Carta de uma orientadora

Carta de uma orientadora Debora Diniz




Resenhas - CARTA DE UMA ORIENTADORA


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carolmc_ 21/09/2020

O livro que eu queria ter lido há 20 anos
Livro que deveria ser obrigatório em todas as faculdades para preparar os estudantes para a monografia do curso. Serve também pra quem já está mais na frente (especialização, mestrado, doutorado...). Tem dicas excelentes para todas as etapas da escrita acadêmica.
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Alissa 01/07/2022

Uma leitura muito boa para fazer antes de começar a monografia. A autora é clara sobre as normas e padrões que devem ser seguidos em uma monografia mas ao mesmo tempo inspira para que as estudantes exerçam e pratiquem a escrita livre e se descubram como autoras.
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Daniel.Simoes 16/01/2019

No livro “Carta de uma Orientadora”, a autora Débora Diniz dá dicas para quem está iniciando no desafio de escrever uma monografia, falando um pouco de sua experiência. Ela se descobriu orientadora e percebeu que as inquietações de suas orientandas eram parecidas com as dela quando estudante. Assim começou uma troca de ideias que acarretou nessa carta, onde ela não escreve “sobre como fazer uma pesquisa, mas sobre como se preparar para a fascinante experiência da criação e da autoria acadêmicas”. Ela então realiza com essa carta uma atividade artesanal, mesclando as receitas de “cozinha” sobre métodos de pesquisa com a tarefa de “costura” da orientadora.

Antes do primeiro encontro, ela sugere que a orientanda:
• Leia esta carta
• Responda: que tema deseja estudar?
- Temas de interesse ou desejo
- Seja o mais específica possível
- Faça uma pequena grade com temas de pesquisa que te chamarem a atenção e os respectivos problemas de pesquisa
• Responda: sobre esse tema, por onde não deseja seguir?
• Veja sobre o que a orientadora já escreveu
• Veja o que seus colegas de curso já escreveram sobre o tema

Em seguida, ela fala sobre como deve ser o primeiro encontro de orientação, cujo sentido será os “interesses e desejos de investigação” da orientanda, que já deverá levar um título funcional escolhido, que, apesar de ainda poder ser futuramente modificado, precisa ter clareza e objetividade, não ultrapassando o limite de 15 palavras. A partir do título funcional, o problema de pesquisa deve ser elaborado, a fim de manter uma “estreita conexão e harmonia” entre ambos. Ela ainda chama a atenção para a importância das palavras-chaves, que devem ser ainda mais precisas (os tesouros podem auxiliar essa escolha). Assim, título funcional, problema de pesquisa e palavras-chaves serão o “coração pulsante” do projeto.

Com relação à tão necessária organização do tempo, da qual dependerá a criação, a autora destaca o planejamento e o respeito aos prazos e acordos. A orientanda deve então ajustar sua agenda para conseguir dedicar tempo suficiente para sua monografia, que pode ser dividida em quatro ciclos básicos: pesquisa bibliográfica ou de campo, leitura, escrita e revisão. É sugerido que no início se cronometre o tempo de cada atividade, para que a orientanda conheça melhor seu ritmo.

Já no capítulo sobre a leitura (“atividade mais básica de pesquisa”), a autora começa classificando as leitoras em quatro tipos:
a) Leitora burocrata: aquela que, muito organizada e dedicada, “repete com precisão o que muitas autoras disseram”, mas dificilmente cria;
b) Leitora atriz: aquela que, preguiçosa e fingidora, “sucumbe ao planejamento” e “fracassa na pesquisa acadêmica séria”;
c) Leitora desnorteada: aquela que tem dificuldade de encontrar o rumo e “perde-se em detalhes periféricos de um argumento”;
d) Leitora criativa: aquela que é “capaz de ouvir com honestidade e paciência, (...) cultiva sabedoria sem pressa pelo acúmulo arquivista, (...) não acredita em teses prontas, (...) é cautelosa no que lê, é seletiva em suas autoras, e tem calma para avançar”.

A autora assume sua preferência pela autora criativa e rejeita com todas as forças a atriz, mas se compromete “a ter paciência com surtos burocratas ou desnorteados”. Para ela, “ler é ter prazer na solidão”, é nos mover “rumo ao desconhecido de onde nascerá a criação genuína”. Refletindo sobre hábitos de leitura, ela primeiramente suplica que as leituras não sejam abandonadas, por mais densas e impenetráveis que pareçam à primeira vista (exemplificou com Arendt e Kant), e em seguida abordou a necessidade de que tais hábitos sejam conhecidos, e sugeriu a utilização de um programa de bibliografia para registro de fichamentos e de um mapa visual de autoras para ajudar na organização dos textos e determinação da agenda de leitura.

