Terras do Sem Fim

Terras do Sem Fim Jorge Amado




Resenhas - Terras do Sem Fim


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Leila 31/10/2022

É sempre uma delícia ler Jorge Amado e sempre uma aula de história também, Aqui em Terras do sem fim temos relatado um episódio do ciclo cacaueiro do nosso Brasil que eu pelo menos tenho tão pouco conhecimento e por isso acho sempre enriquecedor quando leio algo sobre. Entremeado a esse contexto histórico a excelência narrativa do autor nos presenteia com as intrigas políticas (sempre) e os amores proibidos e calientes (adorooo) e isso faz do livro sempre um desbunde de bom (né?). A história mostra que não foi bonito toda a disputa por terras, desmatamentos para o plantio do cacau (essa fruta que nos dá o saboroso e irresistível chocolate),houve muitas tocaias, mortes encomendadas e joguetes políticos escancarados mesmo (feio, feio, horrível demais) e lá por aquela época ficava tudo meio que impune mesmo (só naquela época?)ou melhor dizendo, a corda arrebentava do lado dos mais fracos (mudou algo?) e no fim tudo ficava por isso mesmo.
Quanto À parte dos amores "proibidos", temos os casais improváveis, os cornos de sempre e as enganadas de também, ahhh e não podemos nos esquecer dos famosos e memoráveis 171's da vida, kkkk
Enfim, um livro excelente #ficaadica
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Nscalazans 30/12/2022

Luta por terras
A história é focada na disputa por uma região de mata chamada Sequeiro Grande. Duas famílias estão interessadas nas terras: os Badaró e os Silveira. O líder dos Badaró, Sinhô-Badaró, é um homem comedido e religioso, que busca na Bíblia as justificativas para os assassinatos que manda seus subordinados (jagunços) cometerem ? contra a sua vontade, na maioria das vezes, mas justificados ?por ser um mal necessário?. Seu irmão mais novo, Juca, tem um temperamento contrário: é mulherengo, explosivo e violento, sempre buscando nas tocaias e nas trocas de tiros a solução para os problemas. Por fim, temos Don?Ana Badaró, filha de Sinhô, uma mulher determinada, forte e corajosa, que insiste em participar dos negócios da família. Do lado dos Silveira, temos Horácio, um homem descrito como alguém que tem o diabo aprisionado em uma garrafa. Cruel, violento e desonesto, tem duas paixões: o cacau e Ester, sua esposa. Uma mulher refinada, que casou contra a sua vontade e tem horror à mata e aos terrores que nela habitam, segundo sua imaginação. A trama toda se desenvolve com os conflitos gerados pela rivalidade entre Horácio e Sinhô e Juca. Homens determinados a possuir as terras do Sequeiro Grande, que não hesitam em matar quem cruzar o seu caminho.
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Tata 14/12/2020

Terras do Sem Fim
O que falar de Jorge Amado, senão que ele é um escritor voraz que nos faz engolir em pequenas porções a infinidade do nosso Sertão nordestino.
Jorge Amado é um mito, em um misto de romance e crueldade, em suas descrições bárbaras e cruas das relações humanas do Nordeste de outrora.
Em seu livro "Terras do Sem Fim," é desvelada as rudezas e a inocência dos habitantes dos arredores de Ilhéus no Sul da Bahia, onde o cacau é tesouro disputado a ferro, fogo e muito sangue.
A vida não vale um tostão nesse âmbito cruel e violento, mata-se por pouco e vive-se por nada além da vontade de possuir e de poder.
Os mais afortunados mandam matar e os subordinados morrem em seu lugar.
Por outro lado, não muito distante da rudeza, há a singela e pueril inocência, que aflige aqueles que nada tem e de nada sabem, mas fazem o que mandam sem questionar e sem se darem conta do que realmente significam seus atos.
O Negro Damião - personagem do livro - em uma de suas passagens acaba ouvindo algo que lhe intriga e o faz pensar sobre a infinidade de coisas que envolvem o seu óficio - seu óficio é matar - até então ele, inocente como era, não sabia o que significava realmente a morte:
"Damião não sabe mesmo como começou a matar. O coronel manda, ele mata. Não sabe quantos já matou, Damião não sabe contar além de cinco, ainda assim, pelos dedos. Tampouco lhe interessa saber. Não tem ódio de ninguém, nunca fez mal a ninguém."
Em sua cabeça infantil, matar não era fazer mal, era apenas obedecer à uma ordem.
Pensar sobre esse livro é mergulhar em um universo distante, onde a civilidade parecia ainda não existir, onde os homens pautavam suas vidas na simples vontade de poder e para isso passavam por cima de tudo e de todos sem cerimônia.
A disputa entre as duas famílias por um pedaço de terra ilustra bem esse fato, como disse Amado, no próprio livro, "A terra foi adubada com sangue" e venceu aquele que mais o derramou do outro lado.
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Alana 20/10/2021

como pode existir um cérebro desse tamanho capaz de escrever uma história assim, literatura brasileira sempre me maravilha pq não consigo assimilar que tô lendo ficção
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Rodriguinho @literario.rojo 23/07/2021

