A Confissão da Leoa

A Confissão da Leoa Mia Couto




Resenhas - A Confissão da Leoa


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Jvcsantanna 23/01/2024

Muito bonito
Foi o primeiro livro de Mia Couto que li e uma das melhores indicações de leitura que já tive.
A escrita de Mia Couto é muito bonita, poética e profunda, com trechos que realmente fazem sentir algo de verdade. É um livro muito triste e trata de uma realidade diferente da usual, com aspectos da tradição que são estranhos e cruéis, mas com muita beleza na cultura e crenças. O autor consegue deixar tal beleza ainda mais sensível com sua escrita. E consegue transmitir a realidade sofrida da protagonista de forma que a angústia e a tristeza que acompanham a leitura também adquirem algo de belo.
Lis 24/01/2024minha estante
Muito bom! ????


Carol 26/01/2024minha estante
Lê terra sonâmbula depois. Muito bom




cocpfc 22/01/2024

Os homens virarão bestas, e as bestas serão homens
Este livro me confirma uma coisa: Mia Couto não escreve, ele sonha. Ler esta confissão é como brincar entre uma realidade cruel e um sonho confuso, às vezes até desesperançoso. A cada página há uma surpresa que aprofunda cada vez mais as histórias das personagens e todas as maldades das quais os homens são capazes.

Pode-se sentir a raiva e a revolta perante a opressão constante das mulheres, o ar morto que circunda Kulumani, todos os amores, desesperanças, sofrimentos e dores que se alojam em cada um. Sentir a solidão de Mariamar e a confusão de Arcanjo Baleira. Os homens se reduzem ao seu animal interior, capazes de destruir tudo, e as feras nunca foram mais humanas na sua sobrevivência à caçada.

Uma ótima descrição das tradicionais opressões contra as mulheres em todas as maneiras possíveis. Então, que as leoas continuem devorando todas essas mulheres que há muito já estão mortas por dentro.
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sophia 25/07/2023

Realidade feminina
Usei esse livro pra fazer um trabalho da escola sobre a seriedade da violência à mulher em lugares remotos, usando a desculpa religiosa. A metáfora que o autor usa das leoas e o caçador é incrível e os pontos de narrativa demonstram bem o psicológico de cada narrador
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Suelen 12/05/2023

A confissão da leoa
Uma mistura de ficção com realidade onde não se sabe o que é real ou não.

Mostra a triste realidade das mulheres moçambicanas, o quanto são consideradas um nada.
Fala sobre a revolta das mesmas e suas crenças.

Possui temas complexos e revoltantes. Revoltantes!
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Barbara.Schirato 14/04/2023

Leitura pesada
Definitivamente uma das coisas mais tristes e revoltantes q eu já li. O autor diz que mistura realidade e fantasia, mais um desses baseados em histórias reais. A parte engraçada? Não é difícil imaginar quais são reais e quais as inventadas. Esse livro me faz erguer uma oração para que as partes que eu creio serem reais, que elas sejam inventadas, mas para que se não forem que então as inventadas sejam reais e que as leoas os devorem todos um por um até não sobrar nada.

Essa é a prece que ergo. Ao final.
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Fernanda2274 20/01/2023

Adorei a história, e o plot então ?
O começo é confuso mas ao decorrer da história ela vai se devolvendo muito bem, e vc vai se prendendo ao enredo, o final da todo o sentido ao livro
"No meu ponto de vista e uma obra-prima "
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Nay 07/01/2023

Esse livro foi uma grande surpresa para mim. Não conhecia Mia Couto e meu interesse pela história partiu de uma indicação.

Livro extremamente poético, como se cada letra, cada pontuação falasse diretamente com a sua alma.

Estou animada para ler mais obras desse autor.
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Marcia 01/12/2022

Minhas impressões sobre o livro
Livro incrível! Maravilhoso!! A história contada é  baseada em fatos, a partir de uma expedição que o escritor participou.
O cenário é uma aldeia em Moçambique, local afastado de todos e de tudo. Esse lugar começa a ter ataques de leões."Em poucas semanas, o número de ataques fatais atingiu mais de uma dezena..."
Com esse tema Mia Couto nos traz uma história marcante, cheia de aprendizados e muita emoção. Vamos conhecer os costumes, as crenças e modo de vida desse povo. Como a aldeia está sendo atacada por leões, um caçador é solicitado. Junto com ele enviam um escritor para registrar tudo. Vamos acompanhando toda a viagem e em paralelo conhecendo a história do caçador e também de uma menina, a Miramar, que vive na aldeia. Há muitas crenças absurdas para nós, mas que são muito sérias para eles. Vivenciamos um choque de cultura. A situação de vida das mulheres, como elas são tratadas, como são vistas pelos homens é de partir o coração. 
Destaco uma parte de um diálogo entre um casal:

"...- prefere que Miramar seja morta pir leões?
A mulher não respondeu. Preferir não era um verbo feito para ela. Quem nunca aprendeu a querer, como pode preferir?..."

 " Nós mulheres permaneceremos na penumbra. Lavamos, varremos, cozinhamos, mas nenhuma de nós se sentará a mesa."