No capítulo seguinte, a autora escreve sobre a escrita, que “pode ser uma experiência fascinante de descoberta e superação”. Ela fala da importância de se criar uma comunidade de leitoras, para que se faça a revisão dos escritos, a fim de filtrar e densificar os textos, através de críticas e correções. Em seguida ela alerta para o risco de plágio, dizendo que “jovens pesquisadoras não plagiam por desonestidade, mas por inocência, descuido ou pressa”, e recomendando que elas não corram riscos desnecessários (pois “o plágio será uma infração ética”) e evite o apud. Ela acredita que a precisão acadêmica é mais importante que a beleza no texto acadêmico, mas ainda assim reconhece que a motivação é de uma ordem existencial e explana, numa das passagens mais belas do livro: “só assuma como seu o que sair de suas entranhas e se expressar por seus dedos, só anuncie o que conseguirá sustentar por toda a eternidade de sua vida”. Ela encerra o capítulo com algumas dicas gerais:
• “Seja relativista com as culturas e as sociedades, mas também com a história”;
• O parágrafo deve ter “entre nove e dezesseis linhas”;
• “Evite as metáforas pela insuficiência do argumento”;
• “Esqueça os adjetivos e os advérbios totalizantes”;
• Só com o “pleno domínio das regras do jogo é que você estará preparada para violá-las e descobrir-se como uma criadora”, pois “o aprendizado inicial é fundamental para a subversão no futuro”;
• “Só deve ser mencionada nos agradecimentos quem diretamente contribuiu para o seu texto”.

A carta de Débora Diniz termina se anunciando como uma “proposta de rumo” para uma orientanda prestes a escrever sua primeira monografia acadêmica. É um livro útil, no sentido de posicionar e sublinhar as principais etapas do processo de produção de um texto acadêmico, e também ousado, ao apresentar um conteúdo de um guia num formato mais próximo da leitora. As generalizações utilizadas todas no gênero feminino (“orientadoras”, “leitoras”, “autoras” etc.) alcança seus méritos, ao formar um imaginário de um mundo com mais características feministas, notadamente mais progressista e humano.
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Gusma 24/07/2022

"escolha uma subversão dentro da norma."
O objetivo do livro é dar conselhos iniciais e certa tranquilidade a pesquisadoras novas no ambiente acadêmico e portanto cumpre muito bem sua função. Eu me senti de fato conversando com uma professora e já quero aplicar as dicas recomendadas. É um livro pra ter por perto e consultar quando necessário. Uma boa leitura - menos pra quem já é pesquisador há mais tempo.

"Busque as autoras fortes, e não acredite nas polícias de fronteira do conhecimento que supõem haver credenciais para a autoridade. As boas autoras podem estar na filosofia ou na literatura."
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laura.correa 01/02/2021

Um livro importante para todos universitários
Li esse livro, pois minha professora/orientadora indicou. Achei ótimo e acredito que todos os universitários deveriam ler, com certeza auxiliará bastante na escrita da monografia.

A autora, Débora Diniz, realmente escreveu como se fosse uma carta e assim, parece que ela está falando diretamente com o leitor. Além disso, traz apontamentos muito úteis e íntimos acerca da escrita acadêmica.
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kemistrydelight 15/01/2022

Carta de uma orientadora é um livro inspirador e eu estou surpreso por ter gostado tanto de uma leitura obrigatória de uma matéria da faculdade.

Em várias partes do livro, a Débora me convenceu a cultivar um hábito de leitura e escrita, criar cronogramas e organizar o meu tempo e nesse exato momento eu quero escrever não só um projeto de pesquisa, mas quero escrever um LIVRO. Me sinto extremamente motivado a criar e deixar meu grilo do tremor atuar sobre o teclado.

Débora Diniz, muito obrigado por ter sido a melhor orientadora que alguém poderia ter e ter compartilhado toda a sua sabedoria nesse livro fantástico. Me sinto satisfeito com a leitura, feliz e muito grato.
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Estante da Leonina 09/11/2022

Hoje nós vamos falar de um livro que na verdade é uma carta. Esse é específico para quem acabou de iniciar a primeira faculdade e nao faz ideia de como se inicia um TCC, a parte de pesquisa dele.