Nessa obra o autor nos conduz por uma  grande disputa dos latifundiários da família Badaró e do Coronel Horácio por uma extensa área de terra denominada Sequeira Grande no qual é visada por esses poderosos do cacau e que não estava demarcada legalmente e tudo isso será marcado por muito derramamento de sangue em grandes confrontos, aqui não teremos uma batalha entre bem e o mal e sim uma disputa de quem tem mais poder e não medirá esforços para alcançar seus objetivos.
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"Outras terras ficam distantes, visões de outros mares e de outras praias ou de um agreste sertão batido pela seca, outros homens ficaram, muitos dos que vão no pequeno navio deixaram um amor. Alguns vieram por esse mesmo amor, buscar com que conquistar a bem-amada, buscar o ouro que compra a felicidade. Esse ouro que nasce nas terras de Ilhéus, da árvore do cacau." (Pág.31) 
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Esse trecho expressa a migração da população que ia procurar trabalho em terras às vezes longínquas na necessidade de obter renda para sustentar sua família e se ter uma vida melhor e esse trabalho se resumia em na lavoura do cacau, o "fruto de ouro" que é o tema central da narrativa.
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Como característico das obras amadiana a questão da geografia do lugar é bem desenvolvida e em terras do sem fim teremos em torno da disputa pelo cacau a tríade de lugares, os povoados Ferradas, Tabocas e a sua elevação a município, e a cidade de Ilhéus, lugares em que se desenvolvem em consequência da monocultura do cacau, a estrutura do livro acompanha essas fases e o autor cria capítulos que seguem esse processo de crescimento do lugar. (pausa para expressar minha paixão pela geografia aqui ?).
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florescerdaleitura 24/10/2023

"Eu só quero chocolate"
Terras do sem fim é um livro sobre como a ambição sobre o cacau leva os personagens a cometer crimes atrozes.
Fazer uma resenha desse livro é bem complicado. Se nem as beatas da cidade conseguiam falar de tudo o que acontecia entre a família dos Badáros e a de Horácio, não é em um pequeno texto que eu vou fazer isso.
São diversos personagens e acontecimentos que quando vc lê sobre um, alguém já foi morto. A narrativa não é linear e isso é bom porque transmite a sensação que a história foi escrita a partir de boatos e "casos" narrados pelos moradores mais velhos de Itabuna.
" Ninguém nasce ruim ou bom, o destino é que entorta a gente."
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Nâna 20/06/2023

