Diário de Guantánamo

Diário de Guantánamo Mahvish Rukhsana Khan




Resenhas - Diário de Guantánamo


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Gisa Petry 26/03/2020

O tipo de livro que te faz refletir sobre tuas ideologias
Que livro!
Um misto de emoções nesse livro...
Uma advogada querendo ajudar os presos de Guantánamo,ideologias religiosas, histórias comoventes.
Um livro que nos faz pensar se, realmente o que sabemos sobre o povo Islâmico é a única verdade.
Recomendo a todos que querem sair de sua zona conforto.
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Cândida Bernardi 24/03/2019

Confesso que por momentos foi difícil continuar lendo, os olhos embaçavam e não tinha coragem de saber quais seriam as próximas atrocidades. Livro pesado, mas necessário... Relatos de homens presos sem acusações, retirados de suas famílias e tradições.

A seguir um trecho que reflete muito sobre a leitura:
"Quando você chega à Baía de Guantánamo, é saudado por uma grande placa escrita "Honra Determinada a Defender a Liberdade". A cada vez que a via, eu me perguntava se os homens encarregados daquela colossal operação teriam algum conceito verdadeiro de honra, ou de que a liberdade poderia ser um direito universal e não estreitamente americano". Página 213.
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Sérgio 07/02/2019

Injustiça
Quanta injustiça dentro de Guantánamo. A grande maioria dos presos ali não é terrorista. São pessoas comuns, traídas e vendidas por pessoas más. Como o governo americano mantém homens presos sem acusações ou provas? Por simples indicação? Triste história.
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Luís @l.pmiguel 31/12/2018

Um relato com mais de uma interpretação
Livro muito interessante, com informações muito sérias a respeito da forma com que o "administrador" de Guantánamo lida com seus presos.
A meu ver, mesmo se tratando de fatos reais, o livro permite mais de uma interpretação: a de que o procedimento está correto, já que os presos são "terroristas" (as aspas aqui são por conta da margem de erro do cárcere, citada pela autora) e a contrária, de que não deveria haver uma prisão nesses moldes, realizada quem acredita que o Sistema utilizado é falho e falido (estou no segundo grupo).
Vale a leitura!
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Felipe Lopes 24/08/2013

História triste porém real.
Nas suas entrelinhas a autora mostra a perversidade do governo americano, pessoas presas sem defesa, arrancadas de seus lares, filhos. Sem perspectivas de vida entregues a um outro povo, que lhes humilham, destroem sua cultura, religião.

Guantánamo é o reduto da injustiça, da tortura e mostra só mais um aspecto da capacidade humana de fazer alguém sofrer, sofrimento sem julgamento, sem defesa. Mas no solo americano há pessoas que ainda tem compaixão e buscam ajudar o próximo, foi o caso da autora que saiu de sua zona de conforto e brigou pela liberdade de muitos detentos.


É fácil tratar mal alguma coisa chamada número 1154
É fácil raspar-lhe a barba, chutá-lo para um lado e para outro
como a um objeto, cuspir nele ou fazê-lo chorar.
É mais difícil praticar tais abusos quando o 1154 tem identidade: Drº
Ali Shah Mousovi, um pediatra que fugiu do talibã, que trabalhou para
as nações unidas e encorajava os afegãos a participar e votar na nova
democracia.
É mais difícil odiar o 1154 quando você percebe que ele é mais parecido com você do que diferente.

É fácil pular lista de números
E há centenas deles.
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San... 02/08/2011

Um livro que assusta por mostrar a monstruosa face do mal. Nesse presídio cubano, onde os americanos mantêm "pretensos" terroristas, pode-se conhecer histórias inimagináveis de tortura, arbitrariedade e bestialidade. Embora não se conheçam os nomes dos carrascos, isso deixa de ter importância, afinal o que a autora pretendeu foi denunciar horrores perpetrados e não algozes de menor importancia. Senti o perigo da paranóia coletiva, a similaridade assustadora com o holocausto judeu.
Registro muito bem elaborado, embora o cuidado minucioso em observar as restrições impostas pelas autoridades americanas, o que é narrado - ou seja, a versão dos prisioneiros e os pareceres e histórias de advogados e da própria autora - demonstra como seres humanos considerados normais podem se tornar bestiais de um momento para o outro, exibindo sua bestialidade como se esta fosse motivo de orgulho e poder.
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Diego Alves 26/02/2011

Trecho do livro
Poema de Chris Schatz - Defensor Público Federal de Portland (Descrevendo a vida de um prisioneiro):

Sou um prisioneiro numa terra estranha,
a circunstância de minha vida reduzida a uma janela imprópria para um cão,
um prisioneiro do desespero que não foi causado por mim –
pois eu fui traído.
Quando os soldados do Ocidente me trouxeram para esta confusão de tumbas,
meu coração ainda era jovem,
agora minha barba está cinzenta e a rosa da minha vida murchou,
dia após dia meus captores me testam com suas perguntas,
insistindo que eu seja outro que não eu,
quando respondo, a voz que ouço não é mais a minha,
minha alma se tornou um penacho de fumaça, meu coração – pedra.
Na paisagem lunar de meu quarto solitário
eu caminho em silêncio com o medo seguindo implacável cada passo,
medo não só de ser esquecido, mas de que com o tempo eu mesmo
me esquecerei do ritmo de vida e morte,
do toque da mão de minha velha mãe,
do calor do lar e do leito conjugal,
até minhas memórias se tornaram como caídas num poço seco –
enterradas na areia.
Apenas quando o rosto suave de minha irmã paira no ar
diante de mim,
confortando-me com suas lágrimas, é que me lembro que ainda amo.
De minha cela não posso ver o mar, embora esteja próximo,
seus olhos escuros assombram meus sonhos
e quando rezo ouço sua canção de liberdade – onda após onda.
Um dia o mar se lançará contra estes muros
e os derrubará
e eu flutuarei embora por sobre seu peito
sob o céu azul do dia e o vazio da noite perfurado de estrelas
até ser por fim devolvido às montanhas e vales de meu próprio país,
ao Afeganistão, onde minhas duas queridas esposas
e meus bravos filhos me receberão com sorrisos tímidos e
beijos ternos,
e eu serei de novo um homem, e livre.
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André Goeldner 18/05/2009

Revelador
Relata algumas das táticas, desesperadas, dos EUA em prenderem possíveis culpados e mantê-los presos o quanto for possível. A maioria sem provas, julgamento e acusação legal.
Ex e atuais presos, da prisão que guarda os "combatentes americanos" ou " os piores dos piores", contam muitas das formas de tortura praticadas.

Recomendo
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