Espíritos do Tâmisa

Espíritos do Tâmisa Ben Aaronovitch




Resenhas - Espíritos do Tâmisa


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Valesi 30/10/2013

Um ótimo começo
Este estava na minha prateleira desde meu aniversário, em março. Mas cada vez que eu pegava o da frente na fila, olhava para ele, pensando: "disseram que é bom, e parece mesmo". É bom.

Enigmas de Londres - Espíritos do Tâmisa é o primeiro livro da série de mesmo nome escrita por Ben Aaronovitch. Na capa (belíssima, por sinal, com várias referências à história em si), tenta-se vendê-lo como um "Harry Potter meets CSI". Não é isso. Mas existem pontos de contato.

No livro, Peter Grant é um policial rookie da MET, a polícia metropolitana da capital inglesa, que após ficar plantado cuidando da cena de um crime encontra-se com um fantasma de um velho ator cockney que foi testemunha ocular do acontecido. A partir daí, sua carreira que estava destinada a tomar uma direção burocrática dá uma guinada e ele se torna o segundo membro da brigada sobrenatural da polícia. Aprendendo magia, física (o patrono da divisão é Sir Isaac Newton), latim e as delícias de se dirigir um Jaguar, Peter torna-se aprendiz de Nightingale, um cara com muito a ensinar e pouco a dizer.

Mais lá no blog:

site: http://valesi.blogspot.com.br/2013/10/enigmas-de-londres-espiritos-do-tamisa.html
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Vitor850 15/09/2013

Espíritos do Tâmisa
Se eu soubesse que era tão bom assim, eu teria lido ele há muito mais tempo. Eu terminei de ler o livro a algum tempo, mas não consegui postar aqui no blog porque meu notebook estava formatando. Gostei muito da história, magia e suspense junto, uma combinação excelente, Ben sabe muito bem o que faz. Duas passagens/frases que fizeram eu ler esse livro foram: "O que aconteceria se Harry Potter crescesse e se unisse ao CSI?", Diana Gabaldon (isso está escrito na capa) e a outra não foi bem uma passagem/frase, mas uma parte do livro, que vou colocar abaixo, mas antes tenho que falar que o livro em primeira pessoa:

- Então magia é real - eu disse. - O que faz de você um... o quê?
- Um mago.
- Como Harry Potter?
Nightingale suspirou.
- Não, não como Harry Potter.
- Em qual sentido?
- Eu não sou um personagem de ficção - disse Nightingale.

Com isso eu não podia deixar de ler esse livro. Peter cita o tempo todo alguma coisa da realidade, como Big Brother nessa passagem: "Uma grande investigação, assim que começa, é tão excitante quanto ver reprises de Big Brother, embora provavelmente envolvendo menos sexo e violência.". Eu não anotei em qual página isso acontece, e não consegui achar enquanto estava fazendo essa resenha, rs. Mas vamos aos personagens.
Peter Grant é mulato, uma vez que sua mãe é de Serra Leoa (o que eu achei diferente, porque sempre o personagem principal é branco), irônico e muito distraído, mas mesmo assim é um policial. Depois que ele encontra com o fantasma, sua vida muda drasticamente. Antes, Peter estava sendo enviado para trabalhar ma Unidade de Progressão de Casos da Policia Metropolitana de Londres (MET), ou seja, ele cuidaria da burocracia para o policial atarefado para que ele volta para às ruas para ser "agredido, cuspido e vomitado" como o próprio Peter diz. Depois do seu encontro, Thomas Nightingale o convida para trabalhar com ele na Folly, uma área da MET que cuida de assuntos sobrenaturais.
Thomas Nightingale é o chefe e único integrante da Folly. Ele é o último mago da Inglaterra, e que depois de ver Peter esperando um fantasma, o chama para trabalhar com ele e se tornar um mago também, e é óbvio que Peter, como qualquer outra pessoa em sã consciência, concordaria sem pensar duas vezes. Thomas é meio estilo Merlin, de O Rei do Inverno, de Bernard Cornwell. Ele é alto, magro e fala pouco, mais do que Merlin, mas mesmo assim pouco. Ele é chamado por Lesley de Voldemort, mas de Voldemort ele não tem nada.
Lesley é amiga de Peter e trabalha junto com ele na MET, mas não na Folly. Peter é apaixonado por Lesley, mas não fala nada com ela sobre isso com ela. Ela é companheira de trabalho de Peter no começo do livro, mas é "promovida temporariamente", porque precisa de pessoal, para a equipe de homicídios da MET. Lesley, segundo Peter é bonita, mas não podemos acreditar nele totalmente, porque o amor é cego.
Os personagens secundários não são tão interessantes quanto Peter, Lesley, Nightingale, Molly (um ser que é a empregada da Folly) e Toby, o cão caça-fantasma que Peter adotou sem querer, leiam para saber o porquê. Tem os deuses do rio Tâmisa que aparecem pouco, mas que mostram o seu poder para Peter. Não estou conseguindo lembrar de mais algum personagem coadjuvante que eu gostei, se eu gostar eu atualizo o post.
Estava esquecendo, as grandes mentes que nós conhecemos estão no livro como "patrocinadores" da magia, como Newton que foi o primeiro a sintetizar a prática de magia, o que achei interessante Ben usar pessoas que nós conhecemos para a construção do seu livro. A história passa em torno de 6 meses, de janeiro a junho/julho. Um livro que recomendo para todos os fãs de Harry Potter e para aqueles que gostam de suspense.