Primoroso
Honestamente, foi inexplicável.
Eu não poderia escolher momento pior para começar essa leitura. Eu não tinha tempo, minha mente estava cansada e eu estava com uma dificuldade enorme de atenção. Mas ainda assim, foi excepcional.
Eu nunca li algo tão rico.
A narrativa é esplêndida; forte sem ser apelativa; sensível em seu tratamento; completa, com início, meio e fim; com enredo; com personagens interessantes, bem desenvolvidos, interligados, porém com construções únicas. Inclusive, encontrei certa dificuldade em decorar cada personagem e seus papéis, não esperava que fossem tantos.
Bom, o livro retrata as disputas de terras para a plantação de cacau no nordeste brasileiro. É evidente a percepção ilusória que se tinha sobre esta realidade, como a maioria dos personagens vão em busca da riqueza com as plantações e acabam por morrer nas ?terras adubadas por sangue?. O lugar do sonho se torna o pesadelo. Ninguém é feliz ou livre, todos estão ?presos pelo visgo do cacau mole?. Embora as coisas caminhem mal, não haja saúde básica, a exploração no trabalho seja tamanha e os grandes poderosos resolvam seus desagrados com assassinatos, todos permanecem ali pela esperança. É tão curioso, O sonho se torna a desgraça o que os prende a ela é a esperança.
São inúmeras camadas que Jorge não escreveu como os livros atuais, com frases de Pinterest para hitar no tiktok. É duro e direto, e a sensibilização se constrói no leitor, não na leitura. O homem que removeu um osso de passarinho do estômago de outro introduzindo nele um anzol; o coronel que mata seu maior aliado, responsável por sua vitória em função de uma traição enorme, íntima; a mulher que cuida de seu marido à beira da morte, culpada por tê-la desejado em algum momento, contrai sua doença e morre; o amante que se sente conectado ao traído, quem ele mais desprezou, porque ambos sentem a mesma dor; o mais poderoso de todos, que é um fraco, um homem insignificante, infantil, um completo ignorante, mas ainda assim, é maior que tudo à sua volta; o advogado brilhante que se desfaz de uma carreira cheia de futuro no Rio para se ligar ao ambiente da solidão e da morte, guiado pela ganância; o homem que não teme ser processado por assassinato porque todos os que julgaram fazem parte de seu eleitorado; o assassino respeitoso, que comete as maiores das atrocidades, mas não mata mulher; aquele que se apoia em tudo para conseguir o que quer e não se importa em desprezar o que já quis. Enfim, é tão grandioso, mas tão simples, que provoca inquietação ao leitor.
É tão social, deixa tão explícitas as diferenças entre a época da escrita e hoje, especialmente quanto às questões relacionadas ao racismo e à salubridade, à saúde. Mas em outros pontos faz parecer que nada mudou, que estamos andando em círculos no que toca a busca doentia e incessante pelo poder.
Véi, eu não consigo parar. Eu simplesmente estou apaixonada e muito grata por ter conseguido ir até o fim. É espetacular, é rico, é uma escrita repleta de conteúdo e que não precisa se agarrar a futilidades, ao conteúdo sexual para ser grande. Ela simplesmente é. Inclusive, eu adorei os hots do Amadão, mega elegantes e intensos, sem ser explícitos, escancaram todas as emoções e sentimentos envolvidos, mas não constrangem.
E o final... Aquilo foi tocante, foi triste, foi tão real e processual, muito show.
Jorge Amado, você foi foda para cara*ho nesse trabalho. Obrigada por essa contribuição.
Quem leu esse testamento de resenha, leia o livro. É bem mais fácil e prazeroso :)
PS: No meu coração o Virgílio e a Ester estarão para sempre juntos e felizes. Casalzão.
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Catarine Heiter 29/07/2020

É sempre muito gratificante reencontrar Jorge Amado! Aqui, temos a Mata de Sequeiro Grande como motivo de muita discórdia entre dois grandes coronéis e seus aliados. A história se passa no início do século XX, período de expansão da agricultura cacaueira na Bahia, e nos conta, através da saga sobre uma disputa de terras, sobre a cultura, os costumes e as peculiaridades da atual região de Itabuna-Ilhéus. Um passeio maravilhoso pelo tempo, acompanhando personagens fortes numa região onde morrer era banal; o que importa era ter coragem! A escrita fácil do autor passa a sensação de intimidade, de estarmos diante de um ‘causo’ a ser contado; aliando divertimento a conhecimento de forma simples e majestosa!

Esta leitura foi motivada pelo Desafio DLL2020, na categoria Mais Antigo da Estante
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Giufreitaas 15/02/2022

Outro livro nacional que me surpreende.
Mais uma vez, foi comprovada essa crescente paixão por literatura nacional que está crescendo dentro de mim. Eu e interessei muito pelo enredo, pelas personagens e os plots que surgiram pelo percurso da leitura, me compadeci pelos dramas dos indivíduos e me apeguei, torcendo que tivessem um final feliz. Porém, o livro não foi escrito para agradar ao leitor, de jeito nenhum, já que nos é apresentado um lugar completamente manchado e sujo pelas mais diversas formas de violência e injustiça que poderia existir, o aspecto do lugar e o rústico corroboram com a construção de um cenário que incomoda e que traz a tona um sentimento de aversão no leitor. E, embora tenha muitos parágrafos de muita reflexão, narração e introspecção das personagens, o que foi sim maçante em alguns pontos da leitura, é um livro importante na reconstrução do cenário daquele momento do contexto nacional e nos prova que o meio violento influencia até mesmo as almas mais puras. É mais uma obra incrível do autor.
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Rodolfo Vilar 31/10/2021

Um dos favoritos
Tudo pelas posses das terras de Sequeiro grande, uma vasta propriedade capaz de aumentar os lucros daqueles que a desbravarem com o plantio dos frutos dourados do cacau. Mas será que essa luta vale a pena? Em "Terras do sem-fim, Jorge Amado nos conta sobre as forças familiares capazes de fazer as cidades cresceram, a indústria se fortalecer e a cultura mudar, tudo promovida pela ação da economia do cacau. Conhecemos Itabuna e Ilhéus, duas cidades do interior baiano que gravitacionam a partir das intrigas, dos caxixes e do modo de se viver do coronelismo, criando a história de formação e caracterização do pensamento cacaueiro. O interessante de ler essa obra é conhecer a forma como Jorge Amado tece o crescimento dessas cidades, desde suas matas selvagens e misteriosas, trazendo a superstição do povo que vive nela, até a introdução da modernidade que para uns é o milagre e para outros é a maldição. Até onde se pode lutar para conquistar aquilo que possa ser seu? Entre intrigas, o modo de viver, a cultura local, o desbravamento de terras e o florescimento do cacau, Jorge Amado nos conta a polarização das famílias Badarós e Siqueira, numa consequência de vida e morte, de castigo e penas. Nesse livro sabemos o início daquilo que também continuou em seu próximo livro, São Jorge dos Ilhéus, uma história sobre a vida de um povo em crescimento.
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Luiza 23/12/2012