O livro é bem curto, de fácil leitura e ate divertido de certa forma. Ele vai te dar um norte de por onde começar. Nao é um livro para se ler apenas uma vez. É recomendado que você leia pelo menos uma vez por semestre até chegar na fase mais intensa do seu TCC onde você vai precisar aprofundar a pesquisa então esse livro já nao será tão util ja que ele é a base e no o topo da pesquisa.

Enfim, recomendo demais pesquisar e baixar ele no Google (é gratuito) caso esteja perdido em relação à como começar.
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Sábio 23/10/2023

Uma verdadeira aula de orientação
A abordagem da autora para com o método de escrita e orientação científica é de uma graciosidade e cuidado inigualável; um exemplo digno a se inspirar.
Esse provavelmente é o primeiro livro que leio, onde a autora escreve à leitora, ou seja, com o pronome feminino. Isso pode parecer irrelevante, mas foi uma grande surpresa pra mim, visto que tive dificuldades de início, me fazendo perceber o quão complexo é a linguagem e a dificuldade que as mulheres passam em suas primeiras leituras (onde universalmente, a predominância é com os pronomes no masculino).
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Larissia.Bezerra 14/03/2024

Importante
Um livro que eu precisava ler, nesse momento da minha vida. Iniciando o mestrado, e precisando desse acolhimento. Toda mulher deveria ler, para iniciar sua vida acadêmica.
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Aila Cristina 14/11/2021

Orientadora de ideias
Este livro deveria ser leitura "obrigatória" para as orientandas/os e as/os orientadoras/os. Escrito, inicialmente, para as orientandas da Débora Diniz, a obra Cartas de uma orientadora, apresenta uma série de conselhos e dicas para o processo de escrita do trabalho de conclusão de curso. No entanto, "as cartas" podem - e na minha opinião, devem - ser lidas por todas independente da titulação (graduação, mestrado e doutorado). Mas, por que cartas? Para a Debora, as cartas orientam, comunicam por meio de histórias, saberes e experiências. É uma combinação de fatos, emoções e segredos. A autora deixa bem claro que orientar é ler e ouvir atentamente. E nessa experiência cabe as orientadoras ajudar as estudantes no seu processo intelectual de transição de estudante para autora. Ajudar uma jovem-pesquisadora, aprendiz de escritora a organizar suas ideias, lendo atentamente seus escritos. O papel das orientadoras, deveriam então, ser a "orientação de ideias". Elas são costureiras de cores e texturas, cozinheiras de saberes e sabores. Nessa troca de palavras e experiências, o respeito, a admiração e a paciência são ingredientes necessários. A obra ainda traz exercícios para conhecermos nossos hábitos de escrita/leitura, nossa relação com o tempo e outras questões inerentes ao processo de produção intelectual. Recomendo a leitura para todas pessoas inseridas no contexto de produções e orientações acadêmicas. Pois, para mim, esse livro foi um abraço-acadêmico.
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Bianca 04/04/2022

Breve comentário:
Excelente livro para quem está iniciando a construção do pré-projeto do trabalho de conclusão de curso.
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Kah 12/04/2022

Escrita intimista
Muito bom pra quem precisa fazer o tcc artigos, entre outros. Não é um livro técnico sobre o tema. É intimista e a autora se coloca no lugar do desespero que é escrever o primeiro TCC, MONOGRAFIA etc. Ler com qualidade não é apenas decodificar as palavras é antes compreender e processar um senso crítico sobre o que se lê e é daí que surge o lugar de escrita, processo que reguer muito embasamento teórico e dedicação.
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Antonio Gonçalves 29/12/2022

Manusear a arte da escrita não é tarefa fácil, sobretudo para quem está iniciando no mundo da escrita acadêmica. Debora Diniz oferece às leitoras (como boa feminista que é) um portal inicial como uma orientadora apta para mostrar o direcionamento mas deixando bem claro que o domínio da escrita é único e exclusivamente de quem escreve, então, a Débora terce sobre elementos importantes que são essenciais para o primeiro passo, para aquela virada de chave, aquilo que prende, limita e faz achar que não é capaz de escrever algo desse formato. Fala também dos sabotadores, dos excessos, da falta de confiança, de rotas nas quais não devemos nunca seguir quando o assunto é ciência. Para além de tudo isso, Diniz deixa bem evidente que a Carta é só uma linha tênue de algo muito maior, é o rompimento do bloqueio para aquelas que estão desacreditadas, bem como o continuar para aquelas que começaram mas ainda estão desorientadas.
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