site: http://guardiaodamuralha.blogspot.com.br/2013/09/espiritos-do-tamisa-de-ben-aaronovitch.html
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Coruja 01/09/2013

Esse é outro daqueles títulos que uma vez que você começa, não consegue largar mais – e por isso eu aconselho a não começá-lo pelo final da tarde ou à noite, a não ser que esteja disposto a virar a madrugada sem dormir, que foi exatamente o que eu fiz.

Enigmas de Londres: Espíritos do Tâmisa é um livro de ritmo rápido, repleto de cenas verdadeiramente cinematográficas, roteiro pronto para adaptação – e não é à toa, já que o autor é roteirista de séries da BBC e sabe o que está fazendo – com aquele humor irônico tipicamente britânico.

Peter Grant é um recruta da Scotland Yard que após ser deixado de guarda numa cena de crime, acaba encontrando uma testemunha inesperada... e incorpórea. A partir desse momento, ele acaba sendo designado para um departamento da polícia especializado no sobrenatural e terá de lidar com deuses lacustres, fantasmas, demônios, vampiros e outras variações do gênero.

Seu primeiro caso é uma imitação da pantomima com fantoches Punch and Judy: uma sucessão de incidentes bizarros e assassinatos aparentemente sem qualquer ligação. Há uma série de referências absolutamente nerds, de mitologia grega a Harry Potter – tudo isso numa Londres vibrante e colorida, fascinante em cada mínimo detalhe.

Num certo sentido, Peter Grant me lembrou muito o mago Harry Dresden – na verdade, a série de Aararonovich e a de Butcher poderiam muito bem se passar no mesmo mundo, com Dresden se ferrando em Chicago e Grant em Londres... com a diferença que Grant parece (ao menos nesse primeiro volume) ter uma sorte bem melhor que Dresden.

O humor sarcástico dos personagens é o mesmo; mas Dresden é um mago maduro, acostumado com as enrascadas em que se mete, enquanto Grant acaba de entrar nesse mundo, tendo Nightingale como mentor (e eu realmente gostaria de mais Nightingale!). Talvez por isso, embora os personagens de Espíritos do Tâmisa sejam memoráveis, a trama, em si, é genérica e parece servir mais como uma introdução – uma introdução interessante o suficiente para te fazer ir atrás de mais, mas que deixa ainda um certo sentimento de que algo mais faltou.