Ester vai na garupa do cavalo, de onde veio ela? Virgílio solta a rédea, deixa que o cavalo corra. O vento corta seu rosto. Ester vai segura na sua cintura. Uma história de espantar. Irão para o fim do mundo, os pés livres do visgo de cacau mole que os prende ali... esse cavalo tem asas, irão para muito longe das cobras, das rãs assassinadas, para muito longe das roças de cacau, dos homens mortos na estrada, das cruzes iluminadas por velas nas noites de saudade. Pelos ares vai o cavalo negro sobre as roças, sobre as matas, sobre as queimadas e clareiras. Ester vai com Virgílio, gemerão de amor na noite de luar. Vão pelos ares, é desenfreado o galope do cavalo...
(...)
Nunca ninguém saberá que o último verso daquela história seria escrito nessa noite... Que importa a morte, um tiro no peito, uma cruz na estrada, se Ester vai com ele na garupa do seu cavalo negro para outras terras que não sejam essas terras do cacau? A música o acompanha como uma marcha nupcial. Uma história de espantar.
"Terras do Sem Fim", Jorge Amado
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Mais um delicioso livro de Jorge Amado que acabei de concluir! (o trecho acima foi, para mim, o momento mais belo do livro, com que mais me emocionei...)
A obra é inspirada na vida do pai do autor, que participou das lutas pela conquista e posse das terras cacaueiras no sul da Bahia e plantou a fazenda Auricina, onde nasceu o escritor. Quando menino, Jorge Amado testemunhou uma tocaia em que seu pai foi ferido gravemente.
O livro faz parte das obras que tratam do CICLO DO CACAU. Terras do Sem Fim é uma espécie de bangue-bangue à brasileira: dois poderosos proprietários rurais - os Badarós e Horácio Silveira - disputam a última reserva de mata nativa onde estão as terras mais férteis para o plantio de cacau.
A história tem a estrutura de folhetim - amores, sofrimentos, doenças, a dificuldade de sobrevivência em uma terra liderada à bala. Jorge Amado nos faz questionar sobre o certo e o errado, a verdade e a mentira, o amor e a traição. É fácil se afeiçoar às personagens...
É uma história bem contada, uma narrativa envolvente e talvez aquilo que fosse o objetivo do comunista Jorge Amado: a denúncia das condições de vida na região do cacau. O romance é poderoso.
Por fim, os enormes cocos de cacau que as lavouras do Sequeiro Grande produzem, um ano antes do normal, são explicados pelo adubo extra de sangue humano ali derramado em abundância como vaticinava o feiticeiro Jeremias...
Luhhh ^___^ 05/07/2015minha estante
Não sabia que foi inspirada na história do pai de Jorge Amado, esse livro é ótimo mesmo! O Jorge Amado escreve muito bem.




clareandos2 05/10/2020

Confesso que tenho muita dificuldade de ler clássicos e muitas vezes acabo abandonando eles, mas como meu primeiro livro de Jorge Amado, gostei bastante, e que recomendaria pra qualquer um. Ele retrata a realidade de tudo que se passou para para a formação dos grandes plantios de cacau que hoje existem em Ilhéus , e nos faz pensar em até que ponto o homem chega para obter poder e riqueza, além do quanto um lugar pode mudar o msm.
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monteiro.larisse 30/05/2023

Super recomendo! Não esperava menos que isso. Jorge Amado nunca erra, está sempre nos apresentando personagens memoráveis e cativantes.
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Flavio.Vinicius 17/06/2020

Obra-prima de Jorge Amado
Venho buscando ler todas as obras de Jorge Amado e posso dizer que Terras do Sem Fim é o melhor livro dele. É um romance relativamente curto, o que torna a leitura agradável e com rápido desenrolar do enredo. Nesse livro, Jorge Amado é político sem ser panfletário, busca reminiscências da própria infância (o autor nasceu em Itabuna) e retrata como poucos a vida do trabalhador brasileiro. Enfim, é a obra maior desse que é um dos maiores escritores nacionais.
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