Natanny 15/04/2024
"Bob mandou um 'oi' — disse para as estrelas."
Qualquer livro das sagas de Percy Jackson tem um lugar especial no meu coração. Acredito que já tenha mencionado isso em resenhas anteriores, mas não custa reiterar. O que realmente importa é que vou enfatizar algo que todo mundo já sabe (e se houver discordância, fico até surpresa): Rick Riordan sabe desenvolver personagens. E quando digo isso, não é de forma vazia; Rick Riordan escreve personagens com "P" maiúsculo, porque, sério, esse homem merece todos os elogios do mundo, além de ser uma pessoa maravilhosa também (acompanhem ele, inclusive).
Com certeza também mencionei isso na resenha de "A Marca de Atena", não é mesmo? Mas é sempre bom repetir para deixar claro minha humilde e sincera opinião (risos). Vamos lá: em "A Casa de Hades", o quarto volume da série "Os Heróis do Olimpo", somos levados a uma jornada repleta de perigos e descobertas. Aqui, o casal de semideuses mais shippado do mundo, Percy Jackson e Annabeth, estão em apuros até o último fio de cabelo, dadas as circunstâncias finais da última missão em que participaram. Quando digo “perigo”, é perigo de verdade. Acredito que em nenhum livro anterior da saga houve tamanha ousadia para mostrar o heroísmo e coragem desses personagens. Enquanto isso, os outros semideuses da profecia, liderados por Jason Grace, enfrentam um desafio monumental: cruzar o sinistro labirinto da Casa de Hades para ajudar Percy e Annabeth.
O enredo se desenrola com uma tensão palpável, principalmente com relação a percabeth, enquanto os heróis lutam contra criaturas mitológicas e enfrentam obstáculos aparentemente intransponíveis. As cenas de ação aqui são incríveis (destaco uma em especial para Frank, aquela ali foi simplesmente TUDO).
Mas o que realmente me cativa nessa saga são os personagens, suas histórias e sentimentos. Meu Deus, os personagens... Fiquei entusiasmada com Piper, torci por Hazel, chorei pelos sentimentos de Leo, gritei com a liderança de Frank, fiquei incrédula com a quantidade de tempo que Jason passa desmaiado, ri demais com o treinador Hedge, aplaudi a coragem de Nico Di Angelo e, claro, sofri junto com Percy e Annabeth, e de forma ainda mais dolorosa: derramei rios e cachoeiras por Bob. (mas a pergunta é: quem não?)
Acompanhar esses personagens por tanto tempo me fez ficar sensível a qualquer coisa que eles passem (relembrando que isso é uma releitura), e mesmo depois de dez anos sem tocar nesses livros, sinto como se fosse a primeira vez.
Além disso, não só esse volume, mas como todos os outros da saga oferecem uma rica imersão no universo da mitologia grega, mesclando elementos clássicos com uma abordagem moderna e acessível. Tio Rick não apenas entretém, mas também educa, introduzindo os leitores a mitos antigos de uma maneira envolvente e divertida.
Em conclusão, após imergir nas páginas dessa história e acompanhar as jornadas desses destemidos semideuses, é inegável o poder que Tio Rick tem de nos transportar para um mundo repleto de aventura, emoção e mitologia. “A Casa de Hades” não apenas mantém o alto padrão estabelecido pelos volumes anteriores, mas também nos surpreende com sua profundidade emocional e a habilidade magistral do autor em desenvolver personagens que ficam gravados em nossos corações.
O Sangue do Olimpo, aí vou eu!
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