Talvez essa minha impressão se deva ao fato de que se abrem muitas questões, mas não há tantas respostas. Definitivamente, teremos de voltar para o segundo volume.

site: http://owlsroof.blogspot.com.br/2013/08/para-ler-enigmas-de-londres-espiritos.html
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Monica 01/09/2013

Ben Aaronovitch foi roteirista de Doctor Who. E a descrição do livro é 'e se Harry Potter crescesse e entrasse pro CSI?' Eu não poderia deixar de ler, né? Dinâmico, divertido, diferente. Vale à pena.
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Mo' 26/05/2013

Falemos sobre Espíritos do Tâmisa, livro que peguei emprestado de uma amiga por um único motivo: a pergunta "o que aconteceria se Harry Potter crescesse e se juntasse ao CSI?" estava escrita na capa (mesmo motivo pelo qual, aliás, ela comprou o livro).
Na verdade, acho que as pessoas escrevem coisas como essas, comparando livros aleatórios com grandes sucessos literários (ou televisivos), apenas para chamar a atenção dos fãs. Quer dizer, o livro narra as aventuras de um policial novato que se descobre com um certo dom pra magia e acaba numa divisão especial da polícia - formada por um só detetive - que investiga casos sobrenaturais; mas não há motivo para comparações.
De todo jeito, fico feliz que pessoas ainda tenham essa necessidade de comparar tudo com tudo, porque caso contrário eu não teria lido Espíritos do Tâmisa, e eu realmente gostei! O livro é o primeiro da trilogia Enigmas de Londres, mas o único, por enquanto, traduzido para o português. É escrito pelo roteirista da série Doctor Who, que eu nunca assisti, mas que já ouvi dizer que vicia. E, enfim, é um livro no mínimo super divertido! Espero que as continuações sejam traduzidas logo.

*texto originalmente publicado no blog: bloggerdamo.blogspot.com
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Bruna Fernández 21/05/2013

Resenha para o site www.LivrosEmSerie.com.br
Não sei por quê demorei tanto para ler Espíritos do Tâmisa, já que ele algumas das coisas que eu mais gosto nessa vida: história policial, humor, magia, e claro, Londres. No primeiro volume da série do autor inglês, acompanhamos um jovem policial: Peter Grant, um herói fora do comum, com um senso de humor peculiar – cínico, sarcástico, no melhor estilo de humor britânico. Ele é o tipo de personagem que é tão real e palpável que a gente se apega e acaba vendo ele como um amigo. O livro é contado pelo ponto de vista dele e isso dá um toque todo pessoal e animado ao livro.

Grant estava protegendo uma cena de crime em Covent Garden enquanto sua amiga/parceira/interesse amoroso Lesley May foi buscar um café para ambos quando o evento que mudaria a vida do jovem policial de pernas para o ar acontece: um homem se aproxima e revela que viu toda a cena do assassinato que ocorreu de madrugada. O problema? A testemunha é um fantasma.

“- Aconteceu alguma coisa enquanto eu estava fora? – ela perguntou.
Eu bebi meu café. As palavras “acabei de conversar com um fantasma que viu a coisa toda” se recusaram a sair de minha boca.” – pág 16


A partir daí, Peter descobre que existe um ‘departamento’ meio-que-secreto na polícia que trata de casos que envolvem magia e acaba tornando-se o aprendiz do inspetor Nightingale – que é um dos últimos magos da Inglaterra. Paralelamente à investigações que ele deve fazer com seu inspetor, Peter precisa aprender tudo sobre esse novo mundo que se abre para ele: desde aprender a fazer magia e entender como ela funciona (e como ela é afetada pela tecnologia moderna) até aprender a ler e falar latim. Essa mistura do novo com o antigo, do conhecido pelo desconhecido, do real e do fantasioso é o que torna a história tão original e gostosa de ser lida. O autor soube balancear muito bem esses elementos e usá-los a favor da história.

Como toda boa história com um toque de sobrenatural, temos todo o tipo de criaturas presentes. Vampiros, trolls, deuses, orixás, espíritos… a comparação que vem na capa de que o livro seria como se o Harry Potter trabalhasse CSI quando fosse mais velho, pra mim, caiu como uma luva; apesar do universo bruxo que o autor criou ser completamente diferente do universo de J. K. Rowling. Não existe uma comunidade bruxa, e, algumas pessoas têm o dom da visão (têm habilidade de ver espíritos) e são mais sensíveis para sentir os traços de vestigium – um rastro sobrenatural que permanece no ambiente quando a magia é praticada. E como o personagem principal já é adulto, não temos nenhum pouco do drama adolescente vivido em Harry Potter.

