FoxG.E 16/04/2024
Superestimado ou panfletado errado?
"As Vantagens de ser Invisível" é um título que convivi desde que iniciei minha adolescência.
Lembro de ter visto um trecho bem desconfortável do filme em que ficam falando sobre a Emma Watson nadar seminua numa piscina - e eu nem sei se realmente faz parte do filme essa cena, ou se eu, com meus 9 anos, só fiz a associação errada.
Eu não faço a mínima ideia.
Só sabia que haveria um antes e depois na minha vida (aqui está você, John Green) e eu achava esse livro seria esse divisor de águas - mentira, eu achava que esse livro ia aparecer em um momento crucial da minha vida (que seria o antes/depois) e o marcaria para sempre.
A questão é: não foi.
Só que eu não vejo período melhor para ler As Vantagens de ser Invisível do que agora. Porque eu também tenho 16 anos.
Então, eu me senti decepcionada. Não com o livro em si, mas com as expectativas que todos põe em cima dele.
Porque é um livro que fala sobre suicídio, depressão, sexualidade e mudanças e sonhos e traumas e etc, etc, etc...
E eu concordo: fala sobre tudo isso, só que não como foco principal. E como o livro também é um compilado de cartas, você meio que não tem una narrativa direta, linear e constante o bastante para se apegar a qualquer personagem.
Não é um livro ruim: muito pelo contrário, é ótimo, lindo. Só não foi O livro. Foi um livro. E eu sinto que esperava mais.