Resenhas - Introdução à História da Filosofia, Vol. 1

Lais.Alves 15/01/2022

Marilena, apenas ela
Não tem como não entender conceitos depois que eles são explicados pela Marilena, que tem o dom de tornar tudo mais palatável e direto

PETROS 25/10/2017

Livro muito bom! Só alguns pequenos erros.
O livro claro é muito bom! e bem gostoso de ler pois cada página é estimulante. A arte com que ela tem em usar as palavras faz o texto fluir. Ela faz um ótimo resumo das obras apontando os tópicos principais e explicitando informações talvez subentendidas como na pág.: 209, sobre o dito de Aristófanes: "Zeus permitiu que Eros colocasse os órgãos voltados para frente" (Isso não está explicito no Banquete.) Mas tem alguns pequenos erros. Alguns erros que encontrei: 1. erro de citação na pág.: 34: não é As Náiades e sim: As Danaides (Ver J.A.A. Torrano - Teogonia de Hesíodo: A quádrupla Origem da Totalidade); 2. Erro na mitologia na nota 3 do final do livro. pág.: 488: Zeus é filho de Cronos e não de Uranos.

Wagner 03/07/2016

POSTERIDADE

(...) Uma obra é grande quando, de seu próprio interior suscita uma multiplicidade de leituras e interpretações, criando uma posteridade. (...)

in: CHAUI, Marilena. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. pp 223

Adriano.Guedes 14/10/2015

Obra fundamental para quem procura o conhecimento
Marilena Chauí é das mais importantes intelectuais de nosso país, mas ao contrário de tantos - inclusive, bons intelectuais - nunca teve medo de tomar posição, de defender seu pensamento e as ideias nas quais acredita. Pois o exercício do professor, do filósofo não se esgota na sala de aula, mas deve ir às ruas, conquistando e disputando as mentes e os corações de todos aqueles que se pretendem no caminho para o conhecimento. Por isso, a autora desperta tanto a ira dos setores mais conservadores brasileiros.

Mais do que uma Introdução à História da Filosofia estamos diante de uma verdadeira História da Filosofia, tal é a magnitude de informações e dados presentes, na obra, traçando um panorama sobre o verdadeiro nascimento da Filosofia na Hélade. Há uma forma didática de dispor os capítulos, os tópicos, os autores e temas no livro. Não há nas páginas aquele desfile pachorrento de conhecimento em que o autor, a milhas de distância, oprime o leitor, na relação autoritária do "eu sei tudo", enquanto "você nunca saberá nada". Ao contrário, a preocupação é de didadicamente dividir o conhecimento, compartilhar o que se sabe; germinar a semente para que o leitor em breve seja o verdadeiro autor de uma História da Filosofia, pois, é fato, todos somos sujeitos de nossa história.

Há uma resposta simples para o nascimento da Filosofia na Grécia? Há realmente um "MILAGRE GREGO"? Como conciliar o pensamento de Parmênides de Eleia, onde o "Ser é e o não ser não é", como Heráclito de Éfeso e a impossibilidade de se entrar duas vezes no mesmo rio? Há uma permanente imutabilidade ou a mutabilidade é a constante do universo? Como Platão se propôs a resolver a questão? Há efetivamente um Mundos das Ideias como desejava o platonismo? Nossa realidade é apenas aparente como no Mito da Caverna ou a investigação coerente e sistematizada pode nos trazer o verdadeiro conhecimento?

A Grécia, ou Héllas, é o berço da nossa civilização. Grande parte dos nossos conceitos, ideias e pensamentos são derivados diretamente daquele povo. Assim, se você deseja começar a saber quem é, de onde veio, por que está aqui? Enfim, precisa começar a estudar a Grécia. E Marilena Chauí nos apresentou algumas pistas no seu livro que precisamos indistintamente seguir!