Silvana Barbosa 08/04/2018A noiva ladra, mas não morde.Esperava mais do livro, talvez por isso tenha achado apenas regular. Primeiro, vamos combinar, trama inverosímel, né? No século XIX, um noivo escolhido na sarjeta? Sim, porque lá na sinopse parece que ele tá bonitim no trabalho, mas não tá! Ele tá bêbado, caído na sujeira, com estrume de cavalo! Um pai que resolve sacanear a filha e a entrega a um total desconhecido, apesar de bater no peito e afirmar que ela só casaria com um homem trabalhador e confiável?
Fala sério!
O Peter, protagonista, é legal no início, mas depois começou a me incomodar. Porque a mocinha Kate precisava ser "dobrada" a todo custo afinal? Só por querer ser independente?
E o pai dela, que mala!
E aí tem o pior: pô, o Peter sempre leva a melhor, faltou briga da parte da Kate.
Fica a sensação de faltar alguma coisa. Tudo se resolve com beijos e sedução (sempre parte do lado masculino, óbvio), que tédio!
Não discutir a relação é natural em livro de romances, mas aqui vai além disso.
O protagonista nunca abre o jogo, não fala a verdade, dissimula, curte com a cara da esposa durante todo o livro, e ela fica toda nervosinha depois, quer reagir, mas nunca reage.
Mocinho sabichão merece mocinha à altura da sua malandragem, o que não acontece aqui. achei a Kate boba e derretida demais, mesmo socando-o de vez em quando, achei muito songa-monga. Não curto essas heroínas fracotas, mesmo sendo um romance histórico. Por que ela não dá uma liçãozinha no maridinho mentiroso, pra variar?
A capa é linda, mas o livro, não.