastes.

"Em 1984, como você já deve saber, George Orwell criou a figura do Grande Irmão.[...] Mas em nossa realidade do ano de 1984, o Grande Irmão é famoso demais, uma existência óbvia demais. Se ele aparecesse aqui, nós imediatamente apontaríamos o dedo e diríamos: 'Cuidado! Aquele é o Grande Irmão'.
Em outras palavras, neste mundo em que vivemos não há mais vez para o Grande Irmão entrar em cena.
Em compensação, eis que surge esse tal Povo Pequenino. Você não acha interessante o contraste entre as denominações?""

Enfim, um livro com L maiúsculo, não vejo a hora de ler toda a trilogia e desvendar essa maluquice toda.

"Como se pode diferenciar uma da outra? Ao fechar os olhos, Tengo não tinha mais certeza em qual dos mundos ele se encontrava naquele momento."
comentários(0)comente



Sabrina 23/02/2020

A técnica não é tudo
Apesar da boa habilidade em se conduzir o enredo - muito embora eu tenha achado exaustiva algumas partes e até desnecessária as tentativas em se introduzir um apelo histórico -, contudo, é um livro cuja construção de personagens é risível.

Os personagens são excepcionais em tudo o que se propõem a fazer, o que se torna absolutamente irritante, sobretudo porque o autor supostamente tenta não pintá-los como perfeitos. Tengo e Aomame são excepcionais em tudo, sabem de tudo, se destacam em tudo, mas o autor tenta nos transmitir isso de forma sutil, mas falha quando todos os personagens ficam constantemente os elogiando e ressaltando suas qualidades. Eu ficava revirando os olhos constantemente.

Agora o que mais me deixou irritada foram as personagens femininas. Demoramos bons capítulos para termos uma descrição mínima da aparência de Tengo (embora tivéssemos descrições exaustivas sobre seu intelecto), mas as personagens femininas não podiam aparecer, que os peitinhos ou roupas íntimas eram descritas. As mulheres foram objetificadas do começo ao fim do livro, só serviam para serem erotizadas de forma completamente inapropriada. Os diálogos com apelo sensual não tinham a menor naturalidade, parecia o que homens de meia idade gostariam de ouvir de mulheres mais jovens... e na boa? Pra que ficar ressaltando os seios de uma adolescente? Perturbador! Sobretudo para um livro que se propõe a debater o abuso sofrido por mulheres. O que adianta tentar ser socialmente relevante, se a obra é justamente sintoma de uma sociedade que alimenta a cultura do estupro?

Mas claro, homens podem escrever qualquer merda, que já vira clássico.
Monica Monte 24/02/2020minha estante
Amei o comentário "eu ficava revirando os olhos constantemente". Tem livro que só com muito revirar de olhos para chegar ao final.


Sabrina 24/02/2020minha estante
Esse livro mesmo eu só consegui terminar na força do ódio kkkkk


Camila 17/03/2020minha estante
Também achei isso, e pelo que eu vejo no Japão é comum ter casal com muita diferença de idade né, abre uma margem gigantesca pra pedofilia... problemático mesmo.

Não aguentava mais ele falando do ?lindo formato dos seios? da fukaeri e também dele falando de quanto a aomame AMA homens calvos de meia-idade


Camila 17/03/2020minha estante
Muita hipocrisia mesmo ter esses defeitos bum livro que tenta discutir misoginia e abuso sexual


Sabrina 17/03/2020minha estante
Sim, Camila. Faço das suas palavras as minhas.


Isa Gama 27/05/2020minha estante
Eu li esse livro em 2014, e nem era feminista na época, mas eu reparei nesse problema. Não consegui terminar o livro e desisti. Horrível a retratação da personagem feminina.




Daniel.Prattes 26/02/2022

Dúvidas e dúvidas
A literatura japonesa tem uma linguagem tão agradável que seus autores (eu não entendo nada de japonês, só leio as traduções) conseguem nos fazer mergulhar em situações bizarras e nos mergulham aos poucos, primeiro nos fazem contemplar a paisagem (as cerejeiras em flor, a mansidão da água) e quando percebemos estamos pelo pescoço. O que dizer desse livro? É mais ou menos como Stephen King, você se pergunta se aquilo que está lendo é bom ou se é só a forma (a estética do banal) de escrever do autor que é tão hipnótica e acessível que te motiva a continuar... Tudo é tão elegante na escrita do Murakami, gostoso de ler realmente, mas ao mesmo tempo você começa a se questionar o que está acontecendo e não porque a narrativa se tornou complexa, mas porque você não encontrou ainda o “gancho” da história, o que ela quer te mostrar, para onde “você está me levando?”. Eu terminei ainda com essa sensação... e tenho dois calhamaços para ler ainda. É daqueles livros que você tem que parar e pensar bem antes de criticar, daquelas situações em que o mundo parece pensar de uma forma e você de outra. Então vou me eximir de criticar e apenas registrar todo a minha indecisão hesitante sobre essa obra.
comentários(0)comente



Xxxxxxxx1 19/12/2012

Fascinante
Fascinante, magistral. Seitas religiosas, um líder espiritual misterioso, assassinatos e uma cabra cega. Haruki Murakami nos incita a adentrar esse mundo e a descobrir qual a ligação entre tudo isso. Estou desde já aflito pelo livro 2!
comentários(0)comente