O livro também chama atenção pelo descaso dos políticos que só aparecem quando o assunto ganha força e quando eles vêem uma forma de se destacar, de ganhar popularidade. A preocupação com o povo fica muito longe do que deveria ter.
Ao terminar esse livro percebo que apesar de culturas e continentes diferentes temos lutas muito parecidas. Temos "leões" em todo lugar, nossa luta é constante.
Valeu
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JV Lucas 19/11/2022

A fera que nos habita
O mundo ainda é algo inacabado e selvagem, assim como o coração do homem. Esse livro fala sobre uma caçada, mas não as de leões e sim a caçada sobre quem somos de verdade, a caça da justiça humana e sobre os perigos que habitam a sociedade. A selvageria habita tanto a loucura como também o mundo espiritual e percebemos que as melhores só estão seguras em seus sonhos. Exatamente sobre isso que o livro em questão trata e como tudo vira uma incerteza ao longo do tempo. Ao meu ver uma obra impecável e bastante filosófica que retrata bem a situação feminina da mulher em uma sociedade patriarcal e de como essa sociedade enlouquece a todos. Melhor leitura de 2022.
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Priscilla 03/10/2022

Ótimo livro
Demorei alguns capítulos para realmente ser fisgada pela leitura. Mas, a assim que fui fisgada, percebi o tamanho da importância de obras como essa, principalmente no momento em que estamos vivendo hoje, com as tentativas de diminuir ainda mais os direitos e os papéis das mulheres no Brasil e em outros lugares do mundo.
Sinto que esse livro também despertou uma grande curiosidade sobre a história do continente africano, a qual eu conheço muito pouco. Mesmo se tratando de uma história em Moçambique, há muito para se identificar.
Mia Couto têm um estilo delicado de escrita que nos envolve em sua história, mesmo que não seja possível entender de primeira tudo o que está acontecendo. É real? É magia? Um sonho ou pesadelo?
E é o tipo de livro que nos deixa com muitas perguntas sem resposta... questionamentos que fazemos a nós mesmos.
Vale muito a pena!
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GabrielTh 06/09/2022

Prosa poética
História ambientada na absurda aldeia de Kulumani, onde homens são monstros, mulheres leoas e forasteiros alienígenas. A história sucumbe a poesia tantas vezes que é difícil seguir a linha dos acontecimientos.

Em perspectiva, ocorre pouca coisa e são poucos personagens ativos, mas tanto se fala e se reflete que o livro parece muito mais longo do que é.

Gostei bastante, principalmemte pela peculiaridade da escrita.
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Raquel 06/09/2022

"Deus já foi mulher"
Os moradores da aldeia Kulumani, no interior de Moçambique, estão aflitos pois suas mulheres estão sendo atacadas por leões. Eles veem na figura do caçador Arcanjo Baleiro a única possibilidade de fim deste tormento.. A chegada do caçador abala toda a cidade, principalmente a família de Mariamar, uma moça que tinha acabado de perder a irmã em um dos ataques e que escondia um passado com o caçador.

A narrativa em primeira pessoa é alternada entre dois personagens: Baleiro, que tem uma perspectiva do homem que veio da cidade, ainda que preserve de uma forma ou de outra suas origens, e Mariamar, moradora da aldeia. Ambos utilizam-se da escrita como meio para examinar o seu passado e nesta alternância de falas e pontos de vista os leitores são conduzidos pelos fatos e, ao mesmo tempo, levados a refletir sobre o direito de voz, ao papel das tradições e das mulheres na sociedade, as marcas deixadas pela colonização e pela guerra, o humano frente à morte e à insanidade.

A primeira frase do livro já mostra do que se tratará a narrativa: “Deus já foi mulher“. O ataque dos leões é apenas o pano de fundo para reflexões profundas sobre como a sociedade trata as mulheres. Violência, amor, silêncio, resistência, submissão, luta, invisibilidade, subversão são alguns dos elementos que constituem as personagens femininas, que nos levam a refletir sobre a realidade de muitas mulheres africanas. Muitas delas têm suas vidas marcadas pela opressão aos desejos e aos sonhos, pela violência física e psicológica inerente ao sistema patriarcal, responsável por uma série de mecanismos que inferiorizam as mulheres e violentam seus corpos.

“ A confissão da leoa” é o melhor dos 3 livros de Mia Couto que já li. Ele aborda temas duros e complexos, mantendo uma escrita poética, repleta de profundas reflexões. Recomendo!
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Lena 27/07/2022

Tema importante, contado de uma forma confusa
Esse é o meu segundo livro do Mia Couto, mas diferente do primeiro, esse eu li independente da escola, o que eu acho que acabou sendo um problema, porque eu não tive com quem discutir e entender os significados do livro.
O livro trata sobre o machismo e a misoginia presentes na cultura moçambicana, representando-a tanto literalmente como também por meio de uma analogia com os leões.
Eu acho esse assunto de extrema importância e o livro é muito poético e cheio de simbolismos para representar o tema tratado, mas acho que o abuso desses simbolismos e dessa prosa poética acabaram me cansando e fazendo com que perdessem um pouco o significado.
Acho que se tivesse lido esse livro com a escola, poderia ter entendido melhor tudo o que o livro quer expressar por meio de debates e reflexões em grupo.
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José Carlos 17/03/2022

Fantástico
Que livro maravilhoso! Meu primeiro contato com Mia Couto! Agora a lista de leitura aumenta mais um pouco! Recomendadíssimo
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