Todos os personagens – tanto os principais como os secundários – são super bem delineados. Fazia um tempo que eu não lia um livro em que todos os personagem são bem construídos. Acredito que o fato do autor também ser roteirista do seriado Doctor Who ajudou na hora da criação. O inspetor Nightingale é um dos meus personagens favoritos, além do próprio Peter, com um jeito todo exuberante de ser. As personagens femininas de Lesley May e Beverly – ambas interesses amorosos do protagonista – também são muito interessantes, sem cair no clichê feminino ou feminista.

Para quem é de Londres ou já visitou a cidade, esse livro terá um atrativo a mais. A cidade, além de ser o ambiente da história, passa a ser quase que uma personagem de tanto que o autor descreve os locais em que os personagens passam. Nomes de ruas, estações de metrô, construções populares, rios que passam pela cidade (principalmente o Tâmisa) são citados a todo o momento. Mas se você nunca esteve na cidade, não se preocupe, isso não atrapalha a leitura. Eu mesma (infelizmente) nunca fui para lá.

O livro foi uma surpresa, o enredo é original e interessante e a capa é um charme a parte: o mapa da cidade de Londres, os respingos de sangue e os elementos (imagens) capturam muito bem a essência da história. Aguardo impacientemente pelo próximo volume da série para acompanhar as novas proezas da dupla dessa detetives magos!

“- Por que se mudou?
- Aparentemente queria morar no subúrbio.
Troll suburbano, pensei. Por que não?” – pág 104
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Daniel Both 14/05/2013

Vale a leitura - algumas ressalvas
Livro interessante, com potencial;

O plot, em geral, é interessante. Tanto a base da história quanto seu desenvolvimento são bastante 'promissores'. Digo promissores por faltar muito para o livro ser considerado "ótimo", mas o potencial está lá.

Somos inseridos no dia-a-dia de Peter Grant de uma forma direta, e o contato com o início da trama é imediato, assim como o surgimento dos demais personagens que virão a ser peças-chave para a história. No entanto, embora o andamento pareça bom, falta dimensionalidade nas pessoas e, as vezes, nos eventos. É difícil sair de um estado de indiferença quanto a maioria dos personagens até bem além da metade do livro, mesmo que a leitura seja divertida. Me parece que o autor tentou atacar em um estilo próximo a Neil Gaiman, mas sem alcançar profundidade ou mesmo um distanciamento deliberado, o que coloca a narrativa em um meio-termo pouco entusiástico.

A história se desenrola de forma interessante, e o uso da ciência para explicar muitas "coisas mágicas" é bastante interessante, mas dado o fato de que o livro é razoavelmente curto, fica muito a desejar (e suponho que possa ser explorado extensivamente na forma de uma série).

De qualquer forma, o livro tem valor de entretenimento, contanto que não se tenha expectativas exageradas. Poderia ser desdobrado facilmente para umas 600 páginas ou mais de um volume sem torná-lo chato.

A tradução parece ter sido feita as pressas, talvez com a falta de uma revisão textual detalhada, mas se saiu bem e não gera grandes "facepalms".

Visualmente, o livro é lindo: capa de qualidade, arte muito boa, papel de qualidade e impressão ótima.
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Stephanie 30/03/2013

Como não ser atraída por um livro que tem "Londres" no título, e ainda te promete mistérios e magia?

Peter Grant é um policial londrino. Sim, daqueles com direito ao uniforme e até um chapeuzinho. Ele está num período probatório - é um estagiário, por assim dizer - esperando para ver para qual unidade da polícia ele será mandado. Sua vida muda quando, na investigação de um crime, ele descobre que sua mais recente testemunha é... um fantasma!

Peter é recrutado pelo misterioso Nightingale para uma divisão especial da polícia que lida com o sobrenatural, e que só tem eles dois como membros. Nightingale, o último mago da Inglaterra, logo toma Peter como aprendiz, e Peter vai precisar muito da magia para resolver os estranhos assassinatos que estão ocorrendo.

A tal magia é quase uma ciência, e isso definitivamente torna o livro mais divertido. Todos os cientistas que conhecemos, de Newton a Tesla, foram grandes magos na realidade. Esse conceito é genial, especialmente quando Peter parece um estudande ginasial irritado com todo o estudo que a magia dedica (não é uma Hogwarts da vida!).

Quer saber mais? http://www.fantasticaficcao.com.br/enigmas-de-londres-espiritos-do-tamisa/
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Leitora Viciada 06/03/2013

À primeira vista a capa pode parecer simples, com fundo fosco e letras brilhosas, porém olhando com atenção verificamos a complexidade que a compõe. Ao fundo, como uma marca d'água, está o detalhado mapa de Londres, cidade onde se passa a história. Existem pingos de sangue, já que assassinatos acontecem em Espíritos do Tâmisa, o primeiro livro da trilogia Enigmas de Londres. Vários símbolos estão espalhados não apenas pela capa, mas também contracapa, lombada e orelhas. Cada um possui relação com o enredo. A cada pausa na leitura eu ficava olhando para eles e descobrindo o que eram.
É um trabalho gráfico bem planejado e elaborado, um design que não se limita apenas à capa. Por dentro, atrás dela e da contracapa, o tom de cores muda radicalmente para uma malha ondulada com dois tons de rosa.
Cada um dos quatorze capítulos possui um título. O livro tem uma qualidade gráfica de primeira, como todos os livros publicados pela Fantasy - Casa da Palavra.

A opinião da autora Diana Gabaldon na capa atrai a atenção do leitor: "O que aconteceria se Harry Potter crescesse e se unisse ao CSI?"
Dificilmente gosto dessas recomendações impressas nos livros. Sinceramente, Enigmas de Londres - Espíritos do Tâmisa nada tem de semelhante com Harry Potter. O clima da narrativa é completamente diferente, os magos nada têm a ver com os de Harry Potter, a ambientação e o protagonista estão mais para uma história noir que de Fantasia. A única semelhança é que ambos aprendem magia.
Quanto à referência a CSI devo concordar. Nunca imaginei como seria uma investigação criminal voltada para crimes e mistérios sobrenaturais realizada por detetives magos! Esse é o ponto forte da história e a sua originalidade.
Poderia gerar uma série bem mais interessante que CSI e derivados.

O autor criou um protagonista instigante, maduro e muito sarcástico. Peter é o narrador da história, o que contribui bastante para o sucesso da narrativa. Com suas observações e opiniões, Peter fornece os acontecimentos e faz disso uma experiência única. Como citei anteriormente, o livro é de temática sobrenatural com elementos noir, embora seja moderna, é um tanto obscura. Eu classifico o livro como uma Fantasia Urbana rica e bem desenvolvida.
A cidade cria vida e participa do desenvolvimento da trama, por causa da importância que os locais possuem e porque o narrador não deixa escapar nenhum cenário ao descrever um acontecimento.
Interessante como o autor personifica entidades mitológicas e deuses de forma natural e diferente.
Ele encaixa o sobrenatural à uma misteriosa história basicamente policial. Crimes envolvendo seres mais que estranhos, assassinatos bizarros, magia pairando no ar, fantasmas depondo sobre o caso... Eu achei muito criativo!

O início do livro é dinâmico, agradável e inteligente. A introdução aos crimes, personagens e locais é bem efetuada, assim como a apresentação dos conflitos principais.
O protagonista possui humor negro e o autor cria uma ambientação fácil de ser montada na mente do leitor, tanto no visual de locais, pessoas, seres e acontecimentos como no clima da história em geral, que possui mistério, dúvidas, segredos escondidos, ação e um toque cômico especial.
O meio do livro é um pouco lento. Me desinteressei pela leitura, embora estivesse muito ligada ao protagonista e às personagens Beverley e Nightingale. Todos na trama causam curiosidade e possuem personalidades bem definidas. Além do tom sarcástico e cenas de ação, as personagens são o ponto forte.
Meu problema foi que na metade do livro a leitura tornou-se arrastada e não compreendi o motivo. Muitas coisas acontecem, o desenrolar da história fica longe da falta de acontecimentos. Mas me senti perdida e senti falta de alguma coisa. Talvez, pelo começo ter sido tão empolgante, meu interesse tenha diminuído conforme eu me acostumei com tudo. Creio que esperava ser mais surpreendida.
No final, no último um terço do livro, a qualidade melhora novamente e uma sequência de fatos frenéticos me fizeram voltar a desejar o andamento da leitura. Vários pontos importantes começam a ser interligados. O autor mostra um pouco mais do lado íntimo do protagonista e muitas páginas de descobertas, magia e viradas no enredo surgem.

O aprendizado de Peter como mago-detetive é curioso, principalmente a parte de perceber vestígios de magia e detritos de sobrenatural no ambiente. As descrições dos aromas sentidos por Peter são mais que criativos, são incríveis. O que achei entediante é a manipulação de magia fisicamente. Embora seja engraçado como um iniciante em magia estraga aparelhos eletrônicos, explode coisas, causa muita sujeira e prejuízos, foi um pouco frustrante esperar por poderes mágicos mais desenvolvidos.
Acredito que por ser uma trilogia o protagonista ainda cresça muito e desenvolva suas habilidades cada vez mais. E além de tudo, a história tenta convencer de que tudo poderia ser real, logo magos não fazem nada de tão fantástico, mesmo possuindo poderes, ainda são humanos. Gostei muito da união dos instintos do protagonista, à sua experiência como policial e ao seu aprendizado de mago. Uma mistura infalível.

Recomendo esse livro para quem gosta de ação, livros policiais e thrillers, mas está cansado do cotidiano dessas histórias e busca por algo a mais.
Em Espíritos do Tâmisa, o sobrenatural se mescla ao mistério de crimes exóticos e personagens inumanos misturados aos de carne e osso. Uma linha transparente que liga todos em uma rede sobrenatural.
Detetives que são magos treinados para tentar solucionar os casos bizarros. A magia existe, é verdadeira e não é nada bonita e harmoniosa; é perigosa e fatal!
Uma Fantasia Urbana passada na Londres atual, sem deixar de lado o passado fantasmagórico da cidade.
Espero muitas novidades e mais seres estranhos no segundo livro.

+ resenhas em www.leitoraviciada.com
Carol 26/10/2019minha estante
Resenha fantástica! Me deu vontade de ler o livro.




Amanda 02/03/2013

Espíritos do Tâmisa - Enigmas de Londres; Livro 01 - Ben Aaronovitch
Antes de tudo, A EDIÇÃO É SIMPLESMENTE LINDA!!! Me apaixonei pela capa, muito inteligente colocar o mapa de Londres, sou suspeita a falar de capas foscas com relevo localizado, eu adoro, adoro sentir a capa fosca enquanto leio (e brincar com o relevo passando o dedo). Internamente o livro é um luxo. A parte interna da capa com ondas em dois tons de rosa, ficou incrível! O livro é super leve e gostoso de manusear, e as páginas grossas e gostosas de ler! Ainda tem a indicação na capa, falando de Harry Potter e CSI. Então eu não poderia deixar de ler esse livro!
Certo, depois da euforia inicial que esse livro causa assim que é visto a história em si é muito interessante. O Ben tem um quê de cômico, que torna o livro muito gostoso e surpreendente. A narrativa corre sem problemas até um auto ponto do livro. Ben consegue surpreender sempre. Porém a história enrola um pouco na metade, eu não consegui fazer muitas ligações entre as histórias e tornou o livro um tanto maçante, parecia que muita coisa acontecia e era apresentada e nada tinha muito haver com a historia principal, apesar de depois ele conseguir encaixar tudo, pareceu um tanto forçado. Mas o final vale a pena.
Dos personagens, devo dizer que a que mais me encantou foi Beverley! Ela tem um jeitinho todo forte e inteligente de ser. Algo nela me chamou muita atenção assim que ela entrou na história, devo dizer que ela tem uma construção bem legal, porém esperava algo mais majestoso para ela no final. Mãe Tâmisa também foi um encanto a parte. Adoro personagens femininos fortes e gentis ao mesmo tempo, e ela se encaixou bem nisso. Já o Peter, por vezes senti puro ódio dele. A raiva vinha principalmente do fato dele não se decidir de quem gostava. Mas também ri muito da sinceridade e do jeito desastrado dele, apesar de volta e meia querer matá-lo.
Tenho que dizer que encalhei em alguns pontos do livro, li outros dois livros que peguei depois dele enquanto o lia, porque parecia que a historia não ia para frente, mas o final me sequestrou completamente, os três últimos capítulos me transportaram para uma Londres incrível, cheia de magia, a imagens se formavam perfeitamente na minha mente e me prendi a história de uma maneira incrível.
Por fim, acho que o livro merece crédito e por isso dei cinco estrelas, já que há muitas qualidades nele que não podem ser deixadas de lado. Aguardo ansiosa o próximo titulo da trilogia.
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@igormedeiroz 29/01/2013

spíritos de Tâmisa é interessante, bem escrito. Creio que ele já tenha um pouco de prática para manusear as palavras, sim, é um livro bem escrito e inovador. Durante todo livro é inserido vários seres mitológicos. Com uma história bem construída selecionada de cenas cômicas — horas me pequei rindo, aliás morrendo de ir — , fantástico; o autor desenvolveu uma escrita que prende o leitor do primeiro capitulo até o ultimo.

Os personagens criado pelo roteirista é parecido com a série Doctor Who, já assistiram? Tanto a personagem principal, quando os secundários. São bem construídos e com personalidades exóticas, exuberantes. Com isso é transmitido as cenas parecidas com a da série de TV, o jeito irônico, o humor britânico, as cenas secas e engraçadas; Quando dei por mim já estava devorando o livro.

Um livro diferente do que estou acostumado a ler, achei diferente. O modo com ele interligou tudo. Sou fascinado por área criminal, perito, investigações. E de outro lado sou apaixonado por seres ficcionais. Então magine juntado tudo? Recomendo sim, para você que precisar ler algo engraçado. O modo expressado por ele é bastante, sério. Mas não deixa as velhas piadas, é um livro muito bom.

Quando comecei a ler o livro não sabia que se tratava de um trilogia, e não era de se esperar, que estou louco para ler o próximo. É uma leitura muito agradável e "deliciosa"
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Potterish 03/01/2013

Magia policial
“Enigmas de Londres: Espíritos do Tâmisa”, de Ben Aaronovitch

– Então magia é real – eu disse. – O que faz de você um… o quê?
– Um mago.
– Como Harry Potter?
Nightingale suspirou.
– Não, não como Harry Potter.
– Em qual sentido?
– Eu não sou um personagem ficção – disse Nightingale.


É sempre bom ver algum livro, seriado ou filme fazendo uma referência a Harry Potter. Isso mostra como a obra de Rowling já está no imaginário das pessoas e tem todo um significado particular. Porém, se vocês querem saber quais são as semelhanças entre Potter e “Enigmas de Londres: Espíritos do Tâmisa”, eu diria: ‘não muitas’.

Mas isso é algo bom. Exatamente por amarmos tanto os livros de ‘Harry Potter’, dificilmente alguma obra que busca algo parecido me atrai. Ben Aaaronovitch, autor de ‘Enigmas’, tenta atingir um público no começo da vida adulta, que não tem mais tanta paciência para os dramas e dúvidas da adolescência.

Em ‘Enigmas’, a trama é prática, como seu protagonista, Peter Grant. Ele é um detetive da polícia londrina e descobre que o crime que investiga tem como testemunha apenas um fantasma. Sim, há magia, que se encontra primordialmente embaixo das terras, incorporada em seres que protegem o Rio Tâmisa.

Como todo protagonista que descobre uma nova realidade, Grant tem a ajuda de um mentor que o ajuda em sua exploração. Ele é Thomas Nightingale, um detetive mais experiente e ciente de todos os mistérios da capital inglesa. Grant também é próximo de Leslie May, sua colega, com quem compartilha uma certa tensão sexual.

A narrativa é em primeira pessoa, mas não guarda muito espaço para reflexões do protagonista. Para quem já teve a oportunidade de conhecer Londres, é interessante reconhecer e relacionar lugares da cidade, tanto os mais famosos quanto os afastados.

Aaronovitch, antes de criar a série literária, foi roteirista do seriado ‘Doctor Who’, um grande sucesso da BBC. ‘Enigmas’ é uma leitura leve, apesar de lidar com crimes e não censurar nada em termos de linguagem. Além disso, o livro me fez pensar em quais tipos de criaturas poderiam viver embaixo dos rios de São Paulo…

Resenhado por Sheila Vieira

365 páginas, Editora Fantasy – Casa da Palavra, publicado em 2012.
Título original: Rivers of London. Publicado originalmente em 2011.
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