Pam Pam 28/04/2021

Para quem gosta de ficção científica é muito bom. Trata-se de um mundo paralelo ao mundo real, com seita com virgens, duas luas, romance e etc. Me prendeu, tanto que li a trilogia toda
comentários(0)comente



Alessandro117 23/07/2021

As duas Luas do Japão.
Aomame é uma professora de Marte marciais que faz trabalhos para uma senhora rica, mata homens que abusam e violenta mulheres.
Tengo, professor de matemática e escritor, sempre quis publicar seus livros, mas se depara com uma proposta do seu editor para reescrever um livro com grande potencial.
O escritor Murakami separa a narrativa em capítulos distintos, que a princípio não possuem nenhuma relação e que vão se interligando por fatos sutis, criando ondulações fortes na narrativa e escreve com maestria plena.
Sua narrativa aparentemente começa com o pé no chão, sendo só um livro de suspense com crime e que com o passar do tempo se desenrola em uma narrativa fantástica para ser explorada mais nós demais volumes de 1Q84.
Todos os personagens são bem desenvolvidos, desde os protagonistas até os secundários, e aprofundados dentro dos seus expectros e vivências, tornando a leitura extremamente agradável.
comentários(0)comente



Aline T.K.M. | @aline_tkm 04/03/2013

Magistral!
“A realidade é sempre única”, são as palavras que o taxista diz, em forma de orientação, logo antes que Aomame saia do taxi e desça a esquisita escada de emergência. A partir de então, o leitor é surpreendido por torrentes de mistérios, acontecimentos esquisitos e personagens mais esquisitos ainda. A realidade pode ser única, mas fica impossível não duvidar dela à medida que avançamos na leitura.

Os personagens são diferentes e, ao mesmo tempo, assustadoramente semelhantes entre si. Além de uma intuição notadamente apurada, todos eles estão muito sós, cada um à sua maneira. Aomame e Tengo não tiveram uma infância que se possa chamar de comum, romperam laços com os familiares, e experimentam dificuldades no amor. Avessos a compromisso, utilizam o sexo oposto – preferencialmente parceiros mais velhos – apenas como via para a satisfação sexual. Ao mesmo tempo, e como uma forma de desviar os olhares da mente em relação à solidão da alma, refugiam-se nos afazeres cotidianos.

Questões não resolvidas povoam o passado dos protagonistas e influenciam enormemente o presente. É redundante afirmar que a construção e o caráter dos personagens se revelam tão excepcionais em sua complexidade, tal como um artista esculpe delicada e detalhadamente as feições de sua obra. O mesmo pode ser dito do enredo, onde parecem inexistir as incômodas “pontas soltas”. Por se tratar de uma trilogia, é certo que toda a trama é deixada no ar, suspensa, na espera de uma sequência. Nem por isso o leitor é abandonado ao relento das obras carentes de explicações e desenvolvimento. Ao contrário; maestria e genialidade são palavras que vieram à mente ao terminar a 430ª página. Além, óbvio, de curiosidade e avidez pelos próximos volumes.

Ainda, uma aura de mistério envolve uma instituição religiosa surgida a partir de uma comunidade subsistente com apelo à vida simples e desprovida de materialismo, uma promessa de um mundo diferente. A comunidade e suas ações permeiam os diversos elementos da trama, interligando-os.


Inspirado em 1984, do Orwell, as referências à obra podem ser observadas mesmo por aqueles que não leram a conhecida obra, mas que têm alguma noção do que se trata. Inclusive, a obra é mencionada e o enredo é apresentado ao leitor em linhas gerais. Traçar paralelos não é, portanto, tarefa difícil durante a leitura. Alienação, aprisionamento, vigilância contínua – poderia a ideia do Grande Irmão, aqui, relacionar-se ao Povo Pequenino de que Fukaeri fala em Crisálida de ar? Ou então, ao próprio líder da comuna agrícola/religiosa, de quem poucos veem o rosto e que parece tudo conhecer...?

Diante de toda a problemática, o autor ainda parece fazer graça e criticar os círculos literários através da fraude do romance reescrito que venceu o prêmio de autor revelação por unanimidade do júri. Esse pequeno deboche faz pensar em ghost writers e no decisivo poder da imagem, da embalagem (representada pelo autor) da mercadoria que é o livro.

1Q84 é sagaz ao mostrar que tudo é composto de mais de uma faceta, sejam os próprios personagens, a intrigante comuna agrícola convertida em religião, ou até mesmo os guiliaks (nativos da ilha da Sacalina que lá viviam antes da chegada dos colonizadores russos, mencionados por Tchekhov em obra que, por sua vez, é mencionada no livro de Murakami). Saber enxergar sob os diversos ângulos é, portanto, imprescindível. Afinal, “as coisas não são o que aparentam ser”, diz outro dos sábios avisos do taxista do início.

LEIA PORQUE... A obra é magistral, ponto.

DA EXPERIÊNCIA... A trama pode ser observada sob tantos aspectos que é mesmo impossível descrevê-los todos em um único review. Aprecio sutilezas, e vê-las na personalidade de cada personagem me fascinou.

FEZ PENSAR EM... Teria o autor uma leve obsessão por peitos? Também não esperava a sexualidade tão “aflorada” das personagens femininas, ponto interessante. E, principalmente, pensei em por que cargas d’água nunca li nada do Murakami antes!


LEIA MAIS EM: LivroLab.blogspot.com
comentários(0)comente



